Renata Vacco, formada em nutrição há mais de 20 anos e pesquisadora de alimentos, mostra que individualizar o acompanhamento de cada paciente pode ser a solução de muitos problemas.
Nos dias de hoje se tornou comum ver na internet informações sobre dietas e alimentação, mas nem sempre o conteúdo que consumimos é pensado de forma consciente e profissional. A nutricionista Renata Vacco, especializada em estratégias de baixo carboidrato e alta gordura (LCHF) e pesquisadora de alimentos, explica que o ideal para se alimentar bem é estudar o que o corpo realmente necessita:
“O melhor é esquecer tudo que se sabe sobre dietas e ir mais fundo lá na era paleolítica e entender como o nosso corpo funciona e do que ele precisa, e aí sim atender às suas necessidades”.
Para Renata, um dos maiores desafios de sua profissão é lidar com o emocional de seus pacientes, e fazê-los entender que a comida não é solução de problemas pessoais e que não há motivo para descontar as suas frustrações na alimentação. Por isso, é essencial tratar o emocional e o comportamental, por mais difícil que seja.
Formada em Nutrição pela Universidade Paulista há mais de 20 anos, Vacco também é especializada em estratégias de baixo carboidrato e alta gordura (LCHF) pelo Instituto Noaks, na África do Sul, e pesquisadora de alimentos. Quando questionada sobre o que os seus pacientes mais buscam durante uma consulta, ela revela que o emagrecimento imediato é o mais corriqueiro, mas, que logo na primeira semana já entendem que o imediatismo não funciona com ela, “tudo tem que ser feito com bastante calma e paciência e de maneira saudável”, conta Renata.
Ela diz que a sua paixão pela nutrição na verdade começou como uma curiosidade, pois quando tinha 18 anos sofreu de anorexia nervosa – época em que ainda cursava odontologia – e chegou a pesar 44 kg. Depois de um longo tratamento nutricional e psicológico resolveu mudar o curso para nutrição, no intuito de entender o que realmente havia acontecido fisiologicamente e tentar de alguma maneira ajudar outras pessoas a terem uma vida mais saudável. Renata conta que estar no lugar do paciente a fez compreender com mais clareza que cada caso é individual e merece a atenção necessária. Principalmente após ser diagnosticada com endometriose profunda no ano de 2015, e ganhar 15kg:
“Com muitos remédios, fiquei com 15 kg acima do meu peso. A grande questão era que eu não me enxergava assim, a distorção de imagem me fazia enxergar uma Renata magra, até o dia que eu vi uma foto minha e não me reconheci, inclusive brigando com meu marido que insistia que aquela era eu. Assim que identifiquei, fiquei em choque por cinco minutos, naquela época já estudava a respeito de estratégias LC e resolvi que no dia seguinte minha vida iria mudar. Estudei mais ainda, levei a fundo a experiência com essas estratégias alimentares e jejum intermitente, e, ao longo de 11 meses, eu eliminei 36,6 kg que nunca mais recuperei”, revela.
Atualmente, em tempos de pandemia, a nutricionista teve que se adaptar ao formato digital e hoje as suas consultas são online. Renata montou um programa para acompanhamento diário de seus pacientes via WhatsApp, e semanalmente eles devem fazer uma consulta: “Desta maneira consigo mudar estratégias, saber sobre todos os ocorridos com aquele paciente e estar sempre pronta a mudar alguma coisa e ajudar com qualquer dificuldade sempre que preciso, não havendo assim aquele hiato de tempo entre uma consulta tradicional e outra quando o paciente geralmente se perde ou até mesmo desiste”, explica a nutricionista.
“O meu diferencial é a minha dedicação e meu comprometimento com cada um que eu trato. Eu não desisto do meu paciente, seguro na mão e acompanho até o fim e só largo quando tenho certeza de que ele aprendeu a andar sozinho. Graças a Deus a taxa de sucesso do meu trabalho hoje gira em torno de 90%, porque além de mudar a alimentação eu paro para ouvir as angústias, os desesperos e ajudo a descobrir o porquê daquela questão alimentar mal resolvida que acompanhou e acompanha aquele indivíduo por tanto tempo”.
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