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Ouro Preto
02 de março de 2022Manifestantes atearam fogo em pneus e fecharam a via no intuito de chamar atenção para demandas
Por Lucas Porfírio
Segurando faixas de luto e pedindo que a velocidade seja respeitada, na manhã desta quarta-feira (02), moradores de Coelhos, subdistrito em Ouro Preto, fecharam a BR-356 em uma manifestação. O ato ocorreu após o verdureiro Lelis de Assis, de 48 anos, vir a óbito depois de ser atropelado ao atravessar o local, na noite de terça-feira (01), por volta de 19h30.
Vanderlei Pereira era amigo da vítima desde que nasceu. Ele conta que Lelis era uma pessoa muito simples, humilde, e que combinava com todos, muito popular no local em que morava. “Tem carro que passa ali a mais de 150 km. O acidente poderia ter sido evitado. Se não tomar providências, vão acontecer outros. Muita gente idosa atravessa ali para ir ao posto de saúde”, relatou.
De acordo com informações dos moradores, Lelis foi fatalmente atingido por um carro que estava realizando uma ultrapassagem na contramão. Os moradores pedem que seja reinstalado o radar fixo de controle de velocidade no trecho e que seja construído um quebra-molas. “Pessoas atravessam aqui diariamente. Alunos, crianças, idosos, trabalhadores, pessoas de bem”, explica Jéssica de Lima, moradora do subdistrito.
O radar de velocidade que havia no local foi retirado há, aproximadamente, três anos. Segundo relatos, após a remoção, o trecho ficou mais perigoso e o número de acidentes cresceu consideravelmente, ocasionando mais de 10 mortes. Em janeiro de 2021, Lia Mara da Conceição Lemos (33 anos) e Jair de Souza Oliveira (60 anos) também foram atropelados no local. Lia, infelizmente, veio a óbito, e Jair ficou gravemente ferido.
Além do radar e do quebra-molas, os moradores pedem que seja construída uma passarela para garantir a travessia segura, uma vez que os mesmos precisam passar para o lado esquerdo da via para acessar o posto de saúde, a escola e a igreja. “Nós queremos ajuda, segurança e proteção. Nós temos crianças, nossos filhos saem para trabalhar e ficamos com o coração na mão, rezando por proteção”, clamou Dorinha, que também é moradora do subdistrito.
O Liberal entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela BR-356. Mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
Jornal O Liberal
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