Uma História de Solidariedade Familiar
Existem vários ditos populares sobre a família; alguns exaltam o lado bom dessa entidade que existe desde que há vida em sociedade (por exemplo, “quem tem uma família tem um porto seguro”), enquanto outros destacam a maldade que pode estar ligada a essa instituição (por exemplo, “família, quanto mais longe melhor”). Isso é natural, pois, como praticamente tudo na vida, também a família tem seu lado bom e seu lado ruim...
Em São Domingos do Prata há uma história que revela o que há de melhor em relação à família; a história de Dona Rutinha Morais e suas filhas Naia e Laura.
Há aproximadamente quatro anos, faleceu, em São Domingos do Prata, Dona Rutinha Morais, que teve um filho e filhas, dentre elas Naia, que é portadora da Síndrome de Down.
Quando do falecimento de Dona Rutinha, Laura, irmã de Naia, resolveu cuidar da irmã, que até então era assistida pela Mãe. A chegada de uma nova moradora em casa afetaria drasticamente a rotina familiar, sobretudo quando se considera que se trata de pessoa portadora de necessidade especial. Por isso, Laura, que é casada com Rene e possui uma filha, Ana Luísa, conversou com o marido e a filha sobre a ideia de abrigar a irmã em casa. Ambos prontamente concordaram com a ideia, e Naia foi morar com Laura, Renê e Ana Luísa.
Abrigar a nova moradora envolve cuidados que podem, à primeira vista, parecer sacrifício para Laura e sua família, pois, devido às necessidades especiais de Naia, a família tem que se privar de várias coisas, por exemplo viagens mais longas, já que não podem deixá-la desassistida. Mas quem os conhece sabe do amor e carinho com que eles tratam Naia. Aquilo que poderia parecer sacrifício é percebido por Laura e sua família como uma dádiva, uma oportunidade de cuidar de uma pessoa tão especial.
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