sábado, 29 de fevereiro de 2020

Santo do dia, São Francisco de Assis

Neste dia, fazemos memória a São Francisco de Assis, o mais santo dos italianos, que renunciou toda a riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”
Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.
Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.
Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.
Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.
Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.
São Francisco de Assis, rogai por nós!

Bierbike em Berlin





Cervejaria movida a pedaladas nas ruas de Berlin.
Os turistas adoram este tipo de passeio, tomam cervejas e pedalam pelas ruas da cidade, numa super bicicleta.
Quem comanda a Bierbike pelas vias pública da cidade de Berlin, que mantém o controle dos freios e a direção, é um funcionário da empresa, que não pode beber.
É um tipo de passeio pouco convencional, mas é um sucesso pelos turistas que visitam a Alemanha.

Visita à Cidade de Tours, no Vale do Loire (França)


"Fachada de casas medievais no centro de Tours"


"O Rio Loire"


"No centro histórico de Tours"

As Redes Sociais da Minha Adolescência

Na época da minha adolescência não existia ainda a Internet.
As nossas redes sociais não eram facebook, blogs, twitter, Orkut, e-mail etc.
Nossa rede social era outra: os pontos de encontro que frequentávamos, onde discutíamos problemas diversos;
Restrições aos serviços públicos(diziam que o serviço público deixa as pessoas mal acostumadas, embora muitas delas optam em trabalhar nessas repartições), escola, livros, cultura, pessoas mal amadas(diziam para ter muito cuidado com essas pessoas mal resolvidas, porque costumam descontar seus recalques em quem não term nada a ver com elas), esporte, caluniar(diziam que era coisas de gente de nível muito baixo, sem nenhuma expressão, gentinha), musica, política, trabalho, mulher, vendas(diziam que um bom vendedor é aquele que tem curiosidades em relação as pessoas, acredita nelas e tem a capacidades de ouvi-las), morar fora do país, eram os temas mais ouvidos e debatidos nesses encontros.
Os mais velhos confabulavam sobre a vida, religião, politicas publicas, fazendo prognósticos para eleições futuras, etc.
Às vezes um determinado assunto era debatido por várias horas, com a participação de todos os presentes.
Não tínhamos nenhum interesse especial. Os encontros eram casuais. Muitas vezes chegávamos a um lugar e a turma já estava formada; nada programado.
As reuniões eram formadas por estudantes, alguns professores, políticos, funcionários públicos, dono de cartório, aposentados, etc, fazendo assim que os encontros tivessem representadas várias classes sociais.
Não tínhamos identidades semelhantes.
Para mim foi uma oportunidade de aprender com pessoas mais experientes e também de fazer valer minhas ideias e opiniões.
Desses encontros trouxe vários ensinamentos que agregaram valor à minha vida.
Outro fato para o qual a minha memoria me socorre, era que comentávamos vários assuntos, mas não nos envolvíamos com nenhum deles.
Pode parecer estranho, muitos colegas conseguiram o primeiro emprego, através de pessoas que frequentavam a nossa rede social, e eram bem relacionadas no mercado de trabalho.
A tônica do grupo era compartilhar, respeitar e ouvir a opinião de todos.
Cerca de vinte pessoas compunham o grupo, óbvio, que as vezes alguns falhavam ao encontro, por algum motivo particular.
Compartilhávamos ideias. Os encontros eram nossa fonte de contato.
Toda tarde nos reuníamos, e o público era intenso, com muita participação das pessoas.
A nossa rede social não era online; estávamos conectados com as pessoas e com os donos dos estabelecimentos, que sempre estavam muito bem informados em vários assuntos e sempre nos recebiam muito bem.
Nossa rede social se reunia na sapataria do Zé Coló, na barbearia do Jarbas, na alfaiataria do Edgar, na loja do Evandro, no barzinho Sô Zé...
Como verdadeiros “provedores”, esses comerciantes viabilizavam a rede, mas também fiscalizavam o seu conteúdo, às vezes chamando a atenção de alguém por um comentário fora do contexto.
Hoje, difícil de encontrar alguém que não use a rede social online.
Não deixa de ser uma transformação da nossa sociedade, todos estão conectados.

Cristóvão Martins Torres

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Um Plano Diretor para o futebol brasileiro

O futebol brasileiro se encontra em crise: clubes, com raríssimas exceções, em situação financeira complicada, dirigentes envolvidos em negociatas pouco confiáveis, insegurança nos estádios etc.
Diante disso, é necessária a união dos atores envolvidos na administração desse esporte, para diagnosticar os problemas e apontar soluções.
Essa reunião precisa ser democrática: deve contar, majoritariamente, com dirigentes (os famosos "cartolas"), mas também com representantes de autoridades públicas envolvidas na organização de espetáculos esportivos, representantes das torcidas etc.
Nessa reunião é preciso abordar a realidade do futebol brasileiro na sua totalidade e, após discussão, fazer uma espécie de plano diretor do futebol. 
O plano diretor de um município é uma lei que organiza o convívio no espaço de uma cidade. Por analogia, o plano diretor do futebol seria uma lei contendo o conjunto de diretrizes gerais e regras especiais sobre as várias atividades envolvidas na prática do futebol, destacando-se três: administração e regras de compliance, direitos dos torcedores e, por fim, plano de carreira dos atletas.

Administração e regras de compliance

Atualmente, a grande maioria dos clubes está endividada. Isso se deve, sobretudo, a dois fatores: por um lado, à incompetência e, em alguns casos, infelizmente, à má fé dos dirigentes e, por outro lado, à pressão da torcida por resultados imediatos. Só vejo uma maneira de solucionar esse problema: criar um controle nos moldes da lei de responsabilidade fiscal: o dirigente que gastar mais do que arrecada responde pessoalmente, penal e civilmente, pelo dano causado ao clube. Isso faria que os dirigentes honestos tenham respaldo legal para resistir às pressões da torcida por contratações milionárias, incompatíveis com a realidade do clube. Os desonestos, que infelizmente hoje provocam os clubes brasileiros, nem teriam vontade de entrar...

Plano de carreira dos atletas

O plano de carreira dos atletas deve prever de forma clara as categorias (Infantil, juvenil, juniores e profissional), seus salários, formas de progressão, direitos e benefícios etc. Os salários devem ser proporcionais a cada categoria, aberta a possibilidade porém de o craque do time ter um salário um pouco diferenciado (respeitadas as regras de responsabilidade fiscal).
O plano de carreira deve contar ainda regras de produtividade, estabelecidas com base em critérios técnicos.
Naturalmente, o teto salarial de cada categoria do plano diretor deve ser estabelecido por cada clube, dentro de sua realidade financeira: cada um paga o que pode pagar.
Não deve haver nenhuma padronização nisso, porque a realidade de um clube pode ser, e de fato é, diferente da realidade de outro clube.

Direitos dos torcedores

O estatuto do torcedor já os prevê. O que é necessário agora é sua revisão, buscando o estabelecimento de medidas concretas para garantir a segurança e o bem estar nos estádios.

Mas não adianta apenas criar o Plano Diretor do Futebol Brasileiro. Uma vez criado, ele precisa ser cumprido com rigor. Sem isso, nosso futebol brasileiro caminha a passos largos rumo à decadência.

Detalhe de suma importância para o espetáculo

Durante uma partida de futebol, cada equipe pode fazer três substituições.
Seria interessante que depois de feitas as substituições, caso um jogador de uma equipe sofra uma fratura, seja possível, fazer a quarta substituição.
Um detalhe que reputo da maior importância para o bom espetáculo, óbvio, só em caso de uma possível fratura em um jogador.

Aconteceu com o futebol brasileiro

Muitas vezes passamos a vida distraídos, deixamos de estar conscientes para o que está acontecendo, em certos momentos somos atropelados pelas circunstancias.

Só com o fortalecimento dos clubes

O que precisamos é que todos estejam cada vez mais integrados no espirito de melhorias do futebol brasileiro.
Todo mundo trabalhando, todo mundo comunicando esses conceitos, seja entidade máxima do futebol brasileiro, federações esportivas estaduais, dirigentes dos clubes, torcidas e a imprensa esportiva.
Todos imbuídos do mesmo propósito de melhorias de todos os conceitos e em todos os níveis, do futebol brasileiro.
Nessa hora de crise é importante a união e a padronização de idéias das pessoas inseridas no processo.
Não vão nunca sozinhos, concertar o que conseguiram atrapalhar.
Tem que ser uma melhoria contínua, com um trabalho de todos.
Um trabalho a longo prazo, resultados imediatos não daria certo, não seria a solução.

Cristóvão Martins Torres

A encantadora Torre Eiffel





Com 324 metros de altura e 10.000 toneladas de estruturas de aço, a Torre Eiffel mostra sua imponência.
São tres níveis, sendo que os dois primeiros tem restaurantes para atender aos turistas que visitam a torre.
É a maior atração turística de París, sendo o monumento pago mais visitado do mundo.
Sem dúvida o símbolo mais interessante de París e da França.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A música na Europa

Na Europa, nas cidades que visitei a música tem sempre um lugar especial.

"A música em uma praça de Berlin, próximo a um teatro."

" A música em uma esquina em Berlin."

"No metrô em Londres, ao som de um acordeon."

"Em um café em Paris, pode-se tomar um bom vinho"

Inteligente e real: obra reflete sobre crises atuais no país

Inspirado em acontecimentos recentes como o conflito humanitário venezuelano e a devastação da Amazônia, escritor Mauro Segarra, lança pela Amazon seu mais novo livro "Meteoro"
Em meio à crise humanitária venezuelana, com efeitos no Brasil, um importante pastor evangélico e presidente-fundador da Congregação é misteriosamente encontrado morto em um quarto de hotel em Boa Vista (RR), junto a uma refugiada da Venezuela.
Sem concordar com os rumos tomados na investigação do assassinato de seu pai, Turíbio parte em busca da verdade em meio ao caos instalado em sua volta. É nesse cenário envolvente e realista criado pelo escritor e pesquisador em acústica Mauro Segarra, que se passa a obra Meteoro, lançada em e-book na Amazon.
Nessa narrativa encantadora e ambientada nos tempos atuais, Turíbio, um dos personagens principais, fica dividido entre buscar a reparação da imagem do pai e viver uma devastadora paixão por uma misteriosa jovem venezuelana, que lhe foi apresentada como Ester, que o rapaz conhece no coração da Amazônia. 
Além da trama central, que retrata com afinco os refugiados da Venezuela e as missões evangélicas na região norte do Brasil, Mauro Segarra consegue trazer aos leitores reflexões relevantes sobre a devastação da Amazônia; exploração dos recursos naturais; conflitos com os garimpeiros e índios; os desdobramentos em Roraima; organizações criminosas da região e tráfico internacional de pessoas.
“— Não haveria necessidade de forjar nada – emendou o delegado. – Ele seria morto da mesma maneira que tantos outros padres, pregadores e jornalistas, por esta Amazônia afora. Seria vítima de algum atentado, de um assassino profissional. Manipulações são coisas muito raras. E o pastor Rômulo, como constatei, não se metia com questões de terra, com poderosos. [...]
— Calma aí! – interveio Turíbio – O nosso trabalho com os venezuelanos incomodou muita gente. Recebemos turbilhões de críticas dizendo que, com os nossos serviços, estávamos incentivando a eles chamarem mais venezuelanos, para cá, seus familiares e amigos. E que a cidade já estava muito lotada deles, que não temos estrutura, que estamos adiantando apocalipse. [...]” (Meteoro, p.33)
Com a escrita leve e bem detalhada, o autor viu a necessidade de narrar esses fatos importantes para a sociedade contemporânea em forma de história. Seu mais novo romance policial Meteoro é embasado por pesquisas aprofundadas sobre os índios e a crise que os refugiados sofrem em solo desconhecido.
Ficha Técnica
Título: Meteoro
Autor: Mauro Segarra
Número de páginas: 230
Formato: E-book – Kindle
Idioma: Português

Sinopse: Em um quarto de uma hospedagem barata de Roraima, um pastor evangélico presidente de Congregação é encontrado morto, junto a uma refugiada venezuelana. Os resultados das investigações sobre o crime não satisfazem Turíbio, o filho do pastor, que vai atrás da verdade. Nesta busca, ele se depara com uma paixão devastadora e o flagelo venezuelano no coração da Amazônia.
Sobre o autorMauro Segarra é paulistano, mas vive no Rio de Janeiro desde 2008. Apaixonado pela poesia, acabou por se formar em engenharia elétrica na USP e começou a trabalhar com a métrica do som. Atualmente é pesquisador em Acústica no Inmetro e amante da boa leitura de romances históricos e policiais. Em 2018, ficou entre os finalistas da modalidade "Poesia do concurso Segunda Maratona Literária", promovido pela Editora Oito e Meia pelo site “Carreira Literária”.
É casado com Luciane Gomes Segarra. Não tem filhos.

Desapego total: a busca de uma mulher pelo autoconhecimento

Em "Entre Cabul e a Dança das Borboletas", a escritora paulistana Karina Manasseh une viagens, gastronomia, romance e aventura para contar a história de Maria, uma diplomata inquieta que na busca pelo desapego total se perde entre dois caminhos
Cabul, Afeganistão, princípio do século XXI: um sonho possível ou uma promessa de fuga? Para Maria, personagem principal da obra Entre Cabul e a Dança das Borboletas, publicada pela editora Edite, a cidade exótica é promessa de liberdade, mas talvez o preço seja alto demais. A obra, escrita pela paulistana Karina Manasseh, conta a história de Maria, uma diplomata que, após sofrer um trauma familiar, deixa o Brasil e passa a viver sem fincar raízes ou se permitir ao apego emocional em frequentes viagens pelo mundo.
Durante as viagens, Maria conhece um homem pelo qual se apaixona e que a faz revisitar as razões que a levaram a deixar para trás a bagagem emocional familiar e questionar escolhas e modo de vida. João é advogado de uma empresa multinacional, casado e com dois filhos pequenos. Ele administra uma vida estável em São Paulo com as viagens pelo mundo a serviço da empresa. O surpreendente encontro desses personagens e o romance que se segue dão o pano de fundo para embalar a história de autoconhecimento de Maria.
Apesar das rotinas de aeroportos parecidas e o interesse mútuo por novas culturas e experiências, Maria e João possuem estilos de vida diferentes. Os dois anos de encontros dos protagonistas misturam dois tipos de rotas de viagem opostas: uma mais turística devido ao romance e outra mais realista e séria devido ao trabalho de Maria, que inclui Cabul, Beirute, Islamabad ou La Paz.
É nas viagens da protagonista que o leitor se aproxima do enredo proposto pela autora, principalmente quando Maria está em Cabul, no deserto do Thar e na Bolívia. O conteúdo histórico destes momentos, misturado ao contexto de cada local e ao romance vivido pelos personagens torna a obra fascinante. A descrição das pessoas, países, culturas e comidas desperta o interesse do público que, além de romance, também gosta de História, turismo, política e gastronomia.
“Talvez pela velocidade com que se cruza o planeta hoje em dia, com aviões indo e vindo, meu espírito não acompanhava o deslocamento do meu corpo. Era como se o meu corpo estivesse em Cabul, naquele quarto simples cheirando a óleo diesel, enquanto meu espírito tivesse ficado em Washington...” – Entre Cabul e a Dança das Borboletas, pág. 14. 
A impossibilidade do relacionamento, a solidão dos hotéis, os desencontros do casal pelo mundo e a espera pelos momentos de união são elementos carinhosamente dosados pela autora. A intertextualidade usada por Karina é um dos detalhes mais lindos da obra: sempre há uma música ou um trecho literário citado que enriquece o clima de romance e descobertas.
Por se tratar de um caso entre duas pessoas que possuem interesses em comum e vidas inteiramente distintas, o romance de Maria e João se desenvolve dentro de um realismo dolorido. Por sentir-se presa entre dois mundos, Maria procura se reinventar longe de todas as amarras e parte para Cabul. Com um desfecho dramático e surpreendente, a personagem percebe, finalmente, a inviabilidade de fugir de si mesma e da sua história.
Sinopse: Cabul, Afeganistão, princípio do século XXI: um sonho possível ou uma esperança de fuga? Para Maria, personagem principal da obra Entre Cabul e a Dança das Borboletas, a cidade exótica é promessa de liberdade, mas talvez o preço seja alto demais. O romance entre Maria e João é pano de fundo para a abordagem de assuntos distintos: gastronomia, viagens, cultura, história, política e economia de outros países são temas que se alinhavam por uma intensa história de amor. A impossibilidade do relacionamento, a solidão, os desencontros, os ciúmes e a espera são elementos concretos e bem dosados por meio de encontros fortuitos, mas românticos e atemporais, que criam uma relação complexa entre os amantes. A narrativa é fluida e estruturada de forma a prender e provocar o interesse o leitor.
Ficha Técnica:
Título: Entre Cabul e a Dança das Borboletas
Autor: Karina Manasseh
Sobre o autor: Nascida em São Paulo, Karina Manasseh é jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com mestrado em Estudos Latino-Americanos e Ciências Políticas pela Universidade de Georgetown, em Washington, D.C., onde reside com a família. A literatura sempre foi uma paixão e um refúgio para a autora. Entre Cabul e a Dança das Borboletas é o primeiro romance de Karina.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Valeu Mestre Duvalzinho

Ao longo da minha vida, fiz, graças a Deus, muitos amigos, convivi sempre com figuras muito especiais e lamento o fato de muitos já não estarem mais por aqui.
Duvalzinho, era um desses amigos.
Amigos não tem defeitos, tínhamos uma amizade baseada na mútua admiração e na cumplicidade.
A sinceridade era uma das qualidades que mais admirava nele, não mandava recado e, quando estava aborrecido ou não gostava de algo, falava na hora e na cara o seu descontentamento, não falava pelas costas.
Era uma pessoa de muita personalidade, muito carisma e, genial em sua simplicidade, com opiniões sempre claras e objetivas.
Se Elton John “era a voz” da época, Duvalzinho “era a dança".
Gostava de ir a bons bailes e de dançar, era um verdadeiro pé de valsa.
Nos bailes era comum vê-lo numa mesa rodeado de amigos.
Com muito traquejo social, era uma pessoa que comunicava muito bem, sempre solícito e com um bom papo, educado, gentil e sempre disposto a dividir sua experiência com os mais jovens.
De memória privilegiada e facilidade de expressar, tinha um profundo conhecimento na arte de viver bem, o que não nos fazia imaginar, que por trás daquela voz, havia uma pessoa tão especial.
Com toda sua simplicidade, nos ensinava todos os dias; com experiências, gestos, palavras, sorrisos, companheirismo, sabedoria, solidariedade, principalmente com exemplos.
Por ter convivido com o público durante anos, já que era grande comerciante e dono de loja, sempre dizia que conhecia as pessoas no primeiro olhar.
Pressentia quando a pessoa não era de boa índole, pessoa do bem.
Eu tive a sorte de poder conviver com ele e, tirar proveitos desses ensinamentos.
O apelido de "Mestre", dado a ele por mim, lhe caía como uma luva.
Nas festas de aniversário do Prata, era comum vê-lo aproximar de pessoas que não via há muitos anos(pratianos ausentes), desejar boas vindas a cidade e oferecer os préstimos.
Não era pessoa de guardar todo o dinheiro que ganhava, criou a família com muita fartura e conforto,  "mão aberta", não podia ver uma pessoa em má situação, rapidamente se prontificava para ajudar.
Duvalzinho, tinha uma maneira franciscana de enxergar e levar a vida.
Foi o que deu o primeiro passo na caminhada do carnaval do Prata, onde fundou o "bloco do sujo batendo na lata", foi o precursor do carnaval.
Em vida, sua trajetória se confunde com a história do carnaval, pois sabia gostar de festas.
Sua cultura geral aliada a uma boa conversa, lhe garantia, ser admirado por todos.
Esse foi o grande e querido amigo da vida toda, esse sim, foi o cara que gostava muito de um bom baile, uma boa festa e uma boa proza.
"Abrir mão da vida para fazer o que gosta", era seu lema.
Pelo grande traquejo social que possuía, deixou um grande legado a sociedade pratiana.
Enquanto viveu, teve uma boa qualidade de vida e soube ser gentleman.
Duvalzinho, foi um exemplo de cavalheirismo no Prata.

 Cristóvão Martins Torres

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A prova plena e a asserção nas liminares

Amadeu Garrido de Paula

Nosso anterior Código de Processo Civil, de 1973, subproduto de regime de exceção, revelava sua filosofia autoritária em vários de seus subsistemas normativos, dos quais é exemplo o quadro das medidas liminares.

Para concessão de qualquer medida acauteladora, o Código Buzaid exigia, à comprovação do "periculum in mora", prova o quanto mais plena possível. Daí sua concessão com mão avara pelos juízes, preocupados em adiantar o direito sem que depois ele fosse confirmado na sentença final exauriente.

O novo CPC abriu o espectro da imediata proteção, não fala em certeza do direito, até porque esta somente virá com a sentença final. Contenta-se em falar sobre "probabilidade". Probabilidade  é um "intermezzo" entre a certeza e a incerteza, parelha com a verossimilhança.

Decorre daí, com a vênia dos contrários, que nos parece suficiente, à concessão de uma proteção imediata, a mera invocação do "jus assertiotinis", presunção abstrata, porém lógica. Afastamo-nos, em nosso pensar processual, do magistrado burocrata e incapaz de reflexões do espírito que importam, por vezes, muito mais do que a comprovação, como de hábito, de um fato que possa ser palpado - e não raro fundado em razões comprovadas - e falsas.

Por exemplo, a colisão tangencial de uma motocicleta que voa no espaço, até um muro na margem de uma avenida, provocando sérios gravames físicos em seu condutor, com um veículo estacionado, indevidamente, com parte de sua frente a invadir a contramão, para uma travessia. Melhor do que qualquer prova - principalmente a testemunhal - está no dom concedido por Deus aos homens para raciocinar lógica e criticamente. O impacto de uma moto em baixa velocidade contra um carro parado é incapaz de fazê-la voar; no máximo, deixa-se o condutor nas proximidades do impacto, praticamente sem consequências, muito menos gravíssimas. Ao concluir nesse sentido, o juiz não exacerba seu poder de convicção, antes ajusta a lei jurídica ao auxílio de outra lei, ainda mais incontestável - de pura física dos movimentos e da velocidade.

Outro: alguém se queixa de que um imóvel lindeira passou a produzir ruídos nocivos. E os ruídos são a fonte mais poluidora dentre as poluições quando malbarata o ouvido; é capaz de fazer oscilar o coração da vítima, conforme já reconheceu o E. Pretório, em memorável e acalentado acórdão, em que se pronunciou no sentido de que as lesões auditivas são tão graves (alicerçado em vários pareces periciais), a ponto de não dever ser revertida a aposentadoria por invalidez, no caso de zumbidos crônicos, etc., que são deletérios, a ponto de, em  certos casos graves, o zumbido no interior de um ser poder ser percebido por um terceiro.

Dessarte no segundo exemplo, parece-nos dispensável qualquer prova, bastando confiar-se na asserção do requerente da liminar, que, como é consabido, sujeita-se a sanções graves ao construir uma fábula contra o réu. Da só produção de zumbidos nocivos - uma demolição a perfuradoras e marretadas, por exemplo - extraia-se a verdade. Se o pedido de cautelar é fundado, como se deve, no princípio da razoabilidade, tal como a vedação do som em sua origem por porta e janela antirruído, abafando-o, não a suspensão e tampouco demolição da obra, o deferimento da medida é compatível com as presunções que o direito pós-moderno nos autoriza a  fazer, independentemente da prova, em especial pré-constituída, impossível no caso, muito menos plena.

Se se comprovada a fraude, a medida pode ser revogada a qualquer tempo, posto que seu comando não tem a rigidez irretornável da irreparabilidade. As coisas voltam ao estado anterior, a (s) porta (s) e a (s)  janela (s), antirruído podem ser desfeitas a qualquer tempo ou, como sempre são úteis, custeadas pelo autor e não pelo réu. Desse modo, o direito processual estará trilhando o belo caminho da equidade, esforçando-se por aproximar-se dos direitos humanos, sem a reverência patrimonial do passo, em que a propriedade e a posse eram as ditaduras jurídicas provenientes das ditaduras políticas.

Apenas tocamos de leve no tema, na esperança de que doutrinadores de porte encampem nossa modesta tese, para aproximar o direito contemporâneo do mundo avançado da lógica e da própria filosofia - ciência de todas as ciências.

 Por Amadeu Roberto Garrido de Paula, o advogado paulista atua há mais de 40 anos em defesa de causas relacionadas à Justiça do Trabalho e ao Direito Constitucional, Empresarial e Sindical.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

O Precioso Trabalho das Parteiras

No Passado elas tiveram papel importante no trabalho de parto; ajudavam as parturientes quando do nascimento de seus filhos.
Faziam seu trabalho nas cidades, bem como em distritos e na zona rural.
Sempre atenciosas, com um sorriso no rosto e com grande experiencia, faziam os partos com tranquilidade e competência.
Embora vistas por muitos como uma atividade sem estrutura, ela é uma das mais antigas do mundo, sendo muito segura.
Lembro-me de um caso, ocorrido na fazenda da vargem, do meu Avô Tineco, onde passava férias com minha mãe: uma mulher de um empregado da fazenda entrou em trabalho de parto. Foi então chamada uma parteira, que atendia na região (parteira essa que já era conhecida de todos na fazenda); sua atuação foi providencial e fundamental no nascimento da criança, uma menina. Quando ouvimos o choro da criança foi uma alegria geral. Havia vários empregados na fazenda, que haviam parado suas atividades para acompanhar o nascimento da criança.
Hoje, fazendo uma reflexão sobre esse fato, chego à seguinte conclusão:  experiência, paciência e competência foram fundamentais naquele dia, já que o parto foi demorado.
No dia do nascimento da criança, passadas algumas horas, vendo a mulher com sua filha no colo, tive a sensação que ela se sentia bem cuidada, não se sentia como uma paciente.
As parteiras daquela época eram pessoas abnegadas, abriam mão de muitas coisas para se dedicar a outras pessoas.
O trabalho das parteiras me faz lembrar da mãe natureza, já que o parto é uma transformação.

Cristóvão Martins Torres

Holandeses mantem tradição, cultura e fé no paraná


"Cada imigrante tem uma importância e contribui e muito para o nosso país.
A sociedade precisa conhecer a realidade que o imigrante mostra.
A gente somente teme aquilo que não conhece".
Veja que historia interessante!

No dia 17 de março de 1954, a família Barkema deixava a Holanda rumo ao Paraná. Eles fazem parte de um grupo importantíssimo na formação do estado: o dos imigrantes. Com 80 anos de idade, Reinder Mattheus Barkema lembra com clareza das datas e fatores que fizeram sua família deixar Ten Boer, um antigo município do nordeste da Holanda, na província de Groningen, em busca de novas terras. “Nós éramos em onze filhos e meus pais sabiam que lá não teríamos terra para gerar renda para todos, além da insegurança do pós Guerra”, conta. A viagem foi longa e a família chegou ao Brasil no dia 21 de abril de 1954, quando começou uma nova trajetória. 
Profissão
A experiência na agropecuária, profissão que sustentava a família Barkema na Europa, foi um dos fatores que motivou a vinda para o Brasil. E, com as oportunidades do novo país, Reinder seguiu os passos do pai no ramo. “A agropecuária tem um modo de trabalhar que permite diversificar a produção, possibilita que, em um pequeno espaço de terra, possamos garantir nosso sustento”, conta. 
Cultura
Além da atividade profissional, a cultura e as tradições holandesas são traços que se mantêm geração após geração na família. Para Reinder, os valores ensinados por seus pais são a principal herança a ser deixada para seus filhos e netos. “Nós aprendemos que palavra tem que valer e que deveríamos sempre seguir praticando o bom exemplo que aprendemos com pai e mãe. Além disso, manter a nossa língua holandesa é essencial, pois ela já diz muito sobre nós, sobre como trabalhamos e pensamos. E a crença que recebi dos meus pais, protestantes, também foi algo que transmitimos para a família”, explica. 
Por serem colônias holandesas, Castrolanda, Carambeí e Arapoti também permitem que as famílias mantenham as tradições do país de origem no convívio em sociedade. O imigrante e conselheiro da Associação Cultural Brasil-Holanda, Jan Borg, conta que a convivência entre as famílias da região é essencial para a manutenção dos traços culturais. “A interação com outros imigrantes e descendentes de holandeses faz com que toda a comunidade consiga manter requisitos importantes para a cultura, como a língua, a fé e também a comemoração de datas festivas holandesas”, conta. 
Nova geração
Filho de Reinder, Albert Reinder Barkema e seus cinco irmãos também pretendem seguir a tradição do país de origem da família e manter os valores pregados pelo pai. “Como nosso pai e mãe são holandeses, eu e meus irmãos fomos criados dentro dos costumes e cultura dos Países Baixos. Na fé e na educação, temos traços muito fortes dessa tradição, além da tentativa de manter sempre a língua como uma herança que nos identifica”, ressalta Albert. 
Para a irmã de Albert, a professora Marjan Barkema Loman, a mudança de gerações não deve interromper a transmissão da cultura que recebeu dos pais. “Tudo o que é ensinado na infância, permanece conosco. As gerações podem mudar, e nós também, mas isso não pode fazer com que percamos nossos princípios. A tradição permanece em nossa família e é passada aos nossos filhos pela rotina diária que temos em casa”, finaliza.
Sobre a ACBH
A Associação Cultural Brasil-Holanda (ACBH) é uma organização formada por holandeses e descendentes de holandeses no Brasil, oriundos de diversas colônias. Visa preservar o patrimônio histórico artístico e cultural holandês e brasileiro para a posteridade. Também quer incentivar, desenvolver e divulgar as várias formas de expressão cultural.

Museu do Louvre em Paris, Cidade Luz

 Impossível entrar neste Museu sem passar pela Pirâmide, a qual tem 21 metros de altura e duzentas toneladas de vidro e de traves. Este fenômeno da arquitetura é submetido a uma limpeza semanal por um robô, criado justamente para desempenhar esta tarefa. Já no seu interior, quem por ele excursiona se verá entre obras ancestrais e criações contemporâneas, caminhará entre a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia e a Vênus de Milo, bem como terá contato com objetos do Antigo Egito e da civilização greco-romana.

 
"Museu do Louvre"

Orgulho dos franceses, símbolo da Cultura Mundial, o Museu do Louvre, localizado em Paris, contém coleções de arte que vão desde a Cultura Antiga até a Moderna.

Parte externa do Museu com a famosa Pirâmide ao fundo

Galeria interna do Museu (área de Telas)

Galeria das Estátuas Antigas

O espaço mais disputado pelos visitantes do museu do Louvre é o quadro "La Gioconda" ou simplesmente "Mona Lisa", 
de Leonardo da Vinci

O Charme e o Encanto de Paris, Cidade Luz