O Tempo
Luiz Tito
Luiz Tito
PUBLICADO EM 27/09/16 - 04h30
Poucas vezes se viu uma campanha eleitoral como a que está acontecendo no país, em especial pelo expressivo desinteresse por parte do eleitorado brasileiro. Primeiramente, a partir da maioria dos candidatos aos cargos de vereador e prefeito, que se apresentaram sem propostas ou com propostas requentadas, impraticáveis, inviáveis e medíocres. Há exceções, claro, e candidatos por quem se alimenta desejo de êxito, tal a seriedade do postulante, de seu grupo e de suas iniciativas. Mas são raros.
Quem presta atenção em cartazes e adesivos fixados nos veículos que servem às campanhas não precisa ir muito longe para ver o que se pode esperar de vários eleitos. Candidatos a prefeito que nunca geriram um boteco se apresentam para tomar conta de receitas públicas milionárias e quase sempre insuficientes para atender às reais necessidades das cidades.
O município brasileiro foi a primeira instância da administração pública a ser alcançada por sucessivos golpes de morte, gestados por um ordenamento tributário que reclama reformas urgentes. Impostos brasileiros viajam e voltam para chegar aonde foram recolhidos; nessa trajetória, dormem e engordam os cofres de bancos até serem destinados ao muitas vezes tardio custeio das responsabilidades públicas. É irônico, para não dizermos lastimável.
E, se a expectativa é sofrível em relação aos prefeitos, o que dizermos de vereadores? A começar pelos nomes que adotam para conquistarem a preferência de seus potenciais eleitores. Da fauna, da flora, dos costumes, há exemplares para todo (mau) gosto e de imponderável ridículo. Sapão, Perereca, Vovô do Funk, Jegue, Pinico, Cebola, Burro Veio, Jumento, Caraka-Meu, Fofão e mais uma infinidade de despropósitos.
“Concedo a palavra ao vereador Perereca, que ocupará a tribuna por cinco minutos”, dirá o presidente da Câmara; “a tribuna está à disposição do senhor vereador Jegue e, logo após, do senhor vereador Jumento, para suas considerações”. E todos, isso, sim, sem exceção, com a autoridade para indicar dezenas de assessores, religiosamente mantidos com os recursos dos impostos que eu, tu, ele, nós todos recolhemos.
Para termos autoridade na cobrança de compromissos e atitudes, as eleições são a única trincheira disponível para lutarmos pelo reencontro com o respeito, com a dignidade, com os verdadeiros propósitos de um vereador: legislar com inteligência, fiscalizar com isenção, propor em favor do interesse coletivo. É do voto que dispomos. Vamos valorizá-lo.
Quem presta atenção em cartazes e adesivos fixados nos veículos que servem às campanhas não precisa ir muito longe para ver o que se pode esperar de vários eleitos. Candidatos a prefeito que nunca geriram um boteco se apresentam para tomar conta de receitas públicas milionárias e quase sempre insuficientes para atender às reais necessidades das cidades.
O município brasileiro foi a primeira instância da administração pública a ser alcançada por sucessivos golpes de morte, gestados por um ordenamento tributário que reclama reformas urgentes. Impostos brasileiros viajam e voltam para chegar aonde foram recolhidos; nessa trajetória, dormem e engordam os cofres de bancos até serem destinados ao muitas vezes tardio custeio das responsabilidades públicas. É irônico, para não dizermos lastimável.
E, se a expectativa é sofrível em relação aos prefeitos, o que dizermos de vereadores? A começar pelos nomes que adotam para conquistarem a preferência de seus potenciais eleitores. Da fauna, da flora, dos costumes, há exemplares para todo (mau) gosto e de imponderável ridículo. Sapão, Perereca, Vovô do Funk, Jegue, Pinico, Cebola, Burro Veio, Jumento, Caraka-Meu, Fofão e mais uma infinidade de despropósitos.
“Concedo a palavra ao vereador Perereca, que ocupará a tribuna por cinco minutos”, dirá o presidente da Câmara; “a tribuna está à disposição do senhor vereador Jegue e, logo após, do senhor vereador Jumento, para suas considerações”. E todos, isso, sim, sem exceção, com a autoridade para indicar dezenas de assessores, religiosamente mantidos com os recursos dos impostos que eu, tu, ele, nós todos recolhemos.
Para termos autoridade na cobrança de compromissos e atitudes, as eleições são a única trincheira disponível para lutarmos pelo reencontro com o respeito, com a dignidade, com os verdadeiros propósitos de um vereador: legislar com inteligência, fiscalizar com isenção, propor em favor do interesse coletivo. É do voto que dispomos. Vamos valorizá-lo.
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