Sem tecnologia, sem autismo: o curioso caso das crianças Amish

 

VARIEDADES

Um estudo recente revelou um dado surpreendente: nenhuma criança Amish foi diagnosticada com doenças crônicas, ao contrário de grande parte da população americana.

O que é a comunidade Amish? Um grupo de cristãos tradicionalistas que rejeitam muitas conveniências modernas. Originários da Europa no século XVII, eles se estabeleceram principalmente na América, com famílias numerosas — média de 7 filhos — que vivem longe das tecnologias e de medicamentos farmacêuticos.

Esse modo de vida autossuficiente e centrado na comunidade parece ser a chave para a saúde excepcional dessa parcela da população.

Na pandemia, por exemplo, grande parte da população Amish optou por seguir suas próprias regras:

- Não usaram máscaras; - Não aderiram a lockdowns ou distanciamento social; - Não tomaram a vacina.

Mesmo com cerca de 90% da comunidade tendo contraído o vírus, as taxas de mortalidade entre eles foram 90 vezes menores do que no resto dos EUA.

Além disso, o estudo revelou outro dado impressionante: nenhuma criança Amish foi diagnosticada com doenças crônicas comuns, como câncer, problemas cardíacos, asma ou até mesmo o autismo, que cresce rapidamente.

Para se ter uma ideia sobre o problema no autismo, a cada 36 crianças nascidas nos EUA hoje, 1 é diagnosticada com a doença. Há 20 anos, esse número era de 1 a cada 150.

Onde encontrá-los? Com quase 400 mil pessoas, a comunidade Amish se espalha por 32 estados nos Estados Unidos, com grandes concentrações na Pensilvânia (90 mil) e em Ohio (82 mil). Saiba mais.