03/05/2013 17h10
- Atualizado em
03/05/2013 18h04
Suspeito de trote que custou mais de R$ 20 mil é detido em Rio Preto, SP
'Acidente' mobilizou 12 equipes de resgate e o helicóptero Águia.
Carpinteiro, de 45 anos, está detido para esclarecimentos.
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O suspeito de ser o autor de um trote que mobilizou 12 equipes da polícia, bombeiros e até o helicóptero Águia em São José do Rio Preto (SP) na última segunda-feira, 29 de abril, foi preso na tarde desta sexta-feira (3). O carpinteiro Dorival Pereira da Silva, de 44 anos, foi detido na própria residência e, segundo a polícia, confessou ser o autor do trote.
O ato não é crime, mas é classificado como contravenção, o que resulta em penas alternativas. O carpinteiro é ouvido na Delegacia de Investigações Gerais (SP) na tarde desta sexta-feira, mas ainda não havia explicado por que fez isso. Segundo a polícia, ele alegou estar bêbado no momento da ligação e que sofre de depressão.
Carpinteiro disse que estava bêbado e sofre de depressão (Foto: Reprodução / TV Tem)
Ele afirma que o acidente aconteceu na BR-153, entre Nova Granada (SP) e onda verde(SP), e que os bombeiros já estavam a caminho do local do suposto acidente. (ouça o áudio ao lado). O homem também diz que a mulher dele estava no carro, que teria caído em um barranco de 100 metros.
Em vários trechos da gravação, o homem começa a chorar e a policial que atende a ocorrência tenta acalmá-lo. A policial, então, tenta fazer lembrá-lo do local exato do acidente e pergunta com que carro estava.
Como a falsa vítima do acidente não sabia informar com precisão o local do acidente, as equipes de resgate fizeram uma varredura por todo o trajeto, em mais de 60 quilômetros. Até o helicóptero Águia foi chamado para ajudar na “busca”. Ele voou até a divisa com Minas Gerais.
A suposta vítima diz que ainda estava no local do acidente, que tentava subir o barranco, que era muito íngreme. A policial então pergunta se ele está muito machucado, e ele diz “estou um pouco machucado, mas
está tudo bem.”
Saiba mais
O homem também ligou para o Corpo de Bombeiros. Durante o telefonema, o soldado pergunta se o homem, que se diz chamar "Paulo", está ouvindo a sirene e ele diz que não. Ele então é questionado sobre o RG e diz que não se lembra. Ao ser perguntado sobre o telefone de casa, diz que não tem. Após isso, o policial pede para que ele repita as características no veículo.
Ao ser perguntado sobre o endereço, o homem informa que está com a cabeça doendo e não consegue passar as informações pedidas e que está ferido nas pernas, braços e costela. “A gente entrava em contato com ele para pegar mais informações, aí o bombeiro que estava no 193 verificou barulho de cachorro latindo ao fundo e achou estranho. A ligação caiu e ligamos 10 minutos depois para conseguir falar com ele e atendeu uma criança, que falou que o pai estava dormindo, foi aí que constatamos o trote. Depois o Copom disse que o número que ele estava ligando tinha efetuado alguns trotes na semana passada ao 190”, afirma o tenente dos Bombeiros Orival Santana Júnior.
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