Belo Horizonte, julho de 2024 – O 5G completa dois anos de operação comercial em Belo Horizonte esta semana atingindo a marca de 761,1 mil acessos. O número representa quase 20% de todos os acessos móveis da cidade, ou seja, a cada 5 conexões, uma é 5G. A cidade foi a primeira do Sudeste a receber a nova tecnologia, que acumula 27,9 milhões de acessos em todo o país e está presente em 651 municípios, 83 deles em Minas Gerais. Desde 2022, quando o 5G foi ativado pela primeira vez, em Brasília, as operadoras de telecomunicações que venceram o leilão têm antecipado as metas estabelecidas. As empresas já cumpriram mais de 70% do cronograma de implantação previsto para 2025. O cronograma da Anatel prevê obrigações de cobertura até julho de 2030, aumentando gradualmente os números de cidades atendidas e antenas instaladas. Atualmente, há 5G ativo de pelo menos uma das operadoras em todas as cidades com mais de 500 mil habitantes. “O avanço do 5G já pode ser comprovado com navegações mais rápidas, mas a nova tecnologia tem um potencial maior de transformar outros setores da economia como agronegócio e indústria. A união de velocidade ultrarrápida, tempo de resposta muito mais veloz e a capacidade de manter um número ainda maior de dispositivos conectados ao mesmo tempo já estão transformando setores econômicos”, afirma Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis Brasil Digital. Algumas dessas aplicações já são realidade, mostrando parte do potencial da tecnologia móvel. A Gerdau, em parceria com a Claro e Embratel, instalou rede privativa 5G em sua unidade de Ouro Branco (MG), ampliando a digitalização e automação da planta e acelerando a implementação dos conceitos da indústria 4.0, incluindo o monitoramento de ativos e o uso de câmeras de vídeo analytics para acompanhar a produção. Suportada pelo 5G, a Gerdau ampliará os investimentos em veículos autônomos e tele controlados, gêmeos digitais, IoT e Inteligência Artificial. Ainda na região Sudeste, a TIM instalou uma rede privada de 5G no terminal de contêineres da BTP (Brasil Terminal Portuário), em Santos (SP). A tecnologia 5G possibilitou soluções de monitoramento remoto e em tempo real de equipamentos, guindastes de diferentes portes e atividades. Com isso, a BTP registrou ganhos na capacidade da rede, aumentando de 30MB para 1GB, e na velocidade na troca de informações entre seus equipamentos, reduzindo a latência de 2.000ms para uma performance estável de 15ms. A Vivo foi responsável pela instalação do 5G no centro de distribuição da Huawei, em Sorocaba (SP). Com essa tecnologia, é possível conectar veículos autônomos autoguiados, empilhadeiras autônomas e câmeras com inteligência artificial, resultando em um aumento de 30% na eficiência operacional e uma redução do ciclo de produção de 17 para 9 horas. A nova tecnologia também representa avanços para a conexão do usuário. A Algar Telecom é uma das operadoras que utiliza a rede 5G para oferecer banda larga sem fio através da tecnologia FWA, possibilitando a oferta da experiência 5G em alta velocidade em locais onde a infraestrutura de fibra óptica apresenta dificuldades para ser implementada ou não está disponível. A tecnologia foi inclusive utilizada no Rio Grande do Sul durante as enchentes que interromperam as conexões. Legislação de Antenas Além dos investimentos das operadoras, a expansão da nova tecnologia depende da atualização da legislação de antenas dos municípios, permitindo a instalação de mais antenas de telecomunicações. O 5G exigirá de 5 a 10 vezes mais antenas do que o 4G. “Nosso investimento é um dos mais significativos do país, mas em muitas cidades enfrentamos desafios para instalar antenas, que são essenciais para o funcionamento do 5G. As cidades precisam atualizar suas leis municipais para alinhá-las à Lei Geral de Antenas, permitindo um licenciamento mais rápido e simplificado”, destacou Ferrari. Um levantamento do Conecte 5G indica que menos de 10% dos municípios brasileiros têm leis de antenas em conformidade com a legislação federal. |
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