Estimulando a leitura e, mais do que isso, o contato entre leitores e autores, a 14ª edição do projeto ‘Livro de Graça na Praça’ distribuiu 10 mil livros com contos infantis e reuniu uma série de autores belo-horizontinos, que também disponibilizaram suas obras. Para a criançada, a manhã de domingo foi de festa, brincadeiras e de muita curiosidade. Muitos puderam se aproximar mais das histórias que permeiam o seu imaginário e descobrir o prazer da literatura. O evento contou também com a participação de dois colunistas de O Tempo, Laura Medioli e Fernando Fabbrini, que distribuíram e autografaram seus livros. O evento aconteceu na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, na região Leste da capital.
“Já participo do projeto há quatro anos. É muito importante incentivar a leitura. Se as pessoas leem um livro bom e gostam, vão querer experimentar isso novamente. E quem lê, escreve bem”, conta a escritora Laura Medioli. Ela esteve presente e disponibilizou o seu livro infanto-juvenil “Xangó, o Detetive e o Mistério do Matinho”, publicado em 1994.
As filas de autógrafos foram as atrações principais. Para a fisioterapeuta Carla Dias, 27, é um incentivo muito forte e que aumenta a curiosidade das crianças. “Eu já frequento o evento há alguns anos e vejo que eles (crianças) amam. Elas querem entrar na fila, pegar o livro e ficam doidas para chegar em casa e ler”, conta.
Distribuição. Esse ano, o destaque foi o livro de contos infantis "Histórias Malucas de Crianças, Bichos e Algumas Assombrações", já que não foi possível a elaboração do livro para adultos. No entanto, para que esse público também fosse contemplado, um estande foi montado para que autores pudessem distribuir suas obras. Cerca de 10 escritores estiveram presentes.
Um dos coordenadores do evento, Arthur Viana, acredita que o mais importante é criar uma forma de democratização dessa cultura. “Já ouvi uma vez de um leitor, enquanto autografava o livro, que aquela era a primeira vez que ele via um autor. Com isso a gente vê que muito mais do que estimular a leitura, o evento cria também um diálogo e um contato entre as duas partes”, revela o escritor.
Para Fernando Fabbrini, isso traz uma somatória de benefícios para a cidade. “O brasileiro lê muito pouco. Por isso tem dificuldades também na escrita. Aqui, há esse estímulo, e é algo que pode melhorar a experiência oral e escrita também”, completa.
Além da distribuição dos livros, houve a participação da banda do Corpo de Bombeiros e uma parceria com o Sesc, que montou uma série de atividades. Houve contação de histórias, espaço para brincadeiras e debates. O evento começou às 9h e foi até o início da tarde.
O Tempo
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