terça-feira, 16 de abril de 2019

Notre-Dame


Não sabemos chorá-la, catedral
quantas lágrimas já recebestes
em seus labirintos góticos e suas
escadarias de passagens das quimeras.
Seu alto campanário desabou sob o fogo
assim como queimam e desabam
nossas memórias seculares.
A praça se tornou imenso lago
vindo das entranhas do povo.
Fostes vilipendiada na Revolução
pois todas as revoluções excedem.
Mas voltastes ao coração dos homens
como voltarás com sua torre despencada
onde Quasímodo louco amava Esmeralda.
Transcendes os montes e os continentes
Notre-Dame de Paris, nesta tarde triste
ingressarás na história dos espíritos que reverberam teus sinos. 

Amadeu Garrido de Paulaé Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

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