sábado, 30 de março de 2013

Cristovão Colombo ou Américo Vespúcio

À quem se deve realmente a descoberta das Américas, à Cristovão Colombo, à Américo Vespúcio ou aos próprios índios nativos da região? Essa pergunta intrigante tem provocado muita controvérsia nas últimas décadas. Alguns historiadores creditam aos nativos que chegaram do estreito de Bering, entre a Sibéria e o Alasca, à 40.000 anos o verdadeiro descobrimento das Américas. Outros pesquisadores atribuem aos escandinavos por volta do ano 1.000 quando chegaram ao Canadá e retornaram sem desembarcarem devido aos imensos blocos de gelo, enquanto que outros estudiosos acreditam que fragmentos de cerâmicas encontrados no Equador em 1956, apresentam semelhanças marcantes com cerâmicas produzidas no Japão há mais de 5.000 anos. Alguns admitem que uma viagem do monge budista até o lado do “grande mar”, ou oceâno pacífico, teria chegado até o México no século V, conforme comprovam o uso de dragões alados como motivo de cerimônias mágicas encontrados em cerâmicas mexicanas, uma vez que este símbolo especificamente representava a dinastia do monge chinês. Daí a mera semelhança dos latinos, incluindo os índios brasileiros, com traços dos povos orientais.
Enfim, muitas são as teorias que tentam explicar os verdadeiros descobridores das Américas. Até pouco tempo, Cristovão Colombo era tido como um homem de larga visão e caráter obstinado, o sábio defensor da certeza de que a Terra era redonda, o homem que fez um ovo parar em pé e abriu as portas do Oceâno Atlântico, e de repente não é mais nada disso. O escritor e historiador americano Kirkpatrick Sale, em seu livro “The Conquest of Paradise” relata um homem vulgar, apreciador da ganância do ouro, obcecado pelos títulos de nobreza e extremamente confuso em suas observações de navegação. Apesar de realizar quatro viagens às Américas, nunca soube descrever fielmente onde realmente esteve. Além de demonstrar uma ferocidade bestial com os nativos, trazendo consigo e sua tripulação formada na maioria por ladrões e desocupados, doenças como a febre, tuberculose e a varíola, que dissiparam milhares de nativos logo nos primeiros contatos em terra. Sobre Colombo, dos seus primeiros vinte anos pouco se sabe. Há razões para acreditar que nasceu em Gênova no ano de 1451, mas muitos historiadores não estão de acordo. Há quem atribua o seu nascimento nas regiões da Córsega, Maiorca, Aragão, Galícia e até em Portugal. Sabe-se pelo menos que seu idioma favorito era o Castelhano, pois servia-se dele para suas correspondências. Em 1472, tem-se notícia que esteve no mar como corsário, que serviu de trampolim para ingressar na frota do grande corsário francês Coullon, o Velho. Numa investida frustante, viu-se náufrago na costa portuguesa, por onde viveu escondido por oito anos, dos 25 aos 33.
Existem várias contestações envolvendo a origem do nome do continente americano. Segundo relatos históricos, o nome América advém de uma homenagem feita a um italiano chamado Américo Vespúcio, explorador que viveu entre 1454 e 1512.
   
© Revista Eletrônica de Ciências - Número 19 - Maio / Junho de 2003.

 Desse modo, a homenagem deixou de ser prestada a Cristóvão Colombo, que seria genuinamente o descobridor de tais terras. Quando Colombo atingiu a América, mais precisamente na parte onde se encontra hoje a América Central, ele achava que tinha chegado às Índias. Por isso, muitos historiadores deram o mérito da descoberta a Américo Vespúcio, por ter sido o primeiro navegador a afirmar e a divulgar - baseadas nas descrições feitas durante a viagem - que as terras que Colombo havia alcançado pertenciam a um novo continente.
As declarações de Vespúcio ganharam crédito na Europa, e foram reconhecidas, porém, Américo faleceu no ano de 1512, sem imaginar que seu nome fora dado ao continente.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Américo Vespúcio foi um navegador italiano, nasceu em Florença, em 9 de março de 1454. Faleceu em Sevilla, Espanha, em 22 de fevereiro de 1512. Foi educado em Pisa e na França, dedicando-se desde cedo à geografia, astronomia e cosmografia.
Realizou diversas viagens pela América, muitas delas são até hoje questionadas pelos historiadores em virtude de contradições de registros náuticos desencontrados em cartas. Em 13 de maio de 1501, partiu de Lisboa e no fim do mesmo ano chegou no Cabo Santo Agostinho, passou pelo litoral brasileiro, baía de Guanabara, rio da Prata até alcançar a costa meridional da Patagônia.
Nessa altura percebeu que havia navegado pela costa de um novo continente, despreendido da costa asiática. Retornou a Lisboa em 22 de julho de 1502, e divulgou a notícia na Europa. Em 1503, partiu novamente em viagem chefiada por Gonçalo Coelho. Em 1505, passou a servir a coroa espanhola, e não mais viajou.



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