É preciso entender a relação entre a alta produtividade e a predisposição ao transtorno psiquiátrico
A produtividade é uma das características mais requisitadas e valorizadas no mercado de trabalho. Todavia, quando insustentável, a busca por produtividade pode resultar em predisposição à condições psiquiátricas, como por exemplo, a síndrome de burnout. É preciso ressaltar a diferença entre ser produtivo e sofrer de burnout, tema que abordei em meu artigo artigo publicado na revista científica RECISATEC.
A atenção em torno da síndrome de burnout cresce cada vez mais. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a síndrome de burnout na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional. No ano seguinte, 2020, a pandemia do coronavírus promoveu um aumento expressivo nos casos desse fenômeno psiquiátrico.
Como é caracterizado o burnout? Esse distúrbio psiquiátrico resulta de um ambiente de trabalho diariamente estressante, sendo considerado uma condição ocupacional. A palavra “burnout” tem origem da língua inglesa: significa queimar (burn) por completo, consumir-se ou esgotar-se. Quando não tratada, a síndrome de burnout pode evoluir para doenças físicas e prejudica toda a vida da pessoa (família, relacionamentos e inclusive hobbies).
O indivíduo passa a se apresentar continuamente cansado: fisicamente e emocionalmente. Em seguida, toda a sua vida é abalada e a sua capacidade de trabalho diminui - como um trágico ciclo. Entretanto, destaco em meu estudo que embora exista correlação entre Síndrome de Burnout e a produtividade, ambos não necessariamente se apresentam como fenômenos decorrentes um do outro.
A produtividade advém da disciplina e do equilíbrio. O indivíduo altamente produtivo é aquele que consegue desempenhar diferentes ações em diferentes áreas da vida (física, social, emocional e profissional) com equilíbrio. Por isso apresenta alta produtividade, por manutenção de metas e foco em objetivos. Além de proporcionar inúmeros benefícios profissionais, o equilíbrio é essencial para a saúde mental e física da pessoa.
PhD, neurocientista, mestre psicanalista, biólogo, historiador, antropólogo, com formações também em neuropsicologia, psicologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica - Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos; Membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências. Universidades em destaque: Logos University International, UniLogos, Nova de Lisboa, Faveni, edX Harvard, Universidad de Madrid.
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