A alta performance é desejada por muitos atletas que almejam deixar suas marcas no mundo. Sabe-se que os genes são uma parte considerável em habilidades atléticas, mas há outros fatores como personalidade, bons hábitos e diversos outros pormenores.
Um estudo do Pós PhD Neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, publicado na revista Recisa Tec desvendou os caminhos que levam atletas a alcançarem melhores desempenhos. O estudo fornece um caminho eficaz para alcançar este desempenho com treinamento mental, cuidado com o corpo, saúde mental, além de confirmar que a alta performance é treinável.
O texto cita que a genética e a epigenética fazem a diferença, pois ajudam o indivíduo a ser bom naturalmente em determinados fundamentos ou esportes; contudo, apenas considerar os genes, limita e não aponta o caminho para obter resultados duradouros, visto que há outros fatores capazes de impulsionar a carreira e a performance de um atleta. Fatores excitatórios ou inibitórios, emoções, estrutura cerebral, sono, consumo de redes sociais, entre outros; afetam a produtividade e o bem-estar pessoal. Junto do treino físico, estratégias de treino mental auxiliam na neuroplasticidade para um melhor desempenho.
Em resumo, o artigo visa, segundo o autor, demonstrar meios para atingir a alta performance por intermédio da neurociência, estudando conceitos já consagrados como a prática da visualização, assim como conceitos próprios e ainda desconhecidos do público geral com o teste de inteligência atlética, controle mental, técnica de percepção e conhecimento, entre outras para identificar o potencial de talento de uma pessoa.
“A alta performance atlética é condicionada por inúmeras variáveis. A genética é importante para conferir habilidades únicas e fundamentais na prática desportiva. Contudo, outras condições são observadas como os traços de personalidade que mostram a predisposição de uma pessoa em praticar um esporte em específico e como trabalhar estes traços para que erros sejam minimizados, além de garantir uma performance melhor. Isso mostra que, por mais que uma habilidade seja atribuída por laços consanguíneos, elas podem ser trabalhadas em pessoas com desempenho abaixo do esperado. É possível fazer testes específicos para entender os traços e ter bases analíticas para tomada de decisões e ao traçar estratégias de desenvolvimento”, diz trecho do artigo.
Em outro trecho, o texto afirma que a inteligência lógica, matemática e demais habilidades cognitivas reguladas na região frontal do cérebro são associadas a melhores desempenhos no esporte,pois há momentos em que se deve usar a lógica e a criatividade para tomar decisões assertivas e fazer boas jogadas. Para isso é indicado testes de QI. “Ligado a isso temos a inteligência geral que é um parâmetro usado há décadas pela NFL como meio de descobrir potenciais talentos, para entender melhor o nível de inteligência geral se utiliza o teste Wonderlic”, completa.
Fabiano cita ainda que as emoções também fazem parte desta dinâmica, influenciando a performance através de motivação, o desinteresse ao ser exposto a comentários negativos, entre outros. As redes sociais foram apontadas como vilãs, pois embora se saiba que elas tenham o papel de socializar e podem exercer um papel motivacional, principalmente ao ter noção de que o jogo será transmitido, a função negativa é mais evidente no comentário de torcedores, adversários e mídia em geral.
“É recomendado baixa exposição a redes sociais, evitando situações negativas. Também é importante se manter longe de pessoas com tendência à negatividade, principalmente se o traço dominante da pessoa for o neuroticismo. O sono reprimido leva o atleta a ter desempenho pífio, fazendo tomar decisões arriscadas, podendo causar lesões sérias”, cita.
“Por este motivo, alguns clubes e treinadores proíbem atletas de saírem durante a noite, ir para festas e baladas. O sono consegue restaurar a energia, as células e ajudar no desenvolvimento mental, pois é no sono que acontece a transformação de memórias de curto prazo a longo prazo. A alimentação ajuda o indivíduo a funcionar de maneira mais eficaz, ajudando na energia, na disposição e motivação,evitando lesões e doenças. Por isso é importante o acompanhamento com profissionais da área de nutrição”, conclui.
terça-feira, 29 de novembro de 2022
Neuroperformance: estudo aponta como adquirir habilidades atléticas
Sobre Fabiano de Abreu Agrela
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.
Isabella Dias
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