quinta-feira, 14 de abril de 2022

Caso Will Smith: psicólogo fala sobre comportamento humano em situações de rejeição

Como age o ser humano em uma situação de rejeição? Para o psicólogo André Barbosa, é muito difícil responder tal questionamento de forma generalizada, já que cada pessoa pode se sentir de uma maneira distinta diante de um fato.


Depois de agredir o ator Chris Rock no Oscar deste ano, o também ator Will Smith foi internado em uma clínica de reabilitação para lidar com o estresse causado pela situação e um possível quadro de rejeição. O ator americano era a estrela da noite da Academia quando bateu no comediante depois que ele fez uma piada sobre o cabelo raspado de sua esposa, Jada Pinkett Smith, que sofre de alopecia.

O psicólogo André Barbosa acredita que existem determinadas pessoas que, quando sofrem algum tipo de rejeição, lidam de forma mais tranquila, outras não.

“Uma rejeição de um concurso público, por exemplo. Existem pessoas que lidam bem com essa rejeição e entendem que a rejeição faz sentido. Exemplo: uma pessoa que não estudou tanto, que sabe que não estava bem preparado. A partir disso, a pessoa pode elaborar melhor a atividade e usar isso como um trampolim para melhorar a vida dela”, explicou.

André também explicou o que é a rejeição. “Ela pode ser é uma desclassificação, ela pode ser muitas coisas, muitos acontecimentos e até ter muitos fatores relacionados. Um término de um namoro, uma demissão… No fundo, ninguém gosta de sofrer uma rejeição. É algo que ninguém escolhe passar”, pontuou.

No entanto, o especialista explicou que um processo que pode ajudar em situações de rejeição é a ressignificação.

“Quando a gente começa a elaborar e ressignificar essas rejeições, a gente começa perceber que determinadas situações foram necessárias para nossa evolução e para o nosso bem”, disse.

Barbosa também ponderou que o ator Will Smith pode não ter tido dimensão imediata dos fatos, devido à situação de estresse que passou. “Toda emoção é temporária. A emoção deve ter subido demais na cabeça dele, e quando a emoção vai embora fica somente a razão. Nesse momento ele pode ter entendido o que aconteceu”, disse.

Quando a rejeição vira um transtorno

André também informou que existe um  transtorno chamado de transtorno de personalidade Borderline, que, entre os sintomas mais notórios, está o sentimento de rejeição.

“Algumas pessoas conseguem passar com rejeição, outras não. Especificamente as pessoas que sofrem esse transtorno têm muita dificuldade de controlarem uma emoção. Então, são pacientes que ficam eternamente com pensamento que chamamos de persecutórios: de que estão sempre sendo julgados, rejeitados e abandonados”, finalizou.

Sobre André Barbosa

O psicólogo e escritor Dr. André Barbosa é formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido.

Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.


Sugestão de pauta(Press Release
Créditos - Foto André Barbosa - arquivo pessoal/divulgação \ Foto Ilustrativa - Pixabay


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