segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Líderes e gestores: quais as diferenças de função em meio a prática da saúde?

Estudo do pesquisador e professor de Saúde canadense, Henry Oh, analisa a liderança e a gestão em teorias de funcionamento diversas


A personalidade de liderança é muito estimada e estimulada na sociedade desde os primórdios da vida educacional. Porém, é de senso comum que ‘ser líder’ não é uma função inata à todas as pessoas, sendo uma característica especial que pode ser desenvolvida com o ambiente no qual o indivíduo se encontra. Para o membro do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, Professor Titular, Pesquisador da Logos University e Chefe do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Idaho, Henry Oh, que também foi eleito o melhor professor de saúde dos Estados Unidos, é necessário fazer uma clara distinção entre a liderança e a gestão. “Existem indivíduos que são principalmente líderes, mas também podem possuir habilidades gerenciais, enquanto há indivíduos que são principalmente gerentes, mas também podem exibir algumas qualidades de liderança. Há também um grupo de indivíduos que possuem fortes qualidades de liderança e gestão”, explica.


De acordo com ele, geralmente, os líderes influenciam seus seguidores a perseguir objetivos específicos, enquanto os gerentes direcionam seus funcionários para concluir tarefas. “Os líderes têm uma capacidade única de reunir os funcionários em torno de uma visão.Os gerentes, por outro lado, são mais aptos a executar a visão de maneira muito sistêmica e orientar os funcionários sobre como fazê-lo”, detalha o especialista no seu estudo.


Muitos estudos de pesquisa foram conduzidos com várias teorias de liderança amplamente populares, como por exemplo: Teoria do Grande Homem, Teoria dos Traços, Teorias da Contingência, Teorias Comportamentais, Teoria Transacional e Teoria Transformacional. Para Henry Oh, no meio da saúde, tais diferentes teorias podem ser aplicadas em situações específicas. “Trabalhar em um ambiente clínico, por exemplo, pode ser estressante e esmagador, especialmente durante emergências, quando há um alto volume de carga de trabalho, e ainda mais complicado com a falta de pessoal. Um gerente ou supervisor deve assumir a liderança para identificar prioridades, atribuir carga de trabalho, encontrar recursos e manter a situação sob controle. O líder pode monitorar efetivamente as necessidades da unidade ou departamento quando a situação está sob controle”, opina.


É válido ressaltar que a segurança do paciente deve estar sempre em primeiro lugar. “Quando a segurança do paciente está comprometida, o líder precisa corrigir a situação. Uma situação comprometida pode incluir mau funcionamento do equipamento, falta de suprimentos, erro no procedimento, incompetência da equipe, sistema operacional ineficiente, atrasos, relatórios atrasados e conflitos. Qualquer uma dessas situações é fundamental para o atendimento ao paciente. A Teoria da Contingência de Fiedler enfatiza o controle sobre a situação e as tarefas com objetivos e procedimentos claros. Esta teoria aplica-se apropriadamente à liderança na prática clínica”, pontua Henry Oh.


Pietra Geórgia - MF Press Global 

Jornalista redatora, suporte e nordestina  


Infectologista do Hapvida reforça que combate ao Aedes aegypti deve ser levado a sério

A pandemia causada pelo novo coronavírus tem trazido grandes desafios à Saúde no Brasil, principalmente com aumento exponencial do número de casos da variante Ômicron. Porém, essa não é a única preocupação no momento. O país também enfrenta cada vez mais casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya.

Depois de vários dias de chuvas e com a volta do sol é importante ficar em alerta para a proliferação do mosquito. Afinal, ele só precisa de água parada, mesmo que em pequenas para se desenvolver. O principal agravante que leva à proliferação do mosquito é que os ovos ficam viáveis por até um ano no local onde foram depositados, ou seja, a qualquer contato com a água eles podem eclodir e liberar as larvas do mosquito.

Segundo o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, até 25/1, Minas Gerais registrou 1.885 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 347 casos foram confirmados para a doença. Nenhum óbito por dengue foi confirmado em Minas Gerais, até o momento. Em relação à Febre Chikungunya, foram registrados 79 casos prováveis da doença e, desse total, quatro casos foram confirmados. Também não houve caso confirmado de óbito por chikungunya em Minas, até então. Já em relação à Zika, foram registrados seis casos prováveis sem que tenha havido confirmação. Não foram confirmados óbitos por zika em Minas Gerais até o momento.

De acordo com a infectologista do Sistema Hapvida, Dra. Silvia Fonseca, neste momento, as pessoas têm focado muito na Covid-19 e na gripe, mas os cuidados com a prevenção à dengue e o alerta para os sintomas da doença não devem ser deixados de lado, pois estamos no período com maior incidência da doença.

“Além de cuidar do ambiente onde vive para não deixar água parada, a população precisa estar alerta aos sintomas mais comuns da doença que são a febre alta e a dor no corpo. Diferentemente da covid e da gripe, nos casos de dengue não há sintomas respiratórios como nariz escorrendo e tosse. Essa é a principal diferença”, explica a médica.

De acordo com a infectologista, ao apresentar sintomas como febre e dor no corpo sem sintomas respiratórios as pessoas devem investir em hidratação feita com água, soro caseiro ou bebidas isotônicas, nunca com refrigerantes, bebidas alcóolicas e chás que são diuréticos e procurar orientação médica, preferencialmente na modalidade de telemedicina para evitar aglomerações.

“É muito importante que a população ajude a evitar a proliferação do mosquito eliminando a água parada e saiba reconhecer os sinais da doença para adotar as medidas corretas que são basicamente o repouso, a hidratação adequada e manutenção de uma alimentação saudável, que já podem ser iniciadas antes mesmo de uma consulta médica. Pacientes que apresentem também vômito, tonturas, sangramentos na gengiva ao escovar os dentes, devem procurar o médico rapidamente, pois eles podem estar evoluindo para a forma mais grave da dengue”, conclui.

 

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 7,4 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed, Premium Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 38 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 49 hospitais, 203 clínicas médicas, 49 prontos atendimentos, 176 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.


Bruna Toledo

Estrada para Nova Lima, 385 | 4°andar   

Belvedere | 30320.760 I Belo Horizonte | MG 



Eleições 2022: como avaliar a popularidade de Bolsonaro dia após dia?

Publicitário e especialista em marketing político comenta cenário político instável do Brasil há poucos meses da eleição presidencial


Ainda estamos há meses do dia da votação, porém dia após dia, pesquisas em todo o Brasil já tentam medir o clima no país e tentar acertar os resultados que serão definidos posteriormente. Enquanto algumas pesquisas apontam para uma possível reeleição de Bolsonaro, outras afirmam veementemente que o atual presidente já não tem mais a mesma popularidade que tinha em 2018.


Para o publicitário e especialista em marketing político Janiel Kempers, para evitar que a perda de popularidade se concretize de maneira sólida, o presidente deverá consertar atitudes que, no passado, ficaram conhecidas como características intrínsecas. “Um dos grandes erros de Bolsonaro, foi em muitas ocasiões não ouvir atentamente os conselhos de sua assessoria, principalmente em falas públicas e em articulações políticas”, afirma o especialista.


Para ele, a mesma estratégia de reacender o patriotismo, usada em 2018, deve ser repensada se for ser reutilizada em 2022. “Em 2018, situações simples e cotidianas, se transformaram em acontecimentos fora do normal. Mas, agora ele é presidente da república e deve considerar as alterações que isso trouxe também para os seus ideais de campanha”, pontua.


Porém, para Janiel Kempers, o problema enfrentado pelo presidente atualmente é comum a todos aqueles que se envolvem na política: o desgaste ocasionado pelas próprias questões políticas. “Economia, desigualdade social e afins são questões que acabam por afetar a imagem de todo político por serem problemas que vêm sendo tratados há tempos”, opina.


Sobre Janiel Kempers 


Antônio Janiel Lima dos Santos é um jornalista e publicitário natural do Maranhão. O profissional adotou o nome “Kempers” em alusão a um apelido recebido no ensino médio. Advindo de família humilde, Janiel, antes de tudo, é um comunicador apaixonado. Ainda adolescente começou a trabalhar com assessoria para políticos. Com 16 anos, já prestava serviços profissionalmente na área em seu estado. Depois de entrar na faculdade, ingressou na Record TV do Maranhão.


Dentro da televisão, ganhou experiência com apresentação e reportagens. Com um vasto currículo, Janiel Kempers já foi secretário de comunicação de 4 prefeituras e assessor de deputados da assembleia legislativa do Maranhão. Atualmente, reside no Ceará, onde trabalha como assessor para alguns políticos e empresas na região norte.


Para o futuro, o comunicador deseja lançar um projeto chamado Resenha Livre, onde algumas personalidades serão convidadas para conversar em lives no seu perfil.


Fabiano de Abreu 
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Gestão geral grupo MF Press Global


Pigmentação cutânea é capaz de alterar a sensibilidade da pele, aponta estudo

Pesquisa analisou experimentos com pessoas de diferentes etnias e também com camundongos


Uma pesquisa realizada por cientistas da New York University College of Dentistry propõe um novo mecanismo de modulação sensorial através da sinalização dopaminérgica cutânea. Os resultados da pesquisa apontam que a sensibilidade cutânea ao calor é maior em pessoas de pele escura em comparação com pessoas de pele clara.


“Para revelar qual é a relação entre o tom de pele e a sensibilidade cutânea em humanos, nós analisamos diferentes tonalidades de peles através de uma meta-análise com indivíduos de raças/etnias distintas e também com ratos de laboratório sob o calor cutâneo e sensibilidade mecânica”, explica o pesquisador Kentaro Ono, do centro de Pesquisas Clínicas do New York University College of Dentistry.


O artigo aponta os impactos da pigmentação na pele humana: “ a pigmentação é capaz de afetar a termorregulação e a fotoproteção dos raios ultravioleta (UV). A pele negra é capaz de reduzir os danos dos raios UV no DNA. Entretanto, tratando-se de algumas populações não equatoriais, pode ser que a pele clara facilite o processo de síntese de vitamina D sob baixa intensidade de radiação ultravioleta”, adverte o cientista Kentaro Ono. 


Os cientistas argumentam no estudo que a sensibilidade cutânea é afetada de diferentes formas pela pigmentação da pele. Através dos estudos realizados com humanos e com ratos de laboratório, os pesquisadores defendem que há inconsistência na dor térmica entre indivíduos de diferentes etnias. Esse fato se dá devido à regulação hormonal no eixo HPA8 e polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em genes receptores. 


O pesquisador Kentaro Ono comenta os resultados: “mostramos que a dopamina dos melanócitos ativa o receptor de dopamina tipo D1 em neurônios sensoriais primários. A ativação dopaminérgica aumenta a expressão do receptor catiônico TRPV1 sensível ao calor e reduz a expressão do canal mecanicamente sensível. É possível ainda observar que o limite térmico é menor e o limiar mecânico é maior na pele pigmentada”, pontua o cientista.


Pigmentação cutânea é capaz de alterar a sensibilidade da pele e a sinalização dopaminérgica


Estudo realizou experimentos com pessoas de diferentes etnias e também com ratos de laboratório


Em uma pesquisa realizada em conjunto com cientistas da New York University College of Dentistry, foi proposto um novo mecanismo de modulação sensorial através da sinalização dopaminérgica cutânea. Os resultados da nossa pesquisa apontam que a sensibilidade cutânea ao calor é maior em pessoas de pele escura em comparação com pessoas de pele clara.


Para revelar qual é a relação entre o tom de pele e a sensibilidade cutânea em humanos, analisamos diferentes peles uma meta-análise com indivíduos de diferentes raças/etnias e também com ratos de laboratório sobre o calor cutâneo e a sensibilidade mecânica.


O artigo científico final aponta que a pigmentação é capaz de afetar a termorregulação e a fotoproteção dos raios ultravioleta (UV). A pele negra é capaz de reduzir os danos dos raios UV no DNA. Entretanto, tratando-se de algumas populações não equatoriais, a pele clara facilita o processo de síntese de vitamina D sob baixa intensidade de radiação ultravioleta.


A sensibilidade cutânea é afetada de diferentes formas pela pigmentação da pele. Através de experimentos realizados com humanos e com ratos de laboratório, foi possível constatar que há inconsistência na dor térmica entre indivíduos de diferentes etnias. Esse fato se dá devido à regulação hormonal no eixo HPA8 e polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em genes receptores. 


Os resultados da pesquisa mostraram que a dopamina dos melanócitos ativa o receptor de dopamina tipo D1 em neurônios sensoriais primários. A ativação dopaminérgica aumenta a expressão do receptor catiônico TRPV1 sensível ao calor e reduz a expressão do canal mecanicamente sensível. É possível ainda observar que o limite térmico é menor e o limiar mecânico é maior na pele pigmentada.


Fabiano de Abreu 
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Currículo Lattes: Quem tem formação no exterior é obrigado a reconhecer no Brasil para incluir no currículo?

Advogada, Dra Lorrana Gomes, discorre sobre as regras de reconhecimento de estudos internacionais


Estudar fora do país é um sonho para muitas pessoas, obter um conhecimento adquirido fora das fronteiras do Brasil, muitas vezes, pode ser uma importante chave para abrir portas no mercado de trabalho, sendo algumas universidades do exterior, reconhecidas como as mais importantes do mundo como Harvard, Stanford e Oxford.


Com programas de especialização, estudos, intercâmbios e a própria globalização de modo geral, tem sido cada vez mais frequente a ocorrência de brasileiros com itens internacionais a serem adicionados no currículo. Nesse contexto, surgem diversas dúvidas quanto a formatação e a validade dos conhecimentos adquiridos no exterior. “Ninguém é obrigado, por ser brasileiro, a se formar no Brasil. Porém, é necessário compreender que o curso estudado em outro país, tem validade perante as autoridades daquele país em específico”, explica a advogada, Dra. Lorrana Gomes.


De acordo com ela, é necessário saber diferenciar o reconhecimento de graduação e a possibilidade de exercer determinadas profissões. “Quando uma pessoa se forma no Brasil e vai para outro país, ela continua sendo graduada. Porém, podem existir algumas restrições quanto ao exercício daquela graduação em outro país”, exemplifica.


Ou seja, o reconhecimento e revalidação de diplomas em outros países é obrigatório para aqueles que desejam exercer a profissão fora do território nacional. “Porém, se o desejo da pessoa é apenas registrar em currículo a obtenção daquele conhecimento, não é necessário buscar validação, visto que, o currículo não é nada mais do que uma exposição de formações”, explica a especialista.


Portanto, para fins de registro em currículo não há qualquer restrição geográfica ou legislativa. “Não é obrigatório validar um diploma se eu não for exercer a profissão em outro país. Se você é graduado, por exemplo, em direito no Brasil e em psicologia nos Estados Unidos, você não pode exercer direito nos Estados Unidos e nem psicologia no Brasil, mas você tem autorização para meramente expor as duas graduações e suas respectivas localidades no currículo”, afirma a Dra. Lorrana Gomes.


Sobre a Dra. Lorrana Gomes


Lorrana Gomes, Advogada e Consultora Jurídica, inscrita sob a OAB/MG188.162, fundadora do escritório de Advocacia L Gomes Advogados (full service). Graduada em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara e pós graduanda em Direito Previdenciário e Lei Geral de Proteção de Dados, além de ser autora de diversos artigos jurídicos.


Fabiano de Abreu 
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VALE INOVA AO PRODUZIR AREIA A PARTIR DO REJEITO DESCARTADO EM BARRAGENS

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Brasil

30 de novembro de 2021
Pátio de estocagem da Areia Sustentável na mina de Brucutu

Cerca de 250 mil toneladas do insumo já foram reaproveitadas. Produto é alternativa sustentável para material que sofre com extração predatória

Após sete anos de pesquisas e investimentos da ordem de R$ 50 milhões, a Vale desenvolveu uma areia com qualidade comercial para aplicação no mercado da construção civil. A partir de adequações na operação de minério de ferro no Estado de Minas Gerais, o material arenoso, anteriormente descartado em pilhas e barragens, é processado e transformado em produto, seguindo os mesmos controles de qualidade da produção de minério de ferro. Neste ano, cerca de 250 mil toneladas de areia já foram processadas e destinadas a venda ou doação para uso em concretos, argamassas, pré-fabricados, artefatos, cimento e pavimentação rodoviária.

De acordo com Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale, o produto é resultado de práticas operacionais mais sustentáveis. “Esta ação promove a economia circular dentro das nossas unidades e reduz o impacto da disposição de rejeitos para o meio ambiente e a sociedade, além de ser uma alternativa confiável para a indústria da construção civil, que possui uma alta demanda por areia”, diz Spinelli.

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, cerca de 40 a 50 bilhões de toneladas de areia são usadas por ano no mundo. O insumo é o segundo recurso natural mais explorado, depois da água, e sofre, globalmente, com a extração ilegal e predatória, ainda de acordo com as Nações Unidas.

A Areia Sustentável é considerada um coproduto do processo de produção do minério de ferro. O material que é extraído da natureza, na forma de rochas, passa por diversos processos físicos na usina de beneficiamento, como britagem, classificação, moagem e concentração, para se obter o minério de ferro. A novidade introduzida pela Vale é que, na etapa de concentração, o subproduto desse processo é novamente beneficiado até atingir a qualidade necessária para se tornar areia de uso comercial. No método tradicional, esse material se tornaria rejeito e seria destinado a barragens ou pilhas. Cada tonelada de areia produzida representa uma tonelada a menos de rejeito gerado.

A areia resultante do tratamento de minério de ferro é um produto 100% legal, com alto teor de sílica e baixo teor de ferro, além de alta uniformidade química e granulométrica. Segundo Jefferson Corraide, gerente executivo do Complexo Brucutu e Água Limpa, a areia não apresenta características perigosas em sua composição. “O processamento mineral para obtenção da areia é essencialmente físico, não alterando a composição dos materiais, portanto o produto não é tóxico”, afirma Corraide.

A areia da Vale teve sua aplicação em concreto e argamassa atestada recentemente pelos laboratórios especializados Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Falcão Bauer e ConsultareLabCon.


Pré-fabricados produzidos pela Precon com Areia Sustentável fornecida pela Vale

Escala de produção

A Vale já acertou a destinação de mais de 1 milhão de toneladas de areia para venda ou doação em 2022. Os compradores são empresas com atuação em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e o Distrito Federal. A estimativa é que em 2023 esse número chegue a 2 milhões de toneladas.

“Estamos nos preparando para escalar ainda mais a destinação de areia a partir de 2023. Para isso, estamos com um time de profissionais dedicados para este novo negócio e adequando nossas operações para atender as necessidades do mercado”, explica Rogério Nogueira, diretor de Marketing de Ferrosos da Vale.

Atualmente, a Vale está produzindo areia para comercialização e doação na Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG).

Outras minas da empresa, também localizadas em Minas Gerais, estão em processo de regularização ambiental e minerária para produção do insumo. “As nossas minas no estado fornecem um material arenoso rico em sílica que pode ser aplicado em diversas indústrias. Estamos trabalhando com diversas instituições, entre universidades, centros de pesquisa e empresas brasileiras e estrangeiras, para o desenvolvimento de novas soluções que aproveitem o rejeito do minério de ferro”, destaca André Vilhena, gerente de Novos Negócios da Vale.

Além de utilizar a infraestrutura existente nas minas de minério de ferro, a Vale também conta com a rede ferroviária e rodoviária já desenvolvida para escoamento da areia para mercados em MG, ES, DF e SP. “Nosso foco principal, com essa atividade, é a sustentabilidade das nossas operações de minério de ferro, minimizando o passivo ambiental, além de buscar o fomento de emprego e renda por meio de novos negócios”, finaliza Vilhena.

Ecoprodutos

A Vale conduz estudos de aplicação do rejeito desde 2015. A empresa inaugurou no ano passado a Fábrica de Blocos do Pico, primeira planta piloto de produtos para a construção civil cuja matéria-prima principal é o rejeito da atividade de mineração. Instalada na Mina do Pico, no município de Itabirito (MG), a fábrica promove a economia circular na operação de beneficiamento do minério de ferro.

A Fábrica de Blocos conta com a cooperação técnica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Dez pesquisadores da instituição estão atuando na pesquisa nesse período, entre professores, técnicos de laboratório e alunos de pós-graduação, graduação e curso técnico. Durante o tempo de P&D, os produtos não serão
comercializados.

Outra iniciativa de pesquisa visa desenvolver a aplicação de areia em soluções de pavimentação, em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) do campus Itabira. O foco é na doação de areia para a pavimentação de estradas vicinais.

Uma mineração mais sustentável

Além da linha de Ecoprodutos, a Vale tem outras iniciativas para tornar sua mineração mais sustentável e reduzir a geração de rejeitos. A empresa vem desenvolvendo tecnologia para aumentar o processamento de seus minérios a seco, ou seja, sem o uso de água.
Atualmente, cerca de 70% da produção da Vale é processada a seco e deve permanecer neste patamar quando for atingida a capacidade de produção de 400 Mtpa e com a entrada de novos projetos. Em 2015 esse número era de 40%.

O processamento a seco está vinculado à qualidade do minério de ferro extraído na frente de lavra. Em Carajás, como o teor de ferro já é elevado (acima de 65% de ferro), o material somente é britado e peneirado, para ser classificado por tamanho (granulometria).

Já em Minas Gerais, em algumas minas o teor médio é de 40% de ferro. Pelo método convencional, o minério é concentrado por meio de beneficiamento realizado com água para aumentar o teor, sendo a maior parte do rejeito depositado em barragens ou cavas. É aí que entra outra tecnologia que está sendo implantada na Vale, a FDMS (Fines Dry Magnetic Separation), concentração magnética de minérios de baixo teor de ferro, sem utilizar água e, portanto, sem necessidade de barragens.

Desenvolvida no Brasil pela New Steel, empresa comprada pela Vale em 2018, essa tecnologia já está sendo utilizada em uma planta-piloto em Minas Gerais. Em 2023, será inaugurada a primeira planta comercial, em Vargem Grande, com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas por ano e investimento de até US$ 150 milhões.

Outra tecnologia que reduz a necessidade de barragens é a filtragem de rejeitos e seu posterior empilhamento a seco. Uma vez atingida a capacidade de 400mtpa, mais de 60mtpa (ou 15% desse total) serão processadas em usinas que terão a maior parte dos rejeitos filtrados e empilhados dessa forma. A Vale já inaugurou uma planta de filtragem em Vargem Grande e mais três terão start-up no primeiro trimestre de 2022: uma em Brucutu e duas em Itabira. Apenas 15% da produção continuará sendo processada pelo método convencional, de concentração a úmido e destinação em barragens ou cavas de minas desativadas.

Jornal O Liberal

Região dos Inconfidentes

Agostinho Patrus presta homenagem às vítimas da tragédia ocorrida em Brumadinho

Determinado pela ALMG, Dia de Luto marcou os três anos do desastre provocado pelo rompimento da barragem da Vale

 

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus (PV), realizou homenagem às 272 vítimas fatais da tragédia do rompimento da barragem da Vale, ocorrida em Brumadinho, nesta terça-feira (25/1), dia em que se completam três anos do desastre. A data consta no calendário oficial do Estado como Dia de Luto, a partir de uma lei, de autoria do Legislativo estadual, aprovada em 2020.

A solenidade foi iniciada às 12h28, momento exato em que ocorreu o rompimento da barragem. A homenagem foi realizada na Praça da Assembleia, na capital mineira, onde o presidente Agostinho Patrus conduziu o arriamento das bandeiras de Minas e de Belo Horizonte, que permaneceram a meio mastro durante todo o dia.
Em seguida, o parlamentar depositou flores no Memorial em homenagem às vítimas, também localizado na praça. O momento foi marcado, ainda, pelo toque de silêncio executado pelo Corpo de Bombeiros.

Em entrevista durante o evento, o parlamentar mais uma vez lamentou o ocorrido. “É a maior tragédia da história de Minas Gerais, nós não podemos esquecê-la jamais. Tem que servir de exemplo para que todos compreendam, de uma vez por todas, que o cuidado com a vida das pessoas deve sempre estar acima de qualquer interesse”, disse.
Esta é a segunda vez em que a Assembleia realiza solenidade do Dia de Luto em memória das vítimas do rompimento da barragem. Outra iniciativa criada pela ALMG está prevista na Lei 23.591/2020, que determina que obras construídas com recursos da Vale, provenientes de reparação ou indenização, devem receber placas com nomes de todas as vítimas da tragédia.

“A Assembleia nunca deixará de reverenciar e homenagear as 272 pessoas que, assim como seus amigos e familiares, tiveram seus sonhos interrompidos. Nós, deputadas e deputados, sempre nos lembraremos das vidas que se foram e permaneceremos empenhados em trabalhar para que tragédias como esta nunca mais se repitam”, finalizou o presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus.

Histórico

Os desastres relacionados à mineração ocorridos em Minas motivaram a aprovação, pela ALMG, de uma legislação mais rígida sobre barragens e a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho, que pediu o indiciamento de 13 pessoas e fez uma série de recomendações aos órgãos públicos. Já em 2019, foi aprovada a Lei 23.291, a qual instituiu a Política Estadual de Segurança de Barragens.

Outro importante avanço foi a criação da Lei 23.795, de 2021, que define as normas da Política Estadual dos Atingidos por Barragens. A nova legislação estabelece que o Estado prestará assistência social aos atingidos, o que abrange ações prévias, concomitantes e posteriores ao planejamento, à construção, à instalação, à operação, à ampliação ou à manutenção de barragens.

Crédito (fotos): Victor Oliveira/ALMG

Tiradentes, Uma Cidade Para Todos os Turistas


Tiradentes possui um dos maiores centros históricos de Minas Gerais. A cidade tem sua historia impressa em cada obra arquitetônica. Muitas construções antigas, atrações para todos os públicos. E também pela receptividade com os turistas. De aspecto bucólico e romântico, a cidade de Tiradentes, atrai muitos turistas. A cidade oferece várias atrações, dentre elas, um passeio de Trem Maria Fumaça, ida e volta até a cidade vizinha de São João Del Rei. Amostra do Cinema de Tiradentes, o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, atrai turistas de todo o mundo. Fotos de Tiradentes, tiradas pelo amigo Esdras, em passeio pela cidade com a família. O Ateliê da Cachaça, proporciona aos adeptos da branquinha, muitas variedades e de ótima qualidade. Culinária típica e diferenciada, em bons e variados restaurantes, tanto à la carte como os mais aceitos atualmente, justo por atender a quilo ou entregar no sistema delivery.

Líderes e gestores: quais as diferenças de função em meio a prática da saúde?

Estudo do pesquisador e professor de Saúde canadense, Henry Oh, analisa a liderança e a gestão em teorias de funcionamento diversas


A personalidade de liderança é muito estimada e estimulada na sociedade desde os primórdios da vida educacional. Porém, é de senso comum que ‘ser líder’ não é uma função inata à todas as pessoas, sendo uma característica especial que pode ser desenvolvida com o ambiente no qual o indivíduo se encontra. Para o membro do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, Professor Titular, Pesquisador da Logos University e Chefe do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Idaho, Henry Oh, que também foi eleito o melhor professor de saúde dos Estados Unidos, é necessário fazer uma clara distinção entre a liderança e a gestão. “Existem indivíduos que são principalmente líderes, mas também podem possuir habilidades gerenciais, enquanto há indivíduos que são principalmente gerentes, mas também podem exibir algumas qualidades de liderança. Há também um grupo de indivíduos que possuem fortes qualidades de liderança e gestão”, explica.


De acordo com ele, geralmente, os líderes influenciam seus seguidores a perseguir objetivos específicos, enquanto os gerentes direcionam seus funcionários para concluir tarefas. “Os líderes têm uma capacidade única de reunir os funcionários em torno de uma visão.Os gerentes, por outro lado, são mais aptos a executar a visão de maneira muito sistêmica e orientar os funcionários sobre como fazê-lo”, detalha o especialista no seu estudo.


Muitos estudos de pesquisa foram conduzidos com várias teorias de liderança amplamente populares, como por exemplo: Teoria do Grande Homem, Teoria dos Traços, Teorias da Contingência, Teorias Comportamentais, Teoria Transacional e Teoria Transformacional. Para Henry Oh, no meio da saúde, tais diferentes teorias podem ser aplicadas em situações específicas. “Trabalhar em um ambiente clínico, por exemplo, pode ser estressante e esmagador, especialmente durante emergências, quando há um alto volume de carga de trabalho, e ainda mais complicado com a falta de pessoal. Um gerente ou supervisor deve assumir a liderança para identificar prioridades, atribuir carga de trabalho, encontrar recursos e manter a situação sob controle. O líder pode monitorar efetivamente as necessidades da unidade ou departamento quando a situação está sob controle”, opina.


É válido ressaltar que a segurança do paciente deve estar sempre em primeiro lugar. “Quando a segurança do paciente está comprometida, o líder precisa corrigir a situação. Uma situação comprometida pode incluir mau funcionamento do equipamento, falta de suprimentos, erro no procedimento, incompetência da equipe, sistema operacional ineficiente, atrasos, relatórios atrasados e conflitos. Qualquer uma dessas situações é fundamental para o atendimento ao paciente. A Teoria da Contingência de Fiedler enfatiza o controle sobre a situação e as tarefas com objetivos e procedimentos claros. Esta teoria aplica-se apropriadamente à liderança na prática clínica”, pontua Henry Oh.


Pietra Geórgia - MF Press Global 

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