Estudo teve como objetivo resumir as três grandes estruturas mentais segundo a teoria da psicanalítica: neurose, psicose e perversão.
Um estudo recente concluiu que pacientes diagnosticados com depressão severa apresentam traços de perversão, no uso de manipulação através da autovitimização na tentativa de dominação do outro.
O estudo tem como autores a neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner e o Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, PHD em neurociências e teve como objetivo resumir as três grandes estruturas mentais da psicanálise: neurose, psicose e perversão.
De acordo com os autores, para a realização do estudo foi necessário articular o funcionamento dos três fatores aos devidos mecanismos de defesa do paciente em questão.
A paciente que participou do estudo, que teve sua identidade preservada, apresenta um quadro definido como “neurótica histérica com diagnóstico de depressão, que usa de traços da perversão para dominação pela manipulação, através de mecanismo de defesa de vitimização e culpa”.
A paciente que colaborou com o estudo tem 35 anos relatou baixa autoestima, problemas com falta de atenção e memória, desesperança, irritabilidade, pensamentos suicidas e outros sintomas. Após o diagnóstico de depressão severa, ela faz acompanhamento psiquiátrico e uso de medicamentos.
A partir do acompanhamento foi possível concluir que ela relatava uma vida feliz no passado, felicidade ligada ao casamento que tinha. Apesar de trabalhar, ela também não se sente realizada, nem bem sucedida.
“Migrou sua dependência e carência para do ex marido, para uma amiga mais velha a quem ela nutre uma dependência emocional. Reconhece que prefere viver de migalhas emocionais, mas sem ter esforço”, diz o estudo.
O estudo também mostrou que o comportamento da paciente proporcionava ganhos imediatos e primários com perdas secundárias a médio e longo prazo e que ela se colocava em “uma posição infantilizada, que se mantém no gozo pela negação e projeção.”
Para os especialistas, o quadro da paciente a impede de tomar decisões, se mantendo no sofrimento por não ter coragem de enfrentar a dor, pois esta emoção negativa têm também uma dimensão curativa; sendo essa evitação a causa dos seus sintomas histéricos. Diante disso, o estudo mostrou que a paciente traz uma estrutura mental neurótica, que usa como mecanismo de defesa o recalque e a repressão, o que acaba impedindo a consciência de suas próprias fragilidades.
Sobre os autores
O artigo teve como líder de pesquisa a Dra. Roselene Espírito Santo Wagner, também conhecida como Dra. Leninha, é uma neuropsicóloga especialista no tratamento de diversos transtornos, além de ser habilitada para aplicação de testes psicomotores reconhecidos mundialmente.
O estudo também foi conduzido pelo brasileiro membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues. Ele é PhD em neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas Áreas de Neurociências e Psicologia; e Mestre em psicanálise. O professor também é membro da Redilat.
Sugestão de pauta(Press Release) / Comunicado de imprensa
Créditos - Foto Roselene Espírito Santo Wagner: Divulgação (arquivo pessoal) / Foto: Fabiano de Abreu: FAP - Tomorrow Summit
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