São Paulo - O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, foi recebido como herói nesta quinta-feira, 14, por cerca de 50 manifestantes durante o lançamento do livro Bem Vindo ao Inferno: a História de Vana Lopes – a vítima que caçou o médico estuprador Roger Abdelmassih em São Paulo.
Moro esteve na cidade que em março e abril registrou as maiores manifestações contra a presidente Dilma Rousseff porque sua mulher, Rosângela Wolff Moro, assina o prefácio da obra.Convocado pelas redes sociais por grupos de oposição a Dilma, entre eles Vem Pra Rua, Brasil Livre, Revoltados On Line e Acorda Brasil, o ato de apoio na livraria, em um conjunto comercial da Avenida Paulista, deixou o juiz federal do Paraná visivelmente constrangido.
Moro entrou discretamente pela garagem, mas ao chegar à livraria com a mulher foi cercado por dezenas de manifestantes e jornalistas.
Flores brancas foram distribuídas por jovens e senhoras vestindo roupas com as cores do Brasil. O local foi decorado com cartazes e faixas que pediam o “Fora Dilma” e exaltavam o juiz: “Moro: herói nacional”.
Os manifestantes cantaram duas vezes o Hino Nacional e puxaram palavras de ordem com o nome do juiz, que respondia acenando timidamente. Em alguns momentos, o juiz cedeu ao pedido dos fãs e posou para selfies. Diante do assédio da imprensa, disse apenas que “é importante ter o apoio da população”. Questionado se considera-se um herói nacional, fez uma careta com o rosto que respondeu: “Não me considero”.
Espremido entre manifestantes, o estudante Leandro Mohallem carregava um cartaz escrito “Je suis Moro”.
Estadão
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