A história de um dos acordeonistas mais celebrados do país começou em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira. Filho de um farmacêutico que, nas horas vagas, era compositor, dramaturgo e poeta, Balona teve que vencer a desconfiança do velho Lourival Passos (que chegou a ser gravado, inclusive, por Luiz Gonzaga) para percorrer o mundo com seu instrumento, até se apresentar em Castelfidardo, na Itália, ao lado de Vince Abbracciante.
Em casa, todos os discos dos grandes cantores italianos e de orquestras internacionais tomavam o som da vitrola depois do jantar. Ao lado dos irmãos, Balona sentava-se na sala para ouvir os tenores do país da bota, a regência precisa de Victor Young e a magia que preenchia o ambiente com as baladas norte-americanas. Nas festinhas do grupo escolar, ele passou a ser escolhido para cantar, porque era naturalmente afinado.
Com a professora Nicinha Soares, estudou um pouco de canto, antes de se mudar com a família para Juiz de Fora, graças a uma transferência no emprego do pai. Foi precisamente no bairro de Santa Terezinha que ocorreu o encontro definitivo que mudaria toda a sua existência. A rotina do garoto não se alterava: almoçava, fazia o dever de casa correndo e ia para o campinho jogar bola até o anoitecer.
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