domingo, 17 de agosto de 2025

Papagaio atleticano expulso de prédio pela Justiça por gritar 'gol do Galo' Com gritos de "Galooo…" a cada gol do time alvinegro, Tzitzutzi virou alvo de ação na justiça lá pelas bandas de 1972. Juiz determinou o despejo da ave...No rol de pequenas grandes frustações dos torcedores de futebol, poucas causam tanto furor, num lance dramático do time de paixão, escutar o vizinho gritar "gol" segundos antes de a televisão mostrar a bola na rede, pois infeliz acompanhar a partida pelo rádio. Momentos de chateação como esse, vividos pelos amantes do esporte que " é a coisa mais importante dentre as as coisas menos importantes", levam torcedores mais exaltados, ou à loucura, ou a tomar medidas drásticas...

 




Caso emblemático reacende debate sobre perturbação, regras condominiais e convivência entre vizinhos

Um caso inusitado e, ao mesmo tempo, emblemático, marcou a história dos condomínios em Belo Horizonte nos anos 1970. A Justiça determinou a expulsão de um papagaio atleticano, conhecido como Tzitzutzi, após vizinhos acionarem o Judiciário alegando perturbação causada pelos gritos constantes da ave em apoio ao Atlético-MG.

O episódio ocorreu em um dos condomínios mais tradicionais do Centro de Belo Horizonte, no Edifício Paulo Barbosa, na Rua Espírito Santo. A ave, de origem amazônica e extremamente carismática, foi adotada pelo casal Adolfo e Lea Goldstein durante uma viagem ao Norte do país, em 1968.

Apesar de encantar os moradores com músicas de Roberto Carlos, foi sua paixão pelo Atlético que gerou a polêmica. A cada gol do Galo, lá vinha o grito estridente: “Galoooo...”, além de bordões como “Gol do Dario” e “Cruzeiro é freguês”, provocando desconforto em vizinhos, especialmente torcedores rivais.

Diante da situação, o síndico da época, José Furtado Nunes, alegou que o barulho da ave, somado a supostas cascas de frutas jogadas da janela, configurava perturbação do sossego. A disputa foi parar na Justiça. A defesa do casal alegou que o regulamento permitia aves de pequeno porte, mas o síndico não cedeu.

A decisão foi proferida pelo juiz Francisco de Assis Figueiredo, da 9ª Vara Cível de Belo Horizonte, que lamentou a judicialização do conflito, mas determinou o despejo do papagaio. Segundo o magistrado, os moradores deveriam buscar mais harmonia e diálogo antes de acionar o Judiciário para conflitos de convivência.



Gool do Galooooo



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário