Rosana Braga
Já conheceu alguém que, diante
de qualquer comentário, rapidamente se sente ofendida e fica brava? Pessoas
assim, em geral, são intolerantes e irritadiças, mantendo um semblante severo e
um clima tenso ao seu redor. Levam as situações para o lado pessoal e apostam
que estão, o tempo todo, tentando provoca-las, como se fossem alvo de
perseguição do mundo!
Ufa! Assim as relações se transformam facilmente em
guerras e disputas, principalmente se o outro "aceitar" o convite para esta
dinâmica onde o único objetivo é provar quem está certo e quem está errado. E o
triste é que, muitos casais, sem se darem conta deste vício que se instaura na
relação, vão se ofendendo e se desgastando mutuamente, até que reste entre eles
somente ressentimentos e dores.
Penso que um outro jeito de funcionar,
bem mais leve e saudável, seria começar a enxergar as situações como se elas
fossem exatamente o que são: apenas situações passageiras. E que podem até estar
relacionadas com você, mas nunca somente com você! Tem a ver também com o outro
e com as circunstâncias efêmeras e, na maioria das vezes, sem grande
importância.
Sim, comece a relevar um pouco mais se realmente quer ser
feliz. Comece a rir de si mesmo e a compreender, de uma vez por todas, que não
vale a pena levar tudo a "ferro e fogo" ou "ao pé da letra", porque quase nada é
o que parece ser. Ou seja, a vida é aquilo que acreditamos que ela seja, em
última análise.
Que tal imaginar-se como protagonista de um filme. Se ele
for do gênero comédia, então, as situações são piadas. Se for romântico, então,
são dificuldades que levarão você a um amor maior. Se for aventura, então,
trata-se de diversão, prazer e novas experiências. Se for uma ficção científica,
você pode entender cada dia como um mistério a ser descoberto. Você também pode
escolher viver um drama. Se for com final feliz, as situações poderão ser
grandes lições para que você se torne cada vez mais forte.
No entanto, se
decidir viver sua vida como um filme com final desolador ou ainda como um filme
de terror ou de guerra, então, apenas lembre-se que não só a sua história será
afetada por isso, mas também a das pessoas que você mais ama e daquelas com quem
você mais convive. Porque você nunca viverá o seu filme sozinho, embora possa
termina-lo assim, sem ninguém por perto.
Pense nisso e amplie seus
horizontes. Abra a mente e veja além do que seus olhos podem alcançar. Não se
defenda tanto. Não tenha tanto medo de ser atacado ou de sofrer. Grande parte de
nossas preocupações nunca se tornam reais. E no mais, o amor pode estar à
espreita, apenas esperando que você relaxe, aquiete-se e permita-se!
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