quinta-feira, 4 de junho de 2020

A terapia da jardinagem

Aprendi que todos temos uma historia para contar.
Quer trabalhando com esporte, tecnologia, finanças, educação, cultura, comercio, turismo, ou qualquer outro setor, possuímos uma historia que vale a pena contar...
Como fórmula de melhorar seus relacionamentos, muitos casais estão reinventando a vida, depois de anos de convivências.
Uns optam pelo esporte, por exemplo corridas de ruas e maratonas, outros pelo comércio, pela arte, por viajar, e outros pela jardinagem.
Com isso se tornam mais unidos, revigoram sua parceria e a vida em comum.
Conheço um casal que há muito se dedica à jardinagem, Antonio de Pádua e Mailde.
Eles possuem um belo jardim no entorno de sua casa, ao qual dedicam grande parte de seu tempo.
Plantar, regar, podar, em síntese cuidar das flores, constitui uma atividade saudável, lúdica e que significa um contato com a natureza.
Como bons jardineiros, estão sempre com suas ferramentas nas mãos, removendo a terra, os pedaços de grama e as ervas que brotam.
Às vezes usam um pouco de adubo, mas em geral usam terra neutra, sem nenhum fertilizante.
E o melhor de tudo isso é que estão sempre juntos, um ao lado do outro, regando, adubando, enfim cuidando do belo relacionamento que construíram.
Eles investigaram suas aptidões e identificaram aquilo que sentem paixão. Perceberam que nada é tão simples como parece ser: a jardinagem exige preparo, método e muita dedicação. Mas constitui uma terapia que os ajudou a realizar uma transformação em suas vidas, que trouxe um ganho muito grande de energia e qualidade de vida.
Juntos fazem um trabalho organizado em que o ego de cada um descobre e escuta a si mesmo e ao outro, numa exigência de quem busca dar maior profundidade ao sentido da vida.
O exemplo desse casal nos mostra que podemos aprender com as plantas: assim como elas sofrem com o tempo, passando por um processo de transformação e renovação, em nossas vidas nada é permanente.
As plantas  nos mostram que não podemos nos deslumbrar apenas pela beleza das rosas, deixando de prestar atenção nos espinhos. Evidenciam que uma árvore, por maior que seja, nasceu de uma semente pequena...
Donald Trump tem razão quando afirma que "se você não tem paixão, não tem energia", e que "se não tem energia, não tem nada".
Tudo começa com a paixão.
Um dia a vida acaba, assim como as plantas morrem. E quando o ceifador chegar, podando nossas vidas com a inevitabilidade da foice que rasga o caule vital, o que conta é, assim como as plantas, ter florescido e murchado, e após ter murchado, ter florescido novamente... 

Cristóvão Martins Torres

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