De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, os microplásticos podem aumentar o risco de distúrbios neurológicos e doenças neurodegenerativas
Os microplásticos são pequenas partículas de plástico com tamanho inferior a 5 milímetros que se tornaram um dos principais problemas ambientais do nosso tempo, elas formam-se através da fragmentação de plásticos maiores, produtos de higiene pessoal, tecidos sintéticos e resíduos industriais.
Os microplásticos são consumidos por animais marinhos, como peixes e mariscos, que confundem essas partículas com alimento, o que além dos riscos à saúde destes animais, é perigoso para os humanos que os consomem, segundo um estudo da Universidade Médica de Viena, os seres humanos consomem cerca de 5g de partículas de plástico por semana.
Mas de acordo com um novo estudo, realizado por um grupo de pesquisadores dos EUA, Áustria, Hungria e Holanda, e publicado pela revista Nanomaterials, os microplásticos podem chegar ao cérebro cerca de duas horas após a ingestão.
Segundo o Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os microplásticos podem aumentar o risco do desenvolvimento de doenças como Parkinson e Alzheimer.
“Ainda não se entendem totalmente os efeitos das micropartículas de plástico no cérebro, mas sabe-se que eles podem aumentar as chances de inflamação, distúrbios neurológicos e doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer”.
“Além disso, elas podem causar alterações no intestino, prejudicando a absorção de nutrientes e desequilibrando a flora intestinal, o que também está relacionado com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas”.
O estudo revelou que após a administração oral em camundongos, pequenos fragmentos de MNPs foram detectados em seus cérebros em um curto período de duas horas, atravessando a barreira hematoencefálica.
No entanto, ainda é incerto se o mesmo comportamento ocorre em seres humanos, além disso, ainda não se sabe ao certo a quantidade de partículas plásticas necessárias para causar danos significativos ao cérebro humano.
Sobre Dr. Fabiano de Abreu
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