sábado, 3 de novembro de 2012

A encantadora Torre Eiffel

 A Torre Eiffel é o monumento pago mais visitado do mundo, com 324 metros de altura e 10.000 toneladas de estruturas de aço.
Foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel.
Foi construida para comemorar os cem anos da Revolução Francesa, onde foi inaugurada em 31 de março de 1889.
Abaixo algumas fotos deste Blogueiro em sua visita ao famoso monumento.

 Na foto acima, o Blogueiro com a Torre Eiffel ao fundo



 Vista panorâmica de Paris, a partir do último nível da Torre (Rio Sena, que corta Paris, ao fundo, à direita)



Nos restaurantes as reservas tem que ser feita com antecedência.A reserva é feita por toda a noite, para que as pessoas possam desfrutar de seu jantar e saborear um bom vinho com tranquilidade, deixando os seus sentidos serem absorvidos pela romântica e inspiradora atmosfera parisiense.De címa da torre durante a noite, devido a iluminação da cidade de París, o cenário é deslumbrante, indescritível, chega ser muito emocionante.

domingo, 28 de outubro de 2012

Como meu pai enfrentou a velhice

Desse homem conheço numerosos fatos notáveis, mas nada é mais digno de admiração do que a maneira como enfrentou a velhice.
Todas as pessoas desejam viver muito, mas, quando ficam velhas, algumas se lamentam muito.
Certa ocasião, perguntei a meu pai se desejava viver muito tempo, ele respondeu:

  • nada tenho a reprovar em relação à velhice, os frutos dela são todas as lembranças que adquiri do passado;
  • os velhos não devem se apegar, nem renunciar ao pouco de vida que lhe resta, porque ninguém é bastante velho para não viver vários anos a mais;
  • saber distribuir o tempo é saber aproveitá-lo;
  • as pessoas agradáveis suportam facilmente a velhice; o temperamento e a beleza estão em todas as idades;
  • toda idade tem seu prazer e sua virtude. Não é a força nem a agilidade que marcam as grandes façanhas de um homem. O que importa é a maneira de pensar, a sabedoria, a humildade, o discernimento, a honestidade, a bondade e a verdade;

Portanto, meu Pai acreditava ser o ser humano a origem e o fim de todas as coisas na sociedade. Ele entendia que as pessoas, através do estudo e trabalho, buscam a sobrevivência e o crescimento da espécie.
Gostava de dizer: velho sim, velhaco jamais.
Enfatizava que chegou àquela idade tendo permanecido ativo, trabalhado sem descanso desde novo, sobretudo porque tinha perdído seus pais muito cedo, criado sua familia, participado do processo da construção do Colégio Marques Afonso e cultivado o caminho do bem.

A construção do Colégio foi uma boa lembrança que carregava consigo. Sentia que ela tinha propiciado às pessoas, desde o mais humilde ao mais abastado, sentarem-se lado a lado e terem as mesmas oportunidades na vida.
Seu grande sonho e desafio foi diminuir as desigualdades através da educação. Acreditava que não há limites para os sonhos e não importa o tamanho do seu sonho, o importante é acreditar.
Ele dizia que a razão que o motivou a lutar pelo colégio naquela época foi ter observado que muitos pais não tinham condições financeiras de manterem seus filhos estudando fora do prata.
Sua alegria foi muito grande ao perceber que, depois de construido, dentre os primeiros alunos matriculados no colégio havia não só pessoas do Prata, mas também de cidades vizinhas.
Fazia questão de ressaltar que tinha aprendído com sua esposa Auxiliadora, minha mãe, que o que fazemos de graça recebemos em graça.
Meu pai exerceu seu ofício com profissionalismo, dedicação, amor e respeito aos clientes. 

As lembranças das coisas boas que realizou o confortaram muito na velhice. Dizia que seus cabelos brancos e suas rugas eram a recompensa de um passado exemplar que teve e concluia afirmando:
"assim como o bom vinho, as boas ações que praticamos no passado não azedam com o passar do tempo; Deus nos fornece, aqui na terra, um hotel provisório e não um domicilio definitivo".

Essas são as lembranças que tenho do meu Pai, Benjamim Torres. Guardo com muito carinho a imagem de um homem bom que se sentia muito bem em fazer o bem, que lutou muito para o bem da coletividade, que nos deixou muito orgulhosos com seus gestos, e soube envelhecer com sabedoria, embora tenha partido, continua vivo em meu coração.

Cristóvão Martins Torres


domingo, 16 de setembro de 2012

A Nova Família Pratiana

Os canários chapinha vieram fazer parte da família pratiana.
Nunca os perguntei de onde vieram nem quanto tempo vão ficar para alegrar as nossas manhãs, com seus cânticos que nos acordam de forma agradável.
Por toda a cidade estão sempre em bandos, fazendo seus ninhos.
Fazem os ninhos com muito trabalho, fio a fio trazido no bico.
Em cada árvore tem sempre um ninho com filhotes gritando, e a mãe desesperada, tentando alimentá-los.
Nos ninhos com ovos que ainda não se abriram, os movimentos dos casais são constantes, num vai e vem entre o macho e a fêmea.
Além da prisão em gaiolas, a maior causa do seu desaparecimento em nosso país é a morte de milhares deles devido aos agrotóxicos sem critérios sobre as plantações.
Aliás, o canário chapinha não é a única vítima dos defensivos agrícolas, existem dezenas de outras espécies que sofrem com isso.
A espécie esteve perto da extinção no passado, e hoje milhares proliferam a todo vapor por toda a cidade: apesar de maltratada por muitos, a natureza sobrevive.
É de se perguntar quem é o responsável por isso.
Lembro-me da juíza que passou em nossa cidade, a Doutora Maria da Glória, que aplicando de forma correta nossa legislação, coibiu o ato de manter pássaros presos.
Com isso preservou a espécie, e nos deixou um grande legado: o canário chapinha, pássaro bonito de plumagem amarela, cantador, sociável, valente, voltou a alegrar a vida no Prata.
Se tenho uma dica a dar as pessoas é que cuidem bem dos passarinhos.
O calor dos nossos amigos e o cântico dos canarinhos chapinha tornam o Prata um lugar mais tranquilo e alegre de se viver.

Cristóvão Martins Torres

sábado, 15 de setembro de 2012

Perdemos o Encanto de Cidade Rural

Quem chega à cidade fica impressionado com a quantidade de carros nas ruas.
As ruas já são estreitas, e com carros estacionados dos dois lados das vias o espaço para o tráfego fica muito reduzido. Resultado: o trânsito fica um caos.
Parece que andar a pé faz parte do passado.
No passado, distâncias que hoje são percorridas em automóveis eram percorridas de maneira saudável: a pé.
Por que tanta circulação de automóveis em nossas ruas?  Compromissos urgentes ou ônus do progresso?
O fato é que o Prata perdeu aquele encanto de cidade rural.
Aquele encanto bucólico!
E ao se locomoverem cada vez mais de automóvel, as pessoas não se encontram pelas ruas como antes; assim, aqueles agradáveis bate-papos de outrora estão sendo substituídos pela comunicação através das redes sociais...
Desde a entrada da cidade até o seu final é carro para todo lado.
O carro, que em princípio traz mobilidade, em excesso significa exatamente o contrário.
Dizem que as pessoas são seres de hábitos. Parece que muitas pessoas estão usando os carros por puro hábito.
O excesso de carros dificulta o cumprimento do acordo de Paris, cujo objetivo é reduzir as emissões de gases de seus signatários, a  fim de manter em níveis razoáveis a temperatura do planeta.
A fim de reduzir a emissão de gases, na França as autoridades estão solicitando que as pessoas deixem seus carros em casa, optando pelo transporte público.
Na medida em que os carros ganham espaço nas ruas da cidade as pessoas perdem saúde e a oportunidade de se comunicar.

Cristóvão Martins Torres

domingo, 29 de julho de 2012

Implantação da qualidade total na empresa MSG, período de muitos treinamentos

A implantação da qualidade total na MSG, nos trouxe muitos aprendizados e crescimentos pessoais porque fizemos muitos cursos.
Era curso atrás de curso, seja fora da empresa e na própria empresa.
Era muito comum, sairmos do turno e entrarmos em um curso ou estarmos no horário da noite, descermos mais cedo do serviço e voltarmos no mesmo dia a 8 horas no horário administrativo, para fazermos cursos, sobre qualidade total.
Essa prática era muito comum, de deixarmos a Mina com uma pessoa credenciada pela empresa e descermos, para no outro dia fazermos cursos seja na empresa ou mesmo fora dela.
Foi uma época de muitos cursos para os supervisores, já que tínhamos de multiplicar as informações sobre o processo de qualidade total, que diga-se de passagem requer muito comprometimento dos colaboradores.

Entrei na MSG em 18 de agosto de 1982, onde exerci várias funções na empresa, já que trabalhei até 2003, onde ela entrou em processo de exaustão, acabou o minério com qualidade.

 Exerci várias funções, dentre elas:
-Auxiliar técnico do controle de qualidade
- Técnico do controle de qualidade
- Supervisor do controle de qualidade
- Supervisor de Mina
- Gerente técnico
- Gerente operacional

# Todos essas funções em todo o período que trabalhei na empresa, nas gestões de quatro presidentes, até o fechamento da mesma no final do ano de 2003.

# Todos esses anos, trabalhei em regime de revesamentos de turnos; dia, noite, madrugada, sábado, domingo, feriados e dia santo, com sol chuva, frio, calor, cerração, etc.

# Por decisão da gestão, no inicio das atividades da empresa, supervisor batia cartão, depois passamos a bater o ponto só uma vez por dia, seja na entrada ou durante as atividades ou no final da jornada de trabalho, depois passamos a passar cartão eletrônico, com o passar do tempo cortaram o cartão eletrônico, passamos a assinar uma folha de ponto, depois extinguiram todos esses procedimentos e, passamos a não assinar mais a folha.

# Todo o período que trabalhei na empresa, de 1982 até 2003, não recebi nenhuma hora extras, diziam que a CVRD, não pagava horas extras aos seus supervisores, como aqui era uma especie de subsidiária de lá, a CVRD tinha 51% das ações da empresa, seguida de 49% de grupos japoneses, tínhamos que cumprir essas determinações.
Mas pagávamos hora extras para nossos colaboradores.

#Na época não tinha banco de horas na empresa, para os supervisores, depois colocaram.

# Fazíamos reuniões constantes após a jornada de trabalho ou mesmo antes dela ou nas nossas folgas, muitas vezes passávamos o mês todo sem ter uma folga.
Dizíamos que folgávamos oportunamente e, quando desse.
Lembro-me de uma época, que entrei no site de horas trabalhadas dos funcionários e vi que tinha mais de duzentas horas positivas a mais na empresa, tempos depois essas horas tinham sumido do site, tinham sido apagadas, óbvio, pelo chefe ou pelo RH.

# Toda saída da empresa tínhamos que avisar ao nosso chefe, já que tinham que indicar outro para substituir.
Um turno de quarenta pessoas, não poderia ficar sem um lider, para comandar a equipe durante a jornada de trabalho.
já que são muitas atividades de um supervisor durante a jornada de trabalho.
O radio de comunicação o chama a todo instante, seja da manutenção ou mesmo dos operadores.
São muitas decisões que um supervisor de mina, tem que dar em um dia trabalhado; os operadores do turno, a manutenção elétrica e mecânica, o controle de qualidade, chamam a todo instante, isso sem contar a chefia que chama, também, quando vão até a mina.
O pessoal do controle de qualidade, pedindo mudanças nas maquinas para determinadas frentes de lavras, para atender a qualidade do minério, são uma constantes, num dia de trabalho.
O supervisor de mina, por atender a toda essas pessoas, fica o turno todo na mina, no campo.
Obvio, que tem também, os serviços administrativos, no escritório, como fazer o ponto do pessoal, mas na sua maioria  passa o dia de trabalho no campo, na mina.
São muitas atividades de um supervisor de mina, num dia de trabalho, são muitas decisões que tem que tomar.

# Quando a MSG fechou em 2003, tínhamos a promessa que iríamos migrar todos os funcionários para a CVRD, mas foram na sua maioria os colaboradores; operadores, mecânicos , eletricistas, etc.
Os supervisores, poucos foram!
Depois de dois anos, fui chamado para a unidade de água limpa em Rio Piracicaba.
Nos dois anos que fiquei parado, aguardando ser chamado pela vale, paguei carnês ao INSS, calculado por eles, paguei sobre o teto máximo.
Paguei mensalmente dois anos ao INSS nos carnês, sobre o teto máximo, depois que fui chamado pela vale, parei de pagar.

Cristóvão Martins Torres

Tradicional Família Cotta realiza mais um encontro anual

A tradicional Família Cotta, da região de São Domingos do Prata e Don Silvério, realizou mais um encontro anual, em São Domingos do Prata, de 27 a 29 de Julho.

Os irmãos Cotta, acompanhados de seus cônjuges

Os Cottas e familiares

Outras fotos da reunião anual dos Cottas:

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London Eye

Localizada às margens do Rio Tâmisa, próxima ao Parlamento Inglês, a London Eye é um dos cartões postais da cidade de Londres, onde atualmente são realizados os jogos olímpicos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Visita do Blogueiro a Londres

Importante monumento histórico da capital inglesa, a Ponte da Torre, localizada `as margens do Rio Tâmisa, ao lado da Torre de Londres, foi inaugurada em 1894.   

O Blogueiro junto à margem do Tâmisa, com a Ponte da Torre ao fundo

domingo, 17 de junho de 2012

Visita do Blogueiro ao Museu do Louvre, na França

Orgulho dos franceses, símbolo da Cultura Mundial, o Museu do Louvre, localizado em Paris, contém coleções de arte que vão desde a Cultura Antiga até a Moderna.

Parte externa do Museu com a famosa Pirâmide ao fundo


Galeria interna do Museu (área de Telas)

Galeria das Estátuas Antigas

sábado, 9 de junho de 2012

Um presidente de clube, nota mil


O Estádio Raimundo Sampaio, mais conhecido como Estádio Independência, já foi palco de jogos históricos, não só de times mineiros, mas também de jogos de Copa do Mundo. Construído para a copa de 1950, nele foram realizados três jogos daquele campeonato mundial: Iugoslávia 3 x 0 Suíça (dia 25 de junho de 1950),  Estados Unidos 1 x 0 Inglaterra (29 de junho de 1950) e Uruguai 8 x 0 Bolívia (2 de julho de 1950). Dentre os três jogos, chama atenção não só a goleada do Uruguai sobre a Bolívia, mas sobretudo a vitória dos Estados Unidos sobre a Inglaterra, considerada uma das maiores zebras da história do futebol.

O novo Estádio ficou muito bom: arquitetura moderna, cabines de imprensa adequadas, sanitários de excelente qualidade e bares internos com bom  atendimento. Pena que existem alguns problemas que maculam o Estádio: falta de estacionamento e alguns pontos cegos que impedem a visão dos torcedores.


Na foto acima, vista panorâmica interna do novo Estádio Independência.


Alexandre Kalil, o melhor presidente que passou pelo Atlético Mineiro.

domingo, 8 de abril de 2012

Memorial Telê Santana



No “Memorial Telê Santana”, localizado na bela cidade de Itabirito-MG, terra natal deste que foi o maior treinador do mundo, o cronista deste Blog, Cristóvão Martins Torres e o técnico Marcelo Bicão, vencedor treinador da categoria de base do União Esporte Clube de Itabirito, vestiram a camisa do América Futebol Clube (MG), time para o qual torcia Telê.

O Transporte Público em Hamburgo (Alemanha)


O transporte público de Hamburgo é constituído por varias linhas de metrô, denominado U-Bahn, trens em direção aos subúrbios, denominados S-Bahn, e várias linhas de ônibus. Isso sem contar o transporte público intermunicipal, que é realizado em grande medida através de trens de média e alta velocidade, estes últimos chegando a atingir 300 Km/h.

sábado, 7 de abril de 2012

As Redes Sociais da Minha Adolescência

Na época da minha adolescência não existia ainda a Internet.
As nossas redes sociais não eram facebook, blogs, twitter, Orkut, e-mail etc.
Nossa rede social era outra: os pontos de encontro que frequentávamos, onde discutíamos problemas diversos.
Escola, esporte, política, trabalho, vida particular, mulher, eram os temas mais ouvidos e debatidos nesses encontros.
Às vezes um determinado assunto era debatido por várias horas, com a participação de todos os presentes.
Não tínhamos nenhum interesse especial. Os encontros eram casuais. Muitas vezes chegávamos a um lugar e a turma já estava formada; nada programado.
As reuniões eram formadas por estudantes, professores, fazendeiros, comerciantes, profissionais liberais, funcionários públicos, funcionários de empresas etc, fazendo assim que os encontros tivessem representadas várias classes sociais.
Não tínhamos identidades semelhantes.
Para mim foi uma oportunidade de aprender com pessoas mais experientes e também de fazer valer minhas ideias e opiniões.
Desses encontros trouxe vários ensinamentos que agregaram valor à minha vida.
O interessante era que comentávamos vários fatos mas não nos envolvíamos com nenhum deles.
Compartilhávamos ideias. Os encontros eram nossa fonte de contato.
Toda tarde nos reuníamos, e o público era intenso, com muita participação das pessoas.
A nossa rede social não era online; estávamos conectados com as pessoas e com os donos dos estabelecimentos, que sempre estavam muito bem informados em vários assuntos e sempre nos recebiam muito bem.
Nossa rede social se reunia na sapataria do Zé Coló, na barbearia do Jarbas, na alfaiataria do Edgar, na loja do Evandro, no barzinho Sô Zé...
Como verdadeiros “provedores”, esses comerciantes viabilizavam a rede, mas também fiscalizavam o seu conteúdo, às vezes chamando a atenção de alguém por um comentário fora do contexto.

Cristóvão Martins Torres

domingo, 18 de março de 2012

Morena Cor de Jambo

Ela chegava sempre antes da aula começar.
Elegantemente vestida com seu uniforme azul marinho. Saia curta, cabelos bem penteados. Impecável como sempre.
Nunca a vimos brava e insatisfeita, era sempre solícita e muito alegre.
Criada nos bons princípios da tradicional família, tinha um coração cheio de bondade, um verdadeiro reduto de pureza.
A todos encantava pela sua inteligência, beleza e educação, razão pela qual era muito querida pelos colegas e pelos professores.
Cabelos encaracolados e olhos escuros faziam de sua figura morena uma das mais elegantes alunas daquele educandário.
Olhos miúdos e muito vivos, tinha um ar de felicidade que parecia tornar ainda mais belo o seu já belo rosto.
A pele tão densamente morena e os traços equilibrados e firmes revelavam não só suas características físicas, mas também o caráter de sua personalidade.
Nos lábios tinha sempre um sorriso, que parecia dizer: não há nada de especial na minha vida.
Quando um professor pedia para ela ir ao quadro negro explicar um exercício, todos na sala prestavam a máxima atenção, hipnotizados pelo que estavam vendo, parecendo estar diante de um cenário inusitado.
Sua explicação era sempre correta.
Suas notas eram sempre as melhores da classe.
Como para um adolescente daquela época tudo era muito desconhecido, tento descobrir hoje o segredo daquela situação; porque dentre tantas alunas na sala de aula, apenas uma chamava atenção?
Hoje não sei dela, mas outro dia tive a impressão de tê-la encontrado.
Frente às intempéries da vida, a situação era outra, bem diferente daquela vivida na escola.
Seus olhos não brilhavam como antes; no seu rosto as marcas do tempo eram visíveis e sua expressão era outra.
O tempo vai passando e deixando um rastro de marcas e saudades, de uma distante época de estudante que está guardada em algum canto dentro da alma da gente.

Cristovão Martins Torres

segunda-feira, 5 de março de 2012

Implantação da qualidade total na empresa MSG, período de muitos treinamentos

Atividades de um supervisor de Turno:

A implantação da qualidade total na MSG, nos trouxe muitos aprendizados e crescimentos pessoais porque fizemos muitos cursos.

Era curso atrás de curso, seja fora da empresa e na própria empresa.
Era muito comum, sairmos do turno e entrarmos em um curso ou estarmos no horário da noite, descermos mais cedo do serviço e voltarmos no mesmo dia a 8 horas no horário administrativo, para fazermos cursos, sobre qualidade total.
Essa prática era muito comum, de deixarmos a Mina com uma pessoa credenciada pela empresa e descermos, para no outro dia fazermos cursos seja na empresa ou mesmo fora dela.
Foi uma época de muitos cursos para os supervisores, já que tínhamos de multiplicar as informações sobre o processo de qualidade total, que diga-se de passagem requer muito comprometimento dos colaboradores.

Entrei na MSG em 18 de agosto de 1982, onde exerci várias funções na empresa, já que trabalhei até 2003, onde ela entrou em processo de exaustão, acabou o minério com qualidade.

 Exerci várias funções, dentre elas:
-Auxiliar técnico do controle de qualidade
- Técnico do controle de qualidade
- Supervisor do controle de qualidade
- Supervisor de Mina
- Gerente técnico
- Gerente operacional

# Todos essas funções em todo o período que trabalhei na empresa, nas gestões de quatro presidentes, até o fechamento da mesma no final do ano de 2003.

# Todos esses anos, trabalhei em regime de revesamentos de turnos; dia, noite, madrugada, sábado, domingo, feriados e dia santo, com sol chuva, frio, calor, cerração, etc.

# Por decisão da gestão, no inicio das atividades da empresa, supervisor batia cartão, depois passamos a bater o ponto só uma vez por dia, seja na entrada ou durante as atividades ou no final da jornada de trabalho, com o passar do tempo assinávamos uma folha de ponto, depois extinguiram todos esses procedimentos e, passamos a não assinar mais ponto.

# Todo o período que trabalhei na empresa, de 1982 até 2003, não recebi nenhuma horas extras, diziam que a CVRD, não pagava horas extras aos seus supervisores, como aqui era uma especie de subsidiária de lá, a CVRD tinha 51% das ações da empresa, seguida de 49% de grupos japoneses, tínhamos que cumprir essas determinações.

# Tínhamos 1 hora de almoço, quando estávamos trabalhando durante o dia, mas era muito comum de almoçarmos e ir imediatamente para o campo.
Era sempre solicitada a nossa presença nesse horário no campo, porque normalmente se fazia a detonação nesse horário.
Sempre auxilávamos o supervisor da área do fogo, com cerco das áreas, que muitas vezes eram feitas por auxiliares de mina(Ajudantes).
Não ganhávamos essa hora trabalhada, na hora do almoço.
Falavam, que depois, essas horas eram compensadas.

#Na época não tinha banco de horas na empresa, para os supervisores.

# Fazíamos reuniões constantes após a jornada de trabalho ou mesmo antes dela ou nas nossas folgas, muitas vezes passávamos o mês todo sem ter uma folga.
Dizíamos que folgávamos oportunamente e, quando desse.
Lembro-me de uma época, que entrei no site de horas trabalhadas dos funcionários e vi que tinha mais de duzentas horas positivas a mais na empresa, tempos depois essas horas tinham sumido do site, tinham sido apagadas, óbvio, pelo chefe ou pelo RH.

# Toda saída da empresa tínhamos que avisar ao nosso chefe, já que tinham que indicar outro para substituir.
Um turno de trinta pessoas, mais as empreiteiras, não poderia ficar sem um líder, para comandar a equipe durante a jornada de trabalho.
já que são muitas atividades de um supervisor durante a jornada de trabalho, tendo que tomar muitas decisões num dia trabalhado, a todo instante o rádio chama o supervisor, seja da mecânica, elétrica ou de das empreiteiras.

# Em um turno de trabalho tinha sempre empreiteiras trabalhando na mina e, quem sempre dava apoio era o supervisor do turno, principalmente no horário noturno, que o supervisor era o único chefe na área.
A engenharia só trabalhava durante o dia de 08:00hs até as 17:00hs.

Cristóvão Martins Torres

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ao Viajar Pratique Direção Defensiva

Direção defensiva: é a técnica indispensável para o aperfeiçoamento do motorista, que trata de forma correta o uso do veículo na maneira de dirigir, reduzindo a possibilidade de envolvimento nos acidentes de trânsito.
Elementos fundamentais da direção defensíva: conhecimento, atenção, previsão, decisão, habilidade, considerar o risco, aplicar a defesa, agir no momento.
Condições adversas do veículo: antes de assumir a direção, todo motorista deve cuidar da manutenção do seu carro.
Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes: pneus gastos, freios desregulados, lâmpadas queimadas, falta de busina, retrovisor com defeito, etc.
Atitudes inadequadas no trânsito: velocidade excessíva, manobras arriscadas, avaliação incorreta de distância, erros visuais com desvios de direção, perda de controle da situação, dirigir embriagado, etc.
Condições adversas: álcool
Sono e direção: especialistas afirmam que a sonolência é responsável por mais de 25% dos acidentes automobilísticos.
A maioria dos acidentes ocorre nas primeiras horas da manhã, devido a sonolência mais intensa.
Só dirige se tiver descansado e bem disposto.
Condições adversas do motorista: fadíga, sono, estresse, visão deficiente, pertubação física.
Ser cuidadoso com o pedestre, e dar-lhe sempre o direito de passagem.
Quando perceber um animal na pista, reduza a velocidade, nunca buzine, pois poderá assustá-lo.
Use sempre o cinto de segurança, é um dispositivo que garante a segurança, em caso de acidentes.
Dirigir com segurança é colaborar com a redução das estatísticas de acidentes.
Não use o celular ao dirigir, ele distrai tanto que o motorista não consegue se lembrar do que aconteceu no trânsito.
Acidente evitável ou inevitável: é aquele em que a pessoa deixa de fazer tudo, que razoavelmente poderia ter feito para evitá-lo.
Transportar crianças: sempre no banco trazeiro, afastados das portas e com cinto de segurança.
Em trajetos longos, planeje paradas e revezamentos para não chegar ao limite de sua resistência.
Na direção defensiva não importa saber quem é o culpado, mas quem poderia ter evitado o acidente!
Segurança são cuidados que temos ter na preservação da vida.
Faça uma boa viagem.

OBS: Texto tirado de um treinamento que fiz sobre direção defensiva, na empresa que trabalhava.
Bastante útil, para ser usado nas estradas pelas pessoas, como medída de segurança.

Cristóvão Martins Torres

Ser mãe não se aprende em escola

Nascida em Nova Era mas pratiana de coração, mamãe era uma mulher de muita simplicidade e generosidade.
Ser mãe não se aprende em escola e nem se herda, ela já nasceu com esse dom.
Sempre presente a todo instante com a familia.
Muito dedicada aos filhos, tanto nas horas fáceis, como nas horas difíceis.
Era mais que uma mãe, uma pessoa de um coração grande, que fazia muito pelos menos favorecidos pela sorte.
Sua vida era dividida entre a família a religião e as pessoas humildes, que ajudava.
Tinha uma relação muito boa na família e com os vizinhos, também.
Para todos nós ela foi uma referência espiritual e para a vida, onde nos deixou bons exemplos.
Abnegada pelo social, era muito sensível aos problemas humanos.


Cristóvão Martins Torres

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Carta que recebí de Álvaro Albergaria quando de minha ida a Europa

Caro cristovão, está se aproximando um grande momento na sua vida e da Beré.
Uma viagem inesquecível, além de rever sua filha depois de vários meses longe.
Assim é a nossa vida, quando caminhamos com retidão, é cheia de boas surpresas!!!
Você que trabalhou anos e anos em um lugar que podemos chamar de árido, sem maiores atrativos naturais, vai poder ver e usufruir a partir desse final de semana, das maiores belezas da terra, a encantadora europa e sua diversidade cultural.
Quando você estiver dentro do avião, em cima do atlântico, lembre-se que cumpriu seu dever com o trabalho e com a familia.
Portanto, estou aqui porque mereço.
Aproveite o chopp da Alemanha(o país com maior números de cervejarias no mundo), o eisbein(joelho de porco), o salsichão, curta todos os lugares, repare detalhes, nas pessoas, enfim se abasteça de cultura nova e conhecimento.
Sei que vai a Paris; tome um café e um champanhe na champs Elisê, brinde com a família, passe debaixo do arco do triunfo, tire uma foto na Torre Eiffel.
Já que vai ao vale do loir e a cidade de Tour visitar os castelos; aproveite o jantar no castelo, sinta-se como um Rei!!!
Em Londres, pare na frente do palácio da Rainha Elizabeth, e tente tirar uma foto com os guardas do palácio, com aqueles quepes bonitos.
Ande de taxi preto e ônibus vermelhos de dois andares.
Vá em um pub, tome um chopp.
Amigo Cristovão, na vida: Alguns fazem acontecer, outros assistem aos acontecimentos, outros no fim da vida perguntam o que aconteceu?(Cabala)
Portanto faça acontecer!!!
Boa viagem e aproveite bem.

Álvaro Albergaria 29/09/2010, às 19:51HS

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A Rua Cristiano Morais Onde Nasci

O prata, ainda não sabia o que era desenvolvimento, tudo estava no seu início.
As ruas eram pouco iluminadas, as luzes dos postes eram amarelas de tão fracas.
Os carros eram poucos, ouvia poucas buzinas, a rua não tinha nenhum movimento, e todos dormiam cedo na cidade.
A rua que nasci e fui criado era muito tranquila, calçamento não existia e não era arborizada, a consciência ambiental ainda não tinha chegado até aos gestores públicos.
A nossa diversão predileta era brincar de pique com as meninas e jogar futebol na rua.
A felicidade da meninada era bola quicando na área, e a rua toda transformada, em campo de futebol.
Nesse clima de camaradagem, todo mundo se encontrava na rua.
Após as aulas reuníamos, e sentíamos donos da rua e de nossas vidas, libertos de pai e mãe.
Num esforço de memória, aqueles acontecimentos vêm à cabeça com muita saudade da infância, esta fase da vida especial e única.
Dentre vários fatos, lembro-me de um, que meus colegas falavam, embora nunca tenha visto, da existência de um animal que aparecia na rua e assombrava a todos.
Diziam ser uma criatura que dava medo até em adultos, a mula sem cabeça era temida por todos.
Ninguém queria vê-la.
Quando alguém falava do tal animal, todos lançavam um olhar estranho, ficavam apreensivos.
Isso punha todos intrigados, tal a curiosidade em saber como êle era.
A noite, após algumas partidas de futebol, ninguém se arriscava a ficar na rua, com medo do bicho.
Éramos tranquilizados pelos nossos pais, de que o animal não existia, às vezes íamos dormir com aquilo na cabeça.
Diziam não ser verdade, ser ficção, que aquilo estava na imaginação das pessoas.
Realmente nunca o vi, mas fiquei várias vezes com medo.
Tivemos vários casos de amigos que acordavam durante a noite com pesadelos.
Comentários surgiam os mais variados possíveis, sempre falava que alguém viu o animal, que era grande e muito feio; com isso a apreensão era geral.
Por pura obra do acaso, venho a saber deste acontecimento que mudaria o curso da história; que esta imagem falsa e negativa, era passada aos meninos daquela rua, por um senhor que morava lá e detestava o gorjear de um determinado pássaro, nativo na região.
Sentindo incomodado pelos assobios altos de alguns meninos, que imitavam o pássaro, falava da mula sem cabeça, como forma de intimidação.
Como um apaixonado pela história da minha infância, fazendo uma análise desse fato, percebo que não ficou nenhum vestígio de raiva, e nenhum sinal de ressentimento, nas pessoas.

Cristovão Martins Torres

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Novos Tempos

O ser humano já não é o mesmo, mudanças em todos os sentidos.
Procura ideais que representam sua realização e felicidade.
Há poucos anos atrás as pessoas sofriam imposições.
Herança da revolução industrial, aprenderam a trabalhar até aposentar.
O que contava era trabalhar muito até ao final da vida.
Quem fosse adepto da poesia, teatro, e música era considerado improdutivo.
Como diz o refrão de uma música da época; nem sempre se vê mágica no absurdo.
Hoje isso não acontece mais.
Descobrindo que é o principal elemento da vida, o homem mudou o jogo, e para melhor.
É importante dizer como as mudanças estão impactando a vida das pessoas, e tirar proveito delas.
Hoje as pessoas estão se perguntando: para que trabalhar tanto?
Estão descobrindo que sexo e droga foi uma combinação que não deu certo, visão dos que nasceram nos anos sessenta.
As mulheres não valem apenas pela virgindade.
Estão, cada vez mais, ganhando espaço na sociedade; já não se conformam em ficar em casa, cuidando dos afazeres domésticos.
Disputam palmo a palmo com os homens no mercado de trabalho; querem seu espaço.
Foi-se o tempo que casamento era para a vida toda, hoje, se não deu certo, separa.
A mulher submissa não existe mais.
Com isso os relacionamentos estão se tornando mais verdadeiros.
As pessoas sabem que não devem dirigir bêbadas, menos pela multa e o processo, mas pelo respeito a vida, e a vida do outro.
Podem até fazer um curso por imposição familiar, mas são capazes de desistir no meio do curso.
Enfrentam os pais na escolha da profissão.
Sabem que terão um mundo computadorizado, com informações rápidas e confiáveis, mas que não irão ensinar como lidar com pessoas e liderar equipes.
Vão enfrentar um mundo sem emprego, em que o sucesso ganho com trabalho mudou de lugar.
Pessoa bem sucedida não resultará emprego fácil, tem que apresentar resultados, ser competente, e ter muito comprometimento no que faz.

Cristóvão Martins Torres