Você construiu essa vida. Mas será que ela ainda te serve?
A gente romantizou férias, mas esqueceu como pausa de verdade funciona.
Não é viagem com mala, roteiro e selfie na frente da natureza. É ausência de personagem. Ausência de agenda.
É você se tirar de onde sempre esteve, mental e fisicamente, pra conseguir ver o que não dá pra ver no meio do caos.
Pausa não é descanso. É diagnóstico.
Porque se você não parar, não vai enxergar que aquilo que você construiu tá te engolindo aos poucos.
E quando você vê… deixou de ser autora da sua vida. Virou o resultado da sua própria manutenção.
Você decide. Você banca. Você executa. Mas lembre-se que você também paga IPTU dos subsolos que nunca vai usar.
Já parou pra reparar? A gente passa metade da vida construindo, e a outra metade tentando não desmoronar com o peso da obra.
Mas tem uma coisa que você pode não ter percebido ainda: Demolir exige mais CORAGEM que construir.
Porque exige critério. Consciência. E, principalmente, saber o que tem que ficar de pé. E essa clareza não chega quando você está soterrada. Chega quando você sobe. Respira. Reposiciona.
Porque a qualidade da sua decisão depende do lugar de onde ela é tomada. E se você toma decisões em desequilíbrio, medo ou urgência… a chance de tudo descarrilhar aumenta. A vida é uma negociação. Mas a mesa de negociação não é o melhor lugar pra decidir os seus termos.
Você tem que saber seus não negociáveis antes de sentar.
E se não souber? Você vira presa fácil dos circuitos de dopamina.
Reage. Preenche. Foge. E chama isso de "vida".
Talvez o que você esteja precisando é de uma verdadeira pausa.
Aquela em que você se retira do ambiente que você está acostumado a frequentar, pra ter uma oportunidade de observar as coisas de um outro lugar. |
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