quarta-feira, 17 de novembro de 2021

O ciclo das sementes para regulação hormonal e alívio da TPM

Nutricionista explica como melhorar esses sintomas com ajuda da ciência e da alimentação terapêutica


Você já ouviu falar no ciclo das sementes? Essa é uma sinergia alimentar que ajuda a regular os hormônios e diminuir os efeitos da Tensão Pré-Menstrual no nosso corpo. Dados do Ministério da Saúde mostram que 80% das mulheres sofrem com a TPM, e que esses sintomas estão diretamente ligados com a produção dos hormônios femininos: o estrogênio e a progesterona. De acordo com a nutricionista e pesquisadora Aline Quissak, os sintomas vão variar de mulher para mulher, mas esse protocolo natural ajudará na regulação hormonal e, consequentemente, nos desagradáveis sintomas.


O ciclo das sementes consiste no rodízio de quatro delas: a linhaça, a semente de abóbora sem casca, a semente de girassol sem casca e o gergelim. Você pode torrá-las em uma panela antiaderente ou no forno e guardar em potes bem fechados. Não se mistura as 4 sementes, já que cada uma tem um papel em um período do ciclo. A primeira fase do seu ciclo hormonal é a fase folicular, que começa no primeiro dia da menstruação e vai até a o 14 dia (se você tem um ciclo de 28 dias).


Nesta fase, a especialista aconselha a consumir diariamente 1 colher de sopa de semente de linhaça (na menopausa trocar por chia) e 1 colher de sopa de semente de abóbora (sem casca). Junto com as sementes, tome chá de folhas de framboesa com hortelã (3 vezes ao dia), e Vitex (chastberry) 500mg todos os dias. “Neste período o hormônio predominante é o estrógeno. Porém, tanto seu excesso quanto sua falta causam sintomas indesejados na mulher. O uso do ciclo das sementes vai ajudar nos dois casos, de falta e excesso, pois atua no seu equilíbrio”, elucida a especialista.


A segunda fase é a fase lútea, e começa após a ovulação (quando ela acontece), o que seria aproximadamente no 15 dia do ciclo (se você tem um ciclo de 28 dias). Nesta fase, você deve consumir diariamente 1 colher de sopa de semente de girassol (sem casca) e 1 colher de sopa de gergelim. “O objetivo desta fase é estimular e manter a produção natural de progesterona. A progesterona é quem mantém a camada do útero para uma possível fecundação. Quando isso não acontece, ela cai e promove a menstruação. O que poucos sabem é que a progesterona é essencial para regular o humor, memória, ansiedade, inchaço, gasto calórico, tireoide e o excesso de estrógeno. A progesterona também tem uma função de relaxante muscular, por isso seus níveis adequados reduzem cólicas menstruais e melhoram o funcionamento do intestino”, complementa.


Outra dica da nutricionista é inserir na sua dieta alimentos ricos em ferro, lisina e vitamina C, como o espinafre cozido, lentilha e limão, e alimentos com propriedades imunológicas, como a spirulina, o gengibre, frutas cítricas, e o alho. Ingerir, também, alimentos que amenizam a questão hormonal, como a camomila, e alimentos de fácil digestão, como o gengibre. Também vale priorizar os alimentos quentinhos, cozidos ou refogados.


Por que o ciclo das sementes funciona?


Essas sementes guardam nutrientes indicados para cada um dos períodos em que são utilizadas. Por isso, é simples e eficiente. As sementes de linhaça têm alto nível de um nutriente chamado lignina, um fito hormônio, que se liga nos receptores de estrógeno, regulando seu excesso ou falta. Sua ação secundária é sobre as bactérias do intestino, que convertem a lignina em enterolactona, uma substância que bloqueia os receptores de estrógenos, impedindo o excesso de seu estímulo.


As sementes de abóbora têm um alto teor de zinco, mineral importante para formação de hormônios e prevenção da conversão de estradiol em estrona, esse último sendo uma forma de estrógeno mais indesejada. semente de girassol é rica em selênio e ácido linoleico, ela auxilia na manutenção dos níveis adequados de progesterona após a ovulação, mantendo a fase lútea por tempo adequado. O gergelim é rico em cálcio e tem efeito anti-inflamatório, o que ameniza as dores da menstruação. Ele também possui pequena quantidade de lignina, o que auxilia na modulação de estrógeno, já preparando para início do novo ciclo.


Por quanto tempo devo fazer o ciclo das sementes?


O indicado é fazer por pelo menos 3 meses, para observar resultados consistentes, apesar de muitas mulheres relatarem melhora dos sintomas antes disso. Não há contraindicações no uso contínuo. Em alguns casos, alguns ajustes precisam ser feitos, como aumentar a quantidade de uma semente e reduzir de outra. “Só recomendo pausa durante a gestação. As contraindicações são somente para aquelas que têm alergia a alguma das sementes ou não se sentem bem ao consumi-las. Nesses casos, alguns ajustes podem ser necessários”, finaliza Aline


Sobre Aline Quissak

Aline Quissak é nutricionista com especializações no Canada e Estados Unidos, pesquisadora científica em alimentos terapêuticos aplicados tanto na saúde quanto em doenças. É especialista em nutrição genética, pacientes críticos, oncologia, psicologia da nutrição e alimentação funcional. Para mais informações acesse suas redes sociais @nutri_secrets.  E, se você quer aprender mais sobre saúde da mulher, a nutricionista tem o “Mundo Terapêutico” lá você encontra, e-book, vídeos, dicas e receita sobre os mais variados temas, acesse https://www.alinequissak.com/mundoterapeutico



REVERSA COMUNICAÇÃO

Bruna Bozza

Assessora de Imprensa

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