terça-feira, 4 de maio de 2021

Cotação do minério de ferro encerra trimestre em alta e deve permanecer subindo


A alta no preço do minério de ferro se mantém firme no mercado global. No fim do primeiro trimestre deste ano, o índice CRB de commodities registrou uma elevação de 87,6% na média de preço da principal matéria-prima do aço, tendo por comparação o valor identificado no mesmo período de 2020. A cotação subiu de US$89 para US$167 a tonelada.

Segundo o superintendente do Grupo MBL, Jerri Alves, até o meio deste ano a cotação do minério de ferro deve permanecer em cerca de US$160 a tonelada. "Nos primeiros meses de 2021, a commodity expôs uma intensa inconstância e volatilidade. Ela alcançou o valor de US$178 em seu auge e chegou a despencar até US$155 ao longo do período", aponta.

De acordo com Jerri, essa variação nos preços foi fortemente impulsionada pelo conflito entre a alta demanda por aço no mercado mundial e a diminuição da oferta, sobretudo nas siderúrgicas chinesas.

"A indústria chinesa cresceu muito em março, mas a atividade comercial nos portos do país desacelerou. Isso fez com que os preços do minério de ferro caíssem no mercado à vista. Neste segundo trimestre, a esperança é a de que essa discrepância entre oferta e procura se resolva. Caso isso aconteça com os produtos siderúrgicos, o preço médio da matéria-prima deve apresentar poucas oscilações, permanecendo no patamar dos US$ 145 a tonelada este ano", explica.

Conforme a Agência Nacional de Estatísticas da China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria atingiu a marca de 51,9 em março, demonstrando o grande desenvolvimento da atividade industrial no país, que é o maior produtor de aço do mundo e um dos principais compradores globais de minério. "Geralmente, o PMI possui influência na determinação dos preços internacionais das commodities, inclusive do minério de ferro. Entretanto, a valorização significativa da commodity industrial no último ano tem feito pressão sobre as margens das siderúrgicas chinesas. Isso pode fazer com que a produção passe por ajustes nos próximos meses", conclui.
 


Rafaela Galdino
Depto. de Jornalismo
Rua dos Timbiras, nº 2.072 – Lourdes  

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