O Tempo
PUBLICADO EM 05/09/16 - 03h00
Colegas e quem gosta de futebol choramingam a falta do esporte, especialmente de Atlético, Cruzeiro e América, no fim de semana. Acho ótimo. Desde a minha adolescência meus domingos são dedicados ao futebol. Quando era repórter de rádio, saía de casa por volta do meio-dia e só retornava lá pelas 20h, 21h. Guardo algum saudosismo, mas sem essa de dizer que o futebol de antes era melhor do que agora. O que me incomoda é a mesmice, a rotina e as velhas práticas, principalmente dos cartolas e de muitos companheiros da imprensa que dão guarida a quem não merece.
A ausência do futebol nos leva a outros assuntos importantes, como a antiga aspiração mineira de ter um autódromo internacional, por exemplo. É o Circuito dos Cristais, em Curvelo, que sexta, sábado e ontem recebeu o GP Gerais, reunindo pilotos de todo o país: sobre duas e quatro rodas, em provas pelo Campeonato Mineiro de Motovelocidade e Marcas e Pilotos. Atrações para toda a família em três dias de velocidade e emoção. Os empreendedores desse autódromo merecem nota mil pela iniciativa e coragem. Fizeram aquilo que tem que ser feito no Brasil. Esquecer o jogo de empurra e interesses inconfessáveis da maioria dos políticos e contar pra valer com a iniciativa privada.
Para refletir. Fernando Rocha, do “Diário do Aço”, de Ipatinga, escreveu, com dureza, algumas coisas sobre o América que merecem reflexão: “Não há nenhum mal em ser time pequeno, que precisa se virar nos trinta para pagar as contas, encarar arbitragens maldosas, etc, coisa e tal. O problema é quando a arrogância, a soberba dos dirigentes, faz um pequeno pensar que é grande...”
Prosseguindo. “Sem entrar no mérito, este parece ser o caso atual do América, que vai deixar de ganhar no mínimo R$ 1 milhão, por insistir em manter o clássico com o Cruzeiro, na quinta-feira próxima, no Independência, ao invés de jogar no Mineirão. Como diria o grande Nelson Rodrigues, ‘a burrice é a pior forma de loucura’...”
Imagine no Catar. Um repórter da BBC de Londres teve convulsão durante um jogo de vôlei na Arena Carioca, durante as Olimpíadas do Rio, por causa do calor. Imagine como será no Catar, na Copa do Mundo de 2022, para quem, como este colega, não estiver bem preparado!
Ridículo. São de assustar e fazer rir os públicos pagantes dos jogos da terceira divisão mineira na Arena do Jacaré. Ninguém! Nada a estranhar, já que os times envolvidos são de cidades que nada têm a ver com Sete Lagoas. Uma aberração que se repete desde que a Arena foi reformada para ser a casa de Atlético, Cruzeiro e América enquanto o Mineirão era reconstruído para a Copa.
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