Em 1961, durante a guerra fria foi erguido o muro de Berlin para separar a parte que ficou sob a administração da União Soviética, das partes que ficaram sob a administração dos Estados Unidos, Inglaterra e França.
De um lado ficou a Alemanha Oriental do outro lado a Alemanha Ocidental.
Assim nasceu o muro de Berlin, que separou o povo de um país por vários anos.
De 13-08-1961 à 09-11-1989.
"Pé esquerdo na parte da ex-Berlin Oriental e pé direito na parte da ex-Berlin Ocidental.
Em toda Berlin, onde existia o Muro, tem uma marca no chão. De um lado era Berlin Oriental e do outro lado era Berlin Ocidental".
Locais turísticos, como o Portal de Brandemburgo e o Reichstag (o Parlamento alemão), também fazem parte dessa triste memória. Bem próximo aos dois, há cruzes e placas em memória dos que morreram tentando atravessar o Rio Spree, que passa por ali e foi usado como barreira natural entre as duas Berlins. Outro local muito visitado é o East Side Gallery, onde a arte faz o contraponto à barbárie. Ali, um grande pedaço do muro foi transformado numa exposição de arte a céu aberto. Em seus mais de 1.300 metros de comprimento, 118 artistas, de 21 países, deixaram suas mensagens de paz e tolerância.
Na Rua Bernauer, há outro pedaço emocionante da história. Foi ali que os russos destruíram uma igreja (a Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis) pelo simples fato de que sua torre estava atrapalhando a visão das torres de vigilância. Hoje, no lugar onde estava o templo foi construído um memorial, no qual se preservaram seus sinos em uma redoma de madeira. A poucos metros está o muro e mais um museu dedicado ao tema, o Gedenkstätte Berliner Mauer (Centro de Documentação do Muro), cuja fachada chama a atenção por trazer a imagem de homens trabalhando na construção do muro, sob a mira de metralhadoras.
Ironicamente, na Rua Bernauer, o caminho do muro demarcado no chão conduz ao Mauer Park (Parque do Muro), uma região que ficou isolada de tudo por conta de sua presença e hoje é sinônimo de juventude, de manifestações livres, de arte. Gente de todo tipo e tribo, numa verdadeira festa de liberdade. Certamente, este mês, vão se unir às grandes festas dos 20 anos da queda do muro. Muita coisa foi preparada para essa data, que merece ser comemorada. Mas também é preciso refletir e lembrar que há outras barreiras em nosso mundo. Não de concreto, mas sociais e econômicas. Basta olhar para a África, para o Oriente Médio, para as nossas favelas, que nos chocam com seus muros, ainda intransponíveis.
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