Os primeiros sinais do transtorno aparecem ainda na primeira infância, por isso é tão importante os pais estarem atentos
Antes entender como identificar a dislexia, você precisa entender o que é. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças, a dislexia é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e outras habilidades cognitivas.
Então, como identificar esse transtorno? De acordo com o supervisor técnico ABA do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Felipe Barros, existem indícios que devem ser observados pelos pais e professores. “Os sinais da dislexia aparecem logo na primeira infância. Estar atento ao comportamento da criança e iniciar o tratamento adequado o quanto antes não só facilita o aprendizado como um todo, como auxilia na autoestima do indivíduo”, avalia.
Na pré-escola os principais sinais são: dispersão; fraco desenvolvimento da atenção; atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem; dificuldade de aprender rimas e canções e falta de interesse por livros impressos. Já na idade escolar, outros sinais são: dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita; desatenção e dispersão; dificuldade em copiar de livros e da lousa; dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.); desorganização geral (constantes atrasos na entrega de tarefas e perda de objetos) e vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas.
Por esse motivo, segundo Barros, é tão importante a participação dos pais no processo de desenvolvimento dos seus filhos, pois quanto mais cedo a dislexia for diagnosticada, melhores serão os resultados do tratamento. “Os primeiros traços do transtorno costumam aparecer já na primeira infância, por isso é importante que os pais participem e estejam atentos ao aprendizado dos pequenos. Quanto antes identificada e tratada a dislexia, melhores os resultados. Vale lembrar que o tratamento adequado não só melhora o processo de aprendizado do indivíduo como sua autoestima”, complementa o especialista.
Como diagnosticar a dislexia
Esse tipo de diagnóstico é realizado por uma equipe multidisciplinar – normalmente composta por psicopedagogos, psicólogos, neuropsicólogos e fonoaudiólogos. Após a consulta inicial (triagem), a criança passa por avaliações técnicas específicas. Com o diagnóstico positivo, o tratamento é iniciado respeitando limitações, individualidade e histórico de aprendizagem do indivíduo.
Dislexia no ambiente escolar
Estudos apontam que a dislexia está diretamente ligada com as dificuldades de aprendizado. Sem diagnóstico e tratamento, ela pode levar ao desânimo e a perda de interesse pela escola, fazendo com que a pessoa se sinta frustrada e inferior aos demais, afetando também outras áreas da vida. Porém, existem estratégias que tanto os pais em casa quanto os professores podem adotar para facilitar o dia a dia da pessoa com dislexia no ambiente escolar:
Ofereça material didático em formato de áudio; elabore atividades lúdicas que reforcem a criatividade que eles apresentam; proporcione estímulos visuais durante as aulas; incentive os trabalhos em grupo para que haja o apoio social para execução das tarefas e sempre que possível, aplique provas orais.
“Esses são apenas alguns exemplos de adaptações que podem ser feitas para facilitar os estudos da pessoa com dislexia. Cada caso é um caso e a abordagem vai depender das necessidades da pessoa. E vale salientar: dislexia não tem nada a ver com falta de inteligência; ela é apenas uma característica do indivíduo que acaba dificultando a leitura, a escrita e a concentração”, finaliza Barros.
Sobre o Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE)
Fundado no ano de 2016 por Canrobert Krueger e Mariana de Carvalho, a clínica é referência no atendimento a pacientes com danos neurológicos. O CERNE possui equipe especializada em diversas áreas, como: Fisioterapia, Fonoaudiologia, Musicoterapia, Neuromodulação e Terapia Ocupacional. O diferencial da clínica está nos métodos de tratamento avançados, como Theratogs, PediaSuit, Bobath, Integração Sensorial, Contensão Induzida, ABA, DENVER, além da chegada do primeiro tratamento através da Neuromodulação ao sul do país. Para mais informações, acesse o site www.clinicacerne.con.br ou as redes sociais Facebook https://www.facebook.com/cerneoficial e Instagram https://www.instagram.com/cerne.oficial/
REVERSA COMUNICAÇÃO
Bruna Bozza
Assessora de Imprensa
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