terça-feira, 26 de abril de 2022

Dani Borges dá dicas de nutrição e suplementação para os três primeiros meses de gestação

Dani reconhece que nesse primeiro trimestre de gestação algumas coisas precisam ser melhoradas.

Todos já sabem que a atleta, nutricionista, modelo, health coach e educadora física Dani Borges está grávida do primeiro filho. E mesmo já seguindo uma dieta rica em alimentos saudáveis, Dani reconhece que nesse primeiro trimestre de gestação algumas coisas precisam ser melhoradas. Para ajudar você que também está passando por esse processo, a profissional vai compartilhar boas dicas de nutrição.

Segundo a nutricionista, nos três primeiros meses o bebê está na fase do desenvolvimento, por isso é tão importante uma boa nutrição para a mãe e o bebê.  Além de aumentar as calorias consumidas pela mãe, também é necessário aumentar o consumo, principalmente de carboidratos, para nutrir o feto, já que essa é a principal energia que ele utiliza.

“Também é preciso aumentar um pouco de gordura, proteína, mas sempre dando preferência a alimentos bons. Nesse primeiro momento é ideal que a mãe aumente a ingestão de 300 a 500 calorias a mais no consumo diário”, orientou Dani.

Entre os alimentos que devem ser consumidos pelas gestantes e também fazem parte da dieta da Dani, estão: arroz e macarrão integral, aveia, batata doce, frutas como mamão, ameixa, morango, abacaxi e uva. “Eu aconselho evitar o consumo de alimentos crus, como carnes, peixes e ovos, pois há o risco de contaminação por toxoplasmose ou salmonela”, aconselhou.

Já em relação às vitaminas, a nutricionista afirma que é essencial a suplementação com ácido fólico, pois ele tem um papel importante no processo de multiplicação celular do tubo neural da criança, ajudando na parte reprodutiva da gestação e lactação e formação de anticorpos.  “Essa suplementação é necessária, pois somente com a alimentação não é possível suprir a falta de ácido fólico. Essa é uma das vitaminas mais importantes para o bebê”, alertou a nutricionista.

Outra vitamina importante é o ferro e muitas grávidas têm deficiência dessa vitamina. A carência de ferro durante a gestação, além de levar a anemia, pode aumentar o risco de parto prematuro, entre outras complicações.

“Sugiro que conversem com o obstetra para saber qual a melhor suplementação, porque nessa fase também é normal ter um pouco de constipação intestinal e existem medicamentos ricos em ferro que ajudam a soltar o intestino”, aconselhou.  

A vitamina C também é citada por Dani, como importante para as gestantes. Ela pode ser intensificada no organismo com a ingestão de alimentos como: tangerina, laranja, abacaxi, morangos, pois são ricos em vitamina C.

Já a vitamina A é importante nos processos metabólicos que ocorrem no corpo, como diferenciação celular, parte visual do feto, crescimento e reprodução e o sistema imunológico. “Nesse caso também é preciso a suplementação. Para melhorar com a alimentação, sugiro a ingestão de um bife de fígado semanal”, orientou a nutricionista.

A vitamina D é importante para todas as pessoas, mas na gestação Dani conta que é preciso diminuir a exposição ao sol, sendo necessária a suplementação. “A deficiência dessa vitamina pode estar associada à distúrbios da redução da mineralização óssea. Essa deficiência pode fazer com que a criança nasça com ossos fracos e aumente o risco de fraturas”, afirmou.

Segundo Dani, na nutrição tudo depende da formação biológica de cada pessoa, portanto cada situação precisa ser analisada de maneira individual.  

Essa foi a primeira série com dicas saudáveis fornecidas pela Dani Borges para as gestantes. O conteúdo será disponibilizado semanalmente no Instagram e Youtube.

Sobre Dani Borges

Dani Borges é uma atleta Fitness WBFF PRO, nutricionista, modelo, health coach e educadora física. Como influenciadora digital, tem mais de 410 mil seguidores e posta dicas de motivação, alimentação saudável, receitas e treinos.

Como nutricionista, atende em seu consultório no Brasil e online através das plataformas digitais.


Fabiano de Abreu 
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Gestão geral grupo MF Press Global 

Cuidado com a saúde mental pode ajudar atletas? Estudo revela habilidades cognitivas podem ser desenvolvidas

Estudo foi publicado na revista multidisciplinar Ciência Latina e traz dados surpreendentes sobre preparação mental de atletas.


Um estudo publicado pela revista multidisciplinar Ciência Latina revela que quanto antes os atletas tratarem saúde mental maior é a chance de desenvolverem habilidades cognitivas e como esse processo acontece. O trabalho foi desenvolvido pelo filósofo e especialista em desempenho do futebol, Lincoln Nunes e resultou da sua formação em psicanálise na Logos University International (UniLogos). O trabalho teve como orientador o PhD neurocientista e mestre em psicanálise Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

No estudo, o psicanalista afirmou que há uma equação entre causa e consequência de atitudes dos jogadores, dentro e fora das suas áreas de atuação.
 
“A ‘equação’ desenvolvida tem a seguinte fórmula: I + M + E = R. Ou seja, Indivíduo, meio, esporte e, claro, a resposta. Então, se o jogador sabe lidar com o estímulo de forma positiva, consequentemente, a resposta será positiva. A chave está na questão de lidar com um estímulo numa brecha de segundos. Tudo isso pode ser aprendido e armazenado através das sessões de aprendizagem mental/comportamental e logo faz parte da rotina de treinos do atleta”, disse.
 
O estudo também apresenta bases da metodologia que comprova o uso aplicado de diversas áreas, como: Psicanálise em conjunto à Filosofia e Psicologia Educacional (Sigmund Freud e Skinner) nos âmbitos das variantes das escolas de aprendizagem e da Fisiologia e Psicologia esportiva (Bradford Cannon, Pilay e Dweck), geram resultados acima da média para os atletas passaram pelas sessões e foram orientados através das bases desta pesquisa e de seu modelo amplo educacional adaptativo.

Conforme Lincoln, o trabalho foi realizado com base na comparação da evolução de performance no contexto do futebol, a partir da análise de atletas que convivem com alto nível de pressão diária e, consequentemente, irregularidades no quesito desempenho.

O psicanalista concluiu que a possibilidade da conexão multidisciplinar entre diversas áreas e pesquisas científicas auxiliam os atletas no seu na manutenção e aumento do seu rendimento esportivo fundados em um mental fortificado.
 
Sobre Lincoln Nunes

Criador do Método Atleta de Elite, filósofo, psicanalista e especialista em performance esportiva. Com inúmeros cases de sucesso, Lincoln Nunes já atendeu atletas olímpicos como Guilherme Costa, estrelas do futebol europeu e nacional como Philippe Coutinho, Emerson Royal, Artur Victor, e Pedro Rocha e lutadores do UFC como Pedro Munhoz, Edsonq as Barboza Jr, dentre outros.


Fabiano de Abreu 
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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Francisco Santiago: a mão pesada do promotor dos quase 3 mil júris

 Santiago é uma metonímia metafísica de grande parte do judiciário brasileiro-justiceiro, aclamado, herdeiro e experiente em levar à cadeia quem acredita merecer

Por LUCAS NEGRISOLI | @LUCASNEGRISOLI
05/01/22 - 06h00


No Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, pouco antes do início de um tribunal do júri que julgaria uma mulher acusada de ter assassinado um amigo por envenenamento, o plenário, já composto, aguardava o promotor. Fazia calor na manhã daquele dia e, o dito cujo, Francisco Assis Santiago, hoje com 71 anos, chegou atrasado à sessão.

A ré, conforme o promotor, estava com cabelo amarrado, “roupa de homem”, chinelo de dedo, uma touca na cabeça e sentada na tribuna. A mulher costumava fazer chá com plantas, mas uma das doses, alegava a acusação, levou à morte do amigo. Na memória de Santiago, ou Chico Preto, como é conhecido o promotor, a sentença ou os trâmites não foram o quê do ocorrido. 

“Fui para o júri, mas xinguei, xinguei demais da conta, ofendi a mulher, de bandida, não sei o quê”, relata, narrando parte da sessão daquele dia. Depois das tratativas, em conversa com os jurados na porta do Fórum, “sai uma loira, bonitona, com vestido curto, cabelo bonito”, continua. “Mas quem é essa mulher?”, perguntou o promotor aos presentes. “É a ré que você acabou de xingar no júri”, responderam.

Santiago conta que o juiz entendeu que a mulher estava com “roupas não compatíveis” para o tribunal, e deu a ela vestes para cobrir o corpo. “Quando ela saiu de lá de sapato alto, vestido curto... não podia ter xingado essa mulher não”, termina o promotor, rindo da situação. 

Décimo primeiro filho de uma família com 12, Francisco Santiago, que na virada da década passada ganhou a alcunha de “o homem dos 1.000 juris”, é uma das figuras mais presentes no sistema judiciário mineiro e, até 2021*, contava com cerca de 2.300 sessões do tipo no currículo. Praticamente, dos casos de grande repercussão que ocorreram nas últimas décadas, apenas o que envolvia o ex-goleiro Bruno não teve a presença de Santiago.

Com causos, autos e arautos marcados na carreira, sua figura magra, grisalha e barbuda, junto à voz rouca, escorregada, esconde a mão pesada, anti-foucaultiana e punitivista que vive no escape do paletó cinzento. Pena de morte, redução da maioridade penal, e descrença na possibilidade de reabilitação de alguns criminosos para voltarem à sociedade formam o pensamento de justiça de Santiago. “Receber a reprimenda pelo seu ato. Isso é justiça”, defende. Santiago é uma metonímia metafísica de grande parte do judiciário brasileiro – justiceiro, aclamado, herdeiro e experiente em levar à cadeia quem acredita merecer.

Filho do desembargador Assis Santiago, irmão de desembargadores, médicos, jornalista e uma penca de gente que “se deu bem na vida”, Francisco, desde cedo, percebeu que não poderia deixar um legado aquém daquele trilhado pelos irmãos. O primeiro sonho, frustrado, foi ser médico legista – por duas vezes, ele não passou no vestibular. 

Aos 24 anos, decidiu estudar direito, e foi aprovado no vestibular da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Não foi bom aluno, revela o promotor à Retratos, sem muita vergonha. À época, ele jogava futebol semi-profissionalmente e as principais aulas eram aos sábados e aos domingos – claro conflito de interesse que, por óbvia decisão pela bola, fez com que Francisco ficasse quase uma década cursando direito. Posteriormente, ele comporia o quadro de dirigentes do América, posto que ainda ocupa. 

Quando se graduou em direito, em 1979, o pai, que era corregedor de Justiça, pressionou o filho para que arrumasse um emprego. Santiago começou uma carreira em um cartório de registro de imóveis, como escrivão juramentado. Todavia, o amor pelo esporte e pelo tribunal de júri nunca saíram de sua mente. Um dos irmãos, repórter, o levava para assistir algumas sessões e, posteriormente, Santiago integrou o júri em alguns casos.

 A reviravolta ocorreu quando estava próximo de completar 40 anos, 11 anos após ter se formado, com dois filhos e uma esposa. Francisco queria estudar para ser promotor de Justiça no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), e, para se dedicar aos estudos, pediu ajuda ao pai. Que prontamente se dispôs. Santiago foi aprovado em 1990 e o primeiro dos milhares de júris em que participou ocorreu naquele ano, em Caratinga, na região do Vale do Rio Doce.

Com 31 anos de carreira como promotor, mais de 40 desde que se formou bacharel em direito e 71 como amante do futebol, Francisco Santiago revela à Retratos que pretende se aposentar “no início de 2022”, que vai escrever um livro com “causos” diversos de sua vida e fala sobre Justiça, a pretensão ao punitivismo e sobre os dois legados que vai deixar – aos filhos, por serem filhos de Francisco Santiago, e ao MPMG, pelo trabalho. 

O senhor sempre foi apaixonado por futebol, e sonhava em ser médico legista. Como acabou chegando à carreira de promotor? 

Sou filho de uma família extensa. Meu pai teve 12 filhos, tornou-se desembargador em 1959, eu tinha 9 anos, e a preocupação dele sempre foi com os filhos, nove homens e três mulheres. Então, essa preocupação foi fazendo eu entender que teria que ter um diploma. Todos meus irmãos tiveram sucesso na vida, dois se tornaram desembargadores, dois médicos, um professor da faculdade de medicina e um jornalista. Não que toda a família conseguiu destaque, mas conseguiu fazer a sua vida, e [eles] tiveram prestígio. 

Eu teria que também ter o meu diploma, mas meu sonho sempre foi ser médico legista. Tentei vestibular de medicina. O primeiro foi em 1970, perdi e tentei também vestibular em cidades do interior. Daí, tinha que tomar o rumo. “Vou fazer direito”, decidi. Não é que o direito seja mais fácil, mas o direito, mas por ter uma família ligada ao direito, fazia sentido. Fiz vestibular, fui aprovado na [Pontifícia Universidade] Católica [de Minas Gerais]. Não fui um bom aluno. Demorei a sair da faculdade. [Na época,] jogava [futebol] semiprofissional, joguei bola 12 anos na Liga do Interior. 

Aí passei no vestibular e comecei a cursar bacharelado em direito. Formei. Meu pai, na época, era corregedor de Justiça e queria que eu trabalhasse também. E, passados aí dois anos, com 26 anos, eu comecei a trabalhar no cartório extrajudicial. Ali, eu fui escrivão juramentado. Casei e aquilo...eu não tinha perspectiva, era ficar a vida inteira no cartório, sujeitando ao baixo salário, porque é uma realidade. E aí, que que eu fiz? Um dia eu cismei e procurei meu pai na casa dele.

Falei: "Pai, vou estudar para concurso, para promotor, vou largar o emprego”.  Eu já tinha dois filhos, tinha 38 anos. Ele me deu todo o apoio. Falou: “não, meu filho, pode fazer o que você quiser. Preocupe com a sua família não, que vou arcar com todas as despesas e você vai ficar só para estudar”. 

Olha, para você ver, o homem com 38 anos, dois filhos, tomava cerveja, jogava bola... Não era a vida compatível com a do estudante, que vai passar no concurso. Aí estudei um ano e meio, tive o apoio da minha família, da minha esposa, principalmente do pai, que, repito, foi o homem ao qual devo tudo, extraordinário.

De onde que veio essa ideia de ser jurado e, depois, trabalhar com o júri?

Meu irmão, o jornalista Miguel Santiago, fazia a cobertura aqui no Fórum. Foi até ele que me escreveu para ser jurado. E eu gostava, vi grandes promotores, vivi uma época de ouro no Ministério Público, de promotores do júri com Cabral Neto, Severino Flores e Gaspar Nogueira. Tinha uma admiração muito grande pelo trabalho dos três, mas particularmente o meu ídolo era o Gaspar Nogueira. A facilidade para falar, era muito culto, os outros também, mas Gaspar chamava atenção. 

Anos depois, meu milésimo júri foi em Ribeirão das Neves, porque o fórum lá, tem o nome do meu pai – desembargador Santiago. Ele me incentivou a me achar no concurso. Então, nada mais justo do que eu fazer o milésimo no fórum que tem o nome dele. Foi uma das maiores emoções que tive.

Lembra qual foi o processo?

Foi um crime de homicídio simples, rotineiro. Foi um júri de fazer, mas a emoção de estar ali, pisando naquele fórum, com o nome de meu pai. 

O senhor disse que era um mau aluno na faculdade. Por quê?

Eu demorei dez anos para sair da faculdade. Não ía lá, jogava bola, recebia porque era semiprofissional... tinha a cabeça voltada para o futebol. Era apaixonado por jogar bola. Ía pouco às aulas. E tinha matéria que eu não gostava – processo civil, por exemplo. Dei azar que as aulas eram sexta e sábado. Já não gostava, então... Era tão relapso que nem colei grau. Só depois que passei no concurso do MPMG fui ver se realmente tinha me formado, e tinha. Minha vida estudantil foi falha. Meus colegas até falam: “ô Chico, como é que você conseguiu ser um promotor de prestígio sendo um péssimo aluno?”. Pois é, estudei na hora certa. Estudei quando precisei. 

Como nasceu a paixão pelo futebol?

Em 1957, assisti América e Democrata, quando [o Coelho] foi campeão mineiro, tríplice coroa. Meu pai era americano, meus irmãos, a maioria, eram americanos. Com isso, tive a paixão pelo América. Cheguei até a tentar jogar no juvenil do América, mas meu pai descobriu e não deixou. Depois comecei a jogar bola lá...

Meio escondido?

Depois ele viu que tinha que ver meus avós [na cidade onde viviam], ganhava meu dinheirinho. Um dia, falei que meu sonho era ser presidente do América. E consegui. Por que eu entrei na direção do América? Teve uma época, que teve um crime em que a modelo Cristiane Aparecida Ferreira [assassinada por um ex-detetive com quem ela namorava, preso no ano passado], que esteve envolvido pessoal do Palácio da Liberdade, da Cemig. 

Comecei a fazer minhas investigações. Um dia, dando entrevistas, a imprensa não saía da minha sala (que é decorada inteiramente com ornamentos em homenagem ao time mineiro), e o presidente do América à época, Afonso Celso, viu isso um dia. “É americano mesmo! Tem que fazer parte da direção”, me disse. Fui lá como assessor dele, depois fui diretor, depois vice-presidente, depois para o Conselho. Cumpri o meu sonho. Se não foi como médico legista, foi com o América. 

Como você enxerga o América hoje?

O América tem uma condição melhor pelo seguinte: todos os dirigentes são americanos. Ninguém precisa do América. Trabalhamos para o bem do América. Temos uma administração séria, ninguém tem a vaidade de dizer que é vice-presidente, diretor. O América, no nosso centenário, disse que “o América é para poucos”. Pessoal dizia que era um time grande, para todos, enfim, discutiram isso. É um time grande, sim. Mas o América é para poucos: aqueles que querem o América, que servem ao América.

O América vai virar o maior time de Minas?

Vai virar, não. O América é o maior clube de Minas. 

O senhor participou, praticamente, de todos os casos de grande repercussão em Minas. Quais momentos mais te marcaram, para bem ou mal, durante a carreira?

Os júris de repercussão não tive decepção não. Alguns júris marcam a gente. Eu trabalhei em 139 comarcas no interior [de Minas Gerais]. Alguns casos de alta repercussão, o caso da modelo em Coronel Fabriciano me chamou atenção. Um caso em Nova Era, onde fui promotor durante 10 meses, de um casal, que a mulher mandou matar o marido. Ele não morreu. E, depois de uma audiência que tivemos na sexta-feira, no dia seguinte, juntamente com o pistoleiro, ele matou a mulher. Esse caso foi de extrema repercussão. Tiveram casos que me trouxeram preocupação, com ameaça de morte, isso tudo aconteceu – mas estou aí vivo, com 71 anos.

Se um cara está há 28 anos como promotor do júri e não tiver uma ameaça, ele é ruim. Não tive medo [das ameaças], porque se tivesse eu sairia e ia fazer outras coisas. Recebi por telefone, por carta. Tem um traficante que matou um colega do tráfico, um mês depois ele voltou a julgamento por ter queimado a mulher dele com cigarro e depois matado ela. Na tribuna, ele disse que ia me matar.

Como você enxerga o papel do tribunal do júri hoje?

Sempre acreditei no tribunal do júri. É a sociedade que julga seu semelhante, seus pares. Depende do trabalho do policial civil ao encaminhar o inquérito. Depende do Ministério Público em oferecer a denúncia. Do juiz ao receber a denúncia, e o julgamento. O julgamento, que nada mais é do que a transposição das provas do processo para a decisão da sociedade. Se a prova estiver bem-feita, se o promotor trabalhar bem, se a defesa trabalhar bem, vamos ter, certamente, uma decisão justa.

Enganam-se aqueles que dizem que temos “injustiças”, ou erros no judiciário. Toda vez citam um mesmo julgamento. Não existe uma sequência de erros. É muito pouco, é ínfimo. Acredito na decisão, desde que ela seja embasada no trabalho ético das partes. São decisões que, certamente, quando se recorre, o tribunal referenda essa decisão.

Fala-se da pena de morte... “Não pode ter pena de morte porque têm erros”. Eu defendo a pena de morte. Talvez o único promotor que seja a favor. Não temos que pegar a pena de morte como uma norma. Temos condições e crimes que se impõem a pena de morte. Um cara que abusa e mata uma criança de quatro anos. Ele vai se regenerar quando? Não acredito que ele vai se regenerar. Nunca. Vai ser eternamente um bandido. O crime é grave, a situação é provada. Porque dar a ele [uma pena] de 12 anos, que ele vai sair com cinco anos. A pena de morte não é como castigo, não. A pena de morte é como uma sanção impostas a crimes de grande gravidade.

Quais crimes seriam esses?

Tráfico de drogas. O tráfico é que encaminha para outros crimes. Uma criança entra como avião, o que que ele vai ser na frente? Vai fazer escola. O tráfico vai encaminhar crianças, adolescentes, adultos, a crimes mais graves. A pena de morte existe, é fechar os olhos. [Existe] lá no meio deles. Cito aí o caso de Tim Lopes. Foi capturado, foi julgado, e morto. Por que só de um lado? Sei que depende de uma alteração na Constituição.

Mas não há uma pena de morte “dos dois lados”, como você citou? Dou como exemplo a chacina no Jacarezinho, que deixou 28 mortos, dos quais ao menos 13 não eram investigados. Os policiais julgaram e mataram. Como você enxerga isso?

Conheço a notícia pela imprensa. É muito difícil fazer uma avaliação sem estudar o processo. Mas só te falo uma coisa: quando a polícia for combater o tráfico, o crime, a violência, ela não pode, nunca, levar flores. Quantas vezes vemos crianças, jovens, adultos, empunhando armas. Eles estão dispostos. Será que a polícia só tem que morrer? Eu não posso dizer se foi certo ou errado nesse episódio [do Jacarezinho].

Dou um exemplo em julgamento que é muito importante. Quando o rio vermelho passa longe de você, você tem um ponto de vista. Que é o rio vermelho? É o banho de sangue. Quando há um banho de sangue perto de você, atingindo você e sua família, você pensa diferente.

Não gosto de criticar, mas às vezes tenho que falar, esses direitos humanos nossos tomam as dores de todos os crimes que se tem como vítima pessoas à margem da sociedade. Raramente tomam posições a favor da sociedade – que, aí, quero dizer a autoridade policial. É muito bonito hoje se dizer: “sou da esquerda, sou comunista”. Sem saber o que significa isso. 

Fui estudante, estudava no Colégio Marconi, saí para manifestações, mas não sabia, sabia que era contra ditadura, não sabia exatamente o que era a ditadura, mas saía, achava bonito uma camisa vermelha.

Hoje, não. Tenho um conhecimento muito grande. Já não acho bonito. Isso acontece na política, isso acontece no crime. É muito bonito defender bandido, é pouco bonito defender a autoridade.

O senhor é um defensor da diminuição da maioridade penal no Brasil. Como acha que isso deveria ser feito no Brasil?

O cara com 16 anos tem conhecimento do que vem a ser matar, do que vem a ser roubar. Ele pode até eleger um presidente. Por que só ter benefício da idade? Comete um crime, “sou de menor”. Esse “escudo” dos 18 anos é temeroso. Por que não responder pelos seus atos quem pode eleger alguém que vai nos dirigir? Os meninos com 16 anos são pais de família. Constituir uma família, ele pode. Responder pelos seus atos, não? Sou a favor da diminuição [da maioridade penal] e olhe lá, se pode até discutir [idades] menores um pouco...

Qual é o seu conceito de Justiça?

Justiça é uma situação em que você pode repreender alguém que pratica o ilícito capitulado no Código Penal. Se você pratica essa ação, é justo que você venha a responder o que violou um preceito legal. Não é pegar algo que não está previsto. [Se não estiver previsto,] você não faz justiça, mas vingança. Agora, praticar uma ação prevista, é justo que você venha a receber a reprimenda pelo seu ato. Isso é justiça.

Conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 41,5% dos presos no Brasil sequer foram julgados. Como o senhor entende o cenário penal no país?

Aumentou a criminalidade, e o trabalho está sendo pouco. Tem gente trabalhando menos. Processo não dorme no meu gabinete, pronto para dar trâmite. Se se mata mais, e se trabalha pouco, tem um acúmulo. Precisamos dar vazão aos processos. Isso tudo tem que mudar. Tem que ter mais promotores, mais juízes. O criminoso não tem feriado. Aqui, para. A ação é muito grande, o desenvolvimento é muito pequeno.

Nesse sentido, a solução passa pelo fortalecimento do Judiciário. É isso?

Fortalecimento do Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria, enfim, maior agilidade para os profissionais do direito.

O senhor sente que já cometeu algum erro durante algum júri? Já se arrependeu de algo?

Sempre dormi tranquilo. Continuo dormindo tranquilo. Já pedi absolvição. Não tenho arrependimento na minha vida profissional. Sou o vetor que encaminha esse processo à decisão dos jurados. Fui muito criticado no caso do cunhado da Ana Hickmann, porque fui divergente. Estudei o inquérito e cheguei à conclusão de que três tiros na nuca não davam possibilidade de ser uma defesa legítima. Vi naquela ação um excesso doloso. 

Ficaria muito bom para mim [dizer o contrário], iam me elogiar. Fiz diferente porque minha consciência mandou eu fazer diferente. Lutei muito para que fosse a júri. Fui vencido nessa ação. Não gosto de rede social. Meu filho naquele dia pegou comentários de gente até pedindo a minha morte. Filho sente, né? Aí falei: “deixa eu ler um aqui”. Um desses caras disse que eu não deveria entender como homicídio doloso. Ele escreveu homicídio com “o”. Então, taí. Isso não me afeta.

Como o senhor entende o debate contemporâneo de abolicionismo penal, que parte de algo suscitado por Michel Foucault, se consolida com pensadores como Louk Hulsman e Angela Davis?

De que as pessoas não devem ser presas?

Que não deveria existir cadeias, lidar com o crime de outras formas, em suma.

Aí é o fim da humanidade. Ninguém trabalha pelo bem, só se trabalha pelo mal. Até evito essas discussões... é tão distante da realidade. Não entendo. É muito bonito falar bonito daqueles que cometem o crime. Não é muito bonito falar de quem sofre o crime.

O senhor citou que está com mais de 2.000 júris. Acredita que chega em 3.000?

Se eu fosse me aposentar compulsoriamente [aos 75 anos], certamente. Mas pretendo me aposentar no início de 2022. Não tenho a mesma disposição. Fazer júri de ressaca, por exemplo, quantas vezes já fiz. Bebi no domingo e fiz júri na segunda.

No júri de ressaca a mão é mais pesada?

Não, eu bebia é muita água. Fumava dentro do fórum, quando podia. Hoje, nem bebo no dia anterior ao júri.

Qual o legado que o senhor vai deixar após a aposentadoria?

Tenho dois legados. O legado familiar, que vou deixar para meus filhos, a seriedade do trabalho, a honradez de minha vida profissional, que vai dar orgulho a meus filhos quando partir deste mundo. 

O legado da vida profissional é o legado da minha luta pelo Ministério Público. Me deu uma oportunidade de desenvolver o trabalho, seríssimo, que será repassada para a instituição, que é a mais íntegra que tenho conhecimento.

O senhor pretendia escrever um livro contando causos sobre os júris que participou. Ainda há esse plano?

Sim, e também contar da minha vida futebolística. Tem muitos causos. Das andanças de promotor, inusitados. Vou até te contar um. Fui fazer um júri em Jequitinhonha, e lá faz um calor danado. O júri era de manhã, e atrasei um pouco. Quando cheguei ao fórum, o plenário estava composto, a ré estava com o cabelo amarrado, com roupa de homem, chinelo de dedo, touca na cabeça. Ela tinha ministrado um veneno e tinha matado um amigo dela, que ia na casa dela, ela fazia chá de plantas. 

Fui para o júri e xinguei, mas xinguei demais da conta, ofendida a mulher, ofendi, bandida. Acabou o júri, eu estava na porta do fórum conversando com os jurados e saí uma loira, bonita, com vestido curto, cabelo bonito. Perguntei: "Quem é essa daí?”. “Uai, doutor, é a ré que você xingou no júri”, responderam. Ela tinha chegado em trajes não compatíveis para o plenário, o juiz deu uma roupa, e, quando ela saiu com salto alto e vestido curto... não podia ter xingado essa mulher não. 

Lembra de mais algum?

Teve um caso em Araçuaí, de um tio que matou o sobrinho, o tio era um cara rico, poderoso lá. Era tenso, a sociedade local não queria a condenação desse tio, e condenei ele. Xinguei demais o moço, aquele trem todo. Acabou às 2h da manhã, e saí de lá junto com o motorista.

Uma Kombi atrás da gente vinha acelerando. A gente acelerava, ela ia junto. A gente diminuía, ela diminuía. Eu tinha uma garrafa de pinga, parei e tomei um copinho. Aí mandei acelerar esse carro, e parar na contramão, para a Kombi passar do meu lado. Na época, eu andava armado. 

Se o motorista da Kombi fizesse alguma coisa comigo, eu ia atirar nele. Seja o que Deus quiser. O cara parou, a Kombi veio, e para perguntar: “essa estrada vai dar onde?”. “No inferno”, falei. Eu ia dar uma nele, conversei, deu um alívio, tomei mais umas duas pingas, comi queijo, e voltamos.

*Entrevista realizada no segundo semestre de 2021

Jornal O Tempo

Quem são as 15 figuras públicas vivas mais inteligentes do mundo. Veja três brasileiros na lista

Os pontos não definem uma comparação já que há diferentes testes, métodos e cálculos, portanto, o percentil é melhor usado para definir o QI

Montar uma lista com as pessoas mais inteligentes do mundo é uma tarefa que requer uma boa pesquisa e avaliação de testes diversos de QI. Além disso, diversas personalidades deixaram importantes legados para a humanidade com suas descobertas científicas e estudos de grande relevância e nunca fizeram teste de QI que determinasse a pontuação. Para esta avaliação, analisamos dados em pesquisas confiáveis em sites de notícias relevantes em mais de um país. Também avaliamos se a a pessoa pode ser considerada figura pública pela quantidade de notícias, período de permanência na imprensa e o veículo de comunicação veinculado, assim como se possui selo de verificação em sua rede social. O outro método, foi avaliar se a personalidade faz parte de sociedades de alto QI, que não dexariam dúvidas sobre sua pontuação já que, essas sociedades possuem seus próprios métodos para ingresso e são confiáveis. 

Para falar das pessoas mais inteligentes do mundo atualmente é preciso, primeiramente, compreender qual será o parâmetro em que será baseado estes dados. Em testes de QI, as pontuações variam de acordo com o método, o tipo de teste e o cálculo desvio padrão. Ou seja, nem sempre uma pessoa com QI 170 é mais inteligente que uma pessoa de QI 150, visto que esses resultados são obtidos por meio de testagens diferentes. Por isso, a melhor avaliação seria achamada de percentil que tem como pico máximo 99.9.

Muito fala-se de multiplas inteligências, mas a ciência ainda usa testes de QI para definir a inteligência, assim como para fazer estudos de problemas psiquiátricos. Estudos já comprovaram que o QI define a inteligência e tem vínculo com a evolução humana, assim como é o precursor para o desenvolvimento de tipos de inteligência. 

Quem são as figuras públicas vivas mais inteligentes do mundo. 

Conheça na lista a serguir 15 nomes cujos QIs foram testados e comprovados por distintos testes de inteligência com diferentes pontuações. Não temos dados se o cálculo foi desvio padrão 15 ou 24, portanto, faz valer o percentil como referência já que os pontos não definem uma comparação. 

1. Bill Gates (1955-) -  Empresário, inventor e magnata (Estados Unidos) - 160 pontos de QI (99,9 de percentil)

Fundou junto com Paul Allen a Microsoft, a maior e mais conhecida empresa de software do mundo em termos de valor de mercado.

2. Christopher Hirata (1982-) - Cosmólogo e astrofísico (Estados Unidos) - 225 pontos de QI, sua pontuação não tem confirmação definida, podendo ser abaixo da declarada (99,9 de percentil)

Aos 13 anos, ganhou a medalha de ouro em 1996 na Olimpíada Internacional de Física.  Estudou física na Caltech dos 14 aos 18 anos, graduando-se como bacharel em 2001. Fez pesquisas aos 16 anos para o JPL sobre a colonização de Marte e recebeu seu PhD sob a supervisão de Uroš Seljak em 2005 da Universidade de Princeton em Astrofísica (tese: Teoria de Lente Gravitacional Fraca e Análise de Dados). De 2005 a 2007, ele foi professor visitante no Institute for Advanced Study. De 2006 a 2012, foi professor assistente e, em seguida, professor titular na Caltech antes de se mudar para a Ohio State University. Atualmente é professor do Centro de Cosmologia e Física das AstroPartículas da OSU (CCAPP).

3. Fabiano de Abreu Agrela (1981-) - Jornalista, PhD neurocientista, mestre em psicologia, psicanalista, filósofo, antropólogo, biólogo (Brasil e Portugal) - 155 pontos e 188 pontos de QI (99,9 de percentil)

Nascido no Brasil e filho de imigrantes europeus, detém o recorde internacional na criação de personagens como jornalista, tem 8 descobertas na ciência e é um dos maiores especialistas em estudos sobre inteligência. Apresentou 155 pontos em testes com desvio padrão 15 e 188 pontos com desvio padrão 24 (base de cálculo). Ele é membro de 4 sociedades de alto QI, High IQ, Mensa International, Intertel e Triple Nine Society, esta última a mais restrita do mundo só aprovando pessoas com 99,9 de percentil. 

4. Frank Lampard (1978-) - Técnico e ex-jogador de futebol (Inglaterra) - 160 pontos de QI (99,9 de percentil)

Considerado um dos maiores futebolistas de todos os tempos, Lampard foi também um dos maiores ídolos da história do clube inglês Chelsea.

5. Garry Kasparov (1963-) - Escritor e político (Rússia) - 190 pontos de QI (99,9 de percentil)

O mais jovem campeão mundial de xadrez é considerado o melhor jogador de todos os tempos. Já foi candidato a presidente da Rússia.

6. Marilyn von Savant (1946-) - Escritora (Estados Unidos) - 228 pontos de QI (99,9 de percentil)

Marilyn já foi citada no Livro Guinness dos Recordes como a mulher mais inteligente do mundo. (Lembrando que o Guinness não tem acesso a todos os testes de QI, sendo necessário entrar em contato com a revista para avaliação).

7. Roger Rocha Moreira (1956-) - é um músico brasileiro, conhecido por ser o principal idealizador, compositor, guitarrista e vocalista da banda de rock Ultraje a Rigor, além de fazer parte do late-night talk show The Noite com Danilo Gentili. - 172 pontos de QI (99,9 de percentil)


Cursou o primeiro grau (primário e ginásio) no Liceu Pasteur e o segundo grau (colegial) no Colégio Objetivo. Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, cursou até o terceiro ano de Arquitetura, porém, é formado em Língua inglesa pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos e frequentou o Conservatório Dramático e Musical, o Conservatório Musical Brooklin Paulista, o Clam e a Fundação das Artes de São Caetano do Sul, tendo habilidade com a guitarra e a flauta. Roger é membro da Mensa, sociedade de pessoas de alto QI. 

8. Jô Soares (1954 -) - José Eugênio é um humorista, apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator e músicobrasileiro. Apresentou de 1988 a 1999 o Jô Soares Onze e Meia no SBT e de 2000 a 2016 o Programa do Jô na Globo - 156 pontos de QI (99,9 de percentil).

O apresentador e humorista Jô Soares também tem um QI de gênio. Além de ser muito talentoso ao atuar, dirigir, escrever roteiros, livros e peças de teatro.

9. Terence Tao (1975 -) - Matemático (Austrália e China) - 230 pontos de QI (99,9 de percentil)

Professor de matemática na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Aos nove anos, ele já tinha aulas de matemática de nível superior, e, aos 20, recebeu o título de Doutor da Universidade de Princeton.

10. Kim Ung-yong (1962 -) – Engenheiro (Coréia do Sul) – 210 pontos de QI (99,9 de percentil)

Kim foi um estudante convidado de física na Universidade Hanyang dos 4 aos 5 anos de idade, sendo aos 8, convidado pela NASA para terminar seus estudos nos Estados Unidos. Fez doutorado em física pela Universidade Estadual do Colorado, antes de completar 16 anos de idade. De volta a Coreia do Sul, hoje reside atualmente, é autor de diversos artigos.

11. Rowan Atkinson (1955 -) - O ator conhecido por dar vida ao personagem Mr. Bean - 178 pontos de QI (99,9 de percentil)

Rowan Sebastian Atkinson é um ator, comediante, dublador e roteirista britânico. Ele é mais conhecido por ser o criador e intérprete do personagem Mr. Bean, que ficou mundialmente famoso pela série de televisão homônima, vencedora do British Academy Television Award e suas duas adaptações para o cinema: Bean e Mr.

12. Philip Emeagwali (1954 -) - Cientista da computação (Nigéria) - 190 pontos de QI (99,9 de percentil)

Ganhou o Prêmio Gordon Bell de 1989 por preço-desempenho em aplicativos de computação de alto desempenho, em um cálculo de modelagem de reservatório de petróleo usando uma nova formulação e implementação matemática.

13. Rick Rosner (1941 -) – Produtor de TV e inventor (Estados Unidos) – 192 pontos de QI (99,9 de percentil)

Produtor de televisão americano conhecido por criar o programa de televisão CHiPs. Desenvolveu uma televisão portátil por satélite em parceria com a DirecTV.

14. Judit Polgár (1976 -) – Jogadora de Xadrez (Hungria) – 160 pontos de QI (99,9 de percentil)

Considerada a jogadora de xadrez mais forte de todos os tempos. Foi a primeira mulher a vencer o então campeão mundial Garry Kasparov.

15. James Woods (1947 - ) Ator (Estados Unidos) - 180 pontos de QI (99,9 de percentil)

A crítica especializada o considera um dos mais atuantes e brilhantes atores do cinema americano.

Teste de QI

O teste de QI mais utilizado no mundo é o WAIS. Nele, são feitos a maioria dos estudos em relação a média do QI mundial em cada país. Confira a média geral de QI em alguns países do mundo, em pontos e percentil, desvio padrão 15:

  • Brasil: 87 pontos, percentil 19,30;
  • Portugal: 95 pontos, percentil 36,94;
  • Argentina: 96 pontos, percentil 39,48;
  • Itália: 102 pontos, percentil 55,30;
  • Alemanha: 102 pontos, percentil 55,30;
  • Espanha: 99 pontos, percentil 47,34;
  • França: 98 pontos, percentil 44,69;
  • Estados Unidos: 98 pontos, percentil 44,69;
  • China: 100 pontos, percentil 49,99;
  • Reino Unido: 100 pontos, percentil 49,99;
  • Angola: 68 pontos, percentil 1,64;
  • Moçambique: 64 pontos, percentil 0,81;
  • Japão: 105 pontos, percentil 63,05;
  • Hong Kong e Coréia do Sul: 106 pontos, percentil 65,54;

Para se determinar quem são os mais inteligentes do mundo, o critério aqui adotado será aqueles que possuem o percentil acima de 99, que é o maior registro que se pode atingir neste critério, independente de outros testes. Basta ver exemplos históricos como Leonardo da Vinci e Einstein, por exemplo, que tiveram suas inteligências avaliadas por suas personalidades, afinal, na época deles não havia uma avaliação tão elaborada como existe neste século XXI.

Como é feita a medição da inteligência no teste de QI?

Para que seja medida a inteligência a partir do teste de QI, utiliza-se a fórmula:

QI = 100 X IDADE MENTAL (IM)/ IDADE CRONOLÓGICA (IC)

A tabela com a escala de classificação, desvio padrão 15, é:

  • Gênio: acima de 144 pontos;
  • Superdotado: de 130 a 144 pontos;
  • Acima da média: de 115 a 129 pontos;
  • Média alta: de 100 a 114 pontos;
  • Média baixa: de 85 a 99 pontos;
  • Abaixo da média: de 70 a 84 pontos;
  • Baixo: de 55 a 69 pontos;
  • Muito baixo: menos de 55 pontos.




Jennifer de Paula
Diretora de Marketing e Gestão | MF Press Global

CEO musical brasileira investe em centro de pesquisas voltado à publicação de trabalhos acadêmicos

Empresária Sophia Utnick tem colaborado com CPAH, projeto que dá oportunidade à acadêmicos e seus estudos.


A CEO brasileira Sophia Utnick, que vem se destacando como uma empreendedora de sucesso nos Estados Unidos decidiu seguir novos rumos em sua carreira e iniciou uma campanha para ajudar projetos acadêmicos que necessitam de suporte para publicação de seus trababalhos. Para isso, a brasileira está envolvida diretamente na arrecadação de fundos do CPAH.

O Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH) foi criado com o intuito de dar oportunidades a acadêmicos que não tem viabilidade para publicar suas pesquisas, uma vez que quando se realiza um trabalho científico é necessário ter um suporte acadêmico e de espaço para publicação.

A empresária bem sucedida que atua no meio artístico, já colaborava com artistas iniciantes dando oportunidades em seu meio profissional para que eles crescessem e se destacassem, e agora colabora com o crescimento profissional de outras pessoas, em outra área: a acadêmica.

Com projetos sociais bem desenvolvidos, Sophia já conseguiu emplacar vários nomes do funk e espera agora fazer o mesmo com cientistas que precisem dessa assistência.

Para a empresária, investir em um Centro de Pesquisas que possibilita a publicação de diversos estudos e pesquisas e que contribui diretamente para a sociedade é motivo de grande alegria. Afinal, para ela, a educação é um agente transformar de vidas.

Sobre Sophia Utnick

Brasileira radicada nos Estados Unidos, Sophia Utnick é uma empresária bem sucedida, dona de vários empreendimentos, entre eles, a Utnick Production, e está sempre disposta em ajudar outras pessoas. Filha de uma ex-empregada doméstica, ela divide sua vida profissional entre Miami e Nova York, mas está sempre de olho no Brasil, onde criou oportunidades valiosas para ajudar o próximo.




Fabiano de Abreu 
OBS.: Este email pode ser acessados por outros membros da empresa
Gestão geral grupo MF Press Global 


Pacientes com depressão podem apresentar traços de perversão e manipulação, diz estudo

Estudo teve como objetivo resumir as três grandes estruturas mentais segundo a teoria da psicanalítica: neurose, psicose e perversão.


Um estudo recente concluiu que pacientes diagnosticados com depressão severa apresentam traços de perversão, no uso de manipulação através da autovitimização na tentativa de dominação do outro.

O estudo tem como autores a neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner e o Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, PHD em neurociências e teve como objetivo resumir as três grandes estruturas mentais da psicanálise: neurose, psicose e perversão.  

De acordo com os autores, para a realização do estudo foi necessário articular o funcionamento dos três fatores aos devidos mecanismos de defesa do paciente em questão.

A paciente que participou do estudo, que teve sua identidade preservada, apresenta um quadro definido como “neurótica histérica com diagnóstico de depressão, que usa de traços da perversão para dominação pela manipulação, através de mecanismo de defesa de vitimização e culpa”.

A paciente que colaborou com o estudo tem 35 anos relatou baixa autoestima, problemas com falta de atenção e memória, desesperança, irritabilidade, pensamentos suicidas e outros sintomas. Após o diagnóstico de depressão severa, ela faz acompanhamento psiquiátrico e uso de medicamentos.

A partir do acompanhamento foi possível concluir que ela relatava uma vida feliz no passado, felicidade ligada ao casamento que tinha. Apesar de trabalhar, ela também não se sente realizada, nem bem sucedida.

“Migrou sua dependência e carência para do ex marido, para uma amiga mais velha a quem ela nutre uma dependência emocional. Reconhece que prefere viver de migalhas emocionais, mas sem ter esforço”, diz o estudo.

O estudo também mostrou que o comportamento da paciente proporcionava ganhos imediatos e primários com perdas secundárias a médio e longo prazo e que ela se colocava em “uma posição infantilizada, que se mantém no gozo pela negação e projeção.”

Para os especialistas, o quadro da paciente a impede de tomar decisões, se mantendo no sofrimento por não ter coragem de enfrentar a dor, pois esta emoção negativa têm também uma dimensão curativa; sendo essa evitação a causa dos seus sintomas histéricos. Diante disso, o estudo mostrou que a paciente traz uma estrutura mental neurótica, que usa como mecanismo de defesa o recalque e a repressão, o que acaba impedindo a consciência de suas próprias fragilidades.

Sobre os autores

O artigo teve como líder de pesquisa a Dra. Roselene Espírito Santo Wagner, também conhecida como Dra. Leninha, é uma neuropsicóloga especialista no tratamento de diversos transtornos, além de ser habilitada para aplicação de testes psicomotores reconhecidos mundialmente.

O estudo também foi conduzido pelo brasileiro membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues. Ele é PhD em neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas Áreas de Neurociências e Psicologia; e Mestre em psicanálise. O professor também é membro da Redilat.




Sugestão de pauta(Press Release) / Comunicado de imprensa 
Créditos - Foto Roselene Espírito Santo Wagner: Divulgação (arquivo pessoal) / Foto: Fabiano de Abreu: FAP - Tomorrow Summit