domingo, 31 de julho de 2016

Rejeitos da Samarco ainda não têm destino certo

Mesmo se voltar a operar em Mariana, na região Central de Minas, a Samarco ainda não sabe qual será o destino que dará aos rejeitos da retomada da exploração mineral da mina Alegria, após o período de dois anos. A intenção inicial é despejar os resíduos na cava de Alegria do Sul, no complexo Germano, mas, no fim do período, o material terá que ser retirado de lá.
Conforme o Estudo de Impactos Ambientais (EIA) feito pela empresa e enviado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) em junho, a mineradora aponta apenas que o local receberá 22,3 milhões de m³ de rejeitos pelos dois anos. Nesse tempo, o local atingirá o seu volume máximo e, logo em seguida, terá que ser esvaziado, porque a cava ainda possui reservas minerais abaixo dos 1.000 metros que poderão ser exploradas. O documento é uma das etapas do licenciamento de retomada das operações.
A mineradora explicou que, durante o período, serão feitos estudos a fim de decidir o destino final dos resíduos. Ela ainda esclareceu que não há um prazo limite para a retirada desse material. A Samarco está sem operar desde o rompimento da barragem de Fundão em 2015, que matou 19 pessoas.

Retomada. Sem a opção de barragens para poder voltar a operar, já que a legislação não permite mais o uso destas estruturas, a Samarco decidiu recorrer à cava de Alegria do Sul no licenciamento. A expectativa da empresa era voltar a operar em outubro, mas a Semad afirmou que o pedido de licenciamento está em análise e não há previsão de liberação.

O Tempo

quinta-feira, 28 de julho de 2016

BH em Ciclo realiza 1º evento de Cicloinformação neste sábado

A BH em Ciclo realiza neste sábado (30) o primeiro evento de Cicloinformação de Belo Horizonte. O evento começou as 8h30 na Amadoria, no Santa Tereza, região Leste da capital e vai até as 18h. Para participar público teve que se inscrever antecipadamente.
O Cicloinformação consiste em uma série de palestras sobre a bicicleta e a mobilidade urbana nas cidades. “Conectar pessoas com processos, campanhas e iniciativas que têm promovido a bicicleta em Belo Horizonte, despertando nelas o desejo de se engajarem com a temática nas suas diversas formas, conteúdos e locais, fomentando o surgimento de novos atores para a ciclomobilidade na nossa cidade”, esse é o objetivo do evento, segundo a BH em Ciclo.
O evento conta com mesas sobre políticas públicas, ocupação visual e territorial do espaço público,apresentação de veículos de informação ligados a bicicleta e a metodologia open space que promove . Participam das palestras integrantes de movimentos e coletivos ligados a bicicleta, a imprensa e cicloativistas,

A última parte do evento é composta por uma mesa aberta ao público às 16h30 que vai discutir o gênero e a bicicleta. Com a  participação de cicloativistas.
Quem quiser pode acompanhar o evento ao vivo nas gravações feita por Vinícius Túlio do Atelier Bicicine pelo link:

http://www.ustream.tv/channel/vin%C3%ADcius-túlio
O Tempo

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Elegância

Avec Elegance

Hoje a maioria das pessoas que têm acesso à informação sabe que é peruíce usar uma blusa de paetês às duas da tarde e que é deselegante comparecer a um casamento sem gravata. Costanza Pascolato, Gloria Kalil e Claudia Matarazzo são alguns dos jornalistas especializados em ajudar os outros a não cometerem gafes na hora de se vestir ou de se portar à mesa. Mas existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir à empregadas domésticas, garçons ou frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem dá um presente sem data de aniversário por perto, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão um dia desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

Martha Medeiros

terça-feira, 26 de julho de 2016

MPF recomenda que DNPM reprove barragens como a que rompeu em Mariana

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) recebeu uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para que reprove barragens como a de Fundão, que rompeu em Mariana, na região Central do Estado, em novembro de 2015. Para o ministério, o departamento não deve aceitar plano de lavra que tenha necessidade de barragens de contenção de rejeitos de mineração pelo método de alteamento a montante, de modo a evitar a elevação da barragem sobre o próprio rejeito.
Além disso, o órgão deve analisar aspectos de segurança de novos projetos para ampliação ou alteração de barragens de rejeitos de mineração após a anuência do órgão de licenciamento ambiental competente. O risco maior acontece no método de montante. Para especialistas, estruturas construídas pelo método de alteamentos de montante agregam maior risco de ruptura se comparado com outras metodologias.
Ainda conforme o ministério, o departamento deve proporcionar às superintendências do órgão nos Estados a contratação de técnicos ou empresas legalmente habilitados para a fiscalização de segurança de barragens, bem como fornecimento das estruturas e condições necessárias à fiscalização adequada para correta avaliação técnica dos projetos e das estruturas de barragens, a fim de que as barragens dos empreendimentos cujo os Planos de Aproveitamento Econômico (PAE) tenham sido aprovado pelo DNPM não exponham a riscos a população a jusante, nem o meio ambiente.
O DNPM tem dez dias úteis para se manifestar se vai ou não acatar a recomendação.
Poluição do meio ambiente
Ainda conforme o MPF, o custo social da poluição do meio ambiente deve ser assumido pelo empreendedor, uma vez que a mineração é considerada uma atividade altamente poluidora e lucrativa ao mesmo tempo, devendo a internalização de custos ser realizada por meio da imposição ao minerador da adoção de todas as tecnologias conhecidas e viáveis para a redução dos danos ambientais.
Também foi recomendado ao DNPM a exigência da demonstração do método construtivo da referida barragem e os estudos de alternativas locacionais que justifiquem a localização proposta nos PAE de lavra de minério de ferro apresentados ao órgão informando a necessidade de construção de barragens de contenção de rejeitos de mineração

O Tempo

Isso Também Passa !

Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita:


“ISSO TAMBÉM PASSA”.

Aí perguntaram para ele o porquê disso.

E ele disse que era para se lembrar que quando estivesse passando por momentos difíceis, poder se lembrar de que eles iriam embora. Que iriam passar. E que ele teria que passar por aquilo por algum motivo.
Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, não deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis também viriam de novo.

E é exatamente disso que a vida é feita: “MOMENTOS”. Momentos os quais temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado.
Por algum motivo nunca esquecendo do mais importante: NADA É POR ACASO.
Absolutamente nada. Por isso temos que nos preocupar em fazer a nossa parte, da melhor forma possível.
A vida nem sempre segue o nosso querer, mas ela é perfeita naquilo que tem que ser.”

Chico Xavier

Tempo de Serviço

Empresas que trabalhei:

sábado, 16 de julho de 2016

Pessoas generosas agem por instinto, e egoístas, por escolha

O Tempo

ATITUDES



PUBLICADO EM 16/07/16 - 03h00

Estudiosos comprovam que a natureza humana prefere ajudar o próximo


Boston, EUA. Sabe quando, na ficção, surgem histórias sobre dois irmãos gêmeos, um bom, gentil e prestativo, e outro ruim, traiçoeiro e cheio de malícias? Pois a ciência explica que, na verdade, essa característica egoísta é fruto de uma escolha, enquanto a gentileza faz parte do próprio instinto da pessoa. Além disso, as pesquisas indicam que as pessoas aprendem a ser egoístas e escolhem assumir esse comportamento em determinadas situações.

Um dos principais exemplos que demonstraram essa realidade é um experimento realizado em 2012 por professores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Com o objetivo de descobrir se a natureza humana é egoísta ou gentil, os pesquisadores recrutaram universitários e os dividiram em grupos de quatro.

Cada estudante recebeu uma quantia de dinheiro e teve a opção de separar um pouco do valor para ser multiplicado e distribuído entre o restante dos participantes. Os participantes ganhariam algo mesmo sem compartilhar, mas, apesar da tentação em serem egoístas, a maioria das pessoas escolheu por contribuir com o restante.

Além disso, outro estudo realizado por psicólogos da Universidade Yale, nos Estados Unidos, afirma que o primeiro instinto das pessoas é cuidar e salvar os outros.

Os pesquisadores entrevistaram várias pessoas que tinham arriscado a vida ou a integridade em nome de oferecer ajuda a desconhecidos. “A maioria das pessoas acredita que somos instintivamente egoístas, mas nossos experimentos mostram que quando as pessoas dependem de seus instintos, elas são mais cooperativas”, explicou o psicólogo David Rand, de Yale, em entrevista ao site Nautilus.

Um dos exemplos citados é de Kermit Kubitz, um homem de 60 anos que lutou com um agressor que havia esfaqueado uma menina de 15 anos em uma padaria. Ele foi agraciado com a medalha Carnegie Hero, uma homenagem a “heróis” nos Estados Unidos.

“Eu só tinha dois pensamentos: um, eu tenho que levá-lo para fora, e dois: ‘meu Deus, esse cara poderia me matar, também”, disse Kubitz, que acabou sendo esfaqueado também. “Eu acho que foi apenas instinto. Gosto de acreditar que fiz algo que outra pessoa também faria pela minha filha, por exemplo. Se fosse minha filha, você faria isso por mim? Pode ter certeza que eu faria isso por você”, afirma o homem.

Outro lado. Já no caso do comportamento avarento, os pesquisadores dos estudos sugerem que o egoísmo aparece quando as pessoas param para pensar antes de tomar uma atitude. Assim, eles conseguiram concluir que a gentileza faz parte do instinto, enquanto o egoísmo é uma escolha.
Automática
Ação. Segundo uma pesquisa da Universidade de Tamagawa, no Japão, a generosidade é uma característica automática e surge a partir da ativação de uma área cerebral que controla a intuição e a emoção.
Investir em boa causa estimula cérebro como sexo e drogas

Eugene, EUA. Saber que seu dinheiro vai para uma boa causa pode ativar centros de prazer do cérebro que são estimulados por drogas, sexo e comida, dizem pesquisadores norte-americanos.

As pessoas que participaram de um estudo tiveram essa reação ao saber que o dinheiro delas ia ser doado para uma organização de caridade, mesmo quando a contribuição era obrigatória como um imposto. E elas se sentiram ainda melhor quando a contribuição era voluntária.

Ulrich Mayr, professor de psicologia da Universidade de Oregon, disse que a pesquisa lança luz sobre a natureza do altruísmo e poderia ajudar as pessoas a se sentirem melhores em relação aos impostos que pagam. “Isso mostra que, num mundo ideal, poderia haver uma situação na qual você é um contribuinte satisfeito”, afirmou.
O Tempo

Ressentimentos

Armadilhas12.03.2014 - Por Debora Ganc          
                  
Na semana passada, encontrei com um amigo que me contou que na organização de fusão entre empresas acabou perdendo seu emprego. Enquanto ele me contava os seus infortúnios, percebi que ainda estava parado na mágoa e no ressentimento. Ali não havia espaço para o novo.
Cada um de nós, em algum momento, já foi maltratado por um chefe, um cliente, pelo namorado, por seu esposo ou esposa, por seus pais, seus amigos, seus vizinhos, seus filhos. No instante em que isso aconteceu, com certeza nos sentimos muito mal. Sentimos mágoa, tristeza, desapontamento. Nos sentimos traídos.
Todos esses sentimentos tiveram sua razão de ser, mas apenas no instante em que foram sentidos. Se depois de um tempo ainda estivermos parados no mesmo sentimento de mágoa, tristeza e decepção com a outra pessoa significa que estamos ressentidos com essa pessoa.
Ressentimento, como a própria palavra indica, é sentir novamente, mas é um ressentir inútil. Nada irá mudar o que aconteceu, justamente porque aconteceu no passado. Então, ao sentir novamente a tristeza daquele momento, a fragilidade e a decepção ocupam um lugar no presente em que aquela cena não existe mais.
Esse ressentimento nos deixa presos ao passado e nos tornamos a vítima eterna de uma pessoa que muito provavelmente não está tentando nos prejudicar novamente e nem lembra mais que existimos.
Ressentir é convidar a pessoa que nos fez tanto mal  a nos fazer companhia novamente. Caminhar com ela ao longo dos dias ressentindo uma dor que só existe na nossa memória. É um enorme desperdício de tempo e energia em que os únicos prejudicados somos nós. Aliás, duplamente prejudicados, pois além de sofrer a primeira afronta continuamos a ressentir seu gosto amargo a cada dia.
Sem perceber, estamos desperdiçando momentos únicos do nosso presente. Estamos pegando no chão a flecha que alguém atirou há semanas, meses ou anos atrás e fincando a novamente em nosso coração.
Ė como tomar uma dose de veneno a cada dia e esperar que o outro morra. Por pior que a outra pessoa tenha sido, por mais que mereça, não será prejudicada por nosso ressentimento. Nós é que seremos!
Além do que não deixamos o novo entrar enquanto esta pessoa estiver ocupando um lugar importante em nosso coração. Lembram da dança das cadeiras? Simplesmente tiramos uma cadeira, a desta pessoa.
Isso inclui a pessoa que vemos diariamente na frente do espelho, eu, você, nós. Também para  nós não importa o que tenhamos  feito de errado , ontem, na semana passada ou há anos. Deixemos os ressentimentos no lugar em que devem estar, no passado.
Vamos viver o novo em nossa vida a cada momento.
Nos concentramos na nossa vida, nossa felicidade.
Não vamos cair na armadilha do ressentimento.
É bem provável que hajam novos momentos de tristeza, novas decepções, erros, traições ou simplesmente azar.
Chore, reclame, brigue e viva o que tiver que viver naquele momento com a consciência de que isso também irá passar e você estará livre para poder viver o momento seguinte.
As coisas tristes que vivemos e que não gostamos são um aprendizado, um remédio amargo necessário naquele momento, mas que não precisamos continuar tomando depois que saramos.
Certa vez ouvi um Mestre dizer: “Não fique repetindo os mesmos erros, seja criativo, cometa erros novos!”.
iG

terça-feira, 12 de julho de 2016

Tempo de Serviço

Pés indicam de problemas cardíacos a intestinais

Apertados dentro dos sapatos ou em contato com o solo, os pés, além de suportarem nosso peso por quase 18 horas por dia, são as extremidades do corpo que mais sofrem. Eles, no entanto, têm também um importante papel de “denúncia” de outros problemas em nosso organismo, muitos deles graves, que vão além de calos, joanetes e unhas encravadas.
A reflexologia, método baseado na medicina oriental chinesa, trabalha com a teoria de que as áreas reflexas dos pés correspondem a órgãos, músculos ou até mesmo glândulas, que, quando estimulado por um especialista, trazem alívio para diversos males e, consequente, melhora, podendo evitar a medicação. No Brasil, a técnica é encarada como uma prática alternativa da terapia holística.
O estresse, por exemplo, segundo a professora de estética Jussara Lins de Carvalho, costuma se manifestar no intervalo entre o primeiro e o segundo dedos, com queimação e dor quando a região é pressionada. “Antes de optar pela reflexologia, no entanto, é preciso observar como vem sendo feito o uso dos sapatos. Isso pode indicar muita coisa errada”, diz.
De modo geral, a região dos dedos dos pés corresponde à cabeça, mas é possível visualizar todos os órgãos olhando a planta dos pés, uma vez que todos os órgãos têm sua zona reflexa correspondente – seja na planta, no dorso ou na lateral do pé (veja mais no infográfico).
Por exemplo, se o dedão apresentar algum crescimento ou inchaço, isso pode ser indício de gota, causada pelo acúmulo de ácido úrico no sangue. No caso de quem tem joanetes, essa zona afetada corresponde à região superior das costas e pode indicar algum problema cervical. Já as fendas ou calos nos calcanhares podem estar refletindo algum problema intestinal.
O inchaço e a mudança no formato das unhas pode ser sinal de problemas cardiovasculares, gastrointestinais e até nos pulmões. Já a falta dos pelos indica má vascularização. Unhas com manchinhas esbranquiçadas mostram que a pessoa está com falta de oxigenação – sinal muito comum em fumantes, segundo o podólogo Magno Braz Silva Queiroz.
Para melhorar os sintomas e promover o reequilíbrio do organismo, antes da reflexologia é feita uma higienização, um escalda-pés com ervas e, por fim, a utilização de cremes e óleos para preparar a pele, conforme explica a massoterapeuta e esteticista Érica Silva Nunes. “A massagem é feita basicamente com pressão e descompressão da região mais afetada. Trabalhamos pressionando, tonificando ou sedando alguns pontos na região plantar”, explica.
Cada sessão dura 45 minutos, e, em alguns casos, bambus e pedras também podem ser utilizados para pressionar os pontos-chaves e aumentar o relaxamento. Dependendo da situação do paciente o tratamento pode durar até dez sessões.
Saúde. No inverno, patologias como micoses e calosidade são mais comuns – diferentemente do verão, quando o uso de sandálias leva ao maior ressecamento e fissuras nos pés. Por isso, é bom cuidar da hidratação dos pés em todas as estações do ano.
Segundo Queiroz, os pés devem ser hidratados pelo menos uma vez ao dia com cremes específicos para a região. Os mais recomendados são os produtos com concentração de ureia a 10%.
“É importante observar se as unhas estão saudáveis, a cor da pele, se há ressecamento dos pés, bem como a transpiração. Além disso, é sempre bom andar descalço, principalmente as crianças de até 5 anos, para não prejudicar a formação do arco plantar”, orienta o podólogo.
Raio X dos pés
Estrutura. O pé humano tem26 ossos, 114 ligamentos e 20 músculos.
Funções primordiais. Suportar o peso do corpo na posição de pé ou durante a marcha e atuar como alavanca propulsora na locomoção.
Principal meio de transporte. Nossos pés nos carregam numa jornada de 128 mil quilômetros ao longo de toda a vida.
Pressão. Por volta dos 50 anos, ficamos 80% mais susceptíveis ao desenvolvimento de artrite do pé e do tornozelo.
Programação
Evento. Termina hoje o Congresso de Podologia, que é parte da programação da 13ª Professional Fair – Feira Profissional de Beleza, que está sendo realizada no Expominas, em Belo Horizonte.
O Tempo

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Em período de férias, Maria-Fumaça de Rio Acima para de funcionar

Em pleno período de férias escolares, a Maria-Fumaça de Rio Acima, cidade localizada na região  Central de Minas Gerais, paralisou suas atividades no município. A prefeitura da cidade alega ter sido notificada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de que as viagens estariam colocando em risco à integridade física dos passageiros e moradores da região, já que a empresa responsável por gerenciar as atividades não estaria cumprindo com as normas.
Em operação há quatro anos, a Maria-Fumaça, mais conhecida como Trem das Cachoeiras, que já carregou mais de 45 mil passageiros, durante este tempo, fez sua última viagem em 3 de julho deste ano. As atividades da locomotiva foram interrompidas depois da ANTT notificou a prefeitura sobre a falta de segurança para moradores e passageiros.
Entre as medidas que estariam sendo descumpridas pelo Centro de Referência Ambiental Turística (Creat) - empresa responsável pela operação da locomotiva -, está a falta de sinalização nas passagens de níveis. "A ANTT também identificou que faltava manutenção nos trilhos, o que estava previsto no Termo de Concessão de Uso, assinado pela empresa. Diante disso, a prefeitura publicou o decreto e as viagens foram paralisadas temporariamente para que as irregularidades fossem resolvidas", explicou o Secretário Municipal de Turismo e Cultura, Herbert Pereira Plascides.

O Crat alega que a ANTT teria enviado uma recomendação para a empresa, mas que essa não teria chegado até ela. "A agencia enviou uma correspondência pra gente, falando sobre a necessidade de readequar alguns pontos do transporte, mas esse documento não chegou até a gente. A prefeitura não teria repassado", alegou o diretor da empresa, Flávio Iglesias.
Depois de tomar conhecimento das possíveis irregularidades, a Crat afirma ter tentado uma conversa com a prefeitura. "Contratamos uma empresa para fazer uma nova vistoria no local. Mandamos o resultado para a ANTT e nos comprometemos em readequar o que fosse necessário. Ainda sentamos para conversar com a prefeitura no dia 7 de junho. Mas fomos surpreendidos pelo decreto publicado no dia 6 de julho. A prefeitura não nos deu um tempo para que readequássemos o que fosse necessário", explicou o diretor da empresa.

O decreto coloca fim ao contrato entre o Creat e a prefeitura. Agora, o Executivo pretende reformar os trilhos e adequar o que havia sido recomendado pela ANTT para escolher a nova empresa que irá gerenciar a Maria-Fumaça.
Diferente do que aconteceu com a Crat, a nova empresa será definida por meio de uma licitação. "Agora vamos fazer um levantamento do que será necessário para realizar a reforma para que o Trem das Cachoeiras volte a funcionar o mais rápido possível. Estimasse que esse período leve um prazo no máximo 90 dias", explicou o o Secretário Municipal de Turismo e Cultura. 
Procurada pela reportagem de O TEMPO, a ANTT informou que a Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros (SUPAS) não notificou a Prefeitura de Rio Acima, uma vez que aguarda manifestação da Procuradoria Geral da União sobre a suspensão da autorização do “Trem das Cachoeiras” de Rio Acima (MG), que é operado por decisão judicial.

Em relação ao pedido de suspensão, "a agencia informou que ele se dá em função do Memorando nº 095/2016/GECOF/SUFER, datado de 21/03/2016, que relata que a via permanente onde circula o trem encontra-se deteriorada e não há estrutura apropriada para a manutenção dos equipamentos necessários à prestação adequada do serviço".
Outras irregularidades
Entre os motivos que teriam levado a prefeitura a colocar fim ao termo de concessão de uso seria o descumprimento do termo que estabelece desconto de 50% para alunos da rede estadual na compra do bilhete.
A empresa Crat se defende e diz que, por toda estação ferroviária, há cartazes que comunicam sobre o desconto para os estudantes. Para obter o benefício, a empresa alega que o estudante bastava apresentar um comprovante de endereço.
Além disso, a prefeitura alega que o termo estabelece que a empresa deveria repassar ao município o equivalente a 2% da renda líquida obtida pela concessão, o que nunca teria acontecido.
"Nós só tivemos prejuízos nesses quatro anos, não teria como fazer esse repasse. Nosso prejuízo é da ordem de R$ 600 mil. Mas até hoje continuou mantendo o projeto, com o objetivo de gerar renda e emprego. Além de manter nossa história. Meu objetivo é social", explicou o diretor da Crat.
História
Para começar a circular, o Trem das Cachoeiras, que conta com três vagões, contou com uma força tarefa, tendo como investimento da prefeitura e de duas empresas investidoras.
"Cada parte investiu R$ 800 mil. Além disso, eu investi ainda R$ 500 mil em cada vagão", alega Flávio Iglesias.
Com capacidade para transportar 140 passageiros, inicialmente, a Maria-Fumaça realizava viagens nas sextas, nos sábados, domingo e nos feriados, sendo quatro passeios por dia. Porém, há dois meses, a Maria-Fumaça saia apenas uma vez aos domingos. 
Com partida da ferroviária da cidade, no Centro, o Trem das Cachoeiras percorre um trajeto de sete quilômetros, em 55 minutos de viagem, por pontos que contam um pouco da história do município, chegando ao ponto final no bairro Labareda.
Além da bela paisagem encontrada durante o trajeto, os passageiros tinham a disposição dentro das cabines aparelhos de televisão, som, ventilador e ar condicionado.
 O Tempo

Golpe com ações da Vale rendeu R$ 40 milhões

Estadão ,,ECONOMIA & NEGÓCIOS.. 

A denúncia feita pelo Ministério Público, de manipulação de ações da Vale do Rio Doce, descreve como, em apenas um dia, seis diretores e sete membros do conselho de administração do InvestVale, clube de investimentos dos empregados da companhia, lucraram R$ 4,48 milhões. Ao todo, os ganhos chegaram a R$ 40 milhões. O InvestVale foi criado para ajudar os empregados a participar da privatização da Vale. Para comprar ações da companhia, o BNDES deu um empréstimo de R$ 180 milhões. As ações dos empregados ficaram bloqueadas no clube de investimentos, como garantia ao empréstimo. Ao longo de 2003, os acusados compraram cotas de outros empregados da Vale. Eles adquiriram 31,1 mil cotas, com o preço de R$ 35 por unidade. Só entre os dias 15 e 17 de julho, eles compraram 11,8 mil cotas. Segundo denúncia do Ministério Público, assinada pelo procurador da República José Augusto Simões Vagos, alguns acusados recorreram a empréstimos bancários para comprarem cotas, uma vez que tinham informações privilegiadas e sabiam que teriam um grande lucro com a operação. Em novembro de 2003, quando o BNDES liberou um terço dos papéis que serviam de caução ao financiamento, as cotas quintuplicaram de preço, gerando lucro imediato. Essas irregularidades foram levantadas no Inquérito Administrativo nº 07/2004 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os técnicos responsáveis pela apuração sugeriram a punição dos ex-diretores e conselheiros, segundo relatório encaminhado à Procuradoria da República. Fontes da CVM informam que o caso só deverá ser julgado dentro de, no mínimo, três meses. Ainda segundo a denúncia, os seis diretores do InvestVale - Francisco Valadares Póvoa, Otto de Souza Marques Junior, Marcos Fábio Coutinho, Álvaro de Oliveira Junior, Luiz Alexandre Bandeira de Mello e Hélcio Roberto Martins Guerra - tiveram ganhos ainda maiores. Eles promoveram a modificação do estatuto, que passou a prever "taxa de liquidez", ou seja, uma comissão para os diretores sobre as vendas das cotas. Com a liberação dos papéis pelo BNDES, a "taxa de liquidez" para os seis foi de R$ 35 milhões. O presidente Póvoa e Marques Júnior levaram R$ 9,8 milhões, cada um. Marcos Fábio ficou com R$ 5,3 milhões enquanto os outros três embolsaram cada R$ 3,5 milhões. A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo tentou localizar os denunciados, sem obter retorno das ligações. Póvoa, não foi localizado. Já o ex-diretor Marques Júnior não retornou as ligações. Os conselheiros Rocha Drumond, Junqueira Pradez e Vinícius Pereira Martins preferiram não se pronunciar. Outros cinco acusados não retornaram as ligações e três não foram localizados.

sábado, 9 de julho de 2016

Quando a ‘escapada’ chega à cama, outras traições já aconteceram


O comediante Marcelo Adnet foi flagrado por papparazzi traindo a mulher, a humorista Dani Calabresa, pela segunda vez, no Rio de Janeiro, na madrugada de dessa sexta-feira (8). Nada de novo aí, já que metade (50,4%) dos homens brasileiros, segundo a pesquisa Mosaicos 2.0, divulgada nesta semana, admite já ter sido infiel em algum relacionamento.

Entre as mulheres, esse percentual é de 30,2%. A pesquisa, coordenada pela psiquiatra Carmita Abdo, foi realizada pelo Projeto Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a farmacêutica Pfizer.

Apesar de comum, a traição não é banal. Segundo a psicanalista Cristiane Maluf Martins, terapeuta de casais, a situação é um dos maiores dramas sentimentais. Mas outro fator talvez seja mais preocupante: quando a traição “chega à cama”, várias outras já aconteceram pelo caminho.

“O casal estar em uma fase difícil financeiramente e o parceiro trocar de carro, por exemplo, é uma traição”, ilustra ela. Outro exemplo é um dos dois estar passando por um momento difícil no trabalho, e o outro não ter nenhuma disponibilidade para ouvir e dialogar.

Essas pequenas falhas que causam desapontamentos vão minando a relação, de acordo com a psicanalista. “Nós tropeçamos é na pedrinha, não é na montanha. Justamente as coisas que não têm tanta importância são as que vão trazer maiores frustrações, angústias e vão fazer o casal se distanciar, levando a uma possível traição”, reflete Martins.

Depois que o ato acontece, de acordo com o terapeuta comportamental Ghoeber Morales, só há duas opções. “Terminar o relacionamento ou dialogar, tentar entender o que houve e passar por cima, continuando a relação e tentando recuperar a confiança quebrada”, conta. Caso a segunda opção seja escolhida, é fundamental “limpar o terreno”, estabelecer as bases dessa nova fase da relação e deixar o passado para trás, sem ficar trazendo a traição à tona em cada oportunidade.

Mais casos
Elas. A psicanalista Cristiane Martins acredita que o número de mulheres que traem possa ser maior. Há chances de elas terem mentido na pesquisa pela cultura que coíbe a traição feminina.
Definição tem que ser construída a dois
Apesar de a maioria das pessoas associar a traição ao ato sexual, a verdade é que não existe um único parâmetro do que seja trair. “Em alguns relacionamentos, fazer sexo virtual ou conversar com uma pessoa, sem contato físico, não seria traição, em outros, sim. Trata-se de um combinado, que precisa ser deixado claro logo que estabelecida uma relação amorosa”, aconselha o terapeuta comportamental Ghoeber Morales.

Mas, quando ela acontece, é importante não julgar a “parte traidora”. Por mais difícil que seja admitir isso, a culpa de uma traição é do casal.

“Quando o casal (monogâmico) está em sintonia, não existe espaço para uma terceira pessoa. Se esse espaço existiu, significa que o traído também foi culpado”, dispara a psicanalista Cristiane Maluf Martins. Ela orienta os casais a cultivar o diálogo no relacionamento para se manterem sempre na mesma sintonia – e eliminar as chances de uma traição. (RS)
Flash
Famoso. Em novembro de 2014, o humorista Marcelo Adnet traiu a mulher, Dani Calabresa, admitiu a falha e se disse arrependido. O casal optou por superar a crise no relacionamento.
O Tempo

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Se depender de projeto de lei, o dinheiro vivo pode acabar

Dá para imaginar o mundo sem o dinheiro em espécie? Alguns países já têm iniciativas para que o papel-moeda deixe de circular e os meios digitais sejam responsáveis por 100% das transações. No Brasil, um projeto de lei quer acabar com a produção, circulação e uso do dinheiro em espécie e determina que as transações financeiras se realizem apenas através de meios digitais. O país está preparado para isso?
Na Suécia, em mais de metade das agências dos maiores bancos do país não há nenhum dinheiro em estoque e não são aceitos depósitos em espécie. As cédulas e moedas representam hoje apenas 2% da economia local. O Canadá parou de imprimir dinheiro em 1º de janeiro de 2013 por causa da queda na demanda e o crescimento do uso do “dinheiro de plástico”. A Coreia do Sul também caminha para ser cada vez menos dependente de dinheiro. Lá, clientes que pagam com cartão têm tratamento tributário diferenciado e, em quatro anos, os pagamentos em dinheiro caíram de 40% para 25% do total.
No Brasil, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), no primeiro trimestre de 2016, o número de transações com cartões foi de 2,9 bilhões – crescimento de 9,3% frente ao mesmo período de 2015. Com 1,6 bilhão de transações, os cartões de débito foram mais usados pelos consumidores que os cartões de crédito, que tiveram 1,3 bilhão de transações. Não há um levantamento oficial do uso de cartão e meios eletrônicos no Brasil. Mas estimativas do mercado apontam que metade dos pagamentos e transações já não é feita por dinheiro no país.
Entre os argumentos do deputado Reginaldo Lopes (PT–MG), autor do PL 48/2015, estão o combate à violência, à corrupção e à lavagem de dinheiro. Como toda transação financeira poderá ser rastreada, ficarão “quase impossíveis” as práticas desses crimes. “Dinheiro em espécie no século XXI não interessa ao homem de bem”, esclarece.
O projeto tramita em caráter conclusivo e vai ser analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça. Se for aprovado, entrará em vigor cinco anos a partir da publicação. Para o deputado, “ajustes pontuais seriam necessários, mas com a tecnologia atual seria fácil atender as demandas para implantação do sistema”.
Polêmica. Para o diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Roberto Vertamatti, o Brasil ainda não está preparado. “É uma questão cultural e a população não está preparada para isso”, reitera. Segundo ele, a tendência mundial é mesmo a extinção do papel-moeda, principalmente pelo alto custo de produção e dos meios para sua segurança.
“Eu acho fantástico e futurista o projeto”, opina o advogado tributarista Nélson Lacerda, do escritório Lacerda & Lacerda Advogados. “Não teríamos mais sonegação nem lavagem de dinheiro”, reitera.
Já para o fotógrafo Guilherme Bergamini, que é avesso a cartões, anda com dinheiro no bolso e se educou para consumir o que for pagar à vista, o projeto é inapropriado e ele pensa em quem não tem acesso aos meios digitais como a população rural. O vendedor ambulante Welington Lopes considera o projeto muito bom. “A questão de roubos e assaltos vai diminuir e até acabar”, espera.

Suécia enfrenta problemas

A caminho de se tornar a primeira sociedade sem dinheiro em espécie do mundo, a Suécia pisou no freio. O Sveriges Riksbank (o Banco Central do país) quer que os bancos provenham serviços com dinheiro vivo. O que acontece é que parte da população, especialmente os idosos e os pequenos negócios, não está conseguindo se adaptar aos pagamentos digitais na velocidade em que o mercado está mudando.
A proposta, que foi apresentada ao ministro das Finanças do país, é uma ramificação da nova diretiva de pagamentos da União Europeia, que começará a vigorar em setembro e dá a todo indivíduo o direito a uma conta com funções básicas.
A proposta do BC da Suécia vai mais longe, obrigando os bancos a prover serviços com dinheiro em espécie de acordo com as necessidades dos clientes. “Aproximadamente 50% das agências bancárias já não trabalham mais com dinheiro, o que significa que, em algumas localidades, ninguém mais pode fazer um saque ou depósito”, disse um representante do BC sueco.
Eles resolveram começar essa transformação para o digital porque, segundo o BC, em 2014, só 20% de todas as transações no varejo do país eram em dinheiro. Só que as pessoas que ainda pagavam em “cash” são exatamente as que não têm acesso às alternativas, seja por falta de habilidade para mexer nas máquinas, falta de equipamentos ou de acesso à internet.

“Nós recebemos bem o desenvolvimento digital, mas não aceitamos que certos grupos sejam excluídos do mercado de pagamentos. Ainda existem situações nas quais não há alternativas ao dinheiro”, disse a porta-voz da Associação de Aposentados da Suécia, Christina Tallberg. (Da redação, com agências internacionais)
O Tempo