O quarto trimestre do ano é marcado por datas estratégicas para o varejo. Dia das Crianças, Natal, Ano Novo e, nos últimos anos, a Black Friday, costumam salvar o caixa de muitas empresas e o bolso de trabalhadores que amargam o desemprego. Com o avanço da imunização nacional contra a COVID-19 e a aproximação dessas datas mais lucrativas, é certo que 2021 deverá assistir ao aumento por demandas de contratações temporárias.
O comércio varejista mineiro deve contratar temporariamente cerca de 15 mil trabalhadores. No ano passado, segundo dados da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG), foram gerados 8 mil postos de trabalhos temporários.
Na opinião do economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos, os números são positivos para Minas Gerais. “Isso simboliza um alento para quem está na situação de desemprego há muito tempo devido à crise sanitária. Claro que se comparado aos mais de 14 milhões de desempregados que temos atualmente, conforme dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), parece irrisório, mas já é algo que dá um novo clima para o mercado”, analisa.
Vinícius Carlos explica que essas vagas serão tanto para o setor de serviços como o comércio varejista, bares, restaurantes, entre outros. Outro ponto destacado pelo economista é que no período de grandes picos da crise pandêmica, os empresários investiram no e-commerce e, agora, voltam para uma terceira modalidade: o “fisiodigital”.
“Esses comerciantes que investiram no digital também apostam na retomada das vendas presenciais, mas sem perder a fidelidade conquistada nas vendas online. Portanto, o planejamento na contratação temporária também servirá para dinamizar esses atendimentos e separar as equipes que ficarão responsáveis por cada setor das lojas”, salienta Carlos.
Cenário Nacional
A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) divulgou que nos meses de outubro, novembro e dezembro, devem ser criadas mais de 565 mil vagas temporárias, acima das 471 mil oferecidas em 2020. Ainda de acordo com os dados, a expectativa é que a data supere os 27,7% de crescimento alcançado em 2020, com destaque para os setores de comércio atacadista e varejista.
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