Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em gestão escolar, fala sobre como os pais e professores podem ajudar nesses casos
CURITIBA, 15/07/2020 – Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é um transtorno mental que acomete mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Transtornos psiquiátricos, perda de um ente querido, crises na família e épocas de isolamento social, como a que estamos vivendo atualmente, são alguns dos fatores que podem desencadear o transtorno, seja em adultos ou crianças.
De acordo com Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em gestão escolar, uma criança pode ficar tão deprimida quanto um adulto, o que muda é a forma como é interpretado este comportamento. “Pais e professores devem estar sempre atentos ao comportamento e as emoções da criança”, afirma. Ouvir as histórias, perguntar como foi o dia e tentar entender a mudança repentina de humor e atitudes são algumas das dicas para resolver o problema da melhor maneira possível.
No caso das aulas virtuais, crianças com quadro depressivo necessitam de uma ajuda extra para encontrar o prazer em estudar. “O professor deve estar atento ao que acontece durante a aula, dando atenção e incentivando cada um de acordo com suas necessidades”, explica. Para Ana Regina, a atuação da equipe pedagógica também é de suma importância em todo esse processo. “O trabalho com essa criança tem que ser em conjunto. Precisamos articular para que ela se sinta confortável em todas as áreas, assim como estar atentos aos efeitos que esse trabalho vem causando. Só assim vamos conseguir possibilitar a recuperação efetiva da criança com depressão”, detalha.
Para os pais e responsáveis, as medidas são as mesmas: ter um olhar mais carinhoso e cauteloso, a fim de ajudar a criança no desenvolvimento de seu autoconceito em relação aos outros. “As crianças precisam de muita atenção. Elogie e incentive quando ela estiver fazendo alguma coisa. Ela precisa entender que é importante, que tem pessoas que gostam dela, que a respeitam e querem seu bem”, completa a especialista.
Ana Regina Caminha Braga
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