Durante o período de pandemia, governos de todo o mundo buscaram maneiras de manter a economia de seus países ativa. Afinal, com as medidas restritivas impondo o isolamento social, muita gente teve que se afastar do trabalho e das atividades diárias, o que poderia comprometer o orçamento de qualquer nação.
Em Portugal, por exemplo, o governo havia imposto o congelamento das parcelas. O que a princípio foi visto como algo benéfico para a população agora se revela exatamente o lado contrário, o que já desperta uma grande preocupação da sociedade.
Para o jornalista Fabiano de Abreu, no primeiro momento todos achavam que a medida seria uma boa iniciativa: “Muitos ficaram felizes com o governo por ter adotado essa postura. Afinal, era o momento em que tudo estava fechado, muitas pessoas estavam sem trabalhar e a economia estava precisando se manter ativa”. Mas agora com o descongelamento, a preocupação é evidente: “As parcelas virão com valores maiores, analiso que aumentaram os juros. O que não foi recebido antes durante a pandemia será cobrado agora da população, por isso pode-se dizer que há um desespero coletivo aqui em Portugal. Sem contar a comida, gasolina, pedágios, tudo um absurdo. O diesel chegou a ser 0,99, hoje está 1,99 em alguns sítios ”.
Até para os mutuários portugueses, por exemplo, essa medida causa um grande alarde: “As prestações do imóvel, por exemplo, estavam congeladas. Agora elas terão que pagar um valor bem maior para compensar o que foi pago antes. A questão é que essa medida vem em um momento onde por reflexo da pandemia muitos estão sem trabalho pois muitas empresas fecharam suas portas”, lamenta Fabiano.
Um dos que perderam suas fontes de renda durante a pandemia foi Rui Mendes. Ele era gerente de um bar que fechou as portas com a pandemia, e critica a posição das autoridades neste momento difícil: “Tive minhas prestações congeladas, e ainda acreditei que o governo estava agindo em prol do povo. Agora pagarei em dobro, mas já não tenho mais emprego. Nada é dado, tudo é cobrado. E não recebemos auxílios por causa da pandemia. Muito menos alívio nos negócios”, finaliza.
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