Evento reúne cientistas renomados de universidades do América Latina, Europa, EUA e Ásia; Antropólogo Fabiano de Abreu aborda a antropologia do término da vida
A Logos University International (UNILOGOS) promoveu o seu II Congresso Internacional de Saúde Mental. O evento floresceu de uma parceria internacional da UNILOGOS com as instituições European International University of Paris (França), Sastra Angkor University (Camboja), City University (Estados Unidos) , California University (EUA), Centro de Pesquisas e Análises Heráclito do Brasil (CPAH) e a revista científica Ciências Latina com sede no México, Bolívia e Paraguai.
A saúde mental é fundamental para a qualidade de vida e para desempenhar as atividades laborais e sociais do dia a dia. Todavia, a pandemia intensificou índices negativos relacionados também à saúde da mente. Um estudo realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2022, aponta que os trabalhadores da América Latina apresentaram índices elevados de depressão, ansiedade e até mesmo pensamentos sobre tirar a própria vida. Com foco nesses índices obtidos pela OPAS, a UNILOGOS promoveu o debate com palestras expositivas sobre o tema voltadas ao público geral.
O evento foi coordenado pelo médico e PhD em neurociências Doutor. Uanderson Pereira da Silva, Professor e Diretor do Departamento Internacional da Logos University International e pela PhD em História Professora Doutora Dulcilene Ribeiro Soares Nascimento, que palestrou sobre “as histórias do luto: morte, historicidade e cultura”.
Devido ao fato dos altos índices de óbitos provocados pelo coronavírus, o evento abordou profundamente o luto e o seu impacto na saúde mental, tema da palestra “Terminalidade, morte e luto na pandemia de COVID-19”, feita pelo Doutor em Psicologia Jairo Carioca de Oliveira . Outro tema abordado foi a “Neurose de excelência e Ausência do corpo nas relações”, na palestra por. Leninha Wagner, Psicóloga, mestre em Psicanálise e Diretora do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH).
Reunindo conceitos da antropologia, neurociência e biologia, o PhD em neurociência e antropólogo Doutor Fabiano de Abreu, Membro da Society for Neuroscience, realizou uma palestra sobre a “a visão antropológica da morte”. O Doutor Fabiano de Abreu pontua que “para realizar qualquer afirmação antropológica, é necessário analisar a história da sociedade em questão. Dessa forma, é possível questionar o porquê de determinados comportamentos e concepções”, afirma o antropólogo.
Mas o que a antropologia diz sobre a morte? “Temos naturalmente um instinto de sobrevivência e reprodução. Logo, todos nós tememos a morte. A diferença antropológica é como conduzimos o nosso pensamento sobre o término da vida, que advém de diversos fatores de acordo com a sociedade cujo estamos inseridos, nossa fé e cultura”, destaca Fabiano de Abreu.
Conforme as sociedades mudam, sua concepção sobre a morte se altera: “hoje a percepção sobre a morte e a vida mudou bastante. A morte não é um tema meramente antropológico, uma vez que a biologia e fé estão intimamente ligadas, assim como a maneira como compreendemos a morte. Por isso, na antropologia, abordamos os povos e consequentemente seus costumes”, afirma o antropólogo e neurocientista Fabiano de Abreu. “Há povos, por exemplo, que devido a sua simbologia, lidam com a morte de forma repleta de celebrações, homenagens e até mesmo alegria. A simbologia como cada povo aborda a morte é diversificada”, exemplifica o antropólogo.
Ao comentar os dados sobre os altos índices de depressão e ansiedade na América Latina, Fabiano de Abreu constata que: “os fatores sociais influenciam diretamente nos números de ansiedade e depressão. O brasileiro, por exemplo, é segundo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o povo mais ansioso do mundo. Isso está diretamente ligado a violência, sua economia instável do país e também aos altos índices de pobreza”, destaca.
Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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