No Passado elas tiveram papel importante no trabalho de parto; ajudavam as parturientes quando do nascimento de seus filhos.
Faziam seu trabalho nas cidades, bem como em distritos e na zona rural.
Sempre atenciosas, com um sorriso no rosto e com grande experiencia, faziam os partos com tranquilidade e competência.
Embora vistas por muitos como uma atividade sem estrutura, ela é uma das mais antigas do mundo, sendo muito segura.
Lembro-me de um caso, ocorrido na fazenda da vargem, do meu Avô Tineco, onde passava férias com minha mãe: uma mulher de um empregado da fazenda entrou em trabalho de parto. Foi então chamada uma parteira, que atendia na região (parteira essa que já era conhecida de todos na fazenda); sua atuação foi providencial e fundamental no nascimento da criança, uma menina. Quando ouvimos o choro da criança foi uma alegria geral. Havia vários empregados na fazenda, que haviam parado suas atividades para acompanhar o nascimento da criança.
Hoje, fazendo uma reflexão sobre esse fato, chego à seguinte conclusão: experiência, paciência e competência foram fundamentais naquele dia, já que o parto foi demorado.
No dia do nascimento da criança, passadas algumas horas, vendo a mulher com sua filha no colo, tive a sensação que ela se sentia bem cuidada, não se sentia como uma paciente.
As parteiras daquela época eram pessoas abnegadas, abriam mão de muitas coisas para se dedicar a outras pessoas.
O trabalho das parteiras me faz lembrar da mãe natureza, já que o parto é uma transformação.
Cristóvão Martins Torres
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