Estudo do neurocientista Dr. Fabiano de Abreu, realizado com auxílio da Logos University International, afirma ainda que o tratamento pode ser utilizado na radiculopatia aguda na síndrome da pessoa rígida
A síndrome da pessoa rígida também conhecida como síndrome do homem rígido é um distúrbio neurológico raro e foi descrito pela primeira vez em 1956. A doença, que afeta duas vezes mais mulheres do que homens, pode se manifestar entre a terceira e a sétima década de vida com espasmos dolorosos, hiperreflexia e rigidez muscular axial que pode progredir lentamente para os músculos proximais dos membros.
De acordo com o neurocientista, phd e biólogo Dr. Fabiano de Abreu, os espasmos são desencadeados por sensações de medo, estímulos táteis ou auditivos inesperados. “As características funcionais do portador da doença são a marcha lenta, a perda insidiosa da flexibilidade do tronco e, posteriormente, da musculatura dos membros. Fato que leva a dependência de terceiros”, explica.
O estudo, publicado na revista científica Cognitions, concluiu que a descompressão medular e radicular por meio da discectomia endoscópica transforaminal foi eficiente em controlar a dor radicular e disfunção neural pela compressão sem apresentar agressões tecidulares, o que poderia ser um gatilho para os espasmos. A rizotomia, por sua vez, bloqueou a entrada de estímulos nociceptivos da artrose facetária que sustentavam uma via de retroalimentação de dor-rigidez-dor. “A rizotomia P-RF, se mostrou eficiente em modular a dor crônica, possivelmente por múltiplas causas”, explica o neurocientista.
Por isso, de acordo com o Dr. Fabiano de Abreu é necessário avaliar diferentes esferas do relato de uma dor crônica. “A dor relatada por um paciente deve ser abordada nos âmbitos biológico, psicológico e social. Compreender a multidimensionalidade da dor, pode ajudar a desenvolver estratégias menos agressivas e mais eficientes em pacientes pouco convencionais, como no caso da SPS”.
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Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Rodrigues é PhD, neurocientista com formações também em neuropsicologia, biologia, história, antropologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International e membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências.
*Coluna*
Você já ouviu falar na Síndrome da Pessoa Rígida? Essa doença extremamente rara, também é conhecida como Síndrome do homem rígido e é um distúrbio neurológico raro, que foi descrito pela primeira vez em 1956. A doença afeta duas vezes mais mulheres do que homens e se manifesta geralmente por espasmos dolorosos.
Outros sintomas que também podem caracterizar o distúrbio, que geralmente aparecem entre os 30 e os 70 anos, são: a hiperreflexia e a rigidez muscular axial que pode ainda, progredir lentamente para os músculos proximais dos membros.
Os espasmos são desencadeados, na maioria dos casos, por sensações de medo, estímulos táteis ou auditivos inesperados. As características funcionais do portador da doença são a marcha lenta, a perda insidiosa da flexibilidade do tronco e, posteriormente, da musculatura dos membros. Fato que leva a dependência de terceiros.
O estudo, publicado na revista científica Cognitions, concluiu que a descompressão medular e radicular por meio da discectomia endoscópica transforaminal foi eficiente em controlar a dor radicular e disfunção neural pela compressão sem apresentar agressões tecidulares, o que poderia ser um gatilho para os espasmos. A rizotomia A-RF, por sua vez, conseguiu bloquear a entrada de estímulos nociceptivos da artrose facetária que sustentavam uma via de retroalimentação de dor-rigidez-dor. Já a rizotomia P-RF, se mostrou eficiente em modular a dor crônica, possivelmente por múltiplas causas.
Por isso, é necessário avaliar diferentes esferas do relato de uma dor crônica. Pois, a dor relatada por um paciente deve ser abordada nos âmbitos biológico, psicológico e social. Compreender a multidimensionalidade da dor, pode ajudar a desenvolver estratégias menos agressivas e mais eficientes em pacientes pouco convencionais, como no caso da SPS.
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