A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 6,7% em maio, ante 6,4% em abril, segundo dados sem ajuste sazonal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a maior taxa para um mês de maio desde 2010, quando o desemprego foi de 7,5%.
O resultado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam taxa entre 6,10% e 6,80%, e acima da mediana projetada, de 6,60%.
O rendimento médio real dos trabalhadores, por sua vez, registrou queda de 1,9% em maio ante abril. Já na comparação com maio de 2014, houve queda de 5%. O rendimento médio real do trabalhador, já descontados os efeitos da inflação, foi de R$ 2.117,10 em maio, segundo o IBGE. O resultado significa queda de 1,9% em relação a abril e recuo de 5,0% ante maio do ano passado.
A massa de renda real habitual dos ocupados no País (já descontada a inflação) somou R$ 48,9 bilhões em maio, queda de 1,8% em relação a abril. Na comparação com maio de 2014, o montante diminuiu 5,8%. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados (sem descontar a inflação) totalizou R$ 49,4 bilhões em abril deste ano, queda de 1,6% contra o mês de março. Em relação a abril de 2014, houve redução de 5,7% na massa de renda efetiva.
A população desocupada cresceu 4,8% em maio ante abril, com 75 mil pessoas a mais na fila do desemprego. Na comparação com maio do ano passado, a diferença foi ainda mais significativa. O aumento nos desempregados foi de 38,5%, o que significa 454 mil pessoas a mais nesta condição.
Na comparação interanual, também houve queda no emprego. O número de pessoas ocupadas diminuiu em 155 mil, uma queda de 0,7% em maio ante maio do ano passado. Na comparação de maio ante abril de 2015, houve aumento de 0,1%, ou 19 mil vagas criadas.
A população economicamente ativa - que trabalha ou está em busca de emprego - subiu nas duas comparações. Ante abril, o avanço foi de 0,4% (+94 mil pessoas). Já na comparação com maio de 2014, o aumento foi de 1,2% (299 mil pessoas a mais).
Por outro lado, a população não economicamente ativa - que está em idade de trabalhar, mas não demonstra interesse - ficou estável em maio ante abril e subiu 0,3% na comparação com maio do ano passado. No confronto interanual, 62 mil pessoas migraram para a inatividade, segundo o IBGE.
Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário