Segundo o Professor Doutor Fabiano de Abreu, crianças são as mais afetadas já que entram em contato com celulares desde cedo
Quais são os efeitos a longo prazo do uso excessivo da internet? De acordo com o neurocientista Doutor Fabiano de Abreu, o uso inadequado das redes reduz a inteligência, diminui o foco atencional e prejudica o processo de memorização. Em seu artigo publicado na revista científica Ciencia Latina, o especialista em neurociência detalha o impacto das redes nas capacidades cognitivas individuais e na sociedade como um todo.
Há justificativas científicas para a internet ser tão viciante: “as experiências virtuais, com destaque ao uso das redes sociais, são moldadas para proporcionar prazer ao usuário”, explica Fabiano de Abreu. “Conforme a pessoa navega e sente prazer, o cérebro libera hormônios associados ao bem estar, como endorfina e dopamina. Esse prazer momentâneo condiciona as pessoas a usarem cada vez mais as redes sociais, culminando em uma prática viciosa onde o cérebro busca cada vez mais dopamina”, pontua o neurocientista.
O ciclo vicioso do uso da internet não envolve apenas prazer: a longo prazo, o indivíduo passa a sentir também ansiedade - seja por buscar por mais prazer com as redes ou por não obter o prazer esperado: “ o ciclo de realização nos coloca em uma ansiedade que prejudica a atenção e provoca a ausência de foco. Com isso, não há memorização e sem memorização, não há aquisição de conhecimento. Com menos conhecimento, nos tornamos menos inteligentes”, afirma o Dr. Fabiano de Abreu.
De acordo com o neurocientista, as crianças são as mais afetadas pelo mau uso da internet: “cada vez mais cedo as crianças passam a ter contato com tablets e celulares. Isso faz com que elas sejam as mais prejudicadas. Uma evidência disso é que cresce continuamente a quantidade de jovens que apresentam dificuldade para tarefas de leitura e memorização”, constata o neurocientista Fabiano de Abreu.
Em seu estudo, o especialista em neurociência defende que é necessário que sejam tomadas medidas para reverter esse processo: “se nada for feito, a inteligência humana será reduzida consideravelmente com o decorrer dos anos e isso será passado para as próximas gerações”, constata o Dr. Fabiano de Abreu. Além dos impactos cognitivos, o neurocientista adverte que o uso excessivo de internet pode prejudicar a saúde psicológica e emocional, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças como ansiedade e depressão.
Mal uso da internet diminui a inteligência dos indivíduos
Acostumados com a “informação de fácil acesso”, crianças cada vez mais apresentam dificuldade em tarefas de leitura e investigação
Quais são os efeitos a longo prazo do uso excessivo da internet? De acordo com o meu artigo publicado na revista científica Ciencia Latina, o uso inadequado das redes reduz a inteligência, diminui o foco atencional e prejudica o processo de memorização. No artigo “Internet hace que la gente sea menos inteligente”, detalho o impacto das redes nas capacidades cognitivas individuais e na sociedade como um todo.
Há justificativas científicas para a internet ser tão viciante. As experiências virtuais, com destaque ao uso das redes sociais, são moldadas para proporcionar prazer ao usuário. Conforme a pessoa navega e sente prazer, o cérebro libera hormônios associados ao bem estar, como endorfina e dopamina. Esse prazer momentâneo condiciona as pessoas a usarem cada vez mais as redes sociais, culminando em uma prática viciosa onde o cérebro busca cada vez mais dopamina.
O ciclo vicioso do uso da internet não envolve apenas prazer: a longo prazo, o indivíduo passa a sentir também ansiedade - seja por buscar por mais prazer com as redes ou por não obter o prazer esperado. O ciclo de realização nos coloca em uma ansiedade que prejudica a atenção e provoca a ausência de foco. Com isso, não há memorização e sem memorização, não há aquisição de conhecimento. Com menos conhecimento, nos tornamos menos inteligentes.
Nesta conjuntura, as crianças são as mais afetadas pelo mau uso da internet, já que elas entram em contato com tablets e celulares de forma cada vez mais precoce. Isso torna esse grupo o mais prejudicado. Uma evidência disso é que cresce continuamente a quantidade de jovens que apresentam dificuldade para tarefas de leitura e memorização.
Em meu estudo, ressalto a necessidade de que sejam tomadas medidas para reverter esse processo. Se nada for feito, a inteligência humana será reduzida consideravelmente com o decorrer dos anos e isso será passado para as próximas gerações. Além dos impactos cognitivos, o uso excessivo de internet pode prejudicar a saúde psicológica e emocional, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças como ansiedade e depressão.
Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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