domingo, 8 de fevereiro de 2015

Por que você deveria praticar natação

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Thiago Sievers, 8 fev 2015 > Fitness

Com poucos riscos de lesão e trabalho intenso na musculatura, o esporte traz muitos benefícios a seus atletas.

O homem é um animal terrestre, ponto. Ele não nasce com asas para voar e nem com juntas nos dedos para nadar – nasce com duas pernas para se locomover em terras firmes. Mas então, como pode a natação ser o esporte mais aconselhável, entre os especialistas, para a espécie humana em todas as idade? Levando em conta o raciocínio, esse fato é surpreendente, mesmo deixando de ser novidade há tempos.
As braçadas e pernadas dentro d’água são capazes de movimentar quase todos os músculos do corpo simultaneamente, coisa que nenhum outro exercício faz. Por isso que a natação é eficiente na construção de um corpo escultural. Os gregos, anos antes de Cristo, com sua cultura onde a beleza era extremamente valorizada, já sabiam disso e tinham a natação como um de seus esportes prediletos. É claro que o volume muscular adquirido não será o mesmo daqueles que praticam musculação, mas os contornos no peitoral, nos braços, nas pernas, abdominais e, principalmente, nas costas, irão aparecer.
Há pessoas que acreditam que a natação não queima calorias por não ter impactos, por (aparentemente) não nos fazer soar, e alguns até acham que, pelo fato de a água neutralizar em grande parte o peso do nosso corpo, o esforço ao nadar é menor do que, por exemplo, ao correr. Mas a água é quase 800 vezes mais densa do que o ar, e isso faz com que o movimento corporal exija mais esforço de um nadador do que de um corredor. Portanto, isso é bobagem – há sim muito trabalho muscular dentro d’água.
A natação também leva uma grande vantagem sobre outros esporte pelo fato de não ter impacto, o que evita lesões. Segundo Phil Whiten, diretor da ENTAA (Escola de Natação para Treinadores Associados da América), o índice de contusões no esporte aquático é de menos de 5%. Quanto mais envelhecemos, mais problemas temos em nossas articulações e mais vulnerável nos tornamos aos esportes de impactos.
Veja a história de Dr. David Costill – um cientista/fisiologista de renome – fora dos laboratórios. Na faculdade ele era um nadador comum que, após a formatura, decidiu largar a piscina e começar a praticar corrida. E assim foi por anos, até que, com 47, David deixou de correr por conta de problemas no joelho e voltou a nadar. Uma vez na água ele não sentiu mais as dores nos joelhos, começou a participar de competições e passou a nadar mais rápido do que na época da faculdade. David quebrou recordes nacionais em sua categoria e é uma prova dos benefícios que a natação nos proporciona.
Outro ponto que faz do esporte irresistível para quem procura boa forma e ótima saúde é o fato de ele provavelmente estar associado com o aumento da expectativa de vida de seus praticantes. Um estudo feito na Carolina do Sul em 2009 analisou os hábitos e seus resultados na vida de 40 mil homens entre 1971 e 2003. Muitos deles praticavam caminhada, outros corrida, alguns tantos nadavam e 40% desses moços não faziam nada, nadinha – ou seja, praticavam o sedentarismo clássico. Depois os pesquisadores do estudo, coordenados por Steven Blair (doutor em Educação Física, fisiologista do exercício e chefe do Instituto Cooper), neutralizaram fatores como idade, tabagismo e histórico familiar de doenças cardíacas para  descobrir que os nadadores tinham 53% menos chance de morrer, por qualquer motivo que seja, em relação aos homens sedentários e 49% em relação aos corredores.

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