domingo, 24 de julho de 2022

Dia do cérebro: Hábitos da atualidade podem causar danos cerebrais

Neurocientista afirma que hábitos da vida moderna, como uso de redes sociais, podem gerar prejuízos ao cérebro, mas ressalta que hábitos simples são capazes de melhorar o funcionamento cerebral.



O cérebro é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, responsável por inúmeras funções essenciais, como pensamento e memórias, além de ser o responsável por nos tornar “mais humanos”, nos distinguindo dos animais pela nossa capacidade de raciocínio.


No dia 22 de julho é comemorado o Dia Mundial do Cérebro, criado em 2014, como uma iniciativa da “World Federation of Neurology” - Associação Mundial de Neurologia -  que tem por objetivo de chamar a atenção da classe política, investidores e da sociedade em geral para a importância do cuidado com o cérebro e do apoio à realização de pesquisas voltadas para estudar esse órgão tão importante.


Segundo o PhD neurocientista luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o neurocientista que mais publica estudos na atualidade, afirma que o cérebro é o órgão mais importante do corpo e alerta para problemas da atualidade que podem prejudicá-lo.


O cérebro é sem dúvida o órgão mais importante do corpo humano, ele controla e coordena ações e reações, nos permite pensar e sentir, e nos permite ter memórias e sentimentos – todas as coisas que nos tornam humanos”.


Mais do que nunca ele é o alvo principal, a condição para a solução para uma melhor saúde mental”.


Sociedade atual é propícia ao desgaste cerebral

Dr. Fabiano de Abreu também alerta para os males da atualidade que são extremamente prejudiciais ao cérebro humano, como o uso de redes sociais que podem viciar o cérebro em doses de dopamina e prejudica a inteligência e o excesso de ansiedade que afeta a sociedade atual também é um fator maléfico ao cérebro.


A maior preocupação, são as consequências do excesso de ansiedade, que altera a anatomia do cérebro e é um facilitador para transtornos, doenças mentais, entre outros prejuízos [...] Outra grande preocupação é com o excesso de uso das redes sociais e suas consequências negativas para a inteligência”.


Outro ponto importante é  o chamado narcisismo patológico, a excessiva estima por si, também estimulada pelas redes sociais, é uma doença para a qual a sociedade faz “vista grossa” e muitas vezes até estimula esse tipo de comportamento que traz graves consequências.


É possível melhorar o funcionamento do seu cérebro

Existe uma incrível capacidade cerebral chamada neuroplasticidade, que é a habilidade do cérebro de aprender e se reorganizar de acordo com as circunstâncias, essa funcionalidade é essencial para melhorar o funcionamento do seu cérebro, e a boa notícia é que ela pode ser estimulada com hábitos simples.


Leitura: Ao ler você exercita seu cérebro, estimula a capacidade de aprendizado e ajuda a protegê-lo de doenças neurodegenerativas.


Sono de qualidade: Dormir bem é um dos principais fatores para um bom funcionamento do cérebro, o sono é um período de restauração onde são criadas novas conexões cerebrais.


Alimentação: A adoção de dietas mais saudáveis, como a dieta mediterrânea e dieta MIND é essencial para fortalecer e proteger o cérebro.


Meditação: Diversos estudos reforçam os incríveis benefícios da meditação ao cérebro, principalmente a redução do estresse, inibidor da neuroplasticidade.


Aprender: Aprender novas coisas continua sendo o melhor remédio para o cérebro, o aprendizado é uma peça fundamental para a neuroplasticidade, estimula a criação de novas conexões cerebrais e previne doenças neurodegenerativas.


Não descarto nada relacionado ao cérebro, sempre o achei um órgão fascinante com capacidades incríveis e habilidades ainda não exploradas, acredito que são extremamente válidas e importantes iniciativas como o Dia Mundial do Cérebro para dar uma maior visibilidade aos estudos nessa área que são tão importantes para a sociedade como um todo”. Pontua Dr. Fabiano de Abreu.



Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu

  

Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.


Assistente de Assessoria

Adriana


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