Ela chegava sempre antes da aula começar.
Elegantemente vestida com seu uniforme azul marinho. Saia curta, cabelos bem penteados. Impecável como sempre.
Nunca a vimos brava e insatisfeita, era sempre solícita e muito alegre.
Criada nos bons princípios da tradicional família, tinha um coração cheio de bondade, um verdadeiro reduto de pureza.
A todos encantava pela sua inteligência, beleza e educação, razão pela qual era muito querida pelos colegas e pelos professores.
Cabelos encaracolados e olhos escuros faziam de sua figura morena uma das mais elegantes alunas daquele educandário.
Olhos miúdos e muito vivos, tinha um ar de felicidade que parecia tornar ainda mais belo o seu já belo rosto.
A pele tão densamente morena e os traços equilibrados e firmes revelavam não só suas características físicas, mas também o caráter de sua personalidade.
Nos lábios tinha sempre um sorriso, que parecia dizer: não há nada de especial na minha vida.
Quando um professor pedia para ela ir ao quadro negro explicar um exercício, todos na sala prestavam a máxima atenção, hipnotizados pelo que estavam vendo, parecendo estar diante de um cenário inusitado.
Sua explicação era sempre correta.
Suas notas eram sempre as melhores da classe.
Como para um adolescente daquela época tudo era muito desconhecido, tento descobrir hoje o segredo daquela situação; porque dentre tantas alunas na sala de aula, apenas uma chamava atenção?
Hoje não sei dela, mas outro dia tive a impressão de tê-la encontrado.
Frente às intempéries da vida, a situação era outra, bem diferente daquela vivida na escola.
Seus olhos não brilhavam como antes; no seu rosto as marcas do tempo eram visíveis e sua expressão era outra.
O tempo vai passando e deixando um rastro de marcas e saudades, de uma distante época de estudante que está guardada em algum canto dentro da alma da gente.
Cristovão Martins Torres
Elegantemente vestida com seu uniforme azul marinho. Saia curta, cabelos bem penteados. Impecável como sempre.
Nunca a vimos brava e insatisfeita, era sempre solícita e muito alegre.
Criada nos bons princípios da tradicional família, tinha um coração cheio de bondade, um verdadeiro reduto de pureza.
A todos encantava pela sua inteligência, beleza e educação, razão pela qual era muito querida pelos colegas e pelos professores.
Cabelos encaracolados e olhos escuros faziam de sua figura morena uma das mais elegantes alunas daquele educandário.
Olhos miúdos e muito vivos, tinha um ar de felicidade que parecia tornar ainda mais belo o seu já belo rosto.
A pele tão densamente morena e os traços equilibrados e firmes revelavam não só suas características físicas, mas também o caráter de sua personalidade.
Nos lábios tinha sempre um sorriso, que parecia dizer: não há nada de especial na minha vida.
Quando um professor pedia para ela ir ao quadro negro explicar um exercício, todos na sala prestavam a máxima atenção, hipnotizados pelo que estavam vendo, parecendo estar diante de um cenário inusitado.
Sua explicação era sempre correta.
Suas notas eram sempre as melhores da classe.
Como para um adolescente daquela época tudo era muito desconhecido, tento descobrir hoje o segredo daquela situação; porque dentre tantas alunas na sala de aula, apenas uma chamava atenção?
Hoje não sei dela, mas outro dia tive a impressão de tê-la encontrado.
Frente às intempéries da vida, a situação era outra, bem diferente daquela vivida na escola.
Seus olhos não brilhavam como antes; no seu rosto as marcas do tempo eram visíveis e sua expressão era outra.
O tempo vai passando e deixando um rastro de marcas e saudades, de uma distante época de estudante que está guardada em algum canto dentro da alma da gente.
Cristovão Martins Torres