Lideres não nascem prontos, são pessoas bem informadas com conhecimentos, que buscam tomar decisões e fazerem as coisas a seu modo, acontecerem.
Não estou falando de grandes benfeitores, estou falando daquele líder que representam pessoas.
Precisamos urgentemente dele em nossa cidade, as eleições municipais estão aproximando, faltam só dois anos e o grande líder e benfeitor ainda não apareceu.
Esse líder tem que ter visão clara, forte, traça diretrizes, contagiam as pessoas, respeita e gera seguidores, trata seus seguidores como parceiros e, que por si só traduz o ideal de um grupo de pessoas.
É aquele que marca seus seguidores, não tem carisma, inteligência ou aparência física, mas tem comportamentos de grande habilidades em conquistar pessoas, que podem ser explorados e desenvolvidos.
Comprometidos com a causa, buscam sempre resultados, sabe que não são perfeitos, mas tem humildade para reconhecer um erro.
Talvez a falta desse perfil de líder, trás a descrença com a politica.
Fazendo um exercício mental, trazendo a mente a imagem de um líder padrão para a nossa cidade, me vem a pergunta; onde anda esse líder.
Cristóvão Martins Torres
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Manifesto sobre a fome no mundo, em Paris
Com milhares de pratos espalhados numa área próxima a Torre
Eiffel, a França pede atenção ao mundo; pratos vazios que retratam o "Banquete
da fome".
A França tem sido muito solidária sobre este tema, que é a fome no mundo.
Tem levantado esta Bandeira.
Está tendo um papel muito importante nesta questão.
São 300 milhões de crianças passando fome em todo o mundo, e milhões de adultos nesta mesma situação.
Gente sem direito e sem vida.
A meu ver a fome é a maior vergonha desta época, quem tem fome, tem pressa.
De que adianta falarmos em desenvolvimento no mundo, se ainda tem gente que não tem o que comer.
Esta estatística da fome no mundo, deprime e compromete, todo desenvolvimento.
Metade dos habitantes da terra ingerem uma quantidade de alimentos inferior as suas necessidades básicas, isto num mundo de tanta abundancia.
A França tem sido muito solidária sobre este tema, que é a fome no mundo.
Tem levantado esta Bandeira.
Está tendo um papel muito importante nesta questão.
São 300 milhões de crianças passando fome em todo o mundo, e milhões de adultos nesta mesma situação.
Gente sem direito e sem vida.
A meu ver a fome é a maior vergonha desta época, quem tem fome, tem pressa.
De que adianta falarmos em desenvolvimento no mundo, se ainda tem gente que não tem o que comer.
Esta estatística da fome no mundo, deprime e compromete, todo desenvolvimento.
Metade dos habitantes da terra ingerem uma quantidade de alimentos inferior as suas necessidades básicas, isto num mundo de tanta abundancia.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
A encantadora Torre Eiffel
A Torre Eiffel é o monumento pago mais
visitado do mundo, com 324 metros de altura e 10.000 toneladas de estruturas de
aço.
Foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel.
Foi construida para comemorar os cem anos da Revolução Francesa, onde foi inaugurada em 31 de março de 1889.
Abaixo algumas fotos deste Blogueiro em sua visita ao famoso monumento.
Foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel.
Foi construida para comemorar os cem anos da Revolução Francesa, onde foi inaugurada em 31 de março de 1889.
Abaixo algumas fotos deste Blogueiro em sua visita ao famoso monumento.
Na foto acima, o Blogueiro com a Torre Eiffel
ao fundo
Vista panorâmica de Paris, a partir do último
nível da Torre (Rio Sena, que corta Paris, ao fundo, à direita)
Nos restaurantes as reservas tem que ser feita
com antecedência.A reserva é feita por toda a noite, para que as pessoas possam
desfrutar de seu jantar e saborear um bom vinho com tranquilidade, deixando os
seus sentidos serem absorvidos pela romântica e inspiradora atmosfera
parisiense.De címa da torre durante a noite, devido a iluminação da cidade de
París, o cenário é deslumbrante, indescritível, chega ser muito emocionante.
Em um Café em Paris
Em um Café em Paris
London Eye em Londres
Localizada às margens do Rio Tâmisa,
próxima ao Parlamento Inglês, a London Eye é um dos cartões postais da cidade de
Londres.
Área Central de Londres
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Cora Coralina
Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora CoralinaMuitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.
Cora Coralina
O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.
Cora Coralina
Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo.
Cora Coralina“Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores.”
Cora Coralina
10 benefícios da corrida para a sua saúde
iG
25-09-2014
Para ter uma vida mais saudável é necessário praticar alguma atividade física regularmente. O ideal é escolher o esporte que mais te agrada, assim fica mais fácil não inventar desculpa para faltar na aula. Entre as opções está a corrida que pode ser praticada ao ar livre. A prática da corrida pode te ajudar a perder peso, a diminuir a quantidade de gordura corporal e melhora a sua capacidade circulatória.
Mas é preciso ficar atento para não exagerar! A Dra Silvana Vertematti, cardiologista e médica do esporte do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, dá a dica. “É preciso ficar alerta porque quem exagera na corrida, sem tomar os devidos cuidados, pode ter consequências desagradáveis”, ressalta.
O ideal é praticar corrida 5 vezes por semana, 40 minutos ao dia. Mas é necessário consultar um médico antes de começar qualquer atividade física para fazer uma avaliação da sua saúde, como afirma a Dra Silvana. “É importante iniciar a corrida após avaliação médica, além de procurar a orientação de um profissional de educação física para se orientar sobre a melhor forma de incrementar a intensidade do exercício”, diz.
Pessoas que estão acima do peso precisam emagrecer um pouco antes de começar a corrida para diminuir o risco de lesões. “Caso o paciente demonstre sobrepeso ou obesidade, é importante diminuir a massa corporal, antes de aumentar a intensidade do exercício, poupando as articulações como os joelhos e o quadril”, revela a médica.
Se você está sem dinheiro para pagar uma academia e prefere se exercitar ao ar livre, a corrida pode ser uma ótima opção.
1 - Diminui o nível de colesterol no sangue
Correr aumenta o nível do colesterol bom (HDL) e ainda diminui o colesterol ruim (LDL).
2 - Aumenta a capacidade física
Se você começar a correr nos primeiros meses vai sentir cansaço, mas com o tempo você melhora a sua capacidade física e a corrida vai ficar mais fácil.
3 - Melhora a qualidade do sono
Se você sofre com insônia, saiba que a corrida contribui na qualidade do sono. Correr ao menos 40 minutos ao dia vai te ajudar a dormir melhor.
4 - Ajuda a emagrecer
A corrida é um ótimo exercício para queimar calorias. “Quando corremos, o gasto calórico provocado pelo exercício promove uma cascata metabólica com a quebra das gorduras para manter energia no sangue, que nutre a musculatura para manter o seu trabalho. Por meio do aumento do metabolismo, temos os benefícios à saúde”, explica a médica.
5 - Melhora o humor
Correr aumenta os níveis de dopamina, um neurotransmissor que dá sensação de prazer. E também aumenta os níveis de serotonina no cérebro, que está ligada à sensação de bem-estar.
6 - Deixa o coração mais forte
A corrida melhora o fluxo sanguíneo nas artérias do coração e aumenta a capacidade de contração do músculo cardíaco.
7 - Combate a osteoporose
A prática da corrida com intensidade moderada aumenta a densidade óssea e ajuda na absorção de cálcio.
8 - Tonifica os músculos
Quem pratica corrida tem uma melhor tonificação muscular. Além disso, ajuda a reduzir a flacidez e diminui o percentual de gordura corporal.
9 - Combate doenças
A corrida fortalece o sistema imunológico e por isso previne algumas doenças, entre elas está a diabetes.
10 - Atua na consciência corporal
Para correr é necessário ter concentração e foco, por isso a prática da corrida te ajuda a melhorar a consciência do seu corpo.
iG
25-09-2014
por Universo Jatoba
Mas é preciso ficar atento para não exagerar! A Dra Silvana Vertematti, cardiologista e médica do esporte do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, dá a dica. “É preciso ficar alerta porque quem exagera na corrida, sem tomar os devidos cuidados, pode ter consequências desagradáveis”, ressalta.
O ideal é praticar corrida 5 vezes por semana, 40 minutos ao dia. Mas é necessário consultar um médico antes de começar qualquer atividade física para fazer uma avaliação da sua saúde, como afirma a Dra Silvana. “É importante iniciar a corrida após avaliação médica, além de procurar a orientação de um profissional de educação física para se orientar sobre a melhor forma de incrementar a intensidade do exercício”, diz.
Pessoas que estão acima do peso precisam emagrecer um pouco antes de começar a corrida para diminuir o risco de lesões. “Caso o paciente demonstre sobrepeso ou obesidade, é importante diminuir a massa corporal, antes de aumentar a intensidade do exercício, poupando as articulações como os joelhos e o quadril”, revela a médica.
Se você está sem dinheiro para pagar uma academia e prefere se exercitar ao ar livre, a corrida pode ser uma ótima opção.
1 - Diminui o nível de colesterol no sangue
Correr aumenta o nível do colesterol bom (HDL) e ainda diminui o colesterol ruim (LDL).
2 - Aumenta a capacidade física
Se você começar a correr nos primeiros meses vai sentir cansaço, mas com o tempo você melhora a sua capacidade física e a corrida vai ficar mais fácil.
3 - Melhora a qualidade do sono
Se você sofre com insônia, saiba que a corrida contribui na qualidade do sono. Correr ao menos 40 minutos ao dia vai te ajudar a dormir melhor.
4 - Ajuda a emagrecer
A corrida é um ótimo exercício para queimar calorias. “Quando corremos, o gasto calórico provocado pelo exercício promove uma cascata metabólica com a quebra das gorduras para manter energia no sangue, que nutre a musculatura para manter o seu trabalho. Por meio do aumento do metabolismo, temos os benefícios à saúde”, explica a médica.
5 - Melhora o humor
Correr aumenta os níveis de dopamina, um neurotransmissor que dá sensação de prazer. E também aumenta os níveis de serotonina no cérebro, que está ligada à sensação de bem-estar.
6 - Deixa o coração mais forte
A corrida melhora o fluxo sanguíneo nas artérias do coração e aumenta a capacidade de contração do músculo cardíaco.
7 - Combate a osteoporose
A prática da corrida com intensidade moderada aumenta a densidade óssea e ajuda na absorção de cálcio.
8 - Tonifica os músculos
Quem pratica corrida tem uma melhor tonificação muscular. Além disso, ajuda a reduzir a flacidez e diminui o percentual de gordura corporal.
9 - Combate doenças
A corrida fortalece o sistema imunológico e por isso previne algumas doenças, entre elas está a diabetes.
10 - Atua na consciência corporal
Para correr é necessário ter concentração e foco, por isso a prática da corrida te ajuda a melhorar a consciência do seu corpo.
iG
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Como lidar com o Mau Humor do parceiro
iG
Silvia Malamud
Silvia Malamud
Costuma ficar desestabilizada sempre que o seu parceiro está de mau humor?
É comum ele ficar cismado com algo que supostamente você fez, deixando-a totalmente desestabilizada e perplexa por não conseguir entender a causa do que verdadeiramente pode tê-lo provocado tanto, a ponto dele criar um péssimo clima no ar, muitas vezes lhe dando aquele famoso "gelo", ainda podendo permanecer dias e dias ignorando-a?
Percebe-se constantemente "pisando em ovos" com medo de provocar qualquer coisa que possa repentinamente fazê-lo mudar de humor?
Sente como se ele ficasse à espreita, observando-a, para que ao menor vacilo seu, a qualquer momento e por qualquer motivo, ele pode ficar irracionalmente "azedo"?
Mesmo sem motivos aparentes e sem avisar, frequentemente, ele aparece carrancudo, com cara de poucos amigos e você fica literalmente sem chão, sem saber o que provocou aquele estado?
Fica tentando apaziguá-lo mesmo sem saber o que foi que o deixou daquele modo? Já reparou se nessas ocasiões ele fica mais ainda em silêncio, instalando um clima constrangedor, na maioria das vezes, não falando o motivo e, quando fala, de algum modo, acaba fazendo-a sentir-se culpada?
Seu parceiro costuma ficar irado com situações que você jamais ficaria, a ponto de deixá-la perplexa, pensando como pode ser possível tamanho mau humor por conta de tão pouco?
Se acaso está passando por este tipo de situação, abra seus olhos e retire o véu tóxico que a contamina, minando a sua lucidez, retirando-lhe de sua própria vida. Você caiu na malha de uma das infinitas armas que os predadores emocionais utilizam: manipulação perversa pelo Mau Humor. Com isso, conseguem a façanha de a acuarem exercendo a coerção, mesmo que de forma velada.
A denúncia ou o diálogo revelador ficam extremamente difíceis, posto que, além de se esquivarem do que fazem, articulam fazendo você pensar que está louca, desqualificando sua percepção, incutindo-lhe toda forma de culpa e ameaças. Ainda neste jogo, ficam totalmente alterados, irados e magoados por você ousar reclamar. Como consequência tirânica, drasticamente, vão castigá-la com o gelo já mencionado e muitas vezes lhe ameaçarão em meio a ações que instigam sentimentos de abandono, solidão e culpa insuportáveis.
Para que você possa diferenciar e se situar percebendo as diferenças patológicas, saiba que o mau humor clássico pode ser caracterizado dentro da categoria médica como um "Transtorno de Humor". É identificado como uma das expressões do humor na depressão. O mau humor também aparece na distimia, que é um estado onde existe a falta de prazer na vida e uma espécie de tristeza crônica somadas a doses de negatividade, mas que não chega a ser tão profunda como a da depressão. Também aparece no estado melancólico e no Transtorno Bipolar. Pessoas enquadradas nestes sistemas podem passar por episódios de irritabilidade, serem possuídos por sentimentos e pensamentos negativos sobre si mesmos, isolarem-se, sentirem apatia, baixa autoestima etc..
No mau humor patológico, existe um sentimento de impotência frente ao estado de humor e, em algum momento, uma necessidade de pedir ajuda. Normalmente para essas pessoas, uma boa terapia, muitas vezes somadas a antidepressivos, costumam resolver satisfatoriamente essa questão. No caso do mau humor manipulativo, porém, a situação fica mais complexa e delicada. Neste tipo de pessoa, existe um prazer perverso que tem um único objetivo, que é o de subjugar quem estiver sendo o alvo do momento. Estes tipos de pseudo-mau- humorados, por intermédio deste truque manipulativo, conseguem aprisionar suas vítimas, que paralisadas permanecem constantemente assustadas, tensas e ansiosas por um olhar mais suave e doce.
Quando nunca se sabe qual será o humor do parceiro, e aqui incluo determinados pais, mães e cuidadores, para as vítimas, a dica em primeiríssima instância é um tratamento psicoterapêutico de excelência, a fim de que aconteça fortalecimento de personalidade adequado onde os pontos emocionais obscuros que servem de isca para que estes manipuladores perversos obtenham poder, percam totalmente o sentido, força e validade. A cura emocional dessas vítimas acontece a partir do momento em que eles começarem a aparecer aos seus olhos em sua real dimensão, ou seja, pequenos... muito pequenos...
Se acaso estiver com alguém assim em sua vida, saiba que dificilmente eles mesmos irão se tratar, ou mesmo achar que tem algum problema. Então, cuide de você mesmo e sua própria vida e salve-se o quanto antes deste tipo de estrategista perverso.
É comum ele ficar cismado com algo que supostamente você fez, deixando-a totalmente desestabilizada e perplexa por não conseguir entender a causa do que verdadeiramente pode tê-lo provocado tanto, a ponto dele criar um péssimo clima no ar, muitas vezes lhe dando aquele famoso "gelo", ainda podendo permanecer dias e dias ignorando-a?
Percebe-se constantemente "pisando em ovos" com medo de provocar qualquer coisa que possa repentinamente fazê-lo mudar de humor?
Sente como se ele ficasse à espreita, observando-a, para que ao menor vacilo seu, a qualquer momento e por qualquer motivo, ele pode ficar irracionalmente "azedo"?
Mesmo sem motivos aparentes e sem avisar, frequentemente, ele aparece carrancudo, com cara de poucos amigos e você fica literalmente sem chão, sem saber o que provocou aquele estado?
Fica tentando apaziguá-lo mesmo sem saber o que foi que o deixou daquele modo? Já reparou se nessas ocasiões ele fica mais ainda em silêncio, instalando um clima constrangedor, na maioria das vezes, não falando o motivo e, quando fala, de algum modo, acaba fazendo-a sentir-se culpada?
Seu parceiro costuma ficar irado com situações que você jamais ficaria, a ponto de deixá-la perplexa, pensando como pode ser possível tamanho mau humor por conta de tão pouco?
Se acaso está passando por este tipo de situação, abra seus olhos e retire o véu tóxico que a contamina, minando a sua lucidez, retirando-lhe de sua própria vida. Você caiu na malha de uma das infinitas armas que os predadores emocionais utilizam: manipulação perversa pelo Mau Humor. Com isso, conseguem a façanha de a acuarem exercendo a coerção, mesmo que de forma velada.
A denúncia ou o diálogo revelador ficam extremamente difíceis, posto que, além de se esquivarem do que fazem, articulam fazendo você pensar que está louca, desqualificando sua percepção, incutindo-lhe toda forma de culpa e ameaças. Ainda neste jogo, ficam totalmente alterados, irados e magoados por você ousar reclamar. Como consequência tirânica, drasticamente, vão castigá-la com o gelo já mencionado e muitas vezes lhe ameaçarão em meio a ações que instigam sentimentos de abandono, solidão e culpa insuportáveis.
Para que você possa diferenciar e se situar percebendo as diferenças patológicas, saiba que o mau humor clássico pode ser caracterizado dentro da categoria médica como um "Transtorno de Humor". É identificado como uma das expressões do humor na depressão. O mau humor também aparece na distimia, que é um estado onde existe a falta de prazer na vida e uma espécie de tristeza crônica somadas a doses de negatividade, mas que não chega a ser tão profunda como a da depressão. Também aparece no estado melancólico e no Transtorno Bipolar. Pessoas enquadradas nestes sistemas podem passar por episódios de irritabilidade, serem possuídos por sentimentos e pensamentos negativos sobre si mesmos, isolarem-se, sentirem apatia, baixa autoestima etc..
No mau humor patológico, existe um sentimento de impotência frente ao estado de humor e, em algum momento, uma necessidade de pedir ajuda. Normalmente para essas pessoas, uma boa terapia, muitas vezes somadas a antidepressivos, costumam resolver satisfatoriamente essa questão. No caso do mau humor manipulativo, porém, a situação fica mais complexa e delicada. Neste tipo de pessoa, existe um prazer perverso que tem um único objetivo, que é o de subjugar quem estiver sendo o alvo do momento. Estes tipos de pseudo-mau- humorados, por intermédio deste truque manipulativo, conseguem aprisionar suas vítimas, que paralisadas permanecem constantemente assustadas, tensas e ansiosas por um olhar mais suave e doce.
Quando nunca se sabe qual será o humor do parceiro, e aqui incluo determinados pais, mães e cuidadores, para as vítimas, a dica em primeiríssima instância é um tratamento psicoterapêutico de excelência, a fim de que aconteça fortalecimento de personalidade adequado onde os pontos emocionais obscuros que servem de isca para que estes manipuladores perversos obtenham poder, percam totalmente o sentido, força e validade. A cura emocional dessas vítimas acontece a partir do momento em que eles começarem a aparecer aos seus olhos em sua real dimensão, ou seja, pequenos... muito pequenos...
Se acaso estiver com alguém assim em sua vida, saiba que dificilmente eles mesmos irão se tratar, ou mesmo achar que tem algum problema. Então, cuide de você mesmo e sua própria vida e salve-se o quanto antes deste tipo de estrategista perverso.
iG
sábado, 20 de setembro de 2014
Cecília Meireles, ou isto ou aquilo
Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles
Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Discurso de Steve Jobs para os formandos de Stanford
Leia o discurso
"Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Que a verdade seja dita, eu nunca me formei na universidade. Isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos. Eu abandonei a Universidade Reed depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: 'Apareceu um garoto. Vocês o querem?' Eles disseram: 'É claro'.
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. Este foi o começo da minha vida. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha ideia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz.
No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam muito mais interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquele época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: a Universidade Reed oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa.
Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante. Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para a frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois. De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Porque acreditar que os pontos vão se ligar em um momento vai te dar a confiança para seguir seu coração, mesmo que te leve para um caminho diferente do previsto, e isso fará toda a diferença.
Minha segunda história é sobre amor e perda. Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares com mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação – o Macintosh – e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém, que achava que era muito talentoso, para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir…
Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. Então aos 30 anos, eu estava fora. E muito escandalosamente fora. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Packard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. As coisas que aconteceram na Apple não mudaram isso em nada. Eu havia sido rejeitado, mas continuava amando.
Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.
Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte. Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: 'Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia você certamente vai acertar'. Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: 'Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?' E se a resposta é 'não' por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa. Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo – expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Lembrar que você irá morrer, é a melhor maneira que conheço para evitar o pensamento de que se tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.
Há cerca de um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 meses. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas – que é o código dos médicos para 'preparar para morrer'. Significa dizer aos seus filhos tudo o que você pensou que teria os próximos 10 anos para dizer, em apenas poucos meses. Significa ter certeza de que tudo está no lugar, para que seja o mais fácil possível para a sua família. Significa dizer seu adeus. Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade. O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes do Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e ótimas noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: “Continue com fome, continue bobo”. Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos. Muito obrigado a todos".
Steve Jobs
Em seu discurso histórico para os formandos da Universidade de Stanford, na Califórnia, em junho de 2005.
terça-feira, 16 de setembro de 2014
13 hábitos para aumentar a sua produtividade
iG
Com uma rotina de trabalho que, muitas vezes, ultrapassa oito horas diárias, fica difícil administrar vida profissional e pessoal de maneira satisfatória. Para ajudar nessa tarefa, conversamos com especialistas que nos garantiram: é possível equilibrar esses dois mundos, e mais, é justamente isso que o mercado espera dos profissionais de hoje. Mas, como conseguir isso? A chave está em uma palavra: produtividade.
Veja a seguir mais dicas para criar uma rotina mais produtiva, sem abandonar o prazer e a satisfação com o trabalho:
1 – Faça listas e murais: uma das técnicas mais antigas e eficazes para organizar o tempo é fazer uma lista de tudo que precisa ser resolvido durante o dia. Outra tática é colocar todas as demandas em um quadro ou lousa, bem na frente de onde você senta.
6 – Aprenda a delegar: se não é possível dar conta de tudo, passe a tarefa a alguém de confiança, que saiba e disponha de meios para executá-la.
7 – Imponha limites: em geral, pessoas produtivas são vistas como aquelas que podem resolver todos os problemas e por isso acabam sendo muito requisitadas. Evite acumular mais tarefas do que realmente dá conta. Isso só gera estresse e, no final, pode gerar at[e a fama de incompetente.
8 – Mantenha o foco em cada etapa do processo: escolha a tarefa mais simples e realize-a até o fim, sem interrupções. Nada de checar e-mails ou atender ao celular. Comece, termine e só então dê uma pausa para retornar ligações e ver mensagens. Evite distrações, elas são grandes ladras de tempo.
9 – Use a tecnologia a seu favor: sempre que possível faça reuniões online e tente resolver tudo o que come tempo com a ajuda do computador. Isso vale para arquivos que podem ser enviados e assinados por e-mail, transações bancárias e até passagens.
10 – Tenha tempo livre de qualidade: para melhorar a produtividade é fundamental investir em coisas que dão prazer no tempo ocioso. Fazer isso ajuda a mente e o corpo a estarem mais descansados e aptos para enfrentar a rotina de trabalho de maneira assertiva.
11 – Faça pausas estratégicas ao longo do dia: pequenas pausas ajudam a esticar os músculos, oxigenar o cérebro e ainda evitam que a mente fique muito presa ao trabalho. Dar um tempo faz relaxar e, ao voltar à tarefa, você se sentirá mais disposta e mais atenta, evitando possíveis erros.
12 – Invista em estrutura: equipamentos e aparelhagem precisam estar em ordem para não comprometer a rotina de trabalho e a produtividade. Então, invista naquilo que vai usar, para evitar frustrações como uma impressora emperrada ou o carro quebrado antes de uma reunião.
Por Erisson Rosati , especial para o iG São Paulo
Conversamos com especialistas para descobrir quais pequenas atitudes podem mudar a rotina e fazer o trabalho render mais
“Ser produtivo é conseguir tomar decisões, concluir todas as tarefas delegadas e ainda se destacar. Enfim, aquele que sabe otimizar o tempo sendo eficiente.” – explica a coach Débora Monique, diretora da OganizUp!.
Aprenda: Como ganhar até três horas no seu dia
“Uma pessoa produtiva é alguém com a capacidade de executar tarefas inerentes à sua função de forma ordenada, em tempo hábil e com qualidade. Rapidez sem qualidade não caracteriza produtividade, pois gera retrabalho. Produtividade requer foco, conhecimento técnico e senso de organização”, aponta André Freire, presidente da Operação Brasil.
Produtividade: delegar, manter o foco e separar o urgente do importante são algumas dicas para render mais
Além desses atributos, algumas atividades podem ajudar a melhorar a produtividade. Uma das principais sugestões dos especialistas, acredite, é fazer exercícios e apostar em hobbies!
“Exercícios e hobbies colaboram com a melhora da autoestima e da disposição, refletindo tanto na saúde física como mental. Muitos executivos afirmam que a prática de esportes, além do relaxamento das atividades do dia a dia, é um gatilho eficaz para o surgimento de soluções e insights de importantes questões profissionais.” – explica Mariana Almeida, Gerente de Recursos Humanos da Mega Sistemas Corporativos.
Veja a seguir mais dicas para criar uma rotina mais produtiva, sem abandonar o prazer e a satisfação com o trabalho:
1 – Faça listas e murais: uma das técnicas mais antigas e eficazes para organizar o tempo é fazer uma lista de tudo que precisa ser resolvido durante o dia. Outra tática é colocar todas as demandas em um quadro ou lousa, bem na frente de onde você senta.
2 – Separe o urgente do importante: é fundamental distinguir o que precisa de atenção imediata do que precisa ser resolvido, mas pode aguardar um pouco. Muitas pessoas assumem tudo como urgente, e acabam deixando as tarefas primárias de lado. Não caia nessa.
3– Faça reuniões curtas e leve uma lista com os temas a serem abordados: as reuniões foram apontadas pelos especialistas entrevistados como grandes vilãs da produtividade. Reuniões longas tendem a perder o foco e roubar um tempo precioso. Por isso, tenha bem definido quem precisa participar e o que deve ser resolvido. E vá direto ao ponto.
4 – Agende-se: tente marcar todos os compromissos com antecedência. Se tem muitas coisas para resolver no mesmo dia, deixe um intervalo de tempo livre entre as atividades. Além de auxiliar caso haja qualquer tipo de atraso, esse tempo extra serve para resolver qualquer pendência urgente que apareça no decorrer do dia. E não esqueça: revise sempre a agenda para não esquecer compromissos.
5 – Evite adiar tarefas e decisões: se algo precisa ser feito, dito ou resolvido e já existem todos os meios para isso, faça, não deixe para depois. Quanto mais coisas resolvidas de forma definitiva, menor a chance de elas voltarem a tomar tempo e espaço na lista de tarefas.
7 – Imponha limites: em geral, pessoas produtivas são vistas como aquelas que podem resolver todos os problemas e por isso acabam sendo muito requisitadas. Evite acumular mais tarefas do que realmente dá conta. Isso só gera estresse e, no final, pode gerar at[e a fama de incompetente.
8 – Mantenha o foco em cada etapa do processo: escolha a tarefa mais simples e realize-a até o fim, sem interrupções. Nada de checar e-mails ou atender ao celular. Comece, termine e só então dê uma pausa para retornar ligações e ver mensagens. Evite distrações, elas são grandes ladras de tempo.
9 – Use a tecnologia a seu favor: sempre que possível faça reuniões online e tente resolver tudo o que come tempo com a ajuda do computador. Isso vale para arquivos que podem ser enviados e assinados por e-mail, transações bancárias e até passagens.
10 – Tenha tempo livre de qualidade: para melhorar a produtividade é fundamental investir em coisas que dão prazer no tempo ocioso. Fazer isso ajuda a mente e o corpo a estarem mais descansados e aptos para enfrentar a rotina de trabalho de maneira assertiva.
11 – Faça pausas estratégicas ao longo do dia: pequenas pausas ajudam a esticar os músculos, oxigenar o cérebro e ainda evitam que a mente fique muito presa ao trabalho. Dar um tempo faz relaxar e, ao voltar à tarefa, você se sentirá mais disposta e mais atenta, evitando possíveis erros.
12 – Invista em estrutura: equipamentos e aparelhagem precisam estar em ordem para não comprometer a rotina de trabalho e a produtividade. Então, invista naquilo que vai usar, para evitar frustrações como uma impressora emperrada ou o carro quebrado antes de uma reunião.
13 - Revise seu dia: ao final de cada dia, faça uma lista de tudo que você conseguiu realizar e coloque na lista do dia seguinte o que ainda ficou pendente. Pense sobre o que atrapalhou seu dia e tome cuidado para não cometer o mesmo erro novamente. E planeje os próximos passos. Você deve ter em mente um planejamento semanal e, dependendo de seus objetivos, até mesmo anual.
iG
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segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Concurso público é uma máquina de injustiça social
iG
Por Taís Laporta - iG São Paulo |
Autor de estudo que critica os métodos de seleção de funcionários públicos no País, professor da FGV propõe o fim das provas de múltipla escolha e das taxas de inscrição
Os concursos públicos no Brasil não foram feitos para escolher os melhores candidatos. Essa é a opinião do professor de Direito da FGV Rio, Fernando Fontainha, crítico voraz do sistema que filtra os ocupantes de cargos públicos no País.
Fernando Fontainha - Os concursos no Brasil são autocentrados, voltados para si mesmos. Neles, impera a ideologia concurseira, que acontece em enorme prejuízo do serviço público brasileiro, sem dúvida alguma. Eles servem para selecionar os que mais se prepararam para as provas, e não os mais competentes. Isso reflete na qualidade dos serviços públicos no Brasil.
Como você sugere mudar esse sistema?
Existem duas maneiras de se averiguar os candidatos mais competentes: de forma profissional ou acadêmica. Criamos propostas provocativas de um novo marco regulatório, com 10 itens que passam pelo fim das provas de múltipla escolha e pela necessidade de expor as habilidades e competências exigidas pelas carreiras já no edital.
Você propõe acabar com as provas de múltipla escolha. Por quê?
Com certeza, esse tipo de prova não avalia bem o candidato, é uma prova cheia de macetes. Ela averigua capacidades completamente desligadas das competências acadêmicas. Não são provas de múltipla escolha que os alunos estão acostumados a fazer na faculdade e não elas não vão definir o que farão na carreira. As questões de múltipla escolha não avaliam nem competências acadêmicas, nem profissionais. Esse é o problema. Todo mundo sabe como se treina para essas provas em cursinhos. Você pega os truques e técnicas para escapar das pegadinhas.
Deveria haver uma prova prática para substituir o método atual?
Nós sugerimos que sim. Ou prova prática ou requisitos de experiência prévia. O médico do Ministério da Saúde faz apenas uma prova de múltipla escolha para ser admitido. A única exigência é de que ele seja bacharel em medicina. Isso é no mínimo questionável. Mas não quero parecer elitista.
Seria uma solução muito simples pra diminuir essa quantidade alucinante de inscritos e, com certeza, aumenta as chances de contratar pessoas que vão prestar um bom serviço. Exige que, para se inscrever, a pessoa comprove que tem cinco anos de experiência com atendimento ao público. Isso não é elitista, pelo contrário. Você exige que a pessoa demonstre que durante cinco anos ela foi caixa de supermercado ou balconista de farmácia por exemplo. Aquele sujeito que hoje tem condições de ser liberado para se preparar para os cursinhos não vai poder concorrer ao cargo, por exemplo.
Na sua opinião, os concursos públicos favorecem pessoas de nível social mais elevado?
O concurso público hoje é uma máquina de exclusão social, e não de inclusão. Esse sistema é voltado para quem tem tempo e dinheiro para pagar um bom cursinho. Pra quem pode pagar um bom colégio, que já no ensino médio ministra disciplinas para preparar o seu filho para os concursos da administração pública. Esse é um dos reflexos perversos da ideologia concurseira. Pra fazer cursinho, você precisa ter tempo. E ter tempo é poder não trabalhar. O brasileiro que sai do ensino médio e precisa trabalhar estará concorrendo em desvantagem com alguém que pode ficar só em cursinhos. É uma máquina de injustiça social.
Por que vocês acham necessário eliminar as taxas de inscrição dos concursos?
No Brasil, se acha natural pagar para fazer um concurso público. Mas não é assim em todos os países do mundo. Temos um capítulo no livro que mostra uma comparação com a França, onde ninguém nem compreende dizer que você vai pagar uma taxa para prestar um concurso. É um verdadeiro absurdo por lá, mas aqui é normal.
Mesmo com a taxa, os concursos recebem um grande número de candidatos...
Para essa máquina poder funcionar, é preciso haver um contingente enorme de pessoas que não param de fazer provas, uma atrás da outra. A ideia de vocação, de desejo de um cargo desaparece diante da ideia de que se vai sair fazendo vários concursos por aí, até passar em algum. Isso é ser um concurseiro profissional, faz parte da sua ideologia se inscrever para todos os cargos que puder. Ele não sabe se gostaria de trabalhar com previdência ou ser policial. Mesmo que não queira fazer aquilo da vida, vai pelo salário, pela estabilidade e por outras vantagens que a vida de funcionário público oferece.
Por isso vocês propõem também que o candidato não possa prestar mais de três vezes o mesmo concurso?
Sim. Isso acontece na França. Você só vai se inscrever se achar que tem condições reais de passar. Vai acabar com essa coisa de prestar por prestar. E inverte essa relação de cliente que existe nos concursos. Quando você instaura uma taxa, está privatizando a relação. Por isso é um problema grave no Brasil. O que se discute hoje não é a qualidade do serviço público e do recrutamento, mas o rol de direitos dos concurseiros. Acho que tem que haver esses direitos, mas o foco do concurso é pensar num recrutamento que vai ampliar a qualidade da prestação do serviço público. Esse deveria ser o foco principal.
As bancas examinadoras também precisariam mudar?
Sim. Dependendo do foco, dizemos que todo serviço público precisa ter uma escola profissional. Se você recrutou o candidato, agora tem que formá-lo. A menos que seja um concurso que já recrute profissionais gabaritados no mercado. Pela nossa proposta, metade da banca tem que ser formada por acadêmicos da área. Existem até membros de banca profissionais. A gente propõe que isso acabe. O profissional vai pra a banca e publica um livro que deve ser lido pelos candidatos. O ideal é que se ele participou de uma banca, tem que ficar dois anos sem participar de novo. No caso de um concurso de vocação profissional, que a banca seja composta por profissionais não acadêmicos com pelo menos 10 ou 15 anos de experiência comprovada na área.
iG
Por Taís Laporta - iG São Paulo |
Autor de estudo que critica os métodos de seleção de funcionários públicos no País, professor da FGV propõe o fim das provas de múltipla escolha e das taxas de inscrição
Os concursos públicos no Brasil não foram feitos para escolher os melhores candidatos. Essa é a opinião do professor de Direito da FGV Rio, Fernando Fontainha, crítico voraz do sistema que filtra os ocupantes de cargos públicos no País.
Para o acadêmico, a ideologia concurseira que se firmou ajuda a alimentar uma "indústria milionária de cursos preparatórios e um sistema de arrecadação que desvirtuou os processos seletivos".
Boa parte destas críticas está no livro recém-lançado “Processos Seletivos para a Contratação de Servidores Públicos: Brasil, o País dos Concursos”, fruto de uma pesquisa do Centro de Justiça e Sociedade da FGV Direito Rio em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). Na obra, Fontainha propõe criar um marco regulatório para mudar radicalmente os critérios de seleção de funcionários públicos no Brasil.
O professor propõe, entre outras ideias, abolir as provas de múltipla escolha e acabar com as taxas de inscrição. No estudo, aparecem exemplos de provas em 20 órgãos federais, entre eles Banco Central, INSS, Polícia Federal e Receita. Para selecionar os candidatos com as competências mais adequadas, Fontainha sugere que a experiência profissional prévia seja requisito básico para inscrever-se no concurso.
iG - Por que, na sua opinião, os concursos públicos não são capazes de selecionar os melhores candidatos?Fernando Fontainha - Os concursos no Brasil são autocentrados, voltados para si mesmos. Neles, impera a ideologia concurseira, que acontece em enorme prejuízo do serviço público brasileiro, sem dúvida alguma. Eles servem para selecionar os que mais se prepararam para as provas, e não os mais competentes. Isso reflete na qualidade dos serviços públicos no Brasil.
Como você sugere mudar esse sistema?
Existem duas maneiras de se averiguar os candidatos mais competentes: de forma profissional ou acadêmica. Criamos propostas provocativas de um novo marco regulatório, com 10 itens que passam pelo fim das provas de múltipla escolha e pela necessidade de expor as habilidades e competências exigidas pelas carreiras já no edital.
Você propõe acabar com as provas de múltipla escolha. Por quê?
Com certeza, esse tipo de prova não avalia bem o candidato, é uma prova cheia de macetes. Ela averigua capacidades completamente desligadas das competências acadêmicas. Não são provas de múltipla escolha que os alunos estão acostumados a fazer na faculdade e não elas não vão definir o que farão na carreira. As questões de múltipla escolha não avaliam nem competências acadêmicas, nem profissionais. Esse é o problema. Todo mundo sabe como se treina para essas provas em cursinhos. Você pega os truques e técnicas para escapar das pegadinhas.
Deveria haver uma prova prática para substituir o método atual?
Nós sugerimos que sim. Ou prova prática ou requisitos de experiência prévia. O médico do Ministério da Saúde faz apenas uma prova de múltipla escolha para ser admitido. A única exigência é de que ele seja bacharel em medicina. Isso é no mínimo questionável. Mas não quero parecer elitista.
“
Pra fazer cursinho, você precisa ter tempo. E ter tempo é poder não trabalhar. O brasileiro que sai do ensino médio e precisa trabalhar estará concorrendo em desvantagem com alguém que pode ficar só em cursinhos"
O cargo de técnico do INSS, que pede ensino médio, e que em 2012 recebeu quase um milhão de candidatos, é alguém que fica atrás do balcão atendendo pessoas. Ele é avaliado por uma prova de múltipla escolha, com questões de direito previdenciário, português, informática. Mas a competência fundamental pra prestar um bom atendimento público não é avaliada, apesar de ser fundamental.
A ideia seria selecionar apenas pessoas com alguma experiência prévia?Seria uma solução muito simples pra diminuir essa quantidade alucinante de inscritos e, com certeza, aumenta as chances de contratar pessoas que vão prestar um bom serviço. Exige que, para se inscrever, a pessoa comprove que tem cinco anos de experiência com atendimento ao público. Isso não é elitista, pelo contrário. Você exige que a pessoa demonstre que durante cinco anos ela foi caixa de supermercado ou balconista de farmácia por exemplo. Aquele sujeito que hoje tem condições de ser liberado para se preparar para os cursinhos não vai poder concorrer ao cargo, por exemplo.
Na sua opinião, os concursos públicos favorecem pessoas de nível social mais elevado?
O concurso público hoje é uma máquina de exclusão social, e não de inclusão. Esse sistema é voltado para quem tem tempo e dinheiro para pagar um bom cursinho. Pra quem pode pagar um bom colégio, que já no ensino médio ministra disciplinas para preparar o seu filho para os concursos da administração pública. Esse é um dos reflexos perversos da ideologia concurseira. Pra fazer cursinho, você precisa ter tempo. E ter tempo é poder não trabalhar. O brasileiro que sai do ensino médio e precisa trabalhar estará concorrendo em desvantagem com alguém que pode ficar só em cursinhos. É uma máquina de injustiça social.
Por que vocês acham necessário eliminar as taxas de inscrição dos concursos?
No Brasil, se acha natural pagar para fazer um concurso público. Mas não é assim em todos os países do mundo. Temos um capítulo no livro que mostra uma comparação com a França, onde ninguém nem compreende dizer que você vai pagar uma taxa para prestar um concurso. É um verdadeiro absurdo por lá, mas aqui é normal.
Mesmo com a taxa, os concursos recebem um grande número de candidatos...
Para essa máquina poder funcionar, é preciso haver um contingente enorme de pessoas que não param de fazer provas, uma atrás da outra. A ideia de vocação, de desejo de um cargo desaparece diante da ideia de que se vai sair fazendo vários concursos por aí, até passar em algum. Isso é ser um concurseiro profissional, faz parte da sua ideologia se inscrever para todos os cargos que puder. Ele não sabe se gostaria de trabalhar com previdência ou ser policial. Mesmo que não queira fazer aquilo da vida, vai pelo salário, pela estabilidade e por outras vantagens que a vida de funcionário público oferece.
Por isso vocês propõem também que o candidato não possa prestar mais de três vezes o mesmo concurso?
Sim. Isso acontece na França. Você só vai se inscrever se achar que tem condições reais de passar. Vai acabar com essa coisa de prestar por prestar. E inverte essa relação de cliente que existe nos concursos. Quando você instaura uma taxa, está privatizando a relação. Por isso é um problema grave no Brasil. O que se discute hoje não é a qualidade do serviço público e do recrutamento, mas o rol de direitos dos concurseiros. Acho que tem que haver esses direitos, mas o foco do concurso é pensar num recrutamento que vai ampliar a qualidade da prestação do serviço público. Esse deveria ser o foco principal.
As bancas examinadoras também precisariam mudar?
Sim. Dependendo do foco, dizemos que todo serviço público precisa ter uma escola profissional. Se você recrutou o candidato, agora tem que formá-lo. A menos que seja um concurso que já recrute profissionais gabaritados no mercado. Pela nossa proposta, metade da banca tem que ser formada por acadêmicos da área. Existem até membros de banca profissionais. A gente propõe que isso acabe. O profissional vai pra a banca e publica um livro que deve ser lido pelos candidatos. O ideal é que se ele participou de uma banca, tem que ficar dois anos sem participar de novo. No caso de um concurso de vocação profissional, que a banca seja composta por profissionais não acadêmicos com pelo menos 10 ou 15 anos de experiência comprovada na área.
iG
domingo, 14 de setembro de 2014
4 mandamentos para malhar a força de vontade e fugir das tentações financeiras
iG
Por Bárbara Ladeia - iG São Paulo |
A disposição para fazer dieta, economizar ou fazer uma poupança para o futuro pode ser trabalhada – aprenda com os especialistas como garantir um futuro financeiro tranquilo
A resposta é simples e certamente já é sua velha conhecida: força de vontade.
É fato que algumas pessoas já nascem com um pouco mais de tolerância, ou um pouco mais capazes de segurar as vontades no presente para conseguir melhores benefícios no futuro. Um clássico desse raciocínio é o chamado Experimento do Marshmallow, criado pelo psicólogo e professor Walter Mischel, de Stanford, na década de 1960.
“Força de vontade é como um músculo, você consegue exercitá-la, mas ela sempre tem um limite”, afirma André Massaro, educador financeiro e consultor da MoneyFit. Não vale desistir, senão o seu músculo do autocontrole pode atrofiar, nas palavras do especialista.
No entanto, é preciso conhecer os seus limites e buscar estratégias para não se expor tanto à voracidade do mercado de consumo. “Essa força é finita. Pessoas que precisam usar da força de vontade em muitas frentes da vida tendem a esgotar esse recurso rapidamente”, pontua Adriana Rodopoulos, especialista em psicologia econômica da Oficina de Escolhas.
1 – Crie pequenas metas
Assim como um alongamento muscular, aos poucos você vai esticando sua capacidade de autocontrole. Comece, por exemplo, estipulando uma meta para o seu gasto diário. Pequenas metas vencidas diariamente acrescentam alguns “centímetros” de tolerância para aqueles momentos de vontade incontrolável de comprar um sapato ou o celular da última geração.
A dica de Adriana é dividir a sua receita em fatias diárias. Sabendo que você tem um gasto fixo por dia é mais fácil não ultrapassar a barreira, que se renova a cada 24 horas. “Se pensarmos em um orçamento mensal, é mais fácil se perder e o prazer da compra dura muito pouco para um mês de meta”, explica. “Com metas diárias o prazer de comprar uma coisa ou outra acaba sendo melhor aproveitado e rapidamente renovado.”
Uma vez vencida a temporada de metas diárias, você estará pronto para os objetivos do mês, do trimestre, e assim por diante.
2 – Exercite pequenas metas (em vários aspectos da vida)
O exercício mental de se manter sob controle pode ampliar sua capacidade, independentemente de onde esse esforço esteja concentrado. Aguentar a vontade de beber refrigerante após o almoço, por exemplo, dia após dia, te ajudará a exercitar o auto controle. No futuro, seu bolso vai agradecer
3 – Suporte os prazos (e os desconfortos)
Conforme-se com um fato. Não há mudança de comportamento sem esforço nem em curto prazo. Massaro ressalta que a maior questão entre o homem e o próprio sucesso está na falta de consistência. “Estatisticamente, quanto mais as pessoas estudam, maior é o sucesso profissional e financeiro. Aí as pessoas lembram do Steve Jobs ou do Bill Gates e se esquecem de notar que essas são pessoas fora da curva e não o contrário”, diz. “Somos extremamente inconsistentes. ”
“Assim como adquirir mais conhecimento é um trabalho típico de consistência, a maioria das pessoas é ansiosa e não consegue abandonar a zona de conforto para provocar uma real mudança nas suas vidas.”
4 – Fuja das tentações (mas não muito)
O fato é que, de tanta exposição às tentações, uma hora todos acabamos cedendo. Por isso, há especialistas que defendem o máximo de proteção possível – evitar os canais de compra, os sites de e-commerce, não andar com muito dinheiro, com cartões de crédito ou até mesmo fugir dos shopping centers. Em certa medida, tem razão, uma vez que quanto maior for a sua exposição, maiores as chances de falha.
No entanto, a não ser que escolhamos ser ermitões, dificilmente é possível fugir do bombardeio do consumo. “A gente quer nunca mais sentir vontade, para não ficar assistindo a briga entre a vontade e a racionalidade”, explica Adriana.
Vale lembrar que assim como as crianças resistentes ao marshmallow, uns são mais fortes que outros naturalmente. “Na maior parte das mentes, esse momento de ‘comprar ou não comprar’ é coordenado pelo sistema cerebral acionado pelos conflitos. Em algumas pessoas, essa batalha fica fora do ‘ambiente’ do conflito, o que torna a resistência mais alta sem tanto esforço.”
Mais do que isso, Massaro lembra que a falta de exposição ao conflito, novamente, atrofia o músculo do autocontrole. “A verdadeira consistência de objetivos implica em infringir algum desconforto em si mesmo que, mais tarde, vira zona de conforto.”
iG
Por Bárbara Ladeia - iG São Paulo |
A disposição para fazer dieta, economizar ou fazer uma poupança para o futuro pode ser trabalhada – aprenda com os especialistas como garantir um futuro financeiro tranquilo
Se qualquer pessoa perguntar qual é a fórmula mais simples para conseguir o sucesso financeiro, a resposta vem rápido: “Gaste menos do que ganha, reserve para emergências e guarde para o futuro”. Falando assim, o conselho parece simples e fácil de seguir, mas não é assim que funciona na prática.
Além da dificuldade em construir um orçamento, mais complicado ainda é se manter dentro dele, sem as famosas escapadinhas que drenam a conta no banco. Nesse caso, fica uma dúvida. Afinal, qual a diferença entre os pobres mortais e aquelas pessoas com histórias fantásticas de realização de sonhos, grandes aquisições, uma carreira brilhante, entre outros?A resposta é simples e certamente já é sua velha conhecida: força de vontade.
É fato que algumas pessoas já nascem com um pouco mais de tolerância, ou um pouco mais capazes de segurar as vontades no presente para conseguir melhores benefícios no futuro. Um clássico desse raciocínio é o chamado Experimento do Marshmallow, criado pelo psicólogo e professor Walter Mischel, de Stanford, na década de 1960.
Crianças eram postas sozinhas em uma sala, com um marshmallow (ou biscoito ou outros doces). O pesquisador fazia a oferta: se as crianças esperassem até o retorno dele para consumir o doce, ganhariam mais um. Se quisesse, poderia comer naquele momento mesmo, mas não ganhariam o adicional.
Esse experimento foi repetido centenas de vezes em outras escolas desde então, mas o resultado observado por Mischel foi claro. As crianças que, na década de 60, resistiram ao doce para conseguir o benefício adicional, se tornaram adolescentes com melhor desempenho na escola e, hoje, são adultos com melhores estruturas financeiras e de carreira.
Parece óbvio que quanto maior o autocontrole, maiores as chances de conseguir melhores resultados na carreira ou nas finanças. Até aqui, nada de novo. A boa notícia é que você pode dar um empurrãozinho nas suas habilidades e na sua capacidade de autocontrole.“Força de vontade é como um músculo, você consegue exercitá-la, mas ela sempre tem um limite”, afirma André Massaro, educador financeiro e consultor da MoneyFit. Não vale desistir, senão o seu músculo do autocontrole pode atrofiar, nas palavras do especialista.
No entanto, é preciso conhecer os seus limites e buscar estratégias para não se expor tanto à voracidade do mercado de consumo. “Essa força é finita. Pessoas que precisam usar da força de vontade em muitas frentes da vida tendem a esgotar esse recurso rapidamente”, pontua Adriana Rodopoulos, especialista em psicologia econômica da Oficina de Escolhas.
1 – Crie pequenas metas
A dica de Adriana é dividir a sua receita em fatias diárias. Sabendo que você tem um gasto fixo por dia é mais fácil não ultrapassar a barreira, que se renova a cada 24 horas. “Se pensarmos em um orçamento mensal, é mais fácil se perder e o prazer da compra dura muito pouco para um mês de meta”, explica. “Com metas diárias o prazer de comprar uma coisa ou outra acaba sendo melhor aproveitado e rapidamente renovado.”
Uma vez vencida a temporada de metas diárias, você estará pronto para os objetivos do mês, do trimestre, e assim por diante.
2 – Exercite pequenas metas (em vários aspectos da vida)
O exercício mental de se manter sob controle pode ampliar sua capacidade, independentemente de onde esse esforço esteja concentrado. Aguentar a vontade de beber refrigerante após o almoço, por exemplo, dia após dia, te ajudará a exercitar o auto controle. No futuro, seu bolso vai agradecer
“Vale mexer em diversas áreas. Muitas pesquisas relacionadas ao sucesso, de uma forma geral, apontam que há uma enorme correlação entre o sucesso e a capacidade de postergar as recompensas”, diz Massaro.
Conforme-se com um fato. Não há mudança de comportamento sem esforço nem em curto prazo. Massaro ressalta que a maior questão entre o homem e o próprio sucesso está na falta de consistência. “Estatisticamente, quanto mais as pessoas estudam, maior é o sucesso profissional e financeiro. Aí as pessoas lembram do Steve Jobs ou do Bill Gates e se esquecem de notar que essas são pessoas fora da curva e não o contrário”, diz. “Somos extremamente inconsistentes. ”
“Assim como adquirir mais conhecimento é um trabalho típico de consistência, a maioria das pessoas é ansiosa e não consegue abandonar a zona de conforto para provocar uma real mudança nas suas vidas.”
4 – Fuja das tentações (mas não muito)
O fato é que, de tanta exposição às tentações, uma hora todos acabamos cedendo. Por isso, há especialistas que defendem o máximo de proteção possível – evitar os canais de compra, os sites de e-commerce, não andar com muito dinheiro, com cartões de crédito ou até mesmo fugir dos shopping centers. Em certa medida, tem razão, uma vez que quanto maior for a sua exposição, maiores as chances de falha.
No entanto, a não ser que escolhamos ser ermitões, dificilmente é possível fugir do bombardeio do consumo. “A gente quer nunca mais sentir vontade, para não ficar assistindo a briga entre a vontade e a racionalidade”, explica Adriana.
Vale lembrar que assim como as crianças resistentes ao marshmallow, uns são mais fortes que outros naturalmente. “Na maior parte das mentes, esse momento de ‘comprar ou não comprar’ é coordenado pelo sistema cerebral acionado pelos conflitos. Em algumas pessoas, essa batalha fica fora do ‘ambiente’ do conflito, o que torna a resistência mais alta sem tanto esforço.”
Mais do que isso, Massaro lembra que a falta de exposição ao conflito, novamente, atrofia o músculo do autocontrole. “A verdadeira consistência de objetivos implica em infringir algum desconforto em si mesmo que, mais tarde, vira zona de conforto.”
iG
sábado, 13 de setembro de 2014
6 afrodisíacos que realmente funcionam
iG
Roberto Amado, 13 set 2014
Roberto Amado, 13 set 2014
Entre os vários mitos relacionados a possíveis estimuladores sexuais, encontramos algumas verdades.
1 - Manter-se em forma
Em relatório do Instituto Johns Hopkins, revela-se que há uma relação direta entre a disfunção erétil e às más condições físicas e à inatividade. Alguns fatores apontados são: má alimentação, fumo, bebida alcoólica, obesidade, diabetes, pressão alta, doenças de rim, doenças que compromete a vascularização periférica — enfim, tudo aquilo que compromete o fluxo sanguíneo. Da mesma forma, hábitos que promovem melhor fluxo sanguíneo melhoram o desempenho sexual. Estar em boa forma é o melhor remédio.
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Muitas vezes a disfunção sexual em homens e mulheres é resultado da depressão, fadiga e problemas psicológicos em geral. Psiquiatras e terapeutas sexuais podem ser uma solução afrodisíaca para aumentar sua libido
3 - Viagra
Não é exatamente afrodisíaco: é preciso ter vontade sexual para que funcione de fato. Mas o fato é que, antes do advento do Viagra, a medicina obteve muito poucos resultados para a disfunção erétil. O Viagra aumenta o fluxo sanguíneo na região peniana e impede que o sangue flua para fora dessa região, o que permite a manutenção da ereção. Pode provocar efeitos colaterais, mas os homens realmente não estão preocupados com isso.
4 - Ostras
A ostra crua é rico em zinco, necessário para a produção de esperma e, também, em ácido aspártico, que aumenta o nível de testosterona — o que, em teoria, aumenta a libido. A conclusão é questionável, mas não há muito a perder. Afinal, é um delicioso tira-gosto.
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5 - Chocolate
Rico em serotonina, o chocolate aciona as áreas de prazer do cérebro, o que o torna, na verdade, semelhante ao sexo. Se não é um afrodisíaco verdadeiro, pelo menos pode substituir — em intensidade bem menor, convenhamos — o prazer sexual.
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6 - Álcool
De todos os afrodisíacos é, provavelmente, o mais falso, até porque pode produzir o efeito contrário, dependendo da quantidade. Mas também é verdade que desinibe, promove ousadia e rompe limitações psicológicas naturais. Já se disse que 90% dos relacionamentos sexuais acontecem devido ao alto nível alcoólico do homem ou da mulher — provavelmente, de ambos. Então não custa arriscar.
iG
Não tenha medo do silêncio
iG
por Flávio Bastos
por Flávio Bastos
"Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la. Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes. Só vamos escutá-las em silêncio..." (Chefe Sioux)
O excesso de informações, ruídos e sons humanos que invadem a nossa vida, são responsáveis, em boa parte, pelo cansaço físico e mental sentido no final de um dia de trabalho ou de estudos.
Sem percebermos, surgem sintomas sinalizando que alguma coisa não anda bem na nossa saúde. Porém, apesar do sinal emitido pelo organismo, não diminuimos o ritmo da "máquina" e continuamos dando força máxima no encalço dos objetivos a serem alcançados. Voltamos para casa, no fim do dia, mas continuamos envolvidos em problemas e cercados de sons humanos, ruídos e informações eletrônicas.
No dia seguinte, a má qualidade do sono em uma noite mal dormida, é compensada por doses de café, onde a cafeína tem a função de manter o corpo e a mente "ligados" para mais um dia de trabalho. E lá vamos nós para mais uma batalha na cidade, rodeados de barulho por todos os lados...
Ao chegarmos no local de trabalho, a pressão sobre o nosso corpo e a nossa mente, segue impiedosamente: pessoas que falam alto ou gritam. Informações e mais informações que temos de dar conta na tarefa a qual executamos. E os ruídos que vem do ambiente externo a penetrar em nossos ouvidos.
Mais doses de cafeína para reanimar a máquina humana que não pode parar de pensar e executar. Logo, surge a tradicional dor de cabeça de "horário marcado", ou a tonturinha passageira, ou ainda, a sudorese de origem desconhecida, mas sem maiores consequências imediatas...
Até o momento que o organismo, como um todo, não aguenta mais e entrega os pontos através de somatizações traduzidas em desequilíbrios na saúde por estresse, ou seja, esgotamento físico e mental. É o colapso!
Portanto, antes que o colapso aconteça, a "terapia" do silêncio para quem tem uma vida agitada nos centros urbanos, é de grande valia no sentido de disciplinar - ou reeducar - a mente para alcançar o bem-estar vital.
As compulsões no falar e no agir são as grandes vilãs da saúde do homem nos tempos modernos. O ser inteligente, precisa entender que o sucesso material por si só é vazio, e o vazio interior se preenche com consciência de si mesmo. E nessa direção, o indivíduo que apresenta traço compulsivo em seu comportamento diário, deve curar esse desequilíbrio psíquico-espiritual através de um melhor nível de autoconhecimento. Conhecendo-se melhor, ele terá um melhor controle sobre as suas emoções, que quando desequilibradas, tornam-se o combustível dos comportamentos compulsivos de característica obsessiva.
O silêncio como aprendizado gera a paz interior tão necessária nos dias atuais. E o exercício da paz interior começa pela consciência de si mesmo, isto é, a percepção de si próprio inserido em um contexto universal e interdimensional chamado vida.
As psicoterapias que lidam com a natureza interdimensional do ser humano, a meditação e as religiões que pregam a reencarnação como uma condição inerente ao indivíduo dotado de inteligência, livre arbítrio e imensa capacidade de expansão da consciência, são as bases de um processo de autodescobrimento e cura de traços obsessivos e compulsivos que o espírito traz de outras vidas e que devem ser elevados à luz da consciência.
A sabedoria dos índios norte-americanos, fundamentada em uma cultura multisecular, ilustra o que precisamos aprender a respeito do silêncio como mestre. Para eles, o silêncio era um "velho conhecido" por ser mais poderoso que as palavras faladas. Gerações e gerações de índios foram educados na escola do silêncio. "Observa, escuta e logo atua", diziam os anciães para os jovens índios. "Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos. E então aprenderás. Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar".
Chandra Mohan Jain, um professor de filosofia mais conhecido mundialmente como Osho, que entre outros ideais, pregava a busca da liberdade pela meditação, deixou-nos uma interessante mensagem sobre o silêncio: "Neste mundo barulhento, nos acostumamos aos gritos e sons, e muitas vezes diante disso nos viciamos em terapias que visam exclusivamente a catarse. Então, por um momento acontece. O silêncio baixa e percebemos o silêncio amoroso de simplesmente ser. Tão gostoso, tão único porque tão sutil e raro".
Não tenha medo do silêncio. Faça do silêncio o seu mestre. Adote, pois, o silêncio interior como ferramenta de seu autoconhecimento. Silêncio que deve transitar livremente entre o inconsciente e o consciente, libertando-a para que torne-se uma pessoa mais realizada e feliz.
O excesso de informações, ruídos e sons humanos que invadem a nossa vida, são responsáveis, em boa parte, pelo cansaço físico e mental sentido no final de um dia de trabalho ou de estudos.
Sem percebermos, surgem sintomas sinalizando que alguma coisa não anda bem na nossa saúde. Porém, apesar do sinal emitido pelo organismo, não diminuimos o ritmo da "máquina" e continuamos dando força máxima no encalço dos objetivos a serem alcançados. Voltamos para casa, no fim do dia, mas continuamos envolvidos em problemas e cercados de sons humanos, ruídos e informações eletrônicas.
No dia seguinte, a má qualidade do sono em uma noite mal dormida, é compensada por doses de café, onde a cafeína tem a função de manter o corpo e a mente "ligados" para mais um dia de trabalho. E lá vamos nós para mais uma batalha na cidade, rodeados de barulho por todos os lados...
Ao chegarmos no local de trabalho, a pressão sobre o nosso corpo e a nossa mente, segue impiedosamente: pessoas que falam alto ou gritam. Informações e mais informações que temos de dar conta na tarefa a qual executamos. E os ruídos que vem do ambiente externo a penetrar em nossos ouvidos.
Mais doses de cafeína para reanimar a máquina humana que não pode parar de pensar e executar. Logo, surge a tradicional dor de cabeça de "horário marcado", ou a tonturinha passageira, ou ainda, a sudorese de origem desconhecida, mas sem maiores consequências imediatas...
Até o momento que o organismo, como um todo, não aguenta mais e entrega os pontos através de somatizações traduzidas em desequilíbrios na saúde por estresse, ou seja, esgotamento físico e mental. É o colapso!
Portanto, antes que o colapso aconteça, a "terapia" do silêncio para quem tem uma vida agitada nos centros urbanos, é de grande valia no sentido de disciplinar - ou reeducar - a mente para alcançar o bem-estar vital.
As compulsões no falar e no agir são as grandes vilãs da saúde do homem nos tempos modernos. O ser inteligente, precisa entender que o sucesso material por si só é vazio, e o vazio interior se preenche com consciência de si mesmo. E nessa direção, o indivíduo que apresenta traço compulsivo em seu comportamento diário, deve curar esse desequilíbrio psíquico-espiritual através de um melhor nível de autoconhecimento. Conhecendo-se melhor, ele terá um melhor controle sobre as suas emoções, que quando desequilibradas, tornam-se o combustível dos comportamentos compulsivos de característica obsessiva.
O silêncio como aprendizado gera a paz interior tão necessária nos dias atuais. E o exercício da paz interior começa pela consciência de si mesmo, isto é, a percepção de si próprio inserido em um contexto universal e interdimensional chamado vida.
As psicoterapias que lidam com a natureza interdimensional do ser humano, a meditação e as religiões que pregam a reencarnação como uma condição inerente ao indivíduo dotado de inteligência, livre arbítrio e imensa capacidade de expansão da consciência, são as bases de um processo de autodescobrimento e cura de traços obsessivos e compulsivos que o espírito traz de outras vidas e que devem ser elevados à luz da consciência.
A sabedoria dos índios norte-americanos, fundamentada em uma cultura multisecular, ilustra o que precisamos aprender a respeito do silêncio como mestre. Para eles, o silêncio era um "velho conhecido" por ser mais poderoso que as palavras faladas. Gerações e gerações de índios foram educados na escola do silêncio. "Observa, escuta e logo atua", diziam os anciães para os jovens índios. "Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos. E então aprenderás. Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar".
Chandra Mohan Jain, um professor de filosofia mais conhecido mundialmente como Osho, que entre outros ideais, pregava a busca da liberdade pela meditação, deixou-nos uma interessante mensagem sobre o silêncio: "Neste mundo barulhento, nos acostumamos aos gritos e sons, e muitas vezes diante disso nos viciamos em terapias que visam exclusivamente a catarse. Então, por um momento acontece. O silêncio baixa e percebemos o silêncio amoroso de simplesmente ser. Tão gostoso, tão único porque tão sutil e raro".
Não tenha medo do silêncio. Faça do silêncio o seu mestre. Adote, pois, o silêncio interior como ferramenta de seu autoconhecimento. Silêncio que deve transitar livremente entre o inconsciente e o consciente, libertando-a para que torne-se uma pessoa mais realizada e feliz.
iG
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Banco não pode se apropriar de salário ou aposentadoria para quitar dívida
Por iG São
Paulo | -
Atualizada às
Decisão do STJ determina que o Itaú Unibanco deixe de
descontar mais de 30% do salário de cliente para cobrir débito
A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o Itaú
Unibanco não pode descontar mais do que 30% dos salários e das aposentadorias de
clientes para cobrar dívidas decorrentes de empréstimos, juros de cartão de
crédfito e tarifas.
A ação civil pública contra o Itaú Unibanco S/A foi iniciada
pelo Ministério Público de Minas Gerais, que alegava que o banco descontava até
100% do salário dos clientes para pagamento de dívidas.Itaú: segundo o MP-MG, correntista devedor chegava a ter
desconto integral do salário ou aposentadoria
O juiz de primeiro grau avaliou que o débito automático de
empréstimo em conta corrente era legal, já que “uma vez depositado em conta, o
valor é crédito, não é salário nem moeda, não havendo que se falar em violação
da norma do artigo 649, inciso IV, do Código de Processo Civil”. A decisão foi
confirmada em 2ª instância, sob a alegação de que o correntista, ao assinar o
contrato com a instituição financeira, tinha conhecimento de que essa seria a
forma de pagamento.
Ao levar o caso ao STJ, o MP alegou que o banco fazia descontos superiores ao limite de 30% do salário. Em alguns casos, segundo a ação, o débito era de 100% do salário.
Para o ministro do STJ Sidnei Beneti, relator do caso, mesmo que o cliente tenha assinado o contrato concordando com o desconto, o fato de o banco se apropriar do salário do correntista é ilícito e possibilita uma reparação por dano moral.
Procurado pelo iG, o Itaú Unibanco informou por meio de nota que a decisão "contraria jurisprudência consolidada do próprio STJ". Além disso, argumenta o banco, "o débito em conta é benéfico para todos, trazendo grande facilidade para o cliente (como o cadastramento de débitos automáticos de contas de água, luz e telefone), que poderá cancelá-lo a qualquer momento". A instituição financeira estuda a possibilidade de recurso.
iG
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
“Não me apeguei à autopiedade”
Por Giovanna
Tavares , iG São
Paulo |
"A deficiência está no meu
país"
Conheça a história da designer cadeirante que decidiu não se
isolar em casa, caiu no mundo e hoje mantém um blog sobre turismo adaptado
Depois do dia 29 de julho de 2006, Michele Simões teve a impressão de que
trocara de corpo, da noite para o dia. Era nítida a falta de sensibilidade nas
pernas e no tronco. A designer de moda de Londrina, no Paraná, precisou encarar
o diagnóstico definitivo dos médicos depois de um acidente de carro. A lesão
medular na altura do tórax lhe custou os movimentos de algumas partes do corpo e
ela precisaria se locomover com uma cadeira de rodas dali para frente.
Não erre a mão:
como lidar com portadores de deficiência.
Apesar da notícia dura, Michele teve para si que nada seria definitivo contra a vontade dela de viver. Embora os médicos dissessem que as chances de recuperação total eram baixas, ela preferiu seguir em frente com uma mentalidade positiva e esperançosa.
“Quando dizia às pessoas que lutava para voltar andar, me olhavam com pena. Diziam que eu era muito bonita, mas que era uma pena eu estar numa cadeira de rodas. Uma coisa que você aprende depois de uma lesão como essa é a ter paciência e perseverança. Os progressos, não só físicos, vêm aos poucos. Não me apeguei à autopiedade”, recorda ela.
Independência:
A paraplegia e a cadeira de rodas limitaram algumas vivências de Michele, mas ela não desistiu de nenhum sonho ou projeto de vida. Nem mesmo quando disseram que seria perigoso demais enfrentar um intercâmbio longe de casa. Foi quando Michele tomou coragem e criou o blog Guia do Cadeirante Viajante, em 2013, para compartilhar aventuras e experiências mundo afora. Boston, nos Estados Unidos, foi o primeiro destino escolhido pela designer, já na condição de cadeirante.
Não erre a mão:
como lidar com portadores de deficiência.
Apesar da notícia dura, Michele teve para si que nada seria definitivo contra a vontade dela de viver. Embora os médicos dissessem que as chances de recuperação total eram baixas, ela preferiu seguir em frente com uma mentalidade positiva e esperançosa.
“Quando dizia às pessoas que lutava para voltar andar, me olhavam com pena. Diziam que eu era muito bonita, mas que era uma pena eu estar numa cadeira de rodas. Uma coisa que você aprende depois de uma lesão como essa é a ter paciência e perseverança. Os progressos, não só físicos, vêm aos poucos. Não me apeguei à autopiedade”, recorda ela.
Independência:
A paraplegia e a cadeira de rodas limitaram algumas vivências de Michele, mas ela não desistiu de nenhum sonho ou projeto de vida. Nem mesmo quando disseram que seria perigoso demais enfrentar um intercâmbio longe de casa. Foi quando Michele tomou coragem e criou o blog Guia do Cadeirante Viajante, em 2013, para compartilhar aventuras e experiências mundo afora. Boston, nos Estados Unidos, foi o primeiro destino escolhido pela designer, já na condição de cadeirante.
Durante os três meses que passou nos Estados Unidos, Michele
conseguiu sair sozinha sem a sensação de ser o “elefante branco” das ruas. Lá,
ninguém a encarava com pena ou estranhamento, como se fosse errado um cadeirante
estar fora de casa, por conta própria. Ao contrário, Michele encontrava com
frequência cadeirantes em situações mais delicadas que a dela, convivendo
normalmente com outras pessoas.
Superação:
Fazer tudo sozinha, aliás, foi uma das premissas da viagem de Michele. O intercâmbio do namorado coincidiu com a mesma época e destino, mas ela se manteve firme quanto à decisão inicial. O casal frequentou aulas em períodos diferentes, para que Michele pudesse se sentir “sozinha no mundo”.
“O grande momento que me fez encarar a solidão com coragem foi quando vi um tetraplégico sozinho pelas ruas de Boston, se movimentando só com queixo. Compreendi que a limitação só existe na nossa cabeça. Você é a única pessoa que pode ter consciência do que consegue ou não fazer, e não quem não tem deficiência alguma”, acredita Michele.
O trabalho no Cadeirante Viajante acabou sendo a prova de que não existe uma regra para as limitações dos cadeirantes, ao contrário do que as pessoas acreditam. Pela experiência negativa no Brasil, muitos leitores confessaram à autora que viajar para um país estranho era uma ideia fora de cogitação. Que ninguém acreditava que eles seriam capazes de tal ação.
Tudo mudou quando Michele postou fotos da aventura em Boston, mostrando como a acessibilidade da cidade permitia experiências incríveis aos cadeirantes. Ela andou de caiaque, visitou museus, viajou para cidades como Flórida e Nova York e também enfrentou alguns perrengues.
“É claro que todos nós passamos por situações ridículas, no dia a dia. Uma vez, caí de barriga para cima na plataforma do trem. Fiquei parecendo um besouro no chão, com as pernas para o alto. Comecei a rir de mim mesma, por causa da vergonha, mas me ajudaram e passou. Não foi o fim do mundo”, diz ela. Segundo Michele, esse foi o segredo para driblar as dificuldades: a capacidade de seguir em frente com leveza e bom-humor.
Realidade:
De volta ao Brasil, Michele precisou encarar o choque cultural entre duas realidades muito distintas. A designer, que sempre foi muito independente e ativa, estava se reacostumando à sensação de liberdade e independência de Boston quando voltou para casa. As limitações ainda eram as mesmas: dificuldade para sair de casa sozinha, falta de acessibilidade, preconceito e poucas referências.
“Aqui, a gente nunca pode sair de casa. Então, você não vive coisas novas, não conhece outras pessoas, porque está frequentando aqueles mesmos lugares de sempre”, desabafa.
Além das limitações cotidianas, Michele precisa lidar com problemas de pressão, uma das sequelas do acidente e da paraplegia. Nos dias em que a pressão cai, não há o que fazer, senão ficar na cama.
Mesmo com todos os obstáculos, a personalidade inquieta de Michele não permite que ela fique parada por muito tempo, apenas lamentando a atual condição. A vontade de seguir em frente é tão grande que ela já está de viagem marcada novamente. Em outubro, a designer de moda embarca em mais uma aventura, desta vez no Canadá, para estudar inglês. Serão mais de duas semanas entre Montreal e Toronto, completamente sozinha.
“O turismo é uma referência muito legal para as pessoas saírem de casa, tanto que tenho feito isso em São Paulo também, descobrindo novos lugares e compartilhando com outros cadeirantes. Nós não precisamos parar de lutar. É uma batalha árdua, mas o retorno é realmente gratificante. Mesmo que a conquista seja conseguir pegar um copo de água. Toda conquista merece ser reconhecida”, finaliza.
iG
sábado, 6 de setembro de 2014
Europa pode ser a principal ameaça para a economia mundial, dizem analistas
Por BBC Brasil | - Atualizada às
Problemas incluem desemprego em níveis recorde, pacote de
austeridade que não funcionou e recessão na França e Itália
A zona do euro dá sinais de desalento. O pacote de austeridade implementado
após a crise não funcionou, o desemprego segue em níveis recorde, dois de seus
principais países, França e Itália, estão em recessão, o fantasma da deflação
avança e o conflito na Ucrânia parece não ter fim.
Nota: Zona do euro ainda enfrentará riscos, diz Banco Central Europeu
Comissão Europeia: Risco
de deflação na zona do euro é muito baixo
Segundo Simon Tilford, vice-diretor do Centro para a Reforma Europeia, entidade sediada em Londres, o euro tornou-se "o elo mais fraco" da economia global.
"O único atenuante é que o mundo acabou se adaptando a uma crise de anos. Mas a Zona do euro é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos e tem um impacto direto sobre outras regiões", disse ele à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Austeros x Keynesianos
A nível global, a zona do euro é a região que registrou o pior crescimento em 2013 e que também deve crescer menos neste ano e no próximo, bem abaixo dos Estados Unidos, dos emergentes asiáticos ou da África Subsaariana.
A região também vive um dilema do ponto de qual modelo econômico seguir. Os europeus estão polarizados entre a austeridade imposta pela Alemanha (com o apoio da Holanda, Áustria, Finlândia e até Espanha) e o aumento do gasto público defendido por França e Itália (apoiados por Portugal e Grécia) para combater os efeitos da crise.
A recente turbulência no gabinete do presidente francês, François Hollande, é o melhor exemplo de como essa dicotomia austero-keynesiana se reflete em cada país.
No caso da França, o "socialismo liberal" do novo ministro da Economia, Emmanuel Macron, acabou se sobrepujando ao modelo keynesiano-intervencionista encarnado pelo ministro de Renovação Industrial, Arnaud Montebourg.
"A mudança que François Hollande defendia em conjunto com a Itália e a Espanha para combater a austeridade defendida pela Alemanha não aconteceu. O resultado é que a austeridade de Angela Merkel segue fortalecida. O problema é que essa austeridade também não tem dado muito resultado", diz Tilford.
Cúpulas
A vitória frágil da austeridade aconteceu na última cúpula dos 28 países da União Europeia (18 da Zona do euro mais dez que mantiveram suas moedas), no final de agosto.
Diante dos dados econômicos negativos e o risco de agravamento da crise, os líderes europeus defenderam, no início do encontro, a necessidade de medidas urgentes.
Mas em que consistiram as medidas aprovadas?
No próximo dia 7 de outubro, vai ser realizada uma nova cúpula, a terceira em menos de um ano sem resultados expressivos.
Os encontros cada vez mais constantes se devem em grande parte à necessidade de os líderes europeus responderem ao público interno ante as suas promessas, por necessidade ou convicção, sob as bandeiras da austeridade ou do keynesianismo. O problema é que o tempo está se esgotando, pelo menos economicamente.
A crise europeia, que começou nos setores bancário e financeiro (2008) e se tornou soberana, é hoje, também, uma crise de crescimento. Alemanha, França e Itália, que juntas respondem por dois terços do PIB na área do euro, estão ou à beira de uma recessão (Alemanha), ou estagnada (França) e com quase nenhum crescimento desde o lançamento do euro há 15 anos (Itália).
O restante não pode compensar a queda dos três gigantes e nenhuma estratégia alternativa se vislumbra no horizonte.
"Não há investimento estatal porque a austeridade fiscal reina. Não há investimento privado porque o setor só quer se endividar novamente quando tiver certeza que a crise já passou. Já os consumidores não estão gastando por causa das dívidas acumuladas e pela cautela frente à atual conjuntura econômica. O resultado é que não há como retomar o crescimento", diz Tilford.
Para piorar a situação, o think-tank DER estima que a crise na Ucrânia poderia custar para a Europa cerca de 400 bilhões (R$ 1,1 trilhão) devido às perdas resultantes das exportações, do financiamento do Estado ucraniano e dos negócios no setor de energia. O país mais atingido seria a Alemanha.
Super Mario?
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reconheceu que a política atual não estava dando o resultado esperado em uma conferência da autoridade monetária no último dia 22 de agosto.
Draghi disse que faria "tudo o que fosse necessário" para evitar uma queda maior da inflação (também chamada de "deflação").
A declaração lembrou outra intervenção bem sucedida do italiano em 2012, quando discorreu sobre como as taxas de juros da Itália e da Espanha poderiam colocar em risco a sobrevivência da Zona euro.
A declaração valeu-lhe o apelido "Super Mario". O dilema agora é se Draghi conseguirá reproduzir os feitos do personagem que lhe inspirou na economia real.
Em junho, o BCE cortou novamente as taxas de juros, que estão em seu nível mais baixo desde que a criação do euro, e prometeu empréstimos mais baratos a bancos para aumentar o volume de crédito à produção e o consumo.
Mas a luta que Draghi trava com a Alemanha no BCE diz respeito ao afrouxamento monetário, conhecido em inglês como "quantitative easing".
Por esse sistema, o banco central europeu compra títulos de governos na mão de bancos privados para aumentar a liquidez dessas instituições e permitir-lhes ter dinheiro para emprestar, o que, em última análise, ajuda a movimentar a economia.
A política vem sendo aplicada nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão, com resultados distintos.
Parte desse capital adicional impulsionou o crédito, mas também levou à especulação financeira, especialmente nos chamados países emergentes, incluindo o Brasil e Chile, causando instabilidade nos mercados.
Sobrevivência do euro
Diante desse cenário, o fantasma de uma eventual dissolução da zona do euro – prenunciada com a crise da dívida soberana em 2010 - volta a rondar a região.
Entre as razões pelas quais isso ainda não aconteceu estão o custo multimilionário e a extrema instabilidade que seria trazida com a re-adoção das moedas nacionais (fraco, peseta, lira, marco alemão, etc).
No entanto, em sua edição de agosto, para marcar os dez anos de criação da moeda comum europeia, a revista britânica The Economist afirmou que o perigo ainda está no ar.
"Se o euro continuar a trazer estagnação, desemprego e deflação, as pessoas vão acabar por abandoná-lo. O risco que um ou mais países optem por esse caminho cresce a cada dia”, assinalou a revista.
Essa crise política se manifestou nas eleições para o Parlamento Europeu em maio deste ano com o crescimento de partidos extremistas e xenófobos, de um lado, e com apostas sobre uma Europa sem o euro, de outro.
Tilford, do Centro para a Reforma Europeia, diz acreditar que o euro só sobreviveu até agora porque não houve “crises políticas graves”.
"Houve protestos, novos movimentos e partidos, mas nada que não seja administrável", diz.
"É uma faca de dois gumes, pois criou uma complacência na classe política que parece esperar que, de uma forma ou de outra, que essa situação se resolverá sozinha. O resto do mundo terá que conviver por mais tempo com crise na Zona do euro".
iG
Nota: Zona do euro ainda enfrentará riscos, diz Banco Central Europeu
Nem sequer o motor da economia alemã foi suficiente para estancar a
queda de crescimento nos 18 países que usam o euro como moeda. De abril a julho,
a economia alemã contraiu 0,2%. A Zona do euro, por sua vez, teve crescimento
nulo (0%).
A última tentativa de reverter tal cenário foi tomada na quinta-feira, 4,
quando o Banco Central Europeu (BCE) anunciou um pacote para estimular os
empréstimos no bloco e evitar a recessão. Cerca de 1 trilhão de euros (R$ 3
trilhões) podem ser injetados na economia. Além disso, os juros caíram mais uma
vez, passando de 0,15% ao ano para 0,05% ao ano. Os detalhes da operação,
contudo, só serão conhecidos no mês que vem.Segundo Simon Tilford, vice-diretor do Centro para a Reforma Europeia, entidade sediada em Londres, o euro tornou-se "o elo mais fraco" da economia global.
"O único atenuante é que o mundo acabou se adaptando a uma crise de anos. Mas a Zona do euro é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos e tem um impacto direto sobre outras regiões", disse ele à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Austeros x Keynesianos
A nível global, a zona do euro é a região que registrou o pior crescimento em 2013 e que também deve crescer menos neste ano e no próximo, bem abaixo dos Estados Unidos, dos emergentes asiáticos ou da África Subsaariana.
A região também vive um dilema do ponto de qual modelo econômico seguir. Os europeus estão polarizados entre a austeridade imposta pela Alemanha (com o apoio da Holanda, Áustria, Finlândia e até Espanha) e o aumento do gasto público defendido por França e Itália (apoiados por Portugal e Grécia) para combater os efeitos da crise.
A recente turbulência no gabinete do presidente francês, François Hollande, é o melhor exemplo de como essa dicotomia austero-keynesiana se reflete em cada país.
No caso da França, o "socialismo liberal" do novo ministro da Economia, Emmanuel Macron, acabou se sobrepujando ao modelo keynesiano-intervencionista encarnado pelo ministro de Renovação Industrial, Arnaud Montebourg.
"A mudança que François Hollande defendia em conjunto com a Itália e a Espanha para combater a austeridade defendida pela Alemanha não aconteceu. O resultado é que a austeridade de Angela Merkel segue fortalecida. O problema é que essa austeridade também não tem dado muito resultado", diz Tilford.
Cúpulas
A vitória frágil da austeridade aconteceu na última cúpula dos 28 países da União Europeia (18 da Zona do euro mais dez que mantiveram suas moedas), no final de agosto.
Diante dos dados econômicos negativos e o risco de agravamento da crise, os líderes europeus defenderam, no início do encontro, a necessidade de medidas urgentes.
Mas em que consistiram as medidas aprovadas?
No próximo dia 7 de outubro, vai ser realizada uma nova cúpula, a terceira em menos de um ano sem resultados expressivos.
Os encontros cada vez mais constantes se devem em grande parte à necessidade de os líderes europeus responderem ao público interno ante as suas promessas, por necessidade ou convicção, sob as bandeiras da austeridade ou do keynesianismo. O problema é que o tempo está se esgotando, pelo menos economicamente.
A crise europeia, que começou nos setores bancário e financeiro (2008) e se tornou soberana, é hoje, também, uma crise de crescimento. Alemanha, França e Itália, que juntas respondem por dois terços do PIB na área do euro, estão ou à beira de uma recessão (Alemanha), ou estagnada (França) e com quase nenhum crescimento desde o lançamento do euro há 15 anos (Itália).
O restante não pode compensar a queda dos três gigantes e nenhuma estratégia alternativa se vislumbra no horizonte.
"Não há investimento estatal porque a austeridade fiscal reina. Não há investimento privado porque o setor só quer se endividar novamente quando tiver certeza que a crise já passou. Já os consumidores não estão gastando por causa das dívidas acumuladas e pela cautela frente à atual conjuntura econômica. O resultado é que não há como retomar o crescimento", diz Tilford.
Para piorar a situação, o think-tank DER estima que a crise na Ucrânia poderia custar para a Europa cerca de 400 bilhões (R$ 1,1 trilhão) devido às perdas resultantes das exportações, do financiamento do Estado ucraniano e dos negócios no setor de energia. O país mais atingido seria a Alemanha.
Super Mario?
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reconheceu que a política atual não estava dando o resultado esperado em uma conferência da autoridade monetária no último dia 22 de agosto.
Draghi disse que faria "tudo o que fosse necessário" para evitar uma queda maior da inflação (também chamada de "deflação").
A declaração lembrou outra intervenção bem sucedida do italiano em 2012, quando discorreu sobre como as taxas de juros da Itália e da Espanha poderiam colocar em risco a sobrevivência da Zona euro.
A declaração valeu-lhe o apelido "Super Mario". O dilema agora é se Draghi conseguirá reproduzir os feitos do personagem que lhe inspirou na economia real.
Em junho, o BCE cortou novamente as taxas de juros, que estão em seu nível mais baixo desde que a criação do euro, e prometeu empréstimos mais baratos a bancos para aumentar o volume de crédito à produção e o consumo.
Mas a luta que Draghi trava com a Alemanha no BCE diz respeito ao afrouxamento monetário, conhecido em inglês como "quantitative easing".
Por esse sistema, o banco central europeu compra títulos de governos na mão de bancos privados para aumentar a liquidez dessas instituições e permitir-lhes ter dinheiro para emprestar, o que, em última análise, ajuda a movimentar a economia.
A política vem sendo aplicada nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão, com resultados distintos.
Parte desse capital adicional impulsionou o crédito, mas também levou à especulação financeira, especialmente nos chamados países emergentes, incluindo o Brasil e Chile, causando instabilidade nos mercados.
Sobrevivência do euro
Diante desse cenário, o fantasma de uma eventual dissolução da zona do euro – prenunciada com a crise da dívida soberana em 2010 - volta a rondar a região.
Entre as razões pelas quais isso ainda não aconteceu estão o custo multimilionário e a extrema instabilidade que seria trazida com a re-adoção das moedas nacionais (fraco, peseta, lira, marco alemão, etc).
No entanto, em sua edição de agosto, para marcar os dez anos de criação da moeda comum europeia, a revista britânica The Economist afirmou que o perigo ainda está no ar.
"Se o euro continuar a trazer estagnação, desemprego e deflação, as pessoas vão acabar por abandoná-lo. O risco que um ou mais países optem por esse caminho cresce a cada dia”, assinalou a revista.
Essa crise política se manifestou nas eleições para o Parlamento Europeu em maio deste ano com o crescimento de partidos extremistas e xenófobos, de um lado, e com apostas sobre uma Europa sem o euro, de outro.
Tilford, do Centro para a Reforma Europeia, diz acreditar que o euro só sobreviveu até agora porque não houve “crises políticas graves”.
"Houve protestos, novos movimentos e partidos, mas nada que não seja administrável", diz.
"É uma faca de dois gumes, pois criou uma complacência na classe política que parece esperar que, de uma forma ou de outra, que essa situação se resolverá sozinha. O resto do mundo terá que conviver por mais tempo com crise na Zona do euro".
iG
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