A repercussão mundial do Inhotim – único museu do mundo que reúne botânica e arte contemporânea no mesmo espaço, em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte – é muito positiva em sua história. E esse empreendimento exitoso, que tem muitas vantagens, de acordo com o diretor executivo Antonio Grassi,abriga também outro aspecto desconhecido da maioria: “É que poucas pessoas entendem as dificuldades que Inhotim passa. Veem a imagem de sucesso, o que é bom, mas, ao mesmo tempo, esse processo é muito difícil”, analisou Grassi, diante dos desafios financeiros do instituto, que tem um orçamento anual de R$ 42 milhões.
A bilheteria do Inhotim, que bateu seu recorde neste ano em uma quarta-feira de julho, com quase 12 mil pessoas, não garante a manutenção da instituição artística. Aliás, essa não é uma realidade somente no museu mineiro fundado por Bernardo Paz há uma década. “No Louvre, que é o mais visitado do mundo e que chega a ter 12 milhões de visitantes por ano, a bilheteria corresponde a 20% da manutenção”, contou Grassi durante evento da CBMM, uma das parceiras do instituto.
Assim, a atuação tem sido em duas frentes: a criação de uma entidade jurídica chamada “nonprofit” (sem fins lucrativos) para fazer o trabalho de captação de recursos internacionais. “Estamos abrindo uma nonprofit fora do Brasil, sediada na Alemanha, mas que transita por toda a Europa para fazer a captação de recursos lá fora”, explicou Grassi.
Essa nonprofit também abre um diálogo com o poder público. “O governo alemão, por exemplo, dá incentivos fiscais para alguns investidores em países em desenvolvimento. Lá (na Alemanha) tem um abatimento de imposto de renda de 48%”, contou Grassi.
A ideia é começar os trabalhos de captação no ano que vem. Grassi e Bernardo até estiveram recentemente na Alemanha, onde fizeram várias reuniões para tratar dessa questão. “Já tem um escritório de advocacia que está fazendo o formato dessa nonprofit para que o governo alemão também autorize”. A atuação é tanto para a captação de recursos financeiros como para doação de obras.
“Temos várias obras de artistas que nos doam,mas para trazê-las é complicadíssimo: o imposto é uma fortuna, e tem que produzir o pavilhão em Inhotim. Temos obras de Anish Kapoor e de Olafur Eliasson, artistas importantes internacionalmente, esperando isso”, apontou Grassi.
Patronos. Outra medida é a criação de um círculo de patronos, que amplia a ideia do programa Amigos do Inhotim, para doações. “Neste trabalho fizemos um levantamento que mostrou que no Moma (museu), em Nova York, tem mais de 400 doadores patronos brasileiros. A maioria não coloca dinheiro aqui. Então, o trabalho é desenvolver esse círculo”, contou Grassi.
O novo desenho – em fase de construção, mas que entra em ação em 2017 – terá a participação de artistas que têm história com o Inhotim. “Além do nome no mural a gente dá uma obra de um artista de Inhotim (ao doador). O primeiro ciclo tem uma variação de R$ 30 mil que inclui a obra”, explicou Grassi, sobre o projeto voltado para a captação física no Brasil.
A bilheteria do Inhotim, que bateu seu recorde neste ano em uma quarta-feira de julho, com quase 12 mil pessoas, não garante a manutenção da instituição artística. Aliás, essa não é uma realidade somente no museu mineiro fundado por Bernardo Paz há uma década. “No Louvre, que é o mais visitado do mundo e que chega a ter 12 milhões de visitantes por ano, a bilheteria corresponde a 20% da manutenção”, contou Grassi durante evento da CBMM, uma das parceiras do instituto.
Assim, a atuação tem sido em duas frentes: a criação de uma entidade jurídica chamada “nonprofit” (sem fins lucrativos) para fazer o trabalho de captação de recursos internacionais. “Estamos abrindo uma nonprofit fora do Brasil, sediada na Alemanha, mas que transita por toda a Europa para fazer a captação de recursos lá fora”, explicou Grassi.
Essa nonprofit também abre um diálogo com o poder público. “O governo alemão, por exemplo, dá incentivos fiscais para alguns investidores em países em desenvolvimento. Lá (na Alemanha) tem um abatimento de imposto de renda de 48%”, contou Grassi.
A ideia é começar os trabalhos de captação no ano que vem. Grassi e Bernardo até estiveram recentemente na Alemanha, onde fizeram várias reuniões para tratar dessa questão. “Já tem um escritório de advocacia que está fazendo o formato dessa nonprofit para que o governo alemão também autorize”. A atuação é tanto para a captação de recursos financeiros como para doação de obras.
“Temos várias obras de artistas que nos doam,mas para trazê-las é complicadíssimo: o imposto é uma fortuna, e tem que produzir o pavilhão em Inhotim. Temos obras de Anish Kapoor e de Olafur Eliasson, artistas importantes internacionalmente, esperando isso”, apontou Grassi.
Patronos. Outra medida é a criação de um círculo de patronos, que amplia a ideia do programa Amigos do Inhotim, para doações. “Neste trabalho fizemos um levantamento que mostrou que no Moma (museu), em Nova York, tem mais de 400 doadores patronos brasileiros. A maioria não coloca dinheiro aqui. Então, o trabalho é desenvolver esse círculo”, contou Grassi.
O novo desenho – em fase de construção, mas que entra em ação em 2017 – terá a participação de artistas que têm história com o Inhotim. “Além do nome no mural a gente dá uma obra de um artista de Inhotim (ao doador). O primeiro ciclo tem uma variação de R$ 30 mil que inclui a obra”, explicou Grassi, sobre o projeto voltado para a captação física no Brasil.
Incentivo. De acordo com o diretor executivo Antonio Grassi, Inhotim pode captar, pela Lei Rouanet, R$ 30 milhões. “Mas normalmente isso fica na metade, o que é um problema”, diz.
INVESTIMENTO
Hotel ficará pronto no final de 2017
Numa parceria com a rede de resorts de luxo Txai, o Inhotim terá um hotel pronto no final de 2017. “Costumo evitar falar data quando se fala de obra, mas a expectativa é até lá”, disse Antonio Grassi.
Nessa primeira etapa serão 48 bangalôs. “Mas a ideia deles (Txai) é ampliar e fazer mais. Essa estratégia de negócios de hotéis é uma boa alternativa para a sustentabilidade”, analisou Grassi, que não soube falar o preço da diária. O investimento no negócio é feito pelo Txai.
Com 540 funcionários, Grassi disse que não houve ampliação do museu neste ano, apenas a renovação de galerias temporárias. Da área total de 1.100 hectares, 140 hectares são abertos para visitação.
Nessa primeira etapa serão 48 bangalôs. “Mas a ideia deles (Txai) é ampliar e fazer mais. Essa estratégia de negócios de hotéis é uma boa alternativa para a sustentabilidade”, analisou Grassi, que não soube falar o preço da diária. O investimento no negócio é feito pelo Txai.
Com 540 funcionários, Grassi disse que não houve ampliação do museu neste ano, apenas a renovação de galerias temporárias. Da área total de 1.100 hectares, 140 hectares são abertos para visitação.
O Tempo
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