"Ascensão e Queda do Império X" mostra que ex-bilionário enganou investidores; obra revela fracassos do começo de carreira e aponta a influência de Eliezer Batista, pai do ex-bilionário
Leia também: Como
Eike, egocêntrico e vendedor de ilusões, afundou o Império X
Esse passado, desconhecido por muitos dos investidores do empresário, é apresentado pelo jornalista Sergio Leo no livro "Ascensão e Queda do Império X" (Editora Nova Fronteira), em fase de lançamento.
Ao longo do livro, que abrange toda a carreira do empresário, o autor compara, de forma crítica, informações contidas na autobiografia de Eike, e ressalta outras que foram omitidas ou pouco detalhadas. Para Leo, a crise do Grupo X é um caso empresarial sem precedentes no País. "Ele ensina muito sobre o capitalismo brasileiro e dá uma lição estrutural no mercado financeiro".
No início, a sombra de Eliezer
Eike Batista abandonou os estudos, com pouco mais de vinte anos, para explorar ouro no Brasil como intermediário e de olho no preço recorde do metal.
Aos 24 anos, inaugurou seu modelo de negócios. Baseado em seu carisma e poder de convencimento, atraiu os primeiros investidores Aaron e Mendel, joalheiros no Rio de Janeiro, que lhe confiaram US$ 500 mil para comprar ouro em Itaituba, no Pará. Após ser "traído" por um sócio local, segundo ele, e perder todo o dinheiro, conseguiu fazer com que os empresários lhe confiassem mais US$ 500 mil.
Sergio Leo não conseguiu comprovar se Aaron e Mendel tinham relações ou foram atraídos pela fama do pai de Eike, Eliezer Batista, ex-presidente da Vale e ex-ministro de Minas e Energia. Mas, posteriormente, fica clara que a influência e rede de contatos de seu pai foram a verdadeira mina de ouro dada ao filho, na visão do autor.
Leia também: Vida pós-calote: conheça a nova rotina do ex-bilionário Eike
A Paranapanema, que se tornaria sócia na primeira mina de Eike, adquirida com dinheiro que ganhou como intermediário, era de Otávio Lacombe, amigo de Eliezer desde o fim dos anos 1960, quando, juntos, ajudaram a fundar a Aracruz Celulose.
Posteriormente, Eike associou-se, em uma segunda mina, a Antônio Dias Leite Neto na empresa Companhia de Mineração e Participações. Leite Neto era filho do ex-ministro de Minas e Energia Antônio Dias Leite Júnior, que ajudaria Eliezer a abrir caminho para a criação da Aracruz Celulose. Ambos os pais faziam parte do conselho do negócio.
Leo ouviu, durante a apuração do livro, relatos de que Eliezer, ao longo da carreira do filho, buscou pessoalmente investidores para seus negócios. "Não seria surpreendente pensar que ele também fez isso no governo", conta. Desde as primeiras minas adquiridas, Eike já contava com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
iG
Esse passado, desconhecido por muitos dos investidores do empresário, é apresentado pelo jornalista Sergio Leo no livro "Ascensão e Queda do Império X" (Editora Nova Fronteira), em fase de lançamento.
Ao longo do livro, que abrange toda a carreira do empresário, o autor compara, de forma crítica, informações contidas na autobiografia de Eike, e ressalta outras que foram omitidas ou pouco detalhadas. Para Leo, a crise do Grupo X é um caso empresarial sem precedentes no País. "Ele ensina muito sobre o capitalismo brasileiro e dá uma lição estrutural no mercado financeiro".
No início, a sombra de Eliezer
Eike Batista abandonou os estudos, com pouco mais de vinte anos, para explorar ouro no Brasil como intermediário e de olho no preço recorde do metal.
Aos 24 anos, inaugurou seu modelo de negócios. Baseado em seu carisma e poder de convencimento, atraiu os primeiros investidores Aaron e Mendel, joalheiros no Rio de Janeiro, que lhe confiaram US$ 500 mil para comprar ouro em Itaituba, no Pará. Após ser "traído" por um sócio local, segundo ele, e perder todo o dinheiro, conseguiu fazer com que os empresários lhe confiassem mais US$ 500 mil.
Sergio Leo não conseguiu comprovar se Aaron e Mendel tinham relações ou foram atraídos pela fama do pai de Eike, Eliezer Batista, ex-presidente da Vale e ex-ministro de Minas e Energia. Mas, posteriormente, fica clara que a influência e rede de contatos de seu pai foram a verdadeira mina de ouro dada ao filho, na visão do autor.
Leia também: Vida pós-calote: conheça a nova rotina do ex-bilionário Eike
A Paranapanema, que se tornaria sócia na primeira mina de Eike, adquirida com dinheiro que ganhou como intermediário, era de Otávio Lacombe, amigo de Eliezer desde o fim dos anos 1960, quando, juntos, ajudaram a fundar a Aracruz Celulose.
Posteriormente, Eike associou-se, em uma segunda mina, a Antônio Dias Leite Neto na empresa Companhia de Mineração e Participações. Leite Neto era filho do ex-ministro de Minas e Energia Antônio Dias Leite Júnior, que ajudaria Eliezer a abrir caminho para a criação da Aracruz Celulose. Ambos os pais faziam parte do conselho do negócio.
Leo ouviu, durante a apuração do livro, relatos de que Eliezer, ao longo da carreira do filho, buscou pessoalmente investidores para seus negócios. "Não seria surpreendente pensar que ele também fez isso no governo", conta. Desde as primeiras minas adquiridas, Eike já contava com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
iG
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