A lebre corria. Sempre.
Chegava antes de todo mundo, menos dela mesma.
Tudo era sobre chegar, nunca sobre se divertir.
A tartaruga? Ia devagar.
Mas não perdia o pôr do sol nem um afago com o vento.
Claro, a lebre chegou primeiro.
Mas parecia mais perdida que vitoriosa.
A tartaruga chegou depois.
Com tempo, com paz. Com sentido.
Esse não é o poema de um escritor famoso. É o texto da nova campanha da Reserva.
Isso apareceu no meu instagram e me fez refletir…
Na história original, a Lebre perde a corrida. Mas ali, a mensagem foi clara:
A pressa preenche o tempo, mas a presença preenche a vida.
Outro dia, no evento de formação de mentoras, onde alunas receberam o diploma para aplicarem o meu método, eu fui bem sincera com elas:
Vender cura e inteligência emocional nem sempre é fácil.
Porque a maioria das pessoas não quer curar ou amadurecer. Elas querem correr.
Correr para casar logo.
Correr para ganhar dinheiro.
Correr para pegar atalhos.
Sim. Tem gente que prefere continuar sofrendo do que mudar. Mas por que?
Simples. A maioria, ao correr, nem para pra pensar que existem duas opções.
Talvez você, quando acendeu algumas luzes, tenha caído de novo na armadilha da correria. Achou que, com a cura, a prosperidade viria no dia seguinte.
Que os problemas sumiriam só porque você entendeu o que precisava mudar.
Quando você passou por uma etapa, achou que era a linha de chegada.
Mas aí vieram as comparações:
“Fulana nem fez terapia. Continua sendo reativa. Não cuida da saúde. E mesmo assim… é bem sucedida?”
Será?
Se eu te perguntar se você quer ser uma pessoa madura, você vai me responder prontamente que sim.
Mas o que é a maturidade se não o CANSAÇO DO AUTOENGANO.
E assim como a conta chegou pra você — e te moveu pra sair dos antigos padrões — ela vai chegar para as “lebres”.
Quando? Sinceramente, não é da nossa conta.
O que importa é que você escolheu a melhor parte.
Você escolheu, ainda que mais devagar, chegar inteira.
Não antes de si mesma.
Não construindo uma vida que não te cabe, só pra mostrar que chegou.
E essa escolha dispensa comparação. Porque seu processo é único. O do outro também.
Você chegou aqui no tempo que era o seu. E é por isso que eu posso te lembrar:
Suas conquistas. Sua paz. Sua prosperidade… Elas virão.
Não porque vão cair do céu.
Mas porque é isso que você escolheu construir, dia após dia.
Essa carta de hoje é um respiro pra você que, mesmo decidida a mudar, às vezes se pega com medo e dúvida no caminho.
Eu vivi isso.
Minhas mentoradas viveram isso.
E todo mundo que escolhe mudar… vai precisar de coragem.
E coragem, Deus não dá.
Ele nos pede. | 
Um convite de coração
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