A diminuição dos gases que causam o efeito estufa e tem degradado a camada de ozônio, causando mudanças climáticas no mundo inteiro está na discussão da COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que acontece até o dia 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia e que reúne líderes de 120 países signatários, além dos maiores estudiosos do setor. O Brasil também estará no foco das discussões sobre o aquecimento global, em função do aumento da temperatura na média terrestre, causado pelo acúmulo de gases poluentes na atmosfera, sendo um dos principais temas as queimadas que destroem as florestas. A Amazônia tem emitido mais gases que absorvido. A neutralidade do carbono, saldo zero das emissões de CO2, assim como outros gases poluentes, continua na pauta das grandes potências, mas ainda há muito para se chegar lá e o tempo é escasso, pois o aumento do aquecimento da terra, a cada ano, tem causado catástrofes ambientais cada vez maiores. Desde 1880, os estudos mostram que a temperatura na terra tem acompanhado o aumento da emissão de gases numa escalada de 1,5 graus, mas pode chegar a 2,7 graus Celsius nesse século.
Quando se fala em emissão de gases pensamos apenas nas grandes indústrias e nos grandes centros urbanos com seus milhões de carros que utilizam combustível fóssil, um dos piores degradadores do meio ambiente. Por exemplo: A cidade de São Paulo, este ano, assinou compromisso junto a 40 grandes cidades do mundo para implantar ações que neutralize a emissão de gases até 2050. Mas, de modo mais amplo, população, empresas, pesquisadores, ambientalistas e economistas podem colaborar com o planeta? Para o professor e pesquisador Fábio Pires, da Strong Business School, a discussão se arrasta mais devagar, do que realizações concretas para implantações de projetos realmente sustentáveis. “O sustentável é agora. É aquele que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer as gerações futuras de alcançarem a sobrevivência harmoniosa com o habitat natural, ou seja, condições favoráveis à vida animal e vegetal junto ao meio ambiente.”
Mas como isso é possível, se nem mesmo a geração presente tem conseguido?
A falta de políticas públicas e estratégias eficazes para conscientizar a população, de forma geral, tem contribuído para o aumento da emissão de gases poluentes na atmosfera. O grande problema em reduzir a matriz energética utilizando fósseis, pela queima de combustíveis (petróleo, carvão e gás natural) passa pelos interesses econômicos das grandes empresas e nações, cujos investimentos nesse segmento existe há muito tempo e a matriz tem grande eficiência energética e empregos, portanto, com pouco interesse em investir em tecnologias renováveis e sustentáveis. Por isso, se torna fundamental incentivar, com políticas públicas e privadas, a conscientização dos alunos nas escolas, faculdades e fazer campanhas contínuas na mídia sobre o uso consciente das fontes de energias. Ações ambientais, sistematicamente contínuas, auxiliam na preservação e uso dos recursos naturais.
Para o professor, a ideia do mercado de Carbono é muito boa, porque traz um conceito de ganho econômico às empresas, sociedade e país, no entanto, as regras precisam ser mais esclarecidas no Brasil. “No mercado de carbono, tanto no lado da oferta (venda), como demanda (compra), tem que existir honestidade na relação, para que haja ganho real ambiental na transação de créditos de carbono”. As regras estão em curso no país. Para o professor, “salvar o planeta”, tem que ser mais que simples discursos, retóricas, narrativas e modismos. É preciso contribuir e participar ativamente do processo ambiental.
Experiências locais, como residências familiares, podem contribuir de forma significativa para a redução da emissão de gases do efeito estufa, com a substituição de equipamentos eletrônicos, lâmpadas, troca de veículo com menor motorização, redução de viagens aéreas, uso de transporte coletivo, etc.
O mercado de carbono tem que ser popularizado para o varejo, mas com transparência para que as pessoas, pequenas e médias empresas possam adquirir cotas de fundos com ganhos e consciência que fazem sua parte nesse processo. Mas pela falta de transparência ainda é uma coisa conceitual para muita gente. Sobre as micros iniciativas para baixar a emissão de gases do efeito estufa está a Strong Business School, que passou a controlar a emissão de dióxido de carbono e, desde 2012, conseguiu uma diminuição em 92% em 8 anos, recebendo o selo GHG Protocol de crédito de carbono da Fundação Getúlio Vargas, cujo programa segue padrão internacional de controle através de inventários anuais. Vale lembrar que em 2020, a redução mais drástica se deu por conta da pandemia e da manutenção de profissionais e estudantes em home office, o que também é um indicativo para os novos padrões de trabalho que seguirão após a onda de covid. Para os gestores, a redução de gases pela Strong é um sucesso, porque “é um ensinamento na prática aos futuros executivos que formamos, de que é possível crescer como empresa com sustentabilidade, seja em qualquer setor que se atue”.
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