Filho de Rachel Gutvilen tem 138 pontos de QI desvio padrão 15, o que equivale a 99 de percentil e já é um dos melhores jogadores de xadrez do país
Apaixonado por xadrez, matemática e piano, Romeu Gutvilen é uma criança diferenciada. Além do domínio sobre estas práticas, o jovem de apenas sete anos de idade conseguiu recentemente um feito notável: ele agora passa a fazer parte da Mensa Brasil, associação com sede na Inglaterra que reúne pessoas acima de 98 de percentil.
A aceitação do jovem na entidade vem em um momento onde as crianças brasileiras têm se destacado pela inteligência. No caso, a repercussão do Gustavo Saldanha, de apenas 8 anos de idade, o mais novo brasileiro a fazer parte da Mensa internacional, incentivou diversas famílias, como também mudou panoramas.
Para chegar até lá, Romeu e sua mãe, Rachel Gutvilen, correram atrás de testes e informações que confirmassem a superdotação do garoto. Carioca, professora de educação infantil, empreendedora e dançarina, ela fez parte do balé do Faustão entre 2010 e 2013 e teve que se desdobrar para ajudar o filho, pois ela é mãe solo. Um dos passos decisivos foi quando o menino passou por uma avaliação da neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner, especialista em testes de inteligência, que o revelou ser uma criança superdotada. Em seguida, a mãe procurou o Doutor em neurociências Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, também membro da Mensa Internacional, da Intertel, que só aceita pessoas acima de 99 de percentil e da rara Triple Nine Society, esta a mais restrita do mundo aceitando apenas pessoas com 99.9 de percentil que é o máximo que se pode alcançar. O Dr. Fabiano de Abreu, como é conhecido o neurocientista e assessor, é o nome por trás da brasileira Laura Büchele, Gustavo Saldanha, ambos da Mensa Internacional, do Romeu Gutvilen, membro da Mensa Brasil e de muitos outros nomes.
Segundo Fabiano, "o Romeu tem 138 pontos desvio padrão 15, 99,43 de percentil. Gosto mais de falar em percentil, já que há diferentes testes com diferentes cálculos. A Rachel é uma mãe dedicada, não apenas por causa da inteligência do menino, mas porque é mãe solo, o que leva a uma dedicação maior e isso é bom para o Romeu já que tem toda a atenção necessária e sob medida. Romeu já recebeu 100% da bolsa de estudos no Rio de Janeiro em uma escola forte, puxada como se diz, também promessa de bolsa na Logos University International nos Estados Unidos. Com o tempo ele vai conseguir muitas outras coisas, inclusive bolsas em outras instituições. Trabalhamos para isso."
Neuropsicóloga responsável pela aplicação de mais de 150 testes de inteligência, Leninha Wagner, como é conhecida, explica como conheceu o garoto: “Em meados de 2019, ele foi levado ao meu consultório. A mãe estava preocupada, pois o filho só se sentia feliz diante de números, cálculos, desafios mentais. Com tão pouca idade, quatro anos e meio, Romeu me surpreendeu no resultado de sua neuroavaliação, submetido a entrevista, anamnese, testes projetivos, testes não verbais, matricial, CPM RAVEN- Matrizes Progressivas Coloridas, com resultado em percentil de 99, com habilidades sociais bem desenvolvidas, maturidade emocional para além da idade cronológica, resultados tão positivos para tão tenra idade me causaram um forte impacto. A ponto de encaminhar para outros profissionais para confirmar esses resultados. Para mim, é uma honra ter participado dessa trajetória”. Além deles, uma outra pessoa ajudou muito também na formação de Romeu: “Encontrei o Tio Fábio (professor Fábio Gomes de Castro) na internet e ele entendeu a mente do meu filho fazendo o que ele mais gostava: desafios”, destaca Rachel.
Quando tinha apenas 2 anos de idade, Romeu já apresentava sinais da sua inteligência ao conhecer o alfabeto. Aos 4, já sabia ler textos grandes e compreendê-los também. O desenvolvimento surpreendente foi confirmado em seu teste de QI, o resultado: 138 com percentil 99. Apaixonado por matemática, sempre demonstrou paixão pelos números.
Em julho do ano passado, a descoberta de uma nova paixão: o xadrez. Rachel revela como descobriu este talento do filho: “O professor comentou que jogava xadrez e perguntei se ele poderia dar algumas aulas. Romeu aprendeu tão facilmente que em quatro meses começou a ganhar do mestre e hoje disputa vários torneios, inclusive contra adversários mais velhos que ele”, completa.
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