domingo, 28 de dezembro de 2014

Receita de Ano Novo de Carlos Drummond de Andrade

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
 
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Palácio de Versalhes nos Arredores da Bela París




"Dentro do Palácio, no Salão dos Espelhos, onde eram realizadas as festas reais"

A Galeria dos Espelhos é um salão de baile, com 72 m de comprimento e 17 espelhos enormes em um de seus lados. As pessoas podiam se admirar nos espelhos enquanto dançavam.   
Os espelhos também eram projetados para refletir a pintura do teto, que ilustrava e homenageava os primeiros anos do reinado de Luís 14. Do outro lado da sala, uma fileira de janelas se abria para os enormes jardins e o pôr do sol.
O Palácio de Versalhes é um castelo real localizado na cidade de Versalhes, atualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família Real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Visita ao Palácio de Versailles na França.

Antes de se tornar o Berço da Revolução a Cidade de Versailles foi Centro do poder Político na França



Foi criada por Louis XI


" Em frente ao Palácio de Versailles"


domingo, 14 de dezembro de 2014

O Precioso Trabalho das Parteiras

No Passado elas tiveram papel importante no trabalho de parto; ajudavam as parturientes quando do nascimento de seus filhos.
Faziam seu trabalho nas cidades, bem como em distritos e na zona rural.
Sempre atenciosas, com um sorriso no rosto e com grande experiencia, faziam os partos com tranquilidade e competência.
Embora vistas por muitos como uma atividade sem estrutura, ela é uma das mais antigas do mundo, sendo muito segura.
Lembro-me de um caso, ocorrido na fazenda da vargem, do meu Avô Tineco, onde passava férias com minha mãe: uma mulher de um empregado da fazenda entrou em trabalho de parto. Foi então chamada uma parteira, que atendia na região (parteira essa que já era conhecida de todos na fazenda); sua atuação foi providencial e fundamental no nascimento da criança, uma menina. Quando ouvimos o choro da criança foi uma alegria geral. Havia vários empregados na fazenda, que haviam parado suas atividades para acompanhar o nascimento da criança.
Hoje, fazendo uma reflexão sobre esse fato, chego à seguinte conclusão:  experiência, paciência e competência foram fundamentais naquele dia, já que o parto foi demorado.
No dia do nascimento da criança, passadas algumas horas, vendo a mulher com sua filha no colo, tive a sensação que ela se sentia bem cuidada, não se sentia como uma paciente.
As parteiras daquela época eram pessoas abnegadas, abriam mão de muitas coisas para se dedicar a outras pessoas.
O trabalho das parteiras me faz lembrar da mãe natureza, já que o parto é uma transformação.

Cristóvão Martins Torres

São Francisco de Assis



São Francisco de Assis, apesar de ter vivido há 1200 anos atrás, é muito atual, muito moderno.
Um Santo que não sai de moda nunca.
Foi um Santo muito simples e humilde, que olhou muito pelos pobres e os animais.
Todos os dias, ao levantar, faço a oração de São Francisco de Assis.
Meu Santo de devoção, tenho muita fé nele.


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Visita ao Castelo de Chambord no Vale do Loire

 

Localizado no vale do Loire a 200 Km de Paris.
O castelo de chambord, possui a arquitetura que fez dele o castelo de todos os exageros.
Com 156 metros de comprimentos, 56 metros de altura, 77 escadas, 282 chaminés e 426 divisões.
Contudo, apesar de suas dimensões colossais, o castelo seduz sempre pela sua beleza, graça e pelo seu equilíbrio.
A sua ornamentação é uma das obras-primas da renascença francesa.
Está inscrito na lista do patrimonio mundial da unesco.
O vale do Loire, onde ele está localizado, é uma das regiões mais bonitas da França.









Castelo de Chambord, no Vale do Loire.
Nesse Castelo foram gravados alguns capítulos de uma novela da globo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Comissão da Verdade confirma 434 mortes e desaparecimentos na ditadura

- Atualizada às

Segundo relatório final do colegiado, 191 foram assassinados, 210 desapareceram e 33 foram considerados desaparecidos

 
Ao final de 2 anos e 7 meses de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) listou pelo menos 434 mortes ou desaparecimentos forçados durante a Ditadura Militar no Brasil. Destas 434 mortes, 191 pessoas foram assassinadas; 210 tidas como desaparecidas e 33 foram listadas como desaparecidas, mas depois seus corpos foram encontrados. Um dos corpos foi encontrado durante o trabalho da CNV.

Ditadura: Relatório final da Comissão da Verdade aponta mais de 400 mortes
O número de mortos em virtude do regime militar, no entanto, pode ser maior, conforme a Comissão da Verdade. Na lista de vítimas, a CNV confirmou a execução sumária de ativistas políticos como o ex-deputado federal Rubens Paiva, o militante de esquerda da Aliança Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella ou Stuart Angel Jones, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).
“Os homicídios eram cometidos pelos órgãos de segurança com uso arbitrário da força em circunstâncias ilegais, mesmo considerado o aparato institucional de exceção criado pelo próprio regime autoritário, iniciado com o golpe de 1964”, descreve o relatório final da CNV. Ainda conforme a CNV, existem indícios de que algumas vítimas da Ditadura foram incineradas ou esquartejadas. Também existem relatos de vítimas que tiveram suas mãos cortadas antes dos corpos serem jogados ao mar para dificultar a sua identificação.

Crimes: Comissão da Verdade identificou 1,8 mil vítimas de tortura durante a ditadura
Em outros países da América Latina, o número de mortos contabilizados pelas respectivas comissões da verdade foi bem superior ao contabilizado pela Comissão Nacional da Verdade brasileira. No Uruguai, a comissão identificou 51 mil execuções; na Guatemala foram contabilizados 6 mil desaparecidos e 626 mortes; na Argentina, se detectaram 9 mil vítimas e no Chile, foram confirmados quase 3 mil assassinatos. Nas outras experiências latino-americanas, houve a proposição de medidas de medidas judiciais contra torturadores e autores de homicídios contra militantes de esquerda.
Inicialmente, a CNV começou a investigar 475 mortos e desaparecidos, lista até então tida como a oficial pela Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos criada pelo Ministério da Justiça (MJ). No entanto,ela foi reduzida para 360 nomes e, aos poucos, a comissão checou dados e chegou ao número de 434 mortos e desaparecidos políticos oficialmente vítimas da ditadura militar.

Comissão da Verdade: Ex-presidentes da República determinavam ações de tortura
“Esses números certamente não correspondem ao total de mortos e desaparecidos, mas apenas ao de casos cuja comprovação foi possível em função do trabalho realizado, apesar dos obstáculos encontrados na investigação, em especial a falta de acesso à documentação produzida pelas Forças Armadas, oficialmente dada como destruída”, afirmam os pesquisadores da CNV.
Carlos Marighella, considerado um dos principais inimigos do regime militar, foi executado sumariamente pelos militares. Segundo a CNV, “apesar de sua execução ter sido realizada pelo DOPS/SP, vários outros órgãos participaram da operação”, aponta o relatório. Até então, a versão oficial era que Marighella teria morrido em um confronto com policiais do DOPS em novembro de 1969.

Futuro: Saiba o que acontecerá após relatório final
Segundo a CNV, Relatórios Especiais de Informações do período já apontavam que a execução de Marighella era considerada “indubitavelmente uma desarticulação profunda no esquema subversivo-terrorista”.
“Constatou-se não ter havido troca de tiros, pois todos os disparos observados partiram de fora para dentro do veículo e a arma encontrada com Marighella estava no interior de uma pasta, sem ter expelido nenhum tiro”, descrevem os pesquisadores no relatório da CNV.
Durante as investigações, a CNV descobriu que o militante de esquerda foi torturado até a morte pelos agentes da CISA (Centro de Informações da Aeronáutica), para que ele revelasse o paradeiro de Carlos Lamarca, guerrilheiro, um dos líderes da oposição armada no Brasil. Provavelmente, ele foi executado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Segundo a comissão, membros da Aeronáutica “informaram que, quando os presos políticos eram conduzidos para audiências em auditorias militares, existia um procedimento de dissimulação do local onde se encontravam, que consistia em dar voltas com presos encapuzados em lanchas ou aviões, para que se desorientassem e não reconhecessem o local de onde saíram, impedindo que seus familiares e advogados soubessem onde se encontravam presos”
As investigações da CNV apontaram que Paiva foi surpreendido por agentes da CISA na madrugada do dia 20 de janeiro de 1971 e foi transferido para uma unidade do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação do Centro de Defesa Interna) do Primeiro Exército (Rio de Janeiro), onde foi torturado e morto. Na tortura, Paiva teve hemorragia abdominal entre outros ferimentos.
Oficialmente, o Exército, na época, afirmou que Paiva teria fugido após receptação de seu veículo durante diligência do DOI-Codi. E, conforme a CNV, um dos possíveis responsáveis pela execução de Paiva seria o oficial “Hughes”, identificado posteriormente como Antônio Fernando Hughes de Carvalho, nascido no Rio de Janeiro em 1º de junho de 1942 e que faleceu em 2005. Em vida, em 1971, Hughes recebeu uma homenagem do Exército, conforme a CNV, “pelos assinalados serviços prestados no combate à subversão, colaborando dessa forma, para a manutenção da lei, da ordem e das instituições”.
Conforme os depoimentos, Paiva foi enterrado primeiramente no Alto da Boa Vista e depois os militares tiraram o corpo do local e o enterraram no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Mas a ordem inicial era jogar o corpo de Paiva ao mar, conforme os depoimentos prestados por testemunhas à CNV. Até então, afirmava-se que Paiva teria desaparecido em uma suposta operação de resgate pela esquerda ou que tinha sido preso e morto por militares da Aeronáutica e não do Exército.

iG

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O ciúme alimenta ou destrói o amor

 Rosana Braga
iG
Há quem diga que o ciúme é o tempero do amor. Outros, porém, afirmam que ele é o veneno do amor! Eu, particularmente, diria que depende da dose! Em excesso, não há amor que resista. Realmente, a relação definha e perde muito quando um dos parceiros (ou os dois) se deixa consumir por este sentimento tão polêmico. Mas, uma pitadinha de ciúme (sempre acompanhado de bom senso) pode trazer mais romance e paixão para os casais.
Por isso, eu não seria ingênua ao ponto de dizer que precisamos acabar com o ciúme. Acredito que isso não seja possível, absolutamente! Quando estamos vivendo uma relação que nos faz feliz, a tendência é que desejemos prorrogar ao máximo essa sensação, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para manter a pessoa amada ao nosso lado. E, de preferência, que ela só tenha olhos para nós!

Até aí, tudo muito bom! O problema é quando a relação começa a ficar uma chatice por causa do excesso de ciúme (que pode ser melhor entendido por insegurança, medo de perder, falta de autoestima e possessividade). Assim, vejo muitas relações sem qualidade, sem entrega e sem amor verdadeiro e, mesmo sem tudo isso, encharcada de ciúme! A questão que fica é: o casal está com medo de perder o quê, se o que eles têm é uma "brincadeira" de amor?!
Então, já que não dá para eliminá-lo -mesmo porque acredito ser um sentimento humano, compreensível e até justificável- minha sugestão é que aprendamos a controlá-lo; que encontremos o equilíbrio: nem se martirizar por sentir ciúme da pessoa amada, nem perder o pé da situação e começar a alucinar!

Convenhamos: quem já sentiu ciúme alguma vez (cerca de 99% da população mundial) sabe que a imaginação, nessa hora, rola solta! Conseguimos imaginar as situações mais cabeludas, horrorosas e até "impossíveis" de se acreditar. Somos capazes de encontrar justificativas plausíveis para todas as nossas desconfianças e, em questão de segundos, transformamos a pessoa amada em traidora, falsa, mentirosa, entre outros adjetivos desagradabilíssimos.

Quando você se encontrar no meio dessa "loucura mental", lembre-se de recuperar o senso de realidade. Respire fundo e concentre-se em você. Lance mão de sua inteligência e comece a diferenciar o que é fato do que é exagero de sua parte. Tente analisar a questão friamente e espere até que possa conversar com a pessoa.
O ideal é que os parceiros reservem um espaço na relação para falarem sobre o ciúme e a insegurança que muito provavelmente os dois vão sentir uma hora ou outra. Creio que o que mais nos machuca não é o que acontece, mas o que imaginamos que possa acontecer. No entanto, devemos levar em conta que aquilo que fica somente no pensamento, ganha um tamanho muito maior do que tem de verdade! No momento em que verbalizamos nossas fantasias, nossos medos e nossas desconfianças, nós mesmos podemos perceber o quanto tudo estava tão maior dentro da gente.
Quando a fantasia passa para o plano material, quando ela se transforma em palavras, ela retoma seu tamanho real e aí fica bem mais fácil resolver a questão.

O problema é que a maioria das pessoas ou nem admite que está com ciúme ou não fala sobre o que está sentindo e pensando. E, assim, consumida por esses pensamentos que vão crescendo e tomando conta de todos os demais sentimentos que existiam antes, passa a agir de forma agressiva e irônica, fazendo acusações que mascaram o seu medo de perder a pessoa amada.
Portanto, sugiro que o ciúme não seja um bicho-papão correndo atrás do amor. Mas que ele seja o que é: um sentimento que deve ser cuidado, sobre o qual deve ser conversado. Assim, juntos, um poderá esclarecer as desconfianças do outro sem julga-lo como louco ou qualquer "coisa" do gênero.

E lembremos: quem está sentindo ciúme, está literalmente sofrendo. Um mínimo de carinho e acolhimento são necessários num momento como esse. Ainda mais porque estamos falando da pessoa amada...
 
iG

Apenas 54% dos jovens concluem o ensino médio até 19 anos, diz estudo

08/12/2014 00h00 - Atualizado em 08/12/2014 00h00
Paulo Guilherme Do G1, em São Paulo

Índice tem crescimento abaixo do esperado, segundo Todos pela Educação.
Presidente do Inep diz que educação básica no Brasil 'está melhorando'.


Considerado o grande "gargalo" da educação brasileira, o ensino médio é cursado até o seu final por apenas 54,3% dos jovens até 19 anos, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (8) pela ONG Todos pela Educação. O levantamento foi feito com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013, divulgada em setembro.

Apesar de apresentar uma melhora em relação aos últimos anos, quando o índice observado para os jovens no ensino médio foi de 46,6% em 2007, 51,6% em 2009 e 53,4% em 2011, os números revelam as dificuldades que o país encontra para fazer com que os jovens concluam o ensino médio na idade certa.

Segundo o Todos pela Educação, o indicador é calculado anualmente com base nos dados da Pnad. Em 2010, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o Censo Demográfico, a Pnad não foi realizada. Por causa da diferença metodológica (os dados do Censo são censitários, e a Pnad é amostral), o levantamento do Todos pela Educação não divulga os resultados refentes ao ano de 2010.

O levantamento divulgado nesta segunda mostra que taxa atual ainda está longe do plano de metas estabelecido pelo Todos pela Educação para 2022. Para cumprir a meta, nos próximos nove anos, a taxa de jovens de 19 anos com ensino médio completo suba para 90%. Já a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) é chegar a 2022 com 85% dos alunos de 15 a 17 anos matriculados no ensino médio.

Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do Todos pela Educação, diz que depois de 2009 esperava-se um crescimento mais acelerado, o que não vem ocorrendo. "Nesse ritmo de crescimento do ensino fundamental e na estagnação do ensino médio, não vamos alcançar a meta do PNE. A situação é procupante."

José Francisco Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), afirmou ao G1 que "a educação básica não está parada, está melhorando". "O Brasil teve despertar tardio para a educação. A tarefa que temos pela frente é muito grande. Estamos caminhando, mas temos muito o que caminhar. Vamos caminhar no ritmo do Plano Nacional da Educação."

Ele lembra que, em 2007, este índice era de 46,6%, e que os números de 2013 representam uma melhora considerável. "O ensino médio tem atualmente 8 milhões de alunos. O sistema de educação teve um fluxo enorme, está se adaptando para atender a esses alunos."

O estudo mostra ainda que 19,6% dos jovens de 15 a 17 anos estão ainda no ensino fundamental, 15,7% não estudam e não concluíram o ensino médio, e 5,9% não estudam mas já terminaram o ensino médio.

No ensino fundamental, a taxa de conclusão até os 16 anos foi de 71,7%. O estudo apontou ainda diferença de aproximadamente 20 pontos percentuais entre as taxas de jovens declarados brancos que concluíram o ensino fundamental aos 16 anos (81%) e o ensino médio aos 19 anos (65,2%), e aqueles que se declaram negros (60% e 45%, respectivamente).

Em relação à renda, entre os 25% mais ricos, 83,3% terminam o ensino médio. Já entre os 25% mais pobres, este índice cai para 32,4%.

"As desigualdades na educação são apenas uma das feições da desigualdade da sociedade", diz Soares. "Algumas desigualdades tiveram uma queda enorme. Hoje não temos mais desigualdades de gênero e de acesso à escola."

Globo.com

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Uma vassourada para purificar a vida pública

As pessoas têm diferentes opiniões sobre as coisas, que decorrem de diferenças de personalidade, de cultura e de educação. Cada um tem o direito de se posicionar sobre as questões que o cercam, pois toda e qualquer pessoa pode discernir, pensar, refletir, opinar, criticar, fazer escolhas etc.
Temos que nos manifestar sobre os fatos com prudência, com calma, mas não podemos aceitar coisas erradas que afrontam a nação; não podemos calar a tudo.
Começa a se consolidar junto à opinião publica a impressão de que o grupo de malfeitores da Petrobrás é como um gigante de pés de barro, como na história bíblica.
Segundo a lenda, o imperador Nabucodonosor, da Babilônia, sonhou um dia com uma estátua cuja cabeça era de ouro; o peito e os braços, de prata; o ventre e as coxas, de cobre.
Tinha, porém, pés em parte de barro, em parte de ferro.
Então, uma pedrinha veio rolando da montanha, atingiu-lhe a frágil base e pôs tudo no chão.
Os últimos acontecimentos na Petrobrás, que nos são passados através da imprensa falada, escrita e televisada, nos deixam com um sentimento ruim; chocam a nação brasileira.
A Petrobrás é uma empresa-chave para a economia brasileira.
Em virtude desses acontecimentos lamentáveis, há, na população, um sentimento muito forte de indignação!
Temos que rejeitar a máxima de querer levar vantagem em tudo. Esse fenômeno cultural, que, infelizmente constitui uma prática habitual, precisa ser abandonado. Estamos fartos dessa comédia.
Temos que ter coragem para acabar com isso; é importante que haja uma mudança comportamental geral, no sentido de renovar nosso compromisso com a correção e a seriedade.
Da atitude de expectativa muda, temos que passar à expectativa vigilante e ativa, embora cautelosa.
Cumpre-nos, pois, interpelar quem administra órgãos públicos; a administração pública requer dedicação, interesse e responsabilidade.
Quem administra tem que ter a cultura da eficiência e da honestidade.
Consta no anedotário brasileiro que o politico paraibano João Pessoa teria dito:"só uma vassourada em regra pode purificar a vida pública, rebaixada por figuras sem significação e aproveitadores gulosos".
A experiência tem demonstrado que, em torno das bandeiras, é sempre possível reunir, sem nenhum esforço, um numero grande de descontentes com a classe politica.
Basta alguém sair na rua, com um pedaço de pano amarrado na ponta de um pau, e há de verificar que se ajunta gente em torno de si.
Como cidadão, tenho formado a opinião e a convicção de que a salvação do nosso país não está nas leis, mas na atitude de expulsar da vida pública os vendilhões!
Podemos usar como exemplo o episódio da "expulsão dos vendilhões do Templo", oriundo da tradição cristã.
Essa é a encruzilhada na qual todos nós encontramos: ou começamos a mudar o que está errado nessa nação ou continuaremos vivenciando seu declínio ético e social.
Não há meio termo!


Cristóvão Martins Torres

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A capacidade de se auto-sustentar

 Bel Cesar

 
A paz interior é um estado de equilíbrio que surge quando nossas forças ativadoras e nossa capacidade de relaxar estão em harmonia. Isto é, quando estamos sintonizados tanto com a nossa força de combate, como com a nossa capacidade de entrega.
Mas, em geral, permanecemos alertas até mesmo quando já podemos relaxar. É como se, ao afrouxarmos o controle sobre nós mesmos, alguma coisa ruim pudesse ocorrer.

Intuitivamente, buscamos sempre saídas que nos levam a uma qualidade de vida melhor. Isto é, com menos pressão e mais abertura, pois sabemos que ficar presos por nossa própria atitude interior é um modo de vida limitador.
No entanto, se não estivermos familiarizados com a capacidade de nos sustentarmos, estaremos constantemente buscando nos amparar fora de nós.

Mas, o que nos proporciona essa sensação de poder relaxar em nosso solo interior com confiança e soltura?
A capacidade de auto-sustentação surge à medida que nos sentimos disponíveis para nós mesmos: estamos à vontade exatamente com quem somos.

Quando paramos de nos defender de nós mesmos, naturalmente nos tornamos boa companhia.
Esta amizade interior não ocorre apenas no nível do pensamento, como se pudéssemos simplesmente dar uma ordem interna: "seja amigo de você mesmo, aprenda a se bastar!".

A auto-sustentação não surge porque nos demos uma ordem, mas sim porque nos abrimos para nós nos recebermos tal qual como somos.
Auto-sustentação não quer dizer estar desconectado de qualquer fonte de nutrição e contar apenas com seus recursos.
È exatamente ao contrário!

Ela surge quando superamos o condicionamento de que somos seres solitários. Em outras palavras, auto-sustentar-se não quer dizer "ser só eu", "por mim mesmo", mas sim, em "ser si mesmo no todo".
Este é um processo profundo, que requer um treinamento mental capaz de nos ajudar a desconstruir nossos hábitos mentais negativos.

No budismo, esse treinamento ocorre por meio dos ensinamentos (do Dharma) e da meditação: ambos nos ajudam a abandonar uma falsa visão sobre nós mesmos e a nos familiarizarmos com nossa natureza inata de uma mente saudável.

Independente do método que você possa encontrar, o que eu quero é alertar para a nossa necessidade de nos oferecer um modo de vida mais próspero e abundante.
Observo que muitas vezes já não lançamos mão de recursos externos porque estamos exageradamente presos à idéia de nos tornarmos emocionalmente autônomos. Não queremos ajuda!

Por isso, gostaria de ressaltar a diferença entre nos ampararmos nos outros e nos deixarmos ser por eles nutridos e inspirados.

Por exemplo, quando usamos uma bengala. Ela nos serve de apoio ou de estímulo? A força está na bengala em que nos apoiamos ou na nossa capacidade de usá-la?

Quando nos amparamos na força alheia, temos a intenção de que o outro faça esforço por nós, mas quando vemos os outros como fonte de nutrição e estímulo, temos plena consciência de que o esforço é nosso.

Por isso, apesar de ninguém poder de fato nos poupar da parte que nos toca, podemos receber toda a ajuda necessária sempre que ela estiver disponível!

Pequenas atitudes que estimulem positivamente nossos cinco sentidos também são sempre bem-vindas: boa música, um aroma agradável no ar, algo de saboroso para comer, um banho quente ou um creme para nos massagear e contemplar imagens que nos dão prazer pode ser de grande valia. Quando estamos desanimados ou tristes, nosso corpo precisa ser bem tratado, pois, afinal de contas, é ele que nos dá a base para nossa mente relaxar!
 
iG

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Pedra da Baleia em São Domingos do Prata

 

Pedra da Baleia, no morro da sela em Santana do Alfié, município de São Domingos do Prata.
A natureza proporciona um grande espetáculo para quem a visita.
Belas paisagens lá de cima.
Uma opção turística para quem visita São Domingos do Prata.