Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, muitas vezes os resultados positivos podem vir de estímulos e pressão dos pais, não necessariamente de superdotação
A superdotação é uma condição caracterizada por maior potencialidade em talentos e habilidades acima da média, o que ainda é tido como uma característica que leva as crianças a um desempenho fora do comum, em especial, em alguns casos, nas atividades escolares.
Mas esse tipo de resultado, como explica o Pós PhD em neurociências e especialista em QI, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, nem sempre pode ser explicado exclusivamente por um alto QI, mas também pode ser fruto de um esforço para suprir as expectativas dos pais.
“Quando uma criança se destaca bastante em uma determinada área, tira excelentes notas ou é bastante criativa logo vem à cabeça dos pais que a criança pode ser superdotada e são feitos testes de QI, mas isso pode surtir efeito contrário”.
“As habilidades fora da média podem ser uma tentativa dos filhos de atender às altas expectativas dos pais, que acreditando que os filhos possuem talentos mais desenvolvidos, acabam os pressionando por resultados melhores, nesses casos um teste de QI que descarte a possibilidade de superdotação pode desencadear frustrações na criança, por isso é preciso ter bastante cuidado” Explica Dr. Fabiano.
Como saber se meu filho realmente tem superdotação?
“Existem alguns sinais que podem indicar que seu filho realmente possui altas habilidades, como curiosidade aguçada, excelente memória, facilidade de aprendizado, raciocínio rápido, entre outros, mas é importante observá-los no contexto e ao longo do tempo, não se basear em eventos isolados” Afirma Dr. Fabiano.
“Além disso, para ter certeza é preciso realizar um teste de QI e comparar o resultado com a média da idade da criança, mas em certos casos o teste pode não ser uma boa opção, como dito, pois um resultado negativo pode gerar desapontamento desnecessário à criança, deve-se analisar caso a caso e considerar a possibilidade de realizar o teste durante a adolescência ou até mesmo na idade adulta quando o cérebro estará mais formatado”. Esclarece.
Sobre Dr. Fabiano de Abreu
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